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Flash Humanidades 2025: 10 reflexões de Esther Perel sobre futuro do trabalho

Psicoterapeuta veio ao Brasil pela primeira vez para discutir o poder das emoções nas organizações em evento exclusivo da Flash.

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O relógio se aproximava das 21h quando o auditório do hotel Unique, na capital paulista, silenciou com o anúncio da jornalista Renata Ceribelli: Esther Perel, uma das mais conhecidas psicoterapeutas da atualidade, especialista em relações humanas e autora de best-sellers, estava subindo ao palco do Flash Humanidades 2025 para discutir o poder das emoções nas organizações. 

Em sua quarta edição, o Flash Humanidades é um dos principais encontros internacionais para líderes e gestores de RH do país e tem como objetivo debater as grandes questões do mundo corporativo.

Pelo palco do evento, já passaram nomes como Ram Charan, Dave Ulrich e Kate Darling. Neste ano, foi a vez Esther Perel, conhecida como guru de relacionamentos e consultora organizacional para empresas da Fortune 500 ao redor do mundo. 

Para a psicoterapeuta, os relacionamentos pessoais e profissionais estão hoje no centro da vida das pessoas, para os quais todos recorrem para endereçar as necessidades existenciais. Já no início do papo, para uma plateia de mais de 500 convidados , Esther  arriscou algumas palavras em português, arrancando sorrisos ao avisar: “pareço muito confiante, mas não tenho certeza de nada”. 

Nossa equipe cobriu o evento e traz, em primeira mão, dez aprendizados passados por Esther Perel e que serão essenciais para quem deseja obter sucesso profissional nos próximos anos.  

1. O futuro do trabalho está acontecendo agora

O tema do futuro do trabalho surgiu logo no início da noite, quando Renata Ceribelli questionou como a terapeuta enxergava o futuro: 

“Não é um futuro. Ele está acontecendo agora mesmo. Sempre que há grandes revoluções tecnológicas, isso produz incerteza. Sempre que há grandes incertezas, há uma fratura na sociedade, reações binárias e polarizadas. Essa não é a nossa primeira revolução tecnológica, mas somos os primeiros a ter consciência de que estamos em uma.”

2. Vivemos a era da economia de identidade

Outro tema que a especialista trouxe à tona foi seu conceito de “economia de identidade” aplicado às relações de trabalho. Segundo Esther, nossa vida ganha sentido nos dias de hoje por meio do trabalho, o que é uma quebra de paradigma. 

“Tanto o casamento quanto o trabalho costumavam ser economias de produção. Você tinha filhos, você ganhava a vida. E tudo se resumia ao que você produzia. Ainda trabalhamos para ganhar a vida, mas agora muitos de nós trabalhamos para ter um sentido na vida. Isso é algo novo", explicou. 

3. Relações no trabalho têm quatro pilares de sustentação 

Confiança, pertencimento, reconhecimento e resiliência são quatro pilares das relações humanas estudados por Esther. De acordo com ela, esse conjunto de sentimentos se conecta diretamente com a maneira como lidamos e interagimos no ambiente corporativo. 

Para a  psicoterapeuta, direcionamos ao trabalho necessidades da esfera pessoal, que antes eram endereçadas à religião ou à vida comunitária. “Essa noção de senso de pertencimento no trabalho é uma novidade completa. E continuamos repetindo isso, então começa a parecer algo normal, mas não é o mesmo pertencimento que você tinha na sua igreja, na sua comunidade”, disse. 

Já a confiança é um pilar que se desenvolve com o tempo, quando o trabalhador consegue responder às seguintes perguntas de forma positiva: "Você me apoia?", "Posso falar o que penso?", "Posso expressar o que sinto?", "Posso correr riscos?" e "Posso confiar em você?". 

O pertencimento, por sua vez, se estabelece no relacionamento entre o “eu” e um grupo. É o sentimento de que o profissional faz parte de algo maior e que isto é o combustível para continuar seguindo sua trajetória.

Por fim, vem o  reconhecimento, que está relacionado com o respeito e o valor. Quando a pessoa entende que faz parte de um grupo, que é respeitada e enxergada pelo seu papel. 

E há também o papel da resiliência coletiva, que para a psicoterapeuta, relaciona-se com os tempos atuais, de incerteza. “Porque a coisa mais importante quando as coisas estão incertas é a habilidade de responder com flexibilidade e adaptabilidade, como em todos os sistemas na natureza.”

