Especialista mostra como usar storytelling para uma gestão humanizada
Descubra por que o storytelling se tornou um bom aliado para construir uma gestão humanizada nas empresas
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Uma boa história tem o poder de comover, engajar, transformar. E é justamente por isso que o storytelling se tornou uma potente ferramenta para as empresas compartilharem conteúdos estratégicos de forma mais eficiente e interativa. Sai a comunicação burocrática e entram narrativas que facilitam treinamentos, fortalecem os laços entre colaboradores e líderes e ajudam a construir uma gestão humanizada.
“Por muito tempo o storytelling esteve associado ao departamento de marketing e às mensagens para o público final. Só que fazer a informação circular e garantir que as pessoas se importem com ela é o dia a dia de qualquer empresa”, afirma Pinho Fornari, professor das escolas Sputnik e Perestroika e especialista em narrativas estratégicas.
Fáceis de serem aplicadas e sem a exigência de grandes investimentos financeiros, as técnicas de storytelling funcionam da comunicação interna ao recrutamento; da integração de novos funcionários aos treinamentos corporativos.
“As narrativas in company empoderam as pessoas. Ajudam-nas a entender que não é sobre dom, poesia ou veia artística. É sobre resgatar habilidades que estão adormecidas, deixar florescer aquilo que nos torna humanos. E que pra isso não tem fórmula mágica, você precisa de doação e pensamento crítico. Esse tipo de atitude não só melhora suas histórias, mas o negócio como um todo”, completa Pinho.
Com a ajuda do storyteller, vamos responder a todas as dúvidas sobre o que é storytelling e como usar a técnica na sua estratégia de um RH humanizado.
Mas, afinal, o que é o storytelling?
Numa tradução simples do inglês, storytelling significa contar histórias. Normalmente associamos essa técnica a discursos poderosos, mas a verdade é que ela está em tudo. A apresentação de um relatório ou o envio de um áudio para explicar um processo para um gestor envolvem storytelling. Fazer o onboarding de um novo colaborador, também.
“Storytelling é uma ferramenta para conquistar objetivos. Ela pode ser verbal, visual, escrita ou tudo isso junto. Se você está querendo convencer, ensinar ou transformar alguém você invariavelmente está utilizando storytelling”, explica Pinho.
Com o nível de complexidade das organizações e a quantidade de dados disponíveis, a ferramenta ajuda a traduzir essa massa de informação em histórias que façam sentido para os profissionais. “Storytelling não é um verniz para o trabalho, mas o lubrificante que permite a máquina girar”, afirma o especialista.
Tipos de Storytelling
As narrativas podem girar em torno de quatro principais tipos de interação.
A escolha ou combinação deles depende do perfil dos colaboradores e do objetivo que a história tem. Mas basicamente eles são:
- Informativo — aqui o informação vem para agregar valor à mensagem principal;
- Serviço — a ideia é ajudar sua audiência a solucionar algo;
- Comunicação — a mensagem é usada para integrar e gerar senso de comunidade;
- Entretenimento — o objetivo é comunicar por meio de uma experiência leve e divertida.
Como desenvolver o storytelling nas empresas?
No cenário corporativo atual, o storytelling desperta a atenção das pessoas e facilita a compreensão dos processos internos. Da apresentação de um projeto ou treinamento técnico até uma pesquisa de clima organizacional, ele se diferencia por transmitir uma mensagem de um jeito realmente eficiente.
Mas como desenvolvê-lo? Como os objetivos da narrativa e o perfil dos colaboradores variam, não existe uma receita padrão. Mas alguns elementos como cenário, enredo, personagens e desafios podem ajudar a construir a história.
Confira abaixo 5 passos para guiar a construção de um storytelling criativo e envolvente nas empresas:
Planeje a sua história
Para fazer um storytelling criativo, o primeiro passo é investir em planejamento. Um dos principais desafios do processo de construção da narrativa é entender qual o objetivo dela, que mensagem ela quer comunicar, de que maneira vai passar “o recado” e para quem.
“As pessoas ficam muito preocupadas com as palavras do discurso e se os slides estão bonitos. Claro que isso é importante, mas é a etapa final. Você só vai ter uma boa execução se tiver um bom planejamento. Por que você está fazendo esse trabalho? Quais são seus objetivos? Responder a perguntas como essas de maneira crítica e profunda é fundamental”, explica Pinho.
Conheça seu público
Tenha em mente que boas histórias têm o foco no público e, por isso, é preciso se colocar no lugar da sua audiência, pensar nas necessidades e angústias do outro – o que pode conflitar, inclusive, com seus próprios objetivos.
O storyteller reforça que esse tipo de comunicação extrapola o “deixar o time ciente” e gera uma empatia real entre quem conta e quem ouve a história.
Mergulhe no tema
Para criar uma história que tenha base sólida e não apenas caprichar nas palavras, a dica é mergulhar fundo na trama, mesmo que isso signifique se deparar com questões que talvez não estejam bem resolvidas. “O desafio não é ser criativo, mas amarrar todas as pontas com solidez”, explica Pinho.
Aposte em treinamento
Contar histórias é uma habilidade intrínseca ao ser humano. Só que a maioria das pessoas não é treinada ativamente para utilizá-la no dia a dia do trabalho.
Para tornar o storytelling mais produtivo, nada melhor que um treinamento específico que oriente essa troca. É possível encontrar uma série de cursos in company que desmistificam as técnicas e ensinam tanto lideranças quanto colaboradores a colocar tudo em prática no dia a dia corporativo.
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Jornalista de formação, acredito que as palavras têm o poder de gerar experiências capazes de promover uma transformação positiva no mundo. Veterana do marketing de conteúdo, tenho também habilidades de UX writer e analista de SEO.