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A contribuição sindical é obrigatória? Entenda tudo sobre o imposto sindical

Descubra se a contribuição sindical é obrigatória e aprenda como gerenciar corretamente esse item na folha de pagamento da sua empresa. Confira!

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A contribuição sindical é um aspecto muito importante nas relações trabalhistas no Brasil, e sua compreensão é essencial para qualquer empresa. 

Muitas vezes, ela gera dúvidas e confusões, em especial se a contribuição é obrigatória ou não. Também é comum questionamentos sobre os procedimentos que devem ser seguidos pelos departamentos pessoal e financeiro. 

Neste artigo, vamos esclarecer se o imposto sindical é obrigatório e o que você precisa fazer para seguir a legislação trabalhista.

O que é contribuição sindical?

Também conhecida como imposto sindical, a contribuição é uma taxa destinada a financiar as atividades dos sindicatos. Tradicionalmente, tem sido cobrada de todos os trabalhadores e empregadores no Brasil na categoria CLT.

Historicamente, essa contribuição tinha o objetivo de apoiar as ações sindicais, como:

  • Convenção coletiva;
  • Assistência jurídica;
  • E outros serviços prestados pelos sindicatos aos seus associados e à categoria.

É importante destacar que, conforme a Reforma Trabalhista de 2017 (Lei nº 13.467/2017), a contribuição sindical deixou de ser obrigatória para os trabalhadores. Ou seja, a participação dos empregados é facultativa e depende da adesão voluntária. Isso significa que o imposto não pode mais ser descontado automaticamente na folha de pagamento dos profissionais sem o seu consentimento.

Antes da reforma, a contribuição sindical era descontada automaticamente, equivalente a um dia de trabalho. 

Após 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) permitiu a cobrança de uma contribuição assistencial sindical, mesmo para quem não é filiado. No entanto, o trabalhador tem o direito de se recusar a pagar.

Qual a diferença entre a contribuição assistencial e sindical?

  • Contribuição assistencial: usada para custear atividades assistenciais do sindicato, principalmente as negociações coletivas. Pode ser cobrada de trabalhadores, filiados ou não. O valor não é fixo, sendo estabelecido em negociação ou assembleias coletivas. Vale destacar que o profissional pode se opor à cobrança.

  • Contribuição sindical: destinada para custear as atividades do sindicato. Costuma ser usada também para oferecer benefícios ao trabalhador como creche, bibliotecas, educação e formação profissional. Assim como na contribuição assistencial, sua cobrança deve ser feita somente se o trabalhador der autorização.
Do ponto de vista jurídico, uma diferença marcante entre a contribuição sindical e a contribuição assistencial é que a contribuição sindical decorre de lei, tanto que está prevista na Constituição Federal, especificamente na previsão no artigo 8º, inciso IV.

Já a contribuição assistencial, é estabelecida por instrumentos de negociação coletiva, ou seja, é uma cláusula de convenção coletiva ou acordo coletivo.

O que acontece se eu não pagar a contribuição sindical?

Como a contribuição sindical se tornou opcional, não há penalidades automáticas por não pagar essa taxa. A reforma trabalhista eliminou o desconto obrigatório, então não há consequências legais para quem decide não contribuir, seja trabalhador ou empregador.

Como cancelar a contribuição sindical? 

Inicialmente, verifique se a contribuição está sendo descontada de seu salário. Em seguida, notifique o sindicato sobre sua decisão de cancelar a contribuição mensal. A maioria dos sindicatos está exigindo a manifestação contrária por escrito, para assegurar que sua solicitação seja registrada. 

Alguns sindicatos podem exigir o preenchimento de formulários específicos para formalizar o cancelamento, portanto, verifique se é necessário. Após enviar a solicitação, peça uma confirmação por escrito de que o cancelamento foi efetuado e que não haverá mais descontos futuros. 

Atualize o departamento de Recursos Humanos ou Financeiro de sua empresa para garantir que os descontos sejam interrompidos. 

Por fim, acompanhe seus holerites para assegurar que os descontos cessaram. Caso ainda haja descontos, entre em contato novamente com o sindicato e com sua empresa para resolver a situação.  

