Onboarding: como encantar e reter novos colaboradores durante o processo de integração
Descubra o que é onboarding e saiba como criar um processo eficaz para novos colaboradores. Guia completo com exemplos e dicas práticas para gestão de RH.

O processo de onboarding de novos colaboradores é um dos pilares da gestão estratégica de pessoas.
Mais do que entregar documentos ou apresentar a empresa, quando bem estruturado, ele oferece uma experiência acolhedora, acelera a adaptação, fortalece a retenção de talentos e promove um alinhamento mais rápido e eficaz com os objetivos do negócio.
Por outro lado, quando negligenciado, o processo pode gerar insegurança, desmotivação e elevar o risco de turnover nos primeiros meses de contrato.
Neste guia completo, reunimos tudo o que líderes, profissionais de Recursos Humanos (RH) e Departamento Pessoal (DP) precisam saber para planejar, executar e acompanhar um onboarding eficaz.
Você encontrará desde os fundamentos do conceito até formatos, boas práticas, erros comuns a evitar, além de um checklist para tornar o processo mais estratégico e consistente.
Boa leitura!
O que é o processo de onboarding de integração de novos colaboradores?
O onboarding é o conjunto de ações planejadas que visam integrar um novo colaborador à organização de maneira estruturada, acolhedora e eficiente.
Ele compreende o período inicial de adaptação, no qual o profissional conhece a empresa, seus valores, processos, estrutura, pessoas e expectativas relacionadas ao seu papel.
Geralmente dividido em etapas, o onboarding é pensado para que o colaborador se sinta bem-vindo, engajado e motivado a contribuir desde os primeiros dias.
Por isso, pode durar semanas ou até meses, dependendo da complexidade da função e da estrutura do negócio.
Durante esse período, o profissional vivencia momentos essenciais de aprendizado e ambientação — desde o primeiro contato com a equipe até a familiarização com a rotina de trabalho e os valores que regem a organização.
Um bom onboarding oferece suporte contínuo e feedbacks regulares, facilitando a ambientação e aumentando a probabilidade de retenção de talentos a longo prazo.
Ou seja, trata-se de uma ferramenta indispensável para proporcionar um employee experience positivo e criar laços duradouros entre o funcionário e a organização.
Portanto, deve ser cuidadosamente planejado e executado com o apoio direto do RH e das lideranças.
O que significa o onboarding para o ambiente de trabalho
O significado de onboarding, em tradução livre, é integração. Logo, representa o início da experiência formal do colaborador com a empresa.
É nessa etapa que se constrói a percepção sobre a organização, o estilo de gestão, os valores da cultura interna e a qualidade das relações profissionais.
Um bom processo de integração contribui para criar vínculos de confiança, reduzir a ansiedade natural da chegada e estabelecer as bases para uma jornada duradoura.
E os números não mentem: um estudo da CareerBilder com a SilkRoad demonstrou que 9% dos funcionários saem por conta de uma experiência ruim na integração
Além disso, segundo a mesma pesquisa, 53% dos RHs percebem que uma boa integração é indispensável para aumentar o engajamento no trabalho desses novos talentos.
Vale destacar também que o onboarding é um momento importante para comunicar as boas práticas, os códigos de conduta e os rituais.
Diferença entre onboarding e ongoing
Embora semelhantes, os termos se referem a fases distintas da jornada do colaborador.
Onboarding diz respeito ao processo inicial de integração, que tende a ocorrer nos primeiros dias, semanas ou meses de contrato.
Já o ongoing é o acompanhamento contínuo ao longo do tempo, por meio de ações estruturadas de desenvolvimento, feedbacks, people analytics, entre outras iniciativas.
Confira as principais diferenças na tabela abaixo:
Critério |
Onboarding |
Ongoing |
Definição |
Processo de integração inicial do novo colaborador |
Acompanhamento contínuo da jornada do colaborador |
Objetivo |
Acolher, orientar e adaptar o recém-chegado |
Desenvolver, engajar e reter talentos ao longo do tempo |
Duração típica |
Primeiras semanas ou meses após a admissão |
Permanente, ao longo de todo o ciclo do profissional |
Responsáveis principais |
RH e liderança direta |
RH, gestores, áreas de T&D e liderança contínua |
Atividades comuns |
Apresentação institucional, treinamentos iniciais, alinhamento de metas |
Planos de desenvolvimento, feedbacks regulares, mentorias e T&D |
Foco estratégico |
Construção do vínculo e adaptação à cultura |
Crescimento profissional e fortalecimento do engajamento |
Ambos os processos são fundamentais para garantir que os novos funcionários estejam preparados para contribuir para o sucesso da empresa.
