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Gamificação nas empresas: use técnicas de jogos para resolver problemas de equipe

Entenda como aplicar a gamificação nas empresas para engajar funcionários que, estimulados pela estratégia do jogo, podem se sentir mais envolvidos.

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Ao discutir gamificação no RH, imaginamos recompensas para funcionários ou atividades dinâmicas em processos seletivos e recrutamento. O conceito de "gamification", entretanto, é mais amplo.

Essa abordagem é empregada para aumentar o engajamento dos funcionários, que, motivados pela atividade lúdica, se envolvem mais profundamente.

Por isso, a gamificação é destacada cada vez mais como uma das principais tendências para o ambiente de trabalho.

Fabiano Onça, especialista em criação de jogos e docente em game design, destaca um aspecto crucial: gamificar não é apenas criar simulações ou ambientes virtuais com avatares e denominar isso de jogo. Segundo ele, é necessário proporcionar protagonismo ao jogador.

"Um bom jogo é uma sucessão de escolhas relevantes. A gamificação nas empresas precisa oferecer ferramentas que criem opções interessantes para a tomada de decisões. Aí sim as pessoas tiram conclusões a respeito do que jogaram", afirma.

Acompanhe a leitura para descobrir como aplicar a gamificação de maneira estratégica no dia a dia empresarial.

O que é a gamificação nas empresas?

Gamificação nas empresas é uma estratégia que envolve o uso de técnicas de jogos, sejam eles online ou presenciais, como jogos de cartas ou tabuleiros, para engajar equipes, otimizar o fluxo de trabalho, e facilitar a comunicação interna, entre outras necessidades.

Mesmo algo tão simples quanto lançar uma moeda pode trazer o espírito competitivo, pois o que o torna interessante é a incerteza: vai dar cara ou coroa?

“O que sustenta o jogo é não saber o desfecho. Não é preciso dar opinião final sobre o certo ou errado, basta que você represente adequadamente a tensão subjacente”, explica Fabiano Onça.

A gamificação no ambiente corporativo também deve engajar emocionalmente os participantes, pois o envolvimento emocional pode intensificar a aprendizagem.

“Buscamos recursos da gamificação há muito tempo. Porque eles ajudam no desenvolvimento de competências pessoais de forma lúdica, interativa e envolvente e também para engajar”, afirma a consultora de RH Claudia Rososchansky, que se dedica ao desenvolvimento pessoal e à superação de obstáculos.

Claudia destaca que os jogos permitem que as empresas ultrapassem a teoria e desenvolvam ferramentas práticas que motivam a participação ativa.

Além disso, jogos mantêm o engajamento em programas de longa duração que exigem dedicação contínua: “Jogando, todo mundo se mantém comprometido”, acrescenta.

Benefícios da gamificação para as empresas

  • Mapeamento de processos e jornadas de aprendizagem: facilita o entendimento e a visualização das etapas de treinamentos e desenvolvimento dentro da empresa.

  • Identificação de desafios: permite que a empresa reconheça os obstáculos que precisam ser superados e elabore estratégias direcionadas.

  • Desenvolvimento de competências: analisa as principais soft skills e hard skills para enfrentar e superar esses desafios.

  • Resolução de problemas: auxilia na identificação e solução de problemas operacionais e estratégicos.
  • Inovação: incentiva a equipe a buscar e propor soluções criativas de problemas.

  • Fortalecimento de equipe: melhora a coesão interna e reforça o sentimento de pertencimento através de atividades de team building.

  • Otimização do onboarding: torna a integração de novos funcionários mais eficiente e envolvente.

  • Melhoria na interação em eventos: aumenta a eficácia da comunicação e interação em eventos destinados a fornecedores.

  • Eficiência em treinamentos externos: aprimora a capacitação de colaboradores externos, garantindo melhor desempenho e integração.

Como usar a gamificação no RH?

Se o conceito de gamificação parece promissor, surge uma questão prática: como implementar essa estratégia nas empresas?

As aplicações podem variar desde dinâmicas rápidas em reuniões de equipe até jogos mais extensos, que duram três dias ou envolvem mais de 600 funcionários em convenções simultaneamente.

“Havia uma situação em que cada pessoa da empresa tinha uma visão do processo, e ninguém consultava ninguém. Fui chamado para aplicar a estratégia, e a ideia do game que propus era aumentar a conversação entre elas para que tomassem decisões mais balizadas. Nesses casos, é primordial ensinar a importância da gestão da informação”, relata Fabiano Onça.