4. Atrofia social é uma realidade nas organizações (é preciso voltar às ruas)

Diante da escalada do uso da inteligência artificial, Esther falou sobre  o conceito de atrofia social, que é a diminuição da capacidade das pessoas se relacionarem umas com as outras. 

A psicoterapeuta perguntou aos presentes no Flash Humanidades quem havia crescido brincando na rua e diversas pessoas levantaram as mãos. Em seguida, questionou quem tinha filhos que faziam o mesmo hoje em dia, e poucas mãos foram levantadas. Para Esther, essa é uma boa metáfora para entender o momento atual, em que as pessoas convivem menos umas com as outras em comparação a anos anteriores.  

“A rua é o terreno essencial para a negociação social, onde você aprende interações improvisadas, não solicitadas, não monitoradas e não coreografadas. Onde você faz a guerra e faz a paz, cria regras e quebra as regras, faz alianças e novas alianças, é criativo e desenvolve a essência das habilidades sociais.” 

O problema foi agravado pela pandemia, segundo Esther. O período de isolamento social fez com que a tecnologia fosse o principal meio para as pessoas se manterem conectadas e, apesar de o digital ter tido um papel essencial para a manutenção das relações durante a pandemia, fez com que elas desenvolvessem um novo modo de viver sem tanto contato social. 

Neste contexto, em que estamos rodeados de dispositivos que oferecem uma experiência “perfeita e sem atrito”, como a IA, as expectativas sobre os relacionamentos humanos são alteradas e as pessoas perdem a subjetividade necessária para se relacionar. Muitas vezes esperam que o contato com o outro não tenha conflitos, assim como é com o uso das tecnologias. 

“Começo a internalizar essa perfeição algorítmica e a incorporo às minhas expectativas com as pessoas. Isso é um pedaço da atrofia. A questão é: como vamos lidar com a bagunça da vida humana? Os solavancos, os cheiros, os cuidados, as coisas que não são tão fáceis de resolver?", provocou a especialista, em meio a aplausos da plateia. 

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5. Quem desenvolver a inteligência relacional terá vantagem no mercado de trabalho

A inteligência relacional é um conceito que tem começado a ganhar mais espaço nas discussões sobre trabalho, e foi trazido por Esther durante sua apresentação.

Segundo a psicoterapeuta, houve uma mudança na percepção das empresas sobre as habilidades de relacionamento, para além das soft skills. Saber lidar com outras pessoas é uma competência importante dentro das empresas, mas não é o que faz uma pessoa ser promovida, normalmente. No entanto, na visão dela, este cenário está mudando. “As pessoas estão começando a entender que a capacidade de relacionamento é a nova vantagem competitiva. Por isso, todos estão tentando entender como criar essa inteligência relacional no local de trabalho.”. 

 

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6. Ser demitido pode doer mais do que um divórcio

Ao comentar uma  pesquisa de Harvard que mostra que as pessoas podem sofrer mais em uma demissão do que no próprio divórcio, Esther afirmou que a experiência em seu podcast, "Where Should We Begin", em que os ouvintes têm acesso a sessões reais de terapia da profissional, parece reforçar esta percepção.

A psicoterapeuta conta que, hoje, é mais fácil fazer com que as pessoas falem sobre seus relacionamentos do que sobre o trabalho, o que foi uma grande surpresa para ela ao longo de seus anos de trabalho. Isto porque hoje o trabalho é uma característica definidora de quem a pessoa é. Normalmente, perguntamos: “O que você faz?” e não “Quem você é?” ou “Quem é sua família?”. 

Ao ser demitido, o profissional enfrenta uma série de dificuldades emocionais, como a vergonha de ter sido demitido e, na maioria dos casos, ser responsável pelo sustento de outras, o que deixa a situação ainda mais complexa. 

7. Saúde mental não deve ser tratada como obrigação, mas como estratégia de negócio

A saúde mental no ambiente corporativo também foi tema no palco do Flash Humanidades 2025. Esther afirmou acreditar que o caminho para as empresas garantirem bem-estar dos funcionários está em não tratar o assunto como uma questão de compliance, mas como algo genuinamente importante. 

