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Um em cada quatro candidatos será criado por IA até 2028, prevê Gartner; como RH pode identificar deepfakes no recrutamento

Candidatos falsos com currículos forjados e avatares gerados por IA já são realidade. Saiba como identificar e evitar deepfakes no recrutamento.

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O avanço das inteligências artificiais generativas criou uma nova preocupação para os RHs nas entrevistas de emprego. Candidatos falsos, os chamados deepfakes, com currículos forjados, avatares hiper-realistas e respostas produzidas por IA colocam em teste a segurança das empresas.

O problema, que já é realidade em muitas companhias, tende a se agravar. Segundo a consultoria Gartner, até 2028, 1 em cada 4 candidatos no mundo será falso, criado por IA. Atualmente, 17% dos recrutadores afirmam ter se deparado com deepfakes em entrevistas por vídeo, de acordo com dados da plataforma ResumeGenius. Por trás desses perfis criados artificialmente estão golpistas que buscam algo muito real: acesso a sistemas internos, dados confidenciais e até brechas para ataques cibernéticos.

A tecnologia que permite esse tipo de fraude está cada vez mais sofisticada e realista. Vídeos deepfake em tempo real podem sincronizar expressões faciais e movimentos labiais com precisão impressionante. A clonagem de voz, por sua vez, simula sotaques e entonações com apenas alguns minutos de amostras de áudio.

“Dá para montar um ‘candidato completo’ sem sair de casa: currículo perfeito escrito por chatbot, foto gerada por IA, portfólio inventado e até vídeo-entrevista com voz clonada. Em projetos de seleção que acompanho, já apareceu gente usando fotos de banco de imagens e histórias de carreira que desmoronam na primeira pergunta mais detalhada”, relata Marcelo Braga, fundador e CEO da Reachr, plataforma de recrutamento digital.

Departamentos de RH com equipes reduzidas e frequentemente operando com tecnologias defasadas tornam-se alvos fáceis para hackers e golpistas. Infiltrar-se por meio de um processo seletivo pode ser mais simples do que explorar vulnerabilidades de infraestrutura. “Os RHs ainda são muito analógicos e não estão preparados para fazer checagens”, alerta Marcelo.

Leia também: RHs brasileiros gastam quase 17 horas por semana com burocracia, diz pesquisa da Think Work com a Flash

IA exige novas práticas em cibersegurança

Antes da IA generativa, a cibersegurança focava em proteger dados e infraestrutura, mas hoje isso não é suficiente. Nos Estados Unidos, muitas empresas estão adotando ferramentas que analisam arquivos de áudio, vídeo e imagem em tempo real para prevenir ataques de personificação e deepfakes.

“O uso de IA como apoio no processo seletivo chegou para ficar tanto para recrutadores quanto para candidatos. Daqui para frente, o essencial será validar experiências, habilidades e competências, desenhando processos que incentivem a troca e a solução de casos reais”, afirma Caio Dib, designer de serviços e especialista em inovação na educação e no trabalho.

Mas o Brasil está pronto para lidar com esse desafio? Especialistas dizem que, embora o país conte com marcos importantes como a Lei Geral de Proteção de Dados e o Marco Civil da Internet, ainda falta regulamentação específica sobre o uso da IA no recrutamento e em muitos outros setores.

“Estamos todos aprendendo. Vejo uma movimentação positiva nas plataformas, mas também percebo certa ingenuidade de recrutadores que confiam demais em testes online sem avaliar a qualidade da ferramenta”, destaca a psicóloga Isabela Cavalheiro, especialista em gerenciamento estratégico de RH e fundadora do Grupo Trhoca, referência na formação de profissionais de RH.

Além de investir em educação digital para os times de gestão de pessoas, é essencial fortalecer as políticas internas de segurança e incentivar o debate, dentro e fora das organizações, sobre o uso ético da IA. “A saída precisa estar pautada no treinamento das equipes. A IA já está presente no nosso dia a dia, e não há como voltar atrás. Precisamos entender como ela funciona e, principalmente, como lidar com ela”, reforça João Pedro Xaubet, líder de Inovação & Tecnologia na APSIS Consultoria, especializada em gestão corporativa.

