Como motivar e reconhecer times na economia digital
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Uma das últimas palestras do período da tarde do primeiro dia de RH Summit ocorreu com a presença de Deborah Oliveira, CEO da Wecare, que trouxe uma abordagem muito interessante ao evento: Como motivar e reconhecer times na economia digital. A curadoria da palestra foi feita por Jéssica Martins, âncora do evento.
Logo no começo da palestra, foi abordada a questão da motivação dos colaboradores e dos modelos que deram certo até o momento, mas que precisam ser adaptados a uma realidade de economia digital.
Deborah explicou que o modelo industrial era muito focado em produção, com tarefas detalhadas e repetitivas. Tudo tinha que ser feito exatamente como o planejado e havia uma espera clara ao final do trabalho. Isso fazia com que as pessoas não fossem motivadas e achassem o trabalho uma coisa realmente chata.
Os líderes detinham os conhecimentos e apenas os passavam para que os times executassem. Os feedbacks ocorriam com uma abordagem “top down”, na qual apenas a parte de cima da empresa enviava essas informações para os funcionários do chão de fábrica.
Hoje em dia, os modelos de trabalho estão focados em inovação, criatividade e colaboração. Parte disso são os chamados "knowledge workers”, pessoas que vão contra o modelo industrial e possuem um mindset focado em processos abertos, contam com um background de conhecimento e geram soluções e inovação para a empresa.
Esse perfil busca fazer um trabalho de excelência, desenvolver-se como profissional e ajudar a empresa a crescer. Porém, para isso, precisam ter um trabalho relevante e que realmente gere impacto na empresa e na vida das pessoas. Tudo isso se transforma em motivação para que esse colaborador continue na empresa.
Os knowledge workers desejam ter autonomia, querem ensinar, olhar para os desafios e ajudar a resolvê-los. Eles são especialistas e querem escolher as metodologias e linguagens de programação utilizadas, por exemplo.
Além disso, precisam ter um senso de propósito no trabalho, ou seja, precisam estar trabalhando com um alimento, de acordo com o que gostam e têm como valores.
Jéssica questiona a palestrante sobre as empresas que desejam fazer uma transição do modelo antigo para o novo, mas ainda encontram um cenário híbrido, com pessoas knowledge workers e com aquelas que ainda atuam de acordo com o modelo operacional.
Nesse caso, a palestrante indica que é preciso valorizar os dois tipos de trabalhadores, mas sempre motivando os que estão focados no modelo operacional a se transformarem e se desenvolverem.
As empresas desse tipo podem combinar estratégias para que o lado mais criativo, colaborador e inovador floresça aos poucos nos colaboradores.
A curadora perguntou sobre algumas substituições que podem ser feitas em relação ao modelo antigo e o que deseja ser implementado nas empresas, e Deborah indicou que é possível utilizar os conceitos de gamificação para isso da seguinte forma:
- Substituir metas individuais e de longo prazo por metas curtas;
- Abandonar a visão de que a meta e os objetivos devem ser criados com a abordagem “top down”;
- Trazer feedbacks sobre os resultados e também sobre as contribuições do dia a dia dos colaboradores.
Outro conceito de gamificação que pode ser aplicado é o da liberdade de escolher a forma como as pessoas querem ser reconhecidas. Isso deve ser feito por meio da escolha individual da equipe em prazos mais curtos e com opções variadas.
Jéssica traz uma reflexão sobre o tema do evento, que é a importância das bases e das raízes do RH, mencionando que a abordagem passada pela palestrante não deve ser feita de forma drástica, sem que haja uma maturidade na equipe de gestão.
O ideal é começar pequeno, implantar as modificações em um time ou em um setor em um primeiro momento. Assim, é possível mensurar resultados e até ganhar mais poder de convencimento em relação a gestão da empresa.
Ao final, Deborah passou duas dicas interessantes para empresas que estão em momentos diferentes do negócio:
Para as empresas que ainda contam com uma cultura de comando e controle, tradicional e engessada, a sugestão é começar a aplicar alguns conceitos de gamificação aos poucos e de forma coordenada.
Já para as que estão em processo de transformação cultural, a dica é utilizar estratégias, como a do merity money. Nessa abordagem, a empresa dá pontos ou até valores em dinheiro para que a equipe distribua entre os colegas com total autonomia, fazendo com que eles reconheçam uns aos outros.
Como último ponto, a curadora perguntou à Deborah a melhor maneira de saber como as pessoas desejam ser reconhecidas. A palestrante informou que isso deve ser perguntado e feito com empatia e entendimento da realidade de cada um. Em grandes empresas, é possível utilizar a tecnologia para viabilizar esse processo.
Assim, a mensagem final feita por Jéssica ressaltou a importância da tecnologia no processo de reconhecimento dos profissionais:
“Não tem como escalar os produtos de RH sem tecnologia” – Jéssica Martins
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