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O que é um balancete contábil, para que serve e como fazer corretamente

Aprenda o que é balancete contábil, os tipos, como fazer, analisar e calcular. Guia completo sobre balancete para dominar a saúde financeira da sua empresa.

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Todo gestor financeiro sabe que um balancete contábil é essencial para assegurar que os registros financeiros da empresa estejam sempre corretos e equilibrados. 

Na prática, porém, muitos profissionais enfrentam dificuldades para interpretar esses números, identificar possíveis inconsistências e, principalmente, utilizar essas informações para embasar decisões estratégicas.

Neste artigo, vamos mostrar como funciona o balancete, como calcular seus valores de maneira precisa e como essa prática pode proporcionar mais controle financeiro e menos surpresas no dia a dia.

Boa leitura! 

O que é um balancete contábil?

O balancete contábil é um demonstrativo utilizado para auxiliar a contabilidade ao oferecer uma visão geral da situação financeira de um negócio em um determinado período. Ele reúne os saldos das contas contábeis, organizando os valores de débitos e créditos para facilitar a verificação dos registros.

O principal objetivo desse instrumento é permitir que os gestores e contadores possam identificar erros, acompanhar movimentações e embasar tanto o planejamento financeiro quanto as análises financeiras.

A diferença entre balanço patrimonial e balancete

O balancete é uma ferramenta de gestão utilizada ao longo de todo o ano para acompanhar a movimentação contábil do negócio e apoiar a tomada de decisões financeiras.

Já o balanço patrimonial é um demonstrativo contábil obrigatório que apresenta, de maneira consolidada, a situação financeira e patrimonial da organização em uma data específica. Geralmente, isso acontece no encerramento do exercício fiscal, sendo essencial para a prestação de contas e a declaração de impostos.

Veja, na tabela abaixo, as principais diferenças entre o balancete e o balanço patrimonial:

Característica

Balancete contábil

Balanço patrimonial

Objetivo

Demonstrar a situação contábil da empresa em um determinado período de tempo

Apresentar a posição financeira da empresa ao final do exercício contábil

Periodicidade

Pode ser mensal, trimestral ou conforme necessidade da gestão

Elaborado anualmente, no encerramento do exercício

Obrigatoriedade

Não é obrigatório por lei, mas recomendado para acompanhamento financeiro

Obrigatório para empresas enquadradas no regime de Lucro Real e Lucro Presumido

Estrutura

Relatório auxiliar, sem necessidade de ajuste final

Documento oficial, ajustado conforme normas contábeis

Finalidade

Acompanhamento e análise interna da movimentação financeira

Base para cálculo de impostos e prestação de contas a investidores e órgãos reguladores

Para que serve um balancete contábil?

Como vimos, os balancetes permitem o acompanhamento da movimentação financeira do negócio de forma clara e organizada em um determinado período. Esse documento também é importante para: 

  • verificação da exatidão dos registros contábeis: garante que os créditos e débitos estejam corretos, evitando falhas que possam comprometer o fechamento contábil.
  • avaliação da saúde financeira: permite identificar tendências financeiras, como aumento de despesas, redução de receitas ou problemas no fluxo de caixa.
  • tomada de decisões estratégicas: fornece informações essenciais para investimentos, cortes de gastos, negociações com fornecedores e decisões de impacto financeiro.
  • elaboração de demonstrações financeiras: serve de base para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e para o balanço patrimonial, garantindo relatórios contábeis ágeis e precisos.
  • realização de auditoria interna ou externa: facilita a apuração de informações por auditores, assegurando transparência e conformidade com as normas contábeis.

Exemplo de balancete contábil

O modelo pode variar conforme o porte do negócio e a complexidade de suas operações. Porém, em geral, segue o formato básico e padronizado que apresentamos a seguir:

Conta contábil

Débito (R$)

Crédito (R$)

Ativo circulante

   

Caixa

5.000

 

Bancos

3.000

 

Ativo não circulante

   

Imóveis

10.000

 

Passivo circulante

   

Fornecedores

 

4.000

Empréstimos a pagar

 

2.000

Patrimônio líquido

   

Capital social

 

10.000

Resultado

   

Receita de vendas

 

8.000

Despesas operacionais

3.000

 

No final, a soma dos débitos deve ser igual à soma dos créditos, o que garante o equilíbrio. Dependendo da necessidade, pode-se detalhar ainda mais os gastos, como receitas e despesas ou informações bancárias, como notas fiscais e outros documentos.