Quais são os 4 C's do onboarding?
Para estruturar um processo de onboarding eficaz, muitas empresas utilizam o modelo dos 4 C’s, um framework que orienta as ações de integração com base em quatro pilares:
- Conformidade;
- Clareza,
- Conexão e;
- Cultura.
Esses elementos funcionam como diretrizes para garantir que o colaborador tenha uma experiência completa e bem direcionada desde os primeiros dias.
Conformidade
Se refere ao cumprimento de exigências legais, normativas e administrativas no processo de admissão.
Inclui atividades como a assinatura de documentos, orientações sobre políticas internas, entrega de materiais e realização de treinamentos obrigatórios.
Essa etapa garante que o colaborador esteja integrado e ciente de seus direitos e deveres, além de mitigar riscos trabalhistas.
Cultura organizacional
Embora nem sempre esteja presente nas versões mais básicas do onboarding de novos funcionários, a dimensão cultural é fundamental para os resultados da integração a longo prazo.
Esse elemento envolve a transmissão de valores, comportamentos esperados, propósito organizacional e os rituais que definem o dia a dia da empresa.
Quando o funcionário entende e se identifica com a cultura organizacional, sua adaptação é mais fluida e a retenção tende a ser maior.
Clareza
É sobre o alinhamento de expectativas em relação às funções, metas, rotinas e responsabilidades do novo colaborador.
Quando o talento compreende desde o início o que se espera dele, há maior segurança para iniciar suas atividades e menor risco de desalinhamentos.
Essa etapa também fortalece a relação com a liderança, que deve comunicar com objetividade os objetivos e as prioridades da função.
Conexão
Traz a importância de fomentar a recepção e a integração social, conectando os novos profissionais às suas respectivas equipes e também ao negócio.
A conexão dos recém contratados é construída por meio de interações sociais, dinâmicas de integração e apoio contínuo dos colegas e gestores.
Um processo bem conduzido favorece o engajamento no trabalho, reduz o sentimento de isolamento e fortalece o senso de pertencimento.
Modalidades do onboarding de integração de novos funcionários
O onboarding pode ser realizado de diferentes maneiras, dependendo das necessidades do negócio, do perfil dos colaboradores e das ferramentas disponíveis.
De maneira geral, existem duas modalidades principais: o onboarding online/digital e o onboarding presencial. Conheça, a seguir, exemplos dos modelos no detalhe.
Onboarding digital (ou remoto/virtual)
O onboarding online e digital ocorre de forma 100% remota, com uso de plataformas, ferramentas de comunicação e ambientes virtuais de aprendizagem.
Ele ganhou força com o crescimento do trabalho híbrido e home office, e exige planejamento para garantir que o funcionário receba todas as informações necessárias de forma clara e interativa.
Entre os recursos mais utilizados, estão:
- Videoconferências;
- Trilhas de conhecimento online;
- Dinâmicas virtuais de apresentação;
- Plataformas de e-learning;
- Além da disponibilização de documentos por plataformas de RH.
Uma das grandes vantagens do digital é a sua flexibilidade. Afinal, ele possibilita o acesso aos materiais de integração a qualquer momento e de qualquer lugar, facilitando a adaptação.
Porém, o desafio desse modelo é manter o nível de interação pessoal e o engajamento do funcionário, já que a integração ocorre à distância.
Onboarding presencial (tradicional)
É o modelo mais clássico de integração, no qual todas as atividades são realizadas fisicamente, nas instalações da empresa.
Permite uma experiência mais imersiva, com contato direto com colegas, gestores e estrutura organizacional.
Logo, esse formato pode ser eficaz para promover um maior engajamento e facilitar a conexão direta entre o novo trabalhador e os demais membros da equipe.
Além disso, o onboarding presencial pode incluir atividades como visitas às instalações da empresa, workshops e dinâmica de integração de novos funcionários.
Essas ações auxiliam o profissional a compreender melhor sua função e seu lugar na organização.
O principal desafio dessa modalidade é o custo e a logística envolvidos, principalmente em empresas de grande porte ou com colaboradores distribuídos em diferentes regiões.