Como fazer a carta para o sindicato não descontar o valor da contribuição?

Confira, abaixo, um modelo de carta de oposição à contribuição sindical que pode ser usado como referência para redigir a solicitação: 

[Seu Nome]
[Seu Endereço]
[Cidade, Estado, CEP]
[Email]
[Telefone]

[Data]

À
[Nome do Sindicato]
[Endereço do Sindicato]
[Cidade, Estado, CEP]

Assunto: Solicitação de Cancelamento da Contribuição Sindical

Prezados,

Eu, [Seu nome], portador(a) do CPF [Seu CPF] e matrícula [Sua matrícula] (se aplicável), venho por meio desta solicitar o cancelamento do desconto da contribuição sindical em meu nome.

De acordo com as novas diretrizes estabelecidas pela Reforma Trabalhista de 2017, que torna a contribuição sindical facultativa, decidi não continuar com o pagamento da referida contribuição. Solicito, portanto, que o sindicato cesse imediatamente qualquer desconto referente à contribuição sindical em meus vencimentos.

Peço que esta solicitação seja processada com a maior brevidade possível e que me, seja enviada uma confirmação por escrito de que o cancelamento foi efetivado.

Agradeço antecipadamente pela atenção e aguardo a confirmação do recebimento e processamento desta solicitação.

Atenciosamente,

[Seu Nome]
[Assinatura] (se a carta for enviada em papel)

Obrigações das empresas em relação ao pagamento da contribuição sindical

Embora a contribuição sindical seja facultativa, a empresa deve cumprir rigorosamente com as seguintes obrigações sempre que o desconto e o repasse forem realizados.

  • Autorização dos empregados: quando é voluntária, as empresas devem obter uma aprovação escrita dos empregados para descontar o valor da contribuição sindical mensal. Sem essa autorização, o desconto não pode ser realizado.

  • Repasse ao sindicato: após o desconto, o empregador é responsável por repassar o valor recolhido ao sindicato correspondente. Esse repasse deve ser feito dentro dos prazos estabelecidos e com a devida identificação, para garantir que o órgão receba a contribuição corretamente.

  • Documentação e registros: as empresas devem manter a documentação necessária sobre o pagamento e repasse da contribuição sindical. Esses registros são importantes para auditorias e eventuais verificações por parte dos sindicatos e autoridades fiscais.

  • Informação e transparência: é dever do empregador informar aos empregados sobre a obrigatoriedade ou a possibilidade de contribuição sindical, conforme a legislação vigente. A organização deve garantir que os empregados estejam cientes dos seus direitos e das implicações relacionadas.

  • Tratamento de disputas: em caso de disputas relacionadas ao pagamento da contribuição sindical, a empresa deve estar preparada para lidar de maneira adequada. Isso pode incluir negociações com o sindicato ou resolução de conflitos por canais legais apropriados.

Consequências legais e financeiras da contribuição para empresas e trabalhadores

As consequências legais e financeiras para empresas e trabalhadores podem variar dependendo do contexto e das decisões tomadas relacionadas à contribuição sindical. Abaixo, veja algumas das principais implicações:

Consequências legais

  • Para empresas: devem garantir que estejam em conformidade com as leis trabalhistas vigentes ao coletar e repassar a contribuição sindical, pois o não cumprimento pode resultar em penalidades, multas e ações legais. 

Além disso, a falta de clareza ou de uma gestão adequada pode levar a disputas com sindicatos e trabalhadores, potencialmente resultando em processos judiciais ou administrativos.

  • Para trabalhadores: podem ter direito a contestar descontos indevidos ou não autorizados. Em especial se a contribuição sindical não for gerida conforme a legislação, o que pode levar a ações judiciais para reverter descontos e buscar compensações. 

A ausência do repasse pode impactar a capacidade de representação do trabalhador, especialmente se o sindicato não puder manter atividades de negociação e defesa sem os recursos financeiros necessários.

Consequências financeiras

  • Para empresas: podem enfrentar custos adicionais associados à gestão e administração da contribuição sindical, incluindo sistemas de software para rastreamento e repasse, além de possíveis custos legais em caso de disputas. 

