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Entenda como o estresse térmico afeta o bem-estar dos colaboradores e custa milhões às empresas

Causado pelas altas temperaturas, o estresse térmico afeta a saúde e produtividade dos profissionais. Leia o artigo e veja como lidar com o problema.

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Não foi só impressão: o ano de 2023 foi o mais quente da história do planeta. Quem diz isso são os cientistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, órgão da União Europeia.

Resultado direto das mudanças climáticas, a perspectiva é que as temperaturas não refresquem tão cedo — e que o calor excessivo impacte também a saúde das pessoas e o dia a dia das empresas.

Isso porque será cada vez mais comum que os profissionais tenham de lidar com os efeitos do estresse térmico, um conjunto de sintomas que afeta quem se expõe por um longo período a altas temperaturas.

Não à toa, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elencou o tema como uma das suas principais preocupações para os próximos anos. Nesse contexto, o assunto também entrará na agenda de desafios que os líderes de recursos humanos precisarão enfrentar.

Pensando nisso, o blog da Flash conversou com especialistas e mostra como as empresas podem lidar com esse problema e quais alternativas para mitigar os efeitos do estresse térmico na saúde e produtividade dos colaboradores. Confira a seguir!

O que é estresse térmico e como ele afeta os trabalhadores?

Em linhas gerais, o estresse térmico é o conjunto de consequências enfrentadas pelo corpo quando não consegue dissipar o calor de forma eficiente. Nessas situações, o organismo se sobrecarrega na tentativa de manter seu funcionamento.

Caso nenhuma medida seja tomada, os indivíduos podem sofrer efeitos que vão desde os mais leves, como os sintomas comuns de desidratação (boca seca e tontura, por exemplo) até os mais graves (insolações e mortes por problemas cardiovasculares).

“Também o desempenho físico e mental pode ser afetado pelo calor excessivo levando ao cansaço precoce e aumentando o risco de lesões”, afirma Sergio Cagno, médico do trabalho e o Chief Medical Officer (CMO) da Salú, healthtech especializada em saúde ocupacional.

Impactos do estresse térmico na produtividade e na economia

Justamente porque uma das consequências do estresse térmico é a diminuição da concentração e capacidade de fazer esforços físicos, o aumento das temperaturas também é um grande vilão para a produtividade das empresas.

Um estudo publicado na revista científica International Journal of Biometereology analisou os efeitos das mudanças de temperatura na produtividade das equipes. Segundo o levantamento, quando o termômetro cruza a marca de 25 °C, a capacidade de produção de um trabalhador começa a cair de forma acelerada, podendo chegar a menos de 40% em meio a temperaturas acima dos 35 °C.

Além disso, funções que demandam esforço físico, quando realizadas sob o calor intenso, tornam os profissionais mais vulneráveis a cãibras e até mesmo lesões.

A consequência pode ser vista em uma pesquisa conduzida pelo Atlantic Council, instituto de pesquisas norte americano que discute questões relacionadas ao avanço da economia global.

O levantamento mostrou que as perdas provocadas pelo estresse térmico na economia americana no ano de 2020 chegaram a 100 bilhões de dólares — cifra que deve alcançar 500 bilhões de dólares em 2050.

 

A importância de identificar os sintomas do estresse térmico

Os sinais associados ao estresse térmico podem variar amplamente, dependendo da gravidade da exposição e da capacidade do corpo de se adaptar às mudanças de temperatura.

Por isso é fundamental orientar todos os colaboradores para estarem atentos aos principais sintomas e, logo nos primeiros indícios, buscarem medidas para o quadro não se agravar. Já nos casos de sintomas graves, procurar assistência médica imediatamente é essencial para garantir um tratamento adequado.

E, mais do que contornar os sintomas, a orientação deve se antecipar a eles e, em meio a altas temperaturas, tomar alguns cuidados simples. “Para evitar esses problemas, é fundamental adotar medidas preventivas, como tomar muita água, repondo o volume perdido”, diz o médico da Salú.

Os principais sintomas do estresse térmico são:

Suor excessivo

O suor é uma resposta natural do corpo ao calor, visando regular a temperatura interna por meio da evaporação. No entanto, em casos de estresse térmico, ele costuma se tornar excessivo, levando a um grande desconforto e, posteriormente, à desidratação.

Por mais que pareça um fato corriqueiro, o suor em excesso pode levar a um desequilíbrio nos eletrólitos, levando a outros sintomas incômodos, como as náuseas.