Onboarding híbrido
Combina etapas presenciais e digitais, oferecendo flexibilidade e alcance sem abrir mão da interação humana.
É ideal para empresas com equipes descentralizadas ou que adotam regimes de trabalho híbrido, pois permite adaptar o processo à realidade de cada função ou área.
O onboarding híbrido costuma começar com atividades virtuais, como o envio de documentos e treinamentos online, e depois evolui para encontros presenciais ou eventos internos.
Essa combinação favorece o engajamento, a adaptação gradual e a padronização de conteúdos, mantendo a humanização no processo de integração.
Exemplos de situações nas quais o modelo é ideal:
- Times remotos e presenciais: permite que os novos funcionários visitem o escritório para conhecer a cultura e interagir com colegas, enquanto recebem treinamentos e informações institucionais online.
- Posições que exigem ambientação prática e técnica: cargos que demandam familiaridade com equipamentos específicos ou acesso a áreas restritas (como laboratórios ou fábricas).
Benefícios de um fazer o onboarding para o clima organizacional
Investir em um onboarding bem estruturado é benéfico para os trabalhadores e a organização. Conheça, a seguir, os maiores benefícios para prática:
Impacto na retenção e produtividade
Colaboradores que passam por um onboarding bem planejado têm maior clareza sobre suas funções, sentem-se mais seguros para tomar decisões e integram-se mais rápido às rotinas da equipe.
Isso eleva a produtividade nos primeiros meses e diminui os índices de rotatividade precoce.
Além disso, o alinhamento inicial evita frustrações e mal-entendidos, promovendo um relacionamento mais estável com a liderança e com a organização como um todo.
Fortalecimento da cultura organizacional
O onboarding é o momento ideal para apresentar os valores, comportamentos esperados e rituais internos que compõem a cultura organizacional.
Ao estruturar essa comunicação desde o início, o RH garante que o novo colaborador absorva os princípios que orientam a tomada de decisão e as relações na empresa.
Esse alinhamento cultural desde o primeiro dia favorece a coerência no ambiente de trabalho, fortalece o senso de pertencimento e reduz conflitos de valores no futuro.
Adaptação rápida e alinhada de um novo funcionário
Seguir um plano de onboarding bem estruturado proporciona uma experiência de acolhimento que acelera a adaptação dos novos colaboradores.
A clareza sobre sua jornada, os objetivos do cargo e os canais de suporte disponíveis permitem uma entrada mais fluida e confiante na organização.
Esse cenário resulta em maior engajamento, menores riscos de erros e uma integração mais eficiente com as equipes, o que beneficia o clima e a performance do time.
5 passos de como funciona o onboarding para estruturar um programa de sucesso
Para que o onboarding tenha impacto real nas estratégias de gestão de pessoas, é fundamental que seja planejado como um processo sólido e bem definido desde o início.
A seguir, confira os 5 passos essenciais para estruturar um programa eficaz e oferecer uma experiência de integração completa aos novos colaboradores.
1. Planejamento e preparação estratégica
Antes mesmo da chegada, é essencial que o RH defina todos os elementos do processo de onboarding: objetivos, duração, etapas, responsáveis e recursos envolvidos depois do processo seletivo.
Essa preparação inclui o mapeamento dos conteúdos que precisam ser abordados, o levantamento das ferramentas e acessos necessários, e a construção de materiais de apoio.
Também é o momento de alinhar expectativas com os gestores diretos, garantindo que cada área esteja preparada para acolher e acompanhar o novo integrante.
Além disso, o RH deve identificar as competências e habilidades que o novo colaborador deve desenvolver, além de definir o tempo de adaptação e os resultados esperados em cada etapa da integração.
Com metas bem traçadas, a organização pode monitorar o progresso do colaborador e ajustar o percurso sempre que necessário, garantindo que ele esteja se integrando conforme o planejado.
2. Criação do cronograma de onboarding
Desenhar um cronograma detalhado, distribuindo as atividades ao longo dos primeiros dias, semanas e meses.
Ele deve equilibrar conteúdos técnicos, culturais e sociais, incluindo reuniões com diferentes áreas, treinamentos, apresentações institucionais e momentos de integração com a equipe.
Uma boa estrutura ajuda a evitar a sobrecarga de informações logo no início, garantindo uma experiência mais leve, eficiente e estratégica.
