Como evitar o esgotamento emocional no trabalho?
Entenda como evitar o esgotamento emocional no ambiente de trabalho, prevenindo e minimizando os sintomas nos colaboradores.
Sentir cansaço após um longo dia de trabalho é uma situação normal para a maior parte dos trabalhadores. Exatamente por isso, sintomas de esgotamento emocional podem se misturar à rotina e tornar difícil um diagnóstico mais preciso.
Se você se sente muito estressado, cansado e nervoso após um turno de trabalho, pode ser que já tenha esse problema.
Mas, felizmente, há cuidados que você pode tomar para minimizar tais sintomas e prevenir que eles se desenvolvam. Entenda melhor a seguir!
O que é esgotamento emocional?
O esgotamento emocional pode acontecer em diferentes áreas da vida, mas, quando ele está relacionado ao desempenho das atividades profissionais, recebe o nome de síndrome de burnout.
Burn significa “queimar” e out significa “fora”. Assim, pode-se conceituar o burnout como uma doença que queima de fora para dentro. Os fatores ambientais relacionados ao trabalho e à pressão que ele exerce fazem com que o interior – ou seja, a psique – fique adoecida, ocasionando, assim, a síndrome de burnout.
Do inglês, o termo burnout é usado para designar aparelhos que deixaram de funcionar por algum tipo de pane decorrente do esgotamento de energia. O conceito foi usado pela primeira vez na década de 1970 pelo psicólogo estadunidense Herbert J. Freudenberger.
De acordo com o profissional, o burnout se caracteriza pelo estado de completa exaustão física e mental que ocorre quando o paciente passa por momentos constantes e prolongados de estresse. Situações como horas prolongadas de trabalho e cobranças excessivas podem ser um gatilho para o desenvolvimento da síndrome.
A síndrome de burnout também é chamada de síndrome do esgotamento profissional, já que decorre do alto volume de trabalho ao qual o colaborador é exposto. Muitas vezes, ele se vê em uma situação de trabalho exagerado, mas não se sente confiante o suficiente para pedir mais equilíbrio na jornada de trabalho.
Esse trabalho excessivo, aliado à pressão pelo qual o colaborador vive, faz com que haja um desgaste mental e corporal muito grande, que leva o profissional a não ter mais condições psíquicas de praticar as suas atividades laborais.
Alguns dos motivos que levam uma pessoa a desenvolver o burnout no trabalho são a falta de preparo da empresa para avaliar o volume de atividades do colaborador, a real capacidade que ele possui para executar as tarefas designadas e o estabelecimento de metas condizentes com a capacidade produtiva do profissional.
Ao longo do desenvolvimento da doença, caso ela não seja tratada, é possível que o colaborador experimente sintomas parecidos com os de uma depressão profunda ou de um transtorno de ansiedade, por exemplo.
Quais são os sintomas do esgotamento emocional?
Os sinais do burnout nem sempre ficam claros à primeira vista; por isso, preste atenção à intensidade e frequência dos sintomas aqui citados. Entre os mais comuns, podemos destacar:
- Sentimentos de isolamento;
- Irritabilidade constante;
- Mudanças de humor repentinas;
- Lapsos na memória sem motivo aparente;
- Sintomas de ansiedade;
- Dificuldades para se concentrar;
- Baixa autoestima profissional;
- Dores de cabeça;
- Perda de apetite;
- Variações na pressão arterial;
- Fadiga mental e física;
- Insônia;
- Sentimento de culpa, apatia e desânimo.
Leia também: Qual é a importância da saúde mental no ambiente de trabalho?
Diferenças entre burnout, depressão e estresse
A grande diferença entre burnout, depressão e estresse é a origem que essas condições apresentam. O burnout necessariamente precisa ser decorrente do ambiente e das condições de trabalho de uma pessoa. Já a depressão e estresse podem acontecer por isso, mas também decorrem de questões familiares, financeiras, de saúde e outros problemas.
Além disso, o burnout e a depressão são doenças; enquanto a primeira é uma síndrome que afeta a psique dos profissionais, a segunda é uma doença mental crônica que pode afetar crianças, adolescentes, adultos e até mesmo idosos. O estresse, por sua vez, não é classificado como uma doença, mas sim como uma reação do corpo a fatores ambientais diversos.
Como evitar o esgotamento emocional do trabalho?
Os quadros da síndrome são tão comuns entre a comunidade corporativa que, em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a incluir o burnout na classificação Internacional de Doenças.
A partir do dia 1 de janeiro de 2022, a síndrome de burnout passou a ser reconhecida como uma doença ocupacional. O estresse crônico, característico da síndrome, não é mais considerado apenas um problema relacionado à saúde mental das pessoas, mas sim uma doença ligada ao trabalho.
Agora os colaboradores que desenvolveram a síndrome de burnout terão os mesmos direitos trabalhistas do que as pessoas que possuem doenças de trabalho. Em uma possível ação judicial, por exemplo, a empresa pode ser condenada a pagar uma indenização ao colaborador caso o diagnóstico seja comprovado.
Isso muda muito a percepção da justiça – em especial, a do trabalho – em relação à personalidade dos colaboradores. Agora, esse fator não é tão determinante e não torna uma pessoa propensa a desenvolver problemas de saúde mental.
Um profissional detalhista, metódico, autocrítico e perfeccionista não é o culpado pelo estresse crônico causado pelo seu nível de exigência, mas sim a empresa, caso o burnout seja diagnosticado pelo médico.
Sendo assim, os colaboradores precisam estar atentos aos sinais e prevenir que os sintomas se desenvolvam, levando a uma crise mais séria. A seguir, confira 5 dicas importantes para melhorar a sua qualidade de vida no trabalho.
Delegue tarefas
Não tenha medo de delegar tarefas para seu time. Cada um tem o seu ponto forte e essa prática pode beneficiar a qualidade do trabalho, além de diminuir a carga de responsabilidade sobre cada um.
Gestão de tempo
Manter uma rotina de trabalho e uma boa gestão de tempo é importante para evitar cobranças excessivas. Faça uma lista de tarefas e comece a executá-las em ordem de prioridade.
Não seja perfeccionista
Dar o melhor de si é sempre importante, mas o perfeccionismo pode entrar no caminho da entrega de resultados e gerar uma boa dose de frustração.
Tente não analisar detalhes com muito preciosismo e procure conciliar os padrões de qualidade esperados com as expectativas em torno do resultado.
Identifique os causadores de estresse
Pode ser que não seja o todo do seu trabalho que te deixe estressado, mas apenas uma parte dele. Procure analisar quais são as situações que causam mais atritos e, junto com a sua equipe, procure formas de minimizá-los.
Tenha uma comunicação interna eficiente
O poder da comunicação é, muitas vezes, subestimado. Por isso, procure canais para estabelecer diálogos não só entre os membros de sua equipe, mas de outros times também.
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