Leia também: Para o especialista Diogo Cortiz, RHs devem criar políticas para uso de IA nas empresas

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Como identificar candidatos falsos

O primeiro passo é observar sinais de inconsistência. Segundo Caio, textos excessivamente formais, com frases genéricas e uso repetitivo de certos recursos como travessões são comuns em conteúdos gerados por IA. Ferramentas como o ZeroGPT podem ajudar a detectar o uso de IA. 

Mesmo em entrevistas por videoconferência, candidatos podem usar IA para obter respostas em tempo real. O RH deve acender um alerta quando o candidato tem um tempo de reação desproporcional à pergunta e se receberem respostas que parecem muito ensaiadas. 

“O que mais chama atenção é quando o candidato não consegue contar suas experiências de forma fluida ou não responde bem a perguntas sobre situações reais. Nesses casos, o currículo pode ter sido inflado com informações falsas”, acrescenta Isabela.

Atenção aos detalhes também faz diferença: datas que não batem entre currículo e LinkedIn, fotos aparentemente perfeitas, mas com mãos ou orelhas distorcidas ao dar zoom, ou ainda documentos cujo autor aparece como ChatGPT ou Midjourney, por exemplo, são indícios de que o candidato pode não ser real. 

O que o RH pode fazer para se proteger?

Algumas medidas simples já ajudam a detectar perfis forjados, segundo Marcelo:

  • Foto padrão de banco de imagens: faça uma busca reversa em buscadores para verificar se a imagem aparece em catálogos genéricos. No Google, por exemplo, funciona assim: você carrega uma imagem e o buscador procura por resultados semelhantes na web, incluindo sites nos quais essa foto pode estar hospedada.

  • Histórico profissional superficial: peça resultados, métricas e nomes de projetos. Quem realmente viveu aquela experiência sabe os detalhes.

  • E-mail recém-criado ou com domínio estranho: adote o double opt-in, ou seja, envie um e-mail de confirmação com um link que o candidato precisa clicar, e procure validar a identidade do profissional em redes verificadas, como o LinkedIn.

  • Voz monótona na videoconferência: peça que o candidato repita uma frase ou descreva algo à sua volta. Deepfakes podem travar nesse momento.

  • Candidatos que evitam falar ao vivo: combine uma ligação rápida de última hora. Em caso de fraude, é provável que o candidato desapareça.

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5 passos para evitar candidatos fakes nos processos seletivos

Além destas checagens pontuais, especialistas recomendam uma estratégia mais ampla para prevenir fraudes:

  1. Não terceirize tudo para a tecnologia. A IA pode otimizar etapas, mas não substitui o olhar atento e crítico de um bom recrutador.
  2. Adote múltiplas etapas no processo seletivo. Entrevistas ao vivo (mesmo que virtuais), checagem de referências e validação cuidadosa dos dados são essenciais. “Sempre que surgir uma inconsistência, o recrutador deve investigar. É a conversa que revela se a experiência é real ou não”, orienta Caio.
  3. Use ferramentas que detectam manipulações. Marcelo recomenda autenticação em camadas: documento, selfie com movimento e cruzamento com bases oficiais. João Pedro sugere ainda autenticação facial e biometria avançada.
  4. Inclua entrevista presencial na etapa final. Mesmo em processos híbridos, o encontro físico é indispensável. “E sempre utilize perguntas estruturadas, focadas em comportamentos e vivências reais”, reforça Isabela.
  5. Reforce a checagem dos dados na contratação. Para garantir a identidade do contratado, Marcelo sugere a assinatura eletrônica vinculada ao CPF, via ICP (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira), que é uma ferramenta de autenticação de documentos eletrônicos com validade jurídica.

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