O que não pode faltar nesse cronograma:
- Datas de conclusão para cada fase: estabeleça prazos para o encerramento de cada fase do onboarding, facilitando o acompanhamento do progresso.
- Treinamentos para cada etapa: inclua todos os treinamentos, sejam eles técnicos ou culturais, necessários para que o colaborador compreenda sua função e o ambiente de trabalho.
- Responsáveis e envolvidos: defina quem conduzirá cada sessão, seja do RH ou da liderança da área, para garantir que todos estejam alinhados e engajados com o processo.
3. Delimitação das responsabilidades do RH e da liderança
O onboarding é uma ação de responsabilidade compartilhada entre o RH e a liderança do time.
O RH é responsável por temas como cultura, visão e missão da empresa, e por construir as diretrizes gerais do onboarding.
Já a liderança, deve estruturar a trilha específica da área, proporcionando ao colaborador uma visão clara de suas tarefas e responsabilidades.
4. Execução de um processo acolhedor e informativo
É fundamental que o novo colaborador se sinta bem-vindo, orientado e apoiado.
O onboarding, portanto, deve equilibrar informações relevantes com interações, reforçando a cultura da empresa e facilitando a construção de relações de confiança.
Nomear um “buddy” para acompanhar o início da jornada, promover dinâmicas de apresentação e estimular o diálogo com colegas ajudam a reduzir a ansiedade.
5. Utilização de tecnologia para otimizar e encantar
A tecnologia desempenha um papel cada vez mais relevante no onboarding. O uso de sistemas de RH e ferramentas digitais pode automatizar partes do processo, tornando a integração mais eficiente e organizada.
Com o módulo de treinamentos da Flash, por exemplo, o RH pode organizar e monitorar cada etapa da integração, criando uma jornada mais envolvente e personalizada para o colaborador.
Veja, a seguir, como a nossa ferramenta pode transformar o seu onboarding, deixando-o mais estruturado e eficiente:
- Criação de treinamentos personalizados: o RH pode configurar treinamentos com controle de acesso, definir carga horária e estabelecer a obrigatoriedade de cada módulo.
- Diversidade de conteúdo: a Flash permite adicionar vídeos, PDFs e artigos, proporcionando uma experiência de aprendizado personalizada.
- Relatórios e insights para o RH: dados detalhados sobre o andamento dos treinamentos realizados em onboarding. Isso possibilita ao RH acompanhar taxas de conclusão e desempenho, fazendo ajustes conforme necessário para otimizar a experiência do funcionário.
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Checklist para um onboarding que encanta novos colaboradores
Conforme falamos, um onboarding de sucesso é composto por diversas fases que acompanham o novo colaborador desde o momento da contratação até sua adaptação completa à empresa.
A seguir, detalhamos as principais etapas do processo de integração:
Pré-onboarding: ações antes do primeiro dia e preparo do kit de boas-vindas
O pré-onboarding envolve as atividades realizadas pela empresa antes mesmo do novo colaborador iniciar suas funções.
Depois que o processo de recrutamento e seleção foi realizado e o novo talento está contratado, começam os trâmites da admissão.
Nesse estágio, a organização prepara toda a logística necessária para que o primeiro dia de trabalho ocorra sem imprevistos.
Não deixe de fazer:
- [ ] Envio do kit de boas-vindas (opcional, mas traz muita diferença);
- [ ] Abertura de acessos e criação de e-mail corporativo;
- [ ] Emissão de documentos, como o contrato de trabalho;
- [ ] Definição do "Buddy" ou Mentor, um colega para ser o ponto de apoio informal.
Antes de continuar, temos um presente para você: baixe nosso checklist com os principais documentos admissionais e otimize o processo de admissão na sua empresa!
#Dia 1: criando uma vivência memorável
O primeiro dia de trabalho é crucial para causar uma boa impressão e começar o processo de integração de maneira positiva. Nesse momento, o colaborador é recebido pelo RH e DP.
Também é importante que o novo funcionário seja apresentado à estrutura organizacional, como o organograma da empresa, políticas internas, normas de conduta e procedimentos de segurança.
Depois, o checklist necessário é:
- [ ] Apresentação institucional e dos valores da empresa;
- [ ] Leitura e assinatura de políticas internas;
- [ ] Tour pela empresa (presencial ou virtual);
- [ ] Reunião de boas-vindas com o RH;
- [ ] Apresentação à equipe e gestor direto;
- [ ] Designação de um “buddy” ou ponto de apoio;
- [ ] Primeiros treinamentos técnicos e operacionais;
- [ ] Introdução às metas e entregas da área.