5 tipos de balancete usados na contabilidade

Existem diferentes tipos de balancetes contábeis, que variam conforme a finalidade, o nível de detalhamento e a frequência de elaboração. Vamos a eles: 

  1. Balancete de verificação: utilizado para conferir se os lançamentos contábeis estão corretos e se há equilíbrio na contabilidade de custos. Apresenta os saldos das contas em um período específico e serve como base para outras demonstrações financeiras.
  2. Balancete de resultado: permite ao gestor analisar a rentabilidade e a eficiência do negócio em gerar lucros durante o período avaliado. Foca nas contas de custos, despesas e receitas.
  3. Balancete patrimonial: apresenta os ativos, passivos e o patrimônio líquido. É ideal para avaliar os recursos disponíveis no longo prazo e a saúde patrimonial.
  4. Balancete analítico: oferece uma visão detalhada das variações em cada conta contábil. É recomendado para empresas com grande volume de transações que precisam de um controle mais minucioso sobre entradas e saídas.
  5. Balancete sintético: fornece um resumo consolidado das contas contábeis, com menos detalhes que o analítico. Indicado para obter uma visão geral e rápida da situação financeira do negócio.

Passo a passo para fazer um balancete contábil

A elaboração de balancetes exige organização, precisão nos registros e conhecimento sobre as contas contábeis. Esse processo segue uma estrutura lógica para garantir que todas as informações sejam corretamente registradas para futuras apurações.

A seguir, confira o passo a passo para fazer um balancete contábil de maneira correta.

1. Organize os registros contábeis

Antes de começar, é fundamental garantir que todas as transações financeiras estejam devidamente registradas nos livros contábeis. Isso inclui:

  • Livro diário: onde todas as operações são registradas cronologicamente.
  • Livro razão: que detalha os lançamentos contábeis por conta, permitindo acompanhar as movimentações.
  • Livro caixa: onde são registrados os recebimentos e pagamentos, garantindo o controle do fluxo de caixa.

A organização desses registros garante que o balancete de verificação seja confiável e reflita corretamente a posição financeira da organização.

2. Identifique e classifique as contas contábeis

As contas contábeis são divididas em três grandes grupos, e cada uma delas deve ser classificada corretamente no balancete contábil:

  • Ativo: representa os bens, direitos e valores, como caixa, contas a receber, estoques e imobilizado.
  • Passivo: inclui todas as obrigações financeiras da organização, como fornecedores, empréstimos, tributos a pagar e salários.
  • Patrimônio líquido: corresponde ao capital próprio da empresa, ou seja, os recursos dos sócios e os lucros acumulados.

Além disso, as contas de receitas, custos e despesas também devem ser identificadas corretamente para que o demonstrativo reflita a performance real.

3. Realize os lançamentos de débitos e créditos

Cada transação financeira gera um lançamento contábil, que precisa ser classificado entre débito e crédito, seguindo o método das partidas dobradas. Eles devem ser feitos detalhadamente, considerando:

  • o valor da transação;
  • a conta que será debitada;
  • a conta que será creditada; e
  • a data do lançamento.

Essa etapa é crucial para evitar falhas contábeis e garantir que os registros estejam corretos antes da elaboração do balancete.

4. Apure os saldos das contas contábeis

Após realizar todos os lançamentos, é necessário calcular o saldo de cada conta para identificar se há divergências nos registros. Para isso:

  • Some os valores debitados e creditados em cada conta.
  • Verifique se o total de débito e crédito está equilibrado.
  • Analise discrepâncias e corrija possíveis falhas antes de fechar o balancete.

Se houver desequilíbrio entre débito e crédito, pode haver lançamentos incorretos ou contas classificadas erroneamente.

5. Estruture e revise

Com as apurações de saldo feitas, é preciso organizar as informações em um formato estruturado, seguindo a divisão das contas.

Antes de finalizar, é importante revisar o balancete contábil para garantir que ele esteja correto e pronto para ser utilizado nas análises financeiras da empresa.

Algumas boas práticas incluem:

  • Conferir se todas as transações financeiras foram registradas corretamente.
  • Comparar o balancete de verificação com os relatórios financeiros anteriores.
  • Identificar possíveis ajustes antes da elaboração do balanço patrimonial e da DRE.