Vermelhidão da pele

A exposição prolongada ao calor tende a causar dilatação dos vasos sanguíneos numa tentativa do corpo de dissipar o calor. Essa mudança na circulação é o que provoca a vermelhidão na pele — um dos primeiros sinais notados pelas pessoas que estão ao redor.

Cefaleia

Por estar associada a algumas das principais consequências do estresse térmico (a desidratação e o aumento da pressão sanguínea), a dor de cabeça é um sintoma comum em pessoas que enfrentam exposições excessivas ao calor.

Cansaço

Este é um sintoma diretamente relacionado à queda na produtividade. A exposição prolongada a condições térmicas extremas pode levar à fadiga, já que o corpo gasta energia extra para tentar manter sua temperatura interna normal.

Dificuldade de concentração

Outro elemento que prejudica o desempenho no trabalho é o efeito do estresse térmico sobre a função cognitiva. Por prejudicar a concentração e a tomada de decisões, este é um nível que se torna preocupante, inclusive, para a segurança do trabalhador.

Confusão

Os casos mais graves levam a uma alteração no funcionamento do cérebro, uma vez que há menos energia disponível para este órgão. Como consequência, a pessoa pode apresentar sinais de confusão mental e desorientação.

Além dos sintomas pontuais, a exposição a altas temperaturas sem os devidos cuidados pode trazer aos trabalhadores riscos bem mais complexos. Isso é especialmente preocupante no caso de quem sofre com alguma comorbidade.

“Pessoas com condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas, respiratórias ou diabetes, idosos e aquelas com condições médicas crônicas, devem ser especialmente cuidadosas durante as ondas de calor, pois podem ter seus quadros agravados pelas altas temperaturas”, destaca Sergio.

Entre as consequências mais graves do estresse térmico estão:

Cãibras musculares

A exposição prolongada ao calor, especialmente quando combinada com desidratação, aumenta o risco de cãibras musculares. Essas contrações dolorosas podem afetar vários grupos musculares e são um sinal de que o corpo está lutando para manter seu equilíbrio eletrolítico.

Insolação

Outra consequência grave da exposição ao calor extremo é a insolação, que acontece quando o corpo atinge temperaturas acima de 40 ºC e seus mecanismos de resfriamento não conseguem regular a situação. Caso não seja revertida a tempo, a insolação pode levar ao comprometimento dos órgãos internos.

AVCs, infartos e doenças respiratórias

Os casos mais graves de estresse térmico podem levar a doenças cardio e cerebrovasculares e respiratórias. Esse é um dos pontos que faz com que o aquecimento global tenha sido listado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez maiores ameaças à saúde das pessoas em todo o mundo.

Morte

Em casos extremos e não tratados de forma contínua, o estresse térmico pode resultar em fatalidades. A incapacidade do corpo em dissipar o calor adequadamente, combinada à sobrecarga dos sistemas internos, leva à morte nas situações mais graves.

Um estudo da Fiocruz apontou que, caso a tendência de aquecimento no planeta não seja revertida, o percentual de óbitos causados por consequências do estresse térmico pode chegar a 30% em algumas capitais brasileiras nas próximas décadas.

Quais são principais causas do estresse térmico no ambiente de trabalho

Tradicionalmente, o estresse térmico no ambiente de trabalho está associado a funções de setores que demandam atividades ao ar livre, como construção civil e agricultura, ou próximas a fontes de calor, como siderurgia.

Com a evolução do aquecimento global, porém, este é um desafio que passou a estar presente de forma mais generalizada na rotina de empresas e trabalhadores de diversos setores.

Entre os fatores que promovem o agravamento desta situação estão aspectos como ambientes muito úmidos ou mal ventilados, sem equipamentos de controle de temperatura (como ventiladores ou ar-condicionado), exposição — mesmo que indireta — à radiação solar e uniformes feitos de tecidos pesados ou que absorvam e retenham calor.

Essas condições são agravadas quando estão combinadas com características das próprias funções, como a necessidade de realização de esforço físico intenso ou a proximidade com equipamentos que geram calor, mesmo que em menor grau.

Muitas vezes, não é necessário nem mesmo que o ambiente de trabalho ofereça condições extremas para que o trabalhador já seja impactado pelo estresse térmico. Isso acontece, por exemplo, quando o trajeto até o trabalho, por exemplo, faz com que ele tenha que lidar com altas temperaturas.

Um estudo conduzido com funcionários de uma construtora de Nova York mostrou que muitos operários enfrentavam o estresse térmico mesmo em dias de calor mais moderado.