#Semana 1 e 2: construindo as relações e aprofundamento no contexto organizacional
Durante a primeira semana, o foco do onboarding está no aculturamento, treinamento inicial e na integração do colaborador com sua equipe. É após o momento inicial com o RH, que o colaborador é apresentado e direcionado para o líder e equipe.
Nesse estágio, o talento deve ser incluído em dinâmicas de equipe e reuniões que o ajudem a compreender a rotina da empresa e a colaborar de maneira eficiente.
- [ ] Reunião de boas-vindas conduzida pelo RH;
- [ ] Apresentação institucional e dos valores organizacionais;
- [ ] Introdução à cultura e aos rituais internos da empresa;
- [ ] Apresentação à equipe e ao gestor direto;
- [ ] Participação em dinâmicas de integração com outras áreas;
- [ ] Reuniões iniciais com pares e lideranças;
- [ ] Início do acompanhamento por parte da liderança e RH;
- [ ] Primeiros treinamentos sobre processos organizacionais e políticas internas;
- [ ] Acompanhamento informal do andamento do processo com feedbacks rápidos.
#Mês 1: nutrindo o engajamento e acompanhamento
Ao final do primeiro mês, chega o momento de consolidar a adaptação do colaborador à empresa.
Nesse período, é fundamental que a empresa ofereça acompanhamento constante, com feedbacks regulares e reuniões de alinhamento.
Portanto, aqui as etapas são:
- [ ] Reuniões de acompanhamento com o gestor;
- [ ] Feedback inicial de desempenho e adaptação;
- [ ] Aprofundamento em processos da área;
- [ ] Acesso a ferramentas e indicadores da função;
- [ ] Participação em rituais e eventos internos;
- [ ] Monitoramento do nível de engajamento;
- [ ] Iniciativas de reconhecimento por contribuições iniciais;
Check-in após os 3 meses: preparando a decolagem após a experiência
A etapa de “check-in após os 3 meses” é um ponto crucial no processo de onboarding, por avaliar a adaptação após o período inicial, identificando áreas de apoio ou desenvolvimento adicionais.
Esse acompanhamento permite consolidar o processo de integração, ajustando expectativas e reforçando o alinhamento com os objetivos da empresa.
Nesta fase, os seguintes aspectos devem ser avaliados:
- [ ] Reunião formal de avaliação de desempenho pós-onboarding, analisando os aspectos como aculturamento, evolução técnica e aspectos comportamentais;
- [ ] Coleta de feedback do colaborador sobre o processo;
- [ ] Alinhamento de expectativas e próximos passos de médio e longo prazo com o gestor;
- [ ] Identificação de necessidades de desenvolvimento técnico ou comportamental
- [ ] Atualização ou criação do plano de desenvolvimento individual (PDI).
Dicas extras para encantar
- [ ] Utilize gamificação para tornar o processo mais leve e interativo;
- [ ] Envolva a alta liderança em momentos-chave do onboarding;
- [ ] Personalize o processo para diferentes perfis ou cargos estratégicos;
- [ ] Integre iniciativas de bem-estar corporativo desde os primeiros dias;
- [ ] Use ferramentas de People Analytics para acompanhar a eficácia do programa.
Exemplos de processos de onboarding inspiradores
Um processo de onboarding eficaz pode — e deve — ser ajustado à realidade e à estratégia de cada organização.
A seguir, veja três exemplos que ilustram como a integração de novos funcionários pode ser conduzido de maneira inspiradora e estratégica:
1: Integração estruturada para cargos de liderança
Posições de liderança exigem um plano diferenciado, com foco na compreensão da cultura, do estilo de gestão, das diretrizes estratégicas e dos desafios específicos da equipe.
Nestes casos, ela deve incluir:
- Reuniões individuais com C-levels ou diretores-chave;
- Análise do plano estratégico da organização;
- Acompanhamento com mentores sêniores ou membros do board;
- Diagnóstico da equipe sob sua gestão, com apoio do RH;
- Alinhamento sobre políticas de gestão de pessoas, avaliação de desempenho e diretrizes de comunicação.