Isto porque o contexto atual da sociedade aumenta as chances de as pessoas terem doenças relacionadas ao trabalho. Esther diz que vivemos um momento de “perda ambígua”, que na prática significa que mesmo quando estamos presentes uns com os outros, estamos emocionalmente ausentes. Tanto que, a intimidade artificial causada pelo uso de tecnologias, é uma das principais causas de doenças relacionadas ao trabalho, como o burnout. 

Para evitar que isso aconteça, as companhias precisam prestar atenção aos trabalhadores e buscar maneiras de ajudá-los a se relacionar, conectar-se  e sentir confiança dentro dos escritórios.

E as lideranças têm um papel fundamental nesta etapa. Para cuidar da saúde mental dos profissionais, é preciso entender que os líderes têm um papel maior do que passar uma visão de negócio: eles são os responsáveis por criar um ambiente onde as pessoas possam vivenciar a ansiedade, que é um sentimento normal, com segurança.

“Cada cultura tem rituais e práticas que ajudam as pessoas a se unirem, se conectarem e construírem algo juntas. Não há razão para que as empresas não sigam essa trajetória, que foi definida em todas as culturas há séculos”, afirma Esther. 

8. Gerações não deveriam ser generalizadas 

Hoje há cinco gerações coexistindo no mercado de trabalho e, frequentemente, a Z aparece como a “vilã”. Para Esther, a discussão precisa considerar que não há identidades fixas e que nem todos os membros de uma geração vão se comportar da mesma maneira. Assumir que todos são iguais provoca uma conversa “estática e rígida”, o que está distante da realidade. 

Esther disse ainda que cada perfil de trabalho é definido, para além da idade, pela bagagem e contexto de vida que aquela pessoa traz consigo. 

Ainda sobre o tema geracional, Esther fez uma provocação a respeito da geração Z. “Eles são meus filhos, filhos de muitos que estão aqui. Nós criamos essas pessoas do jeito que elas são. Eles não surgiram do nada e não se tornaram isso do nada, não é algo que se aprende na escola”. 

9. Nem todo colaborador deve ser tratado da mesma forma

Se algumas empresas estão diminuindo os investimentos em iniciativas de diversidade e inclusão, Esther defende que demandas de grupos diferentes precisam ser endereçadas de formas específicas. Para se criar uma política corporativa eficaz, é preciso olhar para as especificidades de cada um dos grupos e garantir que suas necessidades sejam contempladas, entendendo que não dá para separar vida pessoal e vida profissional. 

“Quando as pessoas vão trabalhar, levam sua vida toda. Por exemplo, 37 milhões de americanos são cuidadores. Antes de chegarem ao trabalho às 9h, muitos já passaram duas horas cuidando de alguém.” 

Quando o assunto são minorias queer, a especialista acredita ser importante atender a dois aspectos: lugares para que as pessoas se reúnam com outras que estão lidando com o mesmo tipo de circunstância e espaço para as minorias de qualquer tipo conversarem com as pessoas que não se enquadram nestes contextos. 

10. É preciso contar histórias para criar uma cultura organizacional forte 

A psicoterapia trouxe um ponto de vista bem inovador ao responder ao público sobre cultura organizacional. Para ela, criar a possibilidade de as pessoas contarem histórias no ambiente de trabalho é a chave para melhorar os relacionamentos e fortalecer a cultura da empresa. 

Esther afirma que ao fazer uma série de reuniões online, as pessoas não se conectam verdadeiramente entre si. Muitas vezes, não perguntam como o outro está, não há nenhum ritual de relacionamento no dia a dia.

Em reuniões online, é impossível saber se a pessoa está prestando atenção no que é dito, se está respondendo a outra mensagem ou olhando uma notificação que acabou de chegar. “É por isso que todos se acostumaram com esse silêncio glacial quando alguém diz: ‘alguma ideia? durante uma reunião online”, afirma Esther. 

Para motivar este tipo de discussão, Esther lançou um jogo de cartas chamado "Where should we begin: At Work", em que cada carta convida os jogadores a compartilhar histórias e momentos com seus colegas de trabalho. 

“Boas histórias criarão uma boa cultura. A ciência é clara: se você tem uma boa cultura de relacionamento, terá mais engajamento. Com mais engajamento, terá um desempenho maior e até mesmo um alto desempenho sustentado.”

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Quando a Flash surgiu, nós tínhamos como objetivo revolucionar o mercado de benefícios no Brasil. De lá para cá, avançamos ao trazer agilidade, tecnologia e flexibilidade tanto para RHs quanto colaboradores.

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