Em casos de não conformidade, as empresas podem ser sujeitas a multas e penalidades impostas por órgãos reguladores ou pelo sistema judicial.

  • Para trabalhadores: podem sofrer impactos financeiros devido a descontos indevidos e, caso a contribuição não esteja sendo conforme as regras, podem buscar reembolsos ou compensações. 

Além disso, a contribuição sindical pode afetar o salário líquido dos trabalhadores, especialmente se for descontada de forma obrigatória. A percepção de valor versus custo pode influenciar a satisfação e o engajamento dos funcionários.

Impactos adicionais 

  • Para empresas e trabalhadores: como a contribuição sindical é gerida pode afetar a relação entre empresas e trabalhadores. A transparência e a comunicação clara sobre o uso do repasse e seus benefícios podem mitigar conflitos e promover uma colaboração mais eficaz.

Leia também: O que é dissídio salarial? Tudo o que você precisa saber sobre o tema

Por que a contribuição sindical ainda é um tema relevante para empresas e colaboradores

A contribuição sindical continua sendo um tema relevante para empregadores e empregados por várias razões:

  1. Financiamento dos sindicatos: a contribuição sindical é uma das principais fontes de receita para os sindicatos, assim como para custear atividades que beneficiam os empregados.

  2. Representação e negociação: os sindicatos representam os trabalhadores e negociam convenções coletivas. Mesmo em um contexto de mudanças nas leis trabalhistas, a contribuição ajuda a garantir que esses órgãos possam representar seus membros e negociar melhores condições de trabalho.

  3. Benefícios e proteções: a contribuição sindical pode ajudar a financiar serviços que beneficiam os trabalhadores. Dentre eles a assistência em casos de disputas trabalhistas, orientação sobre direitos e deveres, além de creches, bibliotecas, educação e formação profissional. 

  4. Estabilidade e diálogo social: a presença de sindicatos ativos e bem financiados pode facilitar a resolução de conflitos e a negociação de acordos que beneficiem a todos.

Prós e Contras: argumentos a favor e contra a contribuição sindical

A contribuição sindical apresenta uma série de argumentos favoráveis e contrários à sua aplicação. A seguir, listamos alguns dos principais prós e contras, confira!

Prós da contribuição sindical

  1. Financiamento dos sindicatos: fornece uma fonte estável de receita para os sindicatos, responsável por financiar suas atividades, como negociações coletivas, assistência jurídica em relação a encargos trabalhistas e programas de benefícios para seus membros.

  2. Promoção da justiça social e equidade: contribui para uma força coletiva que pode pressionar por mudanças legislativas e políticas favoráveis aos trabalhadores, promovendo assim a justiça social e a equidade.

    Além disso, o recurso permite que os sindicatos defendam os interesses de todos os trabalhadores, promovendo igualdade e justiça nas relações trabalhistas.

  3. Estabilidade nas relações de trabalho: sindicatos bem financiados podem facilitar o diálogo e a resolução de conflitos entre empregadores e empregados, promovendo um ambiente mais estável e colaborativo. Isso contribui para a estabilidade nas relações de trabalho. 

Contras da contribuição sindical

  1. Eficiência e gestão dos recursos: há preocupações sobre a maneira como alguns sindicatos gerenciam os recursos recebidos, com casos de má gestão e falta de transparência. 

  2. Desmotivação e insatisfação: trabalhadores que não se sentem representados ou que não concordam com as políticas do sindicato podem sentir desmotivação e insatisfação com a contribuição. 

  3. Mudanças no cenário trabalhista: com as mudanças nas leis trabalhistas e o movimento em direção a modelos mais flexíveis de trabalho, como o trabalho remoto e híbrido, a contribuição sindical pode se tornar menos relevante.

  4. Alternativas de financiamento: em vez de depender de contribuições obrigatórias, os sindicatos podem buscar outras formas de financiamento, como taxas de adesão voluntárias e serviços pagos, que podem ser mais alinhadas com a vontade dos trabalhadores. 

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