Ao investigar as causas, foi descoberto que boa parte deles já chegava ao canteiro de obra desidratado, condição que não era contornada imediatamente e que se agravava durante o dia. Para mitigar o problema, a empresa passou a orientar o time sobre a importância de se hidratar no trajeto ou antes de iniciar o turno de trabalho.

 

Quais são as regras que as empresas devem se atentar sobre conforto térmico?

O papel das empresas na questão da temperatura no espaço de trabalho é prevista no Brasil pela NR 17, Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho com instruções sobre ergonomia no ambiente laboral. O tema do conforto térmico é trazido no item 8 da NR, que define que:

“A organização deve adotar medidas de controle da temperatura, da velocidade do ar e da umidade com a finalidade de proporcionar conforto térmico nas situações de trabalho, observando-se o parâmetro de faixa de temperatura do ar entre 18 e 25 °C para ambientes climatizados.”

Além das regras diretamente relacionadas à temperatura, ainda há instruções que podem ter impacto na questão do conforto térmico em outras Normas Regulatórias.

Na NR 24, que trata de condições sanitárias, por exemplo, é citada a obrigatoriedade de oferecimento de “água fresca e potável acondicionada em recipientes térmicos em bom estado de conservação e em quantidade suficiente” para trabalhadores externos (com exceção para vendedores, entregadores, carteiros e similares).

Além disso, também é prevista a existência de chuveiros para cada grupo de 10 trabalhadores em atividades “que exijam esforço físico ou submetidas a condições ambientais de calor intenso.”

Como lidar com o estresse térmico no trabalho?

Além das medidas previstas na NR17, a empresa pode tomar uma série de outras ações para reduzir os impactos das altas temperaturas sobre os times, garantindo maior segurança e produtividade.

Algumas iniciativas, como a educação sobre o tema, podem ser tomadas de forma generalizada, mas é fundamental que empresas com funcionários distribuídos em diferentes filiais ou equipes externas levem em consideração os aspectos específicos de cada região.

Destacamos aqui algumas das melhores práticas que empresas podem tomar para a gestão do estresse térmico:

Montar um "kit hidratação"

Essa é uma ação que pode ser pensada junto com o time de endomarketing da empresa. Distribuir garrafas ou copos com mensagens que reforcem a importância da hidratação parece uma iniciativa simples, mas é um recado importante transmitido pela empresa – e ajuda na educação e conscientização sobre o tema.

No caso de trabalhadores externos, é importante pensar em recipientes térmicos. O Cirque du Soleil, por exemplo, distribuiu para seus funcionários um modelo de garrafa que está entre os mais utilizados pelos praticantes de ecoesportes, como escalada e trilhas.

“As empresas devem estimular seus colaboradores a se hidratarem durante sua jornada de trabalho, seja facilitando o acesso a bebedouros de água, seja até mesmo distribuindo líquidos aos profissionais”, afirma Sérgio.

Adaptar horários

Outra medida tomada pelo Cirque du Soleil foi mudar o horário de trabalho das equipes mais expostas ao calor. Em alguns casos, o time só inicia a jornada às quatro da tarde, quando as temperaturas já estão bem mais amenas.

Mesmo em atividades em que não é possível mudar o horário de entrada dos funcionários, é fundamental levar em consideração as condições meteorológicas para definir a pertinência de atividades mais extenuantes.

Oferecer informação

Explicar para os times os problemas decorrentes do calor, principais sinais a que devem estar atentos e quais medidas preventivas devem ser tomadas é fundamental para que as ações sejam efetivas. Os times que desenvolvem atividades externas devem receber treinamentos intensivos.

Contar com o apoio da tecnologia

A siderúrgica árabe Emirates Global Aluminium recentemente adotou dispositivos de monitoramento da temperatura corporal para seus empregados. Com isso, tanto os trabalhadores quanto seus gestores e a equipe médica das plantas industriais recebem alertas em caso de condições críticas de exposição ao calor.

Outra forma de usar a tecnologia na gestão do estresse térmico é a contratação de serviços de meteorologia de alta precisão, que podem indicar mudanças nas condições térmicas de determinada região com dias de antecedência – permitindo ajustes em planos e escalas de trabalho.

Mudar os uniformes

As roupas estão entre as grandes vilãs do estresse térmico. Empresas que demandam um código de estilo ou uniformes de seus funcionários devem levar em consideração as questões climáticas. Um bom exemplo está no setor público, em que policiais e carteiros dispõem de modelos de uniforme específicos para os dias e regiões mais quentes, com bermudas e camisetas de manga curta.

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