Seguindo esse processo, o balancete contábil será um demonstrativo fiel da situação financeira da empresa, o que facilita a tomada de decisão e garante maior transparência na gestão contábil.

Como analisar um balancete contábil

A avaliação é uma etapa chave para identificar inconsistências e interpretar a saúde financeira da empresa com base em dados concretos. Veja como fazer isso de forma prática:

1. Verificação da exatidão dos saldos

Antes de partir para a análise detalhada, é fundamental garantir que os valores do balancete contábil estejam corretos. Para isso:

  • Confira se o total de débitos é igual ao total de créditos.
  • Compare com o plano de contas e o balancete do período anterior para identificar variações incomuns nos saldos.
  • Reveja lançamentos atípicos ou valores discrepantes que possam indicar erros contábeis ou movimentações não justificadas.

2. Análise dos grupos de contas

Após verificar a exatidão dos registros, é importante analisar os grupos de contas para entender a real situação financeira da empresa.

Avaliação do ativo

O ativo representa os bens e direitos da empresa. Para interpretá-lo corretamente:

  • Verifique a proporção entre ativo circulante (dinheiro em caixa, contas a receber, estoques) e ativo não circulante (imobilizado, investimentos de longo prazo).
  • Analise a liquidez: a empresa tem recursos suficientes para cumprir com suas obrigações no curto prazo?
  • Observe se há um aumento excessivo em contas a receber ou estoques, o que pode indicar problemas na gestão de vendas ou compras.

Avaliação do passivo

O passivo representa as obrigações da empresa com terceiros. Ao analisá-lo:

  • Verifique a relação entre passivo circulante (dívidas de curto prazo) e passivo não circulante (dívidas de longo prazo).
  • Observe se a empresa está muito endividada e se há risco de inadimplência.
  • Analise a relação entre passivo e patrimônio líquido para medir o nível de alavancagem financeira.

Análise do resultado

A seção de receitas, custos e despesas do balancete contábil ajuda a entender se a empresa está gerando lucro ou prejuízo.

  • Compare receitas e despesas para verificar a margem de lucratividade.
  • Analise a evolução dos custos operacionais para identificar possíveis desperdícios.
  • Observe se há um aumento nas despesas financeiras, o que pode indicar maior dependência de crédito.

3. Indicadores financeiros e tendências

Com base nos números do balancete contábil, é possível calcular indicadores financeiros que ajudam a tomar decisões estratégicas.

Indicadores de liquidez

  • Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante → mede se a empresa consegue pagar suas dívidas de curto prazo.
  • Liquidez seca = (ativo circulante - estoques) / passivo circulante → mostra a liquidez sem considerar estoques, que podem demorar a serem convertidos em dinheiro.

Indicadores de rentabilidade

  • Margem líquida = lucro líquido / receita total → mede o resultado sobre as vendas.
  • Retorno sobre patrimônio líquido (ROE) = lucro líquido / patrimônio líquido → avalia o retorno gerado para os sócios.

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Indicadores de endividamento

  • Índice de endividamento = passivo total / ativo total → mede o quanto da empresa é financiado por terceiros.
  • Cobertura de juros = EBIT / despesas financeiras → indica a capacidade de pagar os juros sobre dívidas.

4. Comparação com períodos anteriores e metas

Além de analisar os números atuais, é importante compará-los com os anteriores para identificar tendências e padrões.

  • O faturamento está crescendo ou diminuindo?
  • A empresa está aumentando ou reduzindo o valor dos custos operacionais?
  • O nível de endividamento está sob controle?

Esse tipo de comparação permite avaliar se o negócio está no caminho certo ou se ajustes – até mesmo novas estratégias – são necessárias.

5. Tomada de decisões estratégicas

Após interpretar os dados, a empresa pode tomar decisões mais embasadas, como:

  • Ajustar o planejamento financeiro para reduzir gastos e otimizar despesas.
  • Buscar investimentos ou renegociar dívidas conforme a capacidade financeira da empresa.
  • Melhorar a gestão do capital de giro para garantir mais liquidez no dia a dia.

Com uma avaliação bem feita, o balancete contábil deixa de ser apenas um documento técnico e se torna uma ferramenta estratégica para o sucesso financeiro da empresa.

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