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Terapia psicodélica como benefício corporativo? Entenda por que esse debate entrou na pauta do SXSW 2025

A saúde mental dos colaboradores nunca esteve tão em evidência, e empresas enfrentam desafios para lidar com altos índices de depressão e burnout. 

Flash

Foto: Juliana Cordaro - 09.03.2025

A saúde mental dos colaboradores nunca esteve tão em evidência. No entanto, apesar do aumento da conscientização, muitas empresas ainda enfrentam desafios enormes para lidar com os altos índices de ansiedade, depressão e burnout

No SXSW 2025, especialistas trouxeram uma perspectiva ousada: e se a terapia assistida por psicodélicos fosse incluída como um benefício empresarial?

A palestra Breaking Barriers: psychedelics as the next employee perk (Quebrando barreiras: psicodélicos como o próximo benefício corporativo, em português) reuniu nomes do setor de saúde e benefícios corporativos ligados à saúde para discutir o potencial de tratamentos inovadores na melhoria do bem-estar organizacional. 

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A Flash está em Austin, com um grupo de executivos de RH, acompanhando as principais discussões que vão moldar o futuro do trabalho. O debate sobre as terapias psicodélicas explorou as implicações econômicas da crise de saúde mental, os benefícios das práticas e os desafios para a adoção desse modelo no ambiente corporativo.

Custo oculto da saúde mental no trabalho

De acordo com dados apresentados durante a palestra por Sherry Rais, CEO da Enthea, empresa que oferece benefícios ligados à saúde mental, os problemas de saúde mental geram perdas anuais de US$ 3,7 trilhões em produtividade apenas nos Estados Unidos. Globalmente, esse valor chega à casa de US$ 1 trilhão, impactando diversas indústrias.

Outro dado chama atenção, segundo Rais: um em cada quatro funcionários considerou deixar o emprego no último ano devido à saúde mental. Entre Millennials e a Geração Z, esse número é ainda mais expressivo, com taxas de turnover chegando a 81% por problemas emocionais.

Para Lee Lewis, chief strategy officer da Health Transformation Alliance, grupo que reúne 70 empresas de saúde dos Estados Unidos, esse cenário impõe um desafio urgente para as corporações, que precisam repensar suas estratégias de benefícios. "A perda de funcionários valiosos e a queda na produtividade afetam diretamente os resultados financeiros", afirma.

Terapia psicodélica como caminho para tratar a causa

Se os tratamentos convencionais não estão sendo suficientes, quais alternativas existem? Segundo os especialistas da palestra, a terapia assistida por substâncias como cetamina e psilocibina (composto psicoativo de alguns tipos de cogumelos) tem se mostrado promissora para tratar transtornos mentais resistentes.

Estudos indicam que a taxa de resposta à terapia com cetamina pode chegar a 70% para casos de depressão severa. Além disso, empresas que implementaram a terapia psicodélica como benefício relataram redução de 67% nos índices de depressão entre seus funcionários e 86% nos casos de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

Rais afirmou que o grande diferencial dessas terapias é a abordagem. “As terapias psicodélicas abordam a causa raiz em vez dos sintomas superficiais”, explicou. Diferente dos antidepressivos tradicionais, que exigem uso contínuo, a terapia assistida por psicodélicos pode oferecer efeitos duradouros com poucas sessões, segundo Rais. 

Empresas devem bancar esse custo?

A viabilidade financeira foi um dos pontos centrais do debate. Segundo Candace Jodice, ex-VP de benefícios da CVS Health, grande parte dos custos de saúde empresarial se concentra em um percentual pequeno da força de trabalho. De acordo com Jodice, os 10% maiores utilizadores dos planos de saúde corporativos gastam, em média, US$ 45 mil por ano, enquanto os demais funcionários representam uma despesa de apenas US$ 2 mil anuais.

Dessa forma, investir proativamente na saúde mental pode trazer ganhos substanciais para as empresas, reduzindo custos médicos e aumentando a retenção de talentos. 

No entanto, as organizações ainda enfrentam barreiras para incorporar as terapias psicodélicas a seus planos de saúde. “Muitas vezes, a decisão final sobre cobertura de saúde recai sobre o RH, que receia riscos legais e regulatórios", afirma Lewis. O desafio, portanto, não está apenas nos custos, mas também na aceitação e regulamentação dessas abordagens inovadoras.

O que está impedindo adoção em larga escala?

A busca por soluções mais eficazes para problemas como burnout, ansiedade e depressão é uma prioridade para qualquer empresa que queira manter produtividade, reter talentos e reduzir custos médicos. Embora a terapia psicodélica como benefício corporativo ainda não seja uma prática comum, os dados apresentados no SXSW 2025 indicam que essa será uma discussão cada vez mais presente no mundo corporativo.

Um dos maiores desafios é o estigma associado aos psicodélicos, visto que, por décadas, essas substâncias foram criminalizadas. Outro ponto importante é que a regulamentação varia de país para país, o que dificulta sua adoção no ambiente corporativo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, estados como Oregon e Colorado já regulamentaram terapias assistidas por psilocibina, e empresas começam a formar redes nacionais de atendimento. Mas em outras regiões ao redor do mundo, questões culturais e jurídicas ainda são obstáculos para sua implementação.

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