“A sutileza da gamificação para empresas é que se o jogo vier com uma mensagem muito clara, imperativa, as pessoas não vão gostar, porque se rouba delas o protagonismo”, complementa.

A aprendizagem não é gerada apenas pelo mecanismo do jogo, que serve como um “ambiente simbólico onde, de maneira figurada, as empresas trabalham as tensões da vida real”. Ela ocorre a partir das atitudes das pessoas durante a partida.

Entre alguns exemplos de gamificação, Fabiano menciona um jogo sobre aquecimento global, que requer articulação empresarial para influenciar mudanças em políticas públicas.

Neste jogo, os participantes buscam a aprovação de leis favoráveis à energia eólica, com opções de colaborar em diferentes níveis ou investir dinheiro fictício em iniciativas. Contudo, se a solução coletiva falha, a Terra é destruída.

Durante o jogo, surgiu a questão sobre a necessidade de implementar uma regra que punisse quem não colaborasse. No entanto, Fabiano considera que tal medida contraria as dinâmicas corporativas: “Se fizer isso, fica óbvio. O jogador não deve ser punido por meio de uma regra, mas as outras pessoas olham para ele na mesa e ficam incomodadas.”

A gamificação, então, facilita que o desconforto surja naturalmente, permitindo que as pessoas reflitam por si mesmas. Isso é o que Fabiano Onça denomina metajogo.

Por fim, a ideia é preservar o aspecto lúdico das atividades. Se a dinâmica se relaciona claramente com o trabalho cotidiano, o indivíduo pode sentir-se avaliado, tentar antecipar respostas esperadas e, possivelmente, perder a espontaneidade.

“Um bom exemplo são as salas de Escape Room, utilizadas em várias dinâmicas corporativas. Lá, em um cenário fictício repleto de enigmas para escapar, é possível avaliar como cada um reage sob pressão de grupo”, explica Paula Carolei, professora de Jogos, Games e Gamificação no curso de Design Educacional da Unifesp.

Gamificação e engajamento

Muitas vezes, os convites para participar de atividades organizadas pelo RH podem ser recebidos com certo desânimo pelos funcionários, que veem nisso uma interrupção de suas tarefas cotidianas sem adição de valor aparente.

No entanto, quando a gamificação é aplicada, o envolvimento tende a ser maior. Ela tira os funcionários da rotina e os motiva, oferecendo uma pausa bem-vinda e a chance de fazer algo diferente.

Para alcançar esse engajamento efetivo, o primeiro passo é entender claramente os objetivos da liderança com a gamificação dentro do time, enfatizando o bem-estar dos colaboradores.

Jogos competitivos e em grupos são particularmente eficazes para temas mais áridos, como políticas de compliance, promovendo uma competição saudável. De qualquer forma, esses elementos servem para capturar a atenção e promover o engajamento.

“É importante fazer do jogo uma vivência, não simplesmente responder a um estímulo. No jogo, o profissional volta no que fez e revê o seu processo, fazendo um mapeamento de jornada.”, afirma Paula Carlolei.

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Como funciona na prática?

O recurso da gamificação pode ser aplicado de forma ampla em uma empresa, atendendo a diversos objetivos.

Por exemplo, uma grande construtora enfrentava um problema delicado de assédio sexual em suas obras. A estratégia adotada foi introduzir um jogo de cartas, uma abordagem que visava expor a tensão sem intimidar os envolvidos, buscando, ao invés disso, engajá-los de maneira construtiva.

Fabiano Onça utilizou um vocabulário acessível para explicar a legislação e abordar esses temas sensíveis. Ao final do jogo, os participantes começavam a compartilhar suas próprias experiências, discutindo abertamente sobre situações complicadas.

“Funciona para todos os temas, dos divertidos aos tensos. As pessoas projetam as questões em si e passam a discutir essa tensão. Há comportamentos que poucos assumem, como ser autoritário, por exemplo. As empresas que usam a gamificação podem fazer com que o grupo viva isso e converse, colocando-se um no lugar do outro”, explica.

Incluir a gamificação como parte das estratégias de RH pode ajudar a melhorar o bem-estar dos funcionários, promovendo um ambiente de trabalho mais inclusivo e empático.

E você, o que pensa sobre utilizar a gamificação como um recurso para alcançar melhores métricas e resultados?

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