2: Digital para equipes remotas
Empresas com colaboradores em diferentes regiões ou que adotam o trabalho remoto precisam investir em processos digitais bem planejados, que garantam acolhimento mesmo à distância.
Por isso, não se esqueça de adicionar no fluxo:
- Treinamentos específicos por departamento;
- Mentores dedicados por área;
- Envio de vídeos institucionais com apresentação da liderança e dos valores;
- Trilha de conhecimento online com conteúdos organizacionais, culturais e técnicos;
- Reuniões virtuais com a equipe e integração com outras áreas;
- Sessões de Q&A Online.
3: Personalizado para diferentes áreas
Cenários corporativos com áreas muito distintas — como comercial, operações, tecnologia e RH — podem adaptar o onboarding com trilhas específicas para cada perfil.
O modelo base é o mesmo, mas os conteúdos, cronogramas e responsáveis são ajustados conforme a natureza da função:
- Jornada comum para todos os novos colaboradores na primeira semana;
- Segmentação de trilhas de aprendizagem por área a partir da segunda semana;
- Início de atividades práticas orientadas por pares ou supervisores da área;
- Avaliações técnicas para garantir domínio de ferramentas e processos específicos;
- Apoio contínuo do RH e da liderança para assegurar coerência com os valores e comportamentos da organização.
Erros comuns no processo e como evitá-los
Mesmo com boas intenções, muitas empresas falham em oferecer um momento de integração eficiente e acolhedor.
Conheça, a seguir, os equívocos mais recorrentes e mantenha sua estratégia de onboarding longe desses riscos:
- Falta de planejamento e estrutura: começar o onboarding sem cronograma, responsáveis definidos ou objetivos claros gera desorganização e inconsistência ao início de jornada de trabalho do novo funcionário.
- Sobrecarga de informações no primeiro dia: excesso de conteúdo técnico, burocrático e institucional de forma concentrada pode gerar ansiedade e dificultar a retenção de informações.
- Falhas de comunicação e definição de expectativas: ausência de conversas claras sobre papel, metas e responsabilidades causa insegurança e desalinhamento com as prioridades da função.
- Negligenciar a integração cultural e social: focar apenas nos processos e ignorar as relações humanas reduz o senso de pertencimento e prejudica a adequação ao ambiente de trabalho.
- Falta de acompanhamento e feedback: sem check-ins estruturados e retorno sobre o desempenho, o profissional se sente desamparado e perde referência sobre seu progresso.
- Não designar um "buddy" ou mentor: a ausência de um ponto de apoio nos primeiros dias torna a adaptação mais solitária e aumenta o tempo de ambientação.
- Processo de onboarding genérico: aplicar o mesmo roteiro e treinamento para todos os cargos e áreas desconsidera as necessidades específicas de cada função, reduzindo a eficácia do processo.
- Falta de preparo da equipe: times e líderes despreparados para receber novos colegas podem transmitir desorganização e desinteresse, prejudicando a recepção.
- Ignorar o feedback do novo colaborador: não ouvir quem está vivenciando o processo, impede ajustes valiosos e perpetua falhas estruturais na integração.
- Focar demais na burocracia inicial: priorizar documentos, regras e formalidades sem equilibrar com acolhimento e relacionamento gera uma vivência fria e pouco humanizada.
Onboarding: o caminho para o sucesso
Como deu para perceber, um programa de onboarding bem estruturado vai muito além da simples integração de novos funcionários.
Ele é uma ferramenta estratégica que impacta a velocidade de adaptação (ramp-up).
Esse é um dos principais benefícios do onboarding: reduzir o tempo necessário para alcançar altos níveis de produtividade e gerar resultados consistentes desde os primeiros meses.
A integração também é o momento de transmitir os valores, a missão e a visão da empresa. Quando o novo colaborador internaliza esses elementos, tende a se sentir mais motivado, engajado e alinhado com os objetivos organizacionais.
Com uma estrutura bem planejada, apoio das ferramentas certas e o envolvimento da equipe, é possível criar uma jornada de acolhimento que fortalece o vínculo com a empresa desde o primeiro dia — reduzindo o tempo de adaptação e acelerando a conquista de resultados.
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O meu trabalho é encontrar soluções de conteúdo e desenvolver histórias nos momentos certos. Para isso, uso todos os tipos de linguagem a que tenho acesso: escrita criativa, fotografia, audiovisual, entre outras possibilidades que aparecem ao longo do caminho.