SXSW 2025 traz solidão como tema de abertura do evento; entenda o porquê
Time da Flash e executivos de RH participaram da abertura do SXSW 2025, no Texas. Veja o que aprenderam sobre saúde social e o impacto nas empresas.

Foto: Juliana Cordaro/Flash - 07.03.2025
A solidão no ambiente de trabalho é um desafio crescente, que impacta diretamente a produtividade, a retenção de talentos e o bem-estar dos colaboradores. Na palestra de abertura do SXSW 2025, Kasley Killam, referência global em saúde social, fez um alerta importante: conexões autênticas no trabalho não são apenas desejáveis — são uma necessidade estratégica.
O time da Flash está em Austin, com um grupo de executivos de RH, para descobrir as principais novidades sobre o futuro do trabalho, e participou da abertura do SXSW 2025. A palestra contou com a presença de Killam e Amy Gallo, especialista em relações de trabalho.
Para gestores e CEOs, a mensagem é clara: investir em relacionamentos interpessoais dentro da força de trabalho não é apenas uma iniciativa de bem-estar, mas uma estratégia vital para engajamento, inovação e retenção. De acordo com um estudo recente da McKinsey, empresas que priorizam conexões interpessoais têm 25% mais chances de reportar aumento significativo na produtividade.
Neste artigo, entenda como as empresas podem fortalecer os vínculos entre funcionários e por que a saúde social deve estar no topo da agenda dos RHs e líderes corporativos, segundo Killam e Gallo no SXSW 2025.
O que é saúde social e por que ela importa para o RH?
A saúde social refere-se à qualidade das conexões interpessoais e seu impacto na vida profissional e pessoal. Estudos apontam que colaboradores que se sentem parte de uma rede de apoio no trabalho têm até 50% mais engajamento e são 40% menos propensos a sair da empresa.
Para profissionais de RH, isso significa que criar um ambiente de trabalho que valorize relações humanas vai além de um diferencial — é uma necessidade para a performance organizacional.
Conexões humanas como diferencial competitivo
Flexibilidade e benefícios financeiros são atrativos importantes, mas o verdadeiro diferencial no mercado atual é um ambiente de trabalho onde os profissionais sintam pertencimento e significado.
No SXSW 2025, Killam destacou que equipes com vínculos profundos demonstram mais colaboração, criatividade e resiliência diante dos desafios diários. Para impulsionar essa cultura, o RH pode adotar estratégias como:
- Programas de mentoria e trocas estruturadas entre diferentes áreas.
- Uma cultura de escuta ativa e transparência para fortalecer a comunicação interna.
- Espaços de convivência e reuniões bem planejadas, promovendo interações naturais.
A implementação dessas práticas reduz o isolamento, estimula a inovação e melhora significativamente a retenção de talentos. Um estudo da Deloitte revela que organizações com culturas inclusivas são 6 vezes mais propensas a serem inovadoras.
Saúde social: um pilar na retenção de talentos
O aumento da desconexão no ambiente corporativo contribui para taxas alarmantes de absenteísmo e queda na produtividade. De acordo com pesquisa da Cigna, 61% dos profissionais relatam sentir-se isolados no trabalho — um fator que influencia diretamente seu desejo de permanecer ou buscar novas oportunidades.
Na abertura do SXSW 2025, Killam e Gallo enfatizaram que as empresas que estruturam redes de apoio e programas de bem-estar social desfrutam de benefícios como:
- Diminuição do turnover, ao fomentar um senso de pertencimento genuíno.
- Maior engajamento, incentivando momentos de troca e colaboração.
- Um ambiente mais equilibrado, onde performance e relações interpessoais caminham juntas.
O papel do RH na retenção vai além de oferecer benefícios e salários competitivos — o grande diferencial está na criação de uma cultura organizacional conectada e humanizada. Conheça como a Flash está revolucionando a gestão de benefícios para promover bem-estar e conexão.
Conexões em um mundo híbrido e remoto
Com a ascensão do trabalho híbrido e remoto, o isolamento profissional se tornou um desafio real para empresas de todos os setores. No SXSW 2025, Killam reforçou que cabe às organizações reinventar seus rituais de conexão e usar a tecnologia de forma estratégica para aproximar as equipes.
Boas práticas para fortalecer os laços em times descentralizados incluem:
- Check-ins regulares entre líderes e colaboradores, garantindo acolhimento e suporte.
- Plataformas interativas que incentivam conexões informais entre membros da equipe.
- Eventos presenciais e encontros regionais, fortalecendo vínculos além das telas.
Além disso, a implementação de ferramentas analíticas permite que o RH identifique padrões de isolamento e adote medidas corretivas antes que problemas escalem. Um relatório do MIT Sloan Management Review destaca que empresas que investem em tecnologias para promover conexões têm 21% mais chances de reter talentos.
Tecnologia e dados impulsionando conexões no trabalho
People Analytics e Inteligência Artificial já estão sendo utilizados para mapear interações internas e prever desafios relacionados à saúde social dentro das empresas.
Killam destacou como dados podem ajudar as organizações a construir redes mais sólidas e eficientes. Algumas aplicações incluem:
- Identificação de equipes com maior sinergia, estimulando colaborações estratégicas.
- Análise de padrões de comunicação, permitindo intervenções precoces em casos de isolamento.
- Personalização de programas de bem-estar, baseados em necessidades individuais e coletivas.
Uma pesquisa da Gartner prevê que até 2025, 80% das grandes empresas utilizariam alguma forma de análise de redes organizacionais para otimizar a colaboração e o bem-estar dos funcionários.
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É diretor de Branding na Flash. Formado em Comunicação Social pela Cásper Líbero, trabalhou em empresas e agências de comunicação, como Santa Clara, F/Nazca e Neon.