Despesas e receitas: entenda as diferenças entre os conceitos

Você sabe qual o impacto das despesas e receitas na saúde financeira da sua empresa? Enquanto as despesas são os custos necessários para operar e manter um negócio, as receitas são os ganhos gerados pelas vendas e outras fontes de lucro. 

Compreender essas diferenças é crucial para uma gestão financeira eficiente e a tomada de decisões estratégicas. Um controle adequado das despesas e receitas permite que você identifique áreas de oportunidade, maximize lucros e minimize custos. 

Além disso, uma análise detalhada desses elementos pode ajudar a prever tendências financeiras e planejar o futuro da sua empresa de maneira mais assertiva.

Continue a leitura para saber mais!

O que são receitas e despesas?

Receitas e despesas são dois conceitos fundamentais para o setor financeiro que ajudam a definir o desempenho econômico de uma empresa. 

De forma geral, podemos defini-las assim:

• Receitas: os ganhos obtidos pelo negócio através de suas atividades principais, como a venda de produtos ou serviços. Elas representam o fluxo de entrada de recursos financeiros que possibilitam a operação e a expansão da empresa.  

• Despesas: os custos para operar e manter o negócio funcionando. Elas representam o fluxo de saída de recursos financeiros. Incluem gastos com salários, matérias-primas, aluguel, serviços de terceiros e outras despesas corporativas. 

Ou seja, as receitas contribuem para o crescimento e a sustentabilidade da empresa. Já as despesas são essenciais para a sua operação, mas reduzem o seu capital. 

Em termos contábeis, a diferença entre receita e despesa determina o lucro ou prejuízo de uma organização. Quando as receitas superam as despesas, o negócio obtém lucro. Quando as despesas são maiores que as receitas, há prejuízo.

Leia também: Fluxo de caixa financeiro: como fazer um plano de contas eficiente?

Tipos de receitas

Agora que você já entendeu qual a diferença entre receitas e despesas, precisa saber que existem diferentes tipos de receitas. 

Confira, a seguir, as principais categorias: 

Receitas operacionais 

São aquelas geradas diretamente das atividades principais da empresa, relacionadas à sua função essencial e ao seu modelo de negócio. Elas provêm das atividades que definem o propósito da organização, como:

• Comercialização de produtos;
• Prestação de serviços;
• Outras atividades centrais para a operação. 

Justamente por isso, as receitas operacionais são consideradas mais estáveis e previsíveis em comparação com as receitas não operacionais.

Receitas não operacionais

As receitas não operacionais referem-se aos ganhos que uma empresa obtém fora de suas atividades principais e rotineiras. 

Diferentemente das receitas operacionais, elas provêm de fontes secundárias que não estão diretamente relacionadas ao modelo de negócio principal da companhia.

Essas receitas podem incluir:

• Rendimentos de investimentos: ganhos obtidos por investimentos financeiros, como juros sobre aplicações bancárias, dividendos recebidos de ações ou rendimentos de títulos e outros instrumentos financeiros.
  
  
• Venda de ativos: lucros obtidos com a venda de ativos que não fazem parte da operação principal da empresa. Por exemplo, a venda de uma propriedade que não tenha ligação direta com o negócio.
  
  
• Receitas de aluguéis: valores recebidos pelo aluguel de imóveis ou equipamentos que a empresa possui, mas que não são utilizados diretamente na sua operação.
  
  
• Indenizações e compensações: ganhos recebidos em forma de indenizações, compensações ou seguros que não estão ligados diretamente às atividades normais da companhia.
  
  
• Ganhos de câmbio: lucros obtidos com variações favoráveis nas taxas de câmbio, no caso de empresas que lidam com transações internacionais.

Tipos de despesas

Entender a classificação das despesas é fundamental para uma gestão financeira eficaz pois cada categoria apresenta características e impactos financeiros únicos.

Conheça, a seguir, a diferença entre despesas para administrar melhor os recursos da empresa. 

Despesas fixas 

As despesas fixas são aquelas que não variam com o volume de produção ou vendas da empresa. Elas se caracterizam pela regularidade, ocorrendo geralmente em intervalos mensais ou anuais, e são fundamentais para a manutenção das operações. 

Além disso, não têm relação direta com o desempenho empresarial e suas oscilações. Alguns exemplos de despesas fixas são: 

• Salários e remunerações fixas dos funcionários;
• Planos de saúde e seguros;
• Custos fixos, como aluguel do espaço comercial;
• Contas de consumo fixas (água, luz, telefone,  internet);
• Assinaturas e licenças de softwares;
• Obrigações financeiras (impostos, empréstimos, financiamentos).

Despesas variáveis

As despesas variáveis são aquelas que se ajustam conforme o nível de atividade da empresa. Seu montante é diretamente afetado pelo volume de produção ou de vendas alcançado, exigindo monitoramento contínuo para assegurar alinhamento com o orçamento. 

Na prática, elas incluem:

• Reembolso de despesas operacionais;
• Custos com viagens corporativas;
• Gastos variáveis com cartão corporativo;
• Bônus e comissões baseadas em desempenho;
• Manutenção e reparos eventuais;
• Suprimentos de escritório;
• Logística e entrega;
• Impostos direcionados sobre vendas.

Leia também: Descubra o que é e quais são as despesas fixas e variáveis na empresa

Despesas de capital

As despesas de capital são investimentos para adquirir, manter ou melhorar ativos de longo prazo. 

Diferentemente das despesas operacionais, as despesas de capital representam um compromisso financeiro substancial e único que oferece benefícios futuros, como, por  exemplo:

• Compra de máquinas e equipamentos;
• Aquisição de imóveis;
• Desenvolvimento de software.

Despesas com acidente de trabalho

São custos associados a incidentes ocorridos enquanto um funcionário está desempenhando suas funções na empresa.

Na prática, eles envolvem:

• Custos médicos e hospitalares;
• Compensações e indenizações;
• Investimentos em segurança no trabalho (EPIs).

Despesas operacionais

As despesas operacionais são os custos necessários para manter a empresa funcionando no dia a dia. 

Eles englobam todos os gastos que não estão diretamente relacionados à produção, mas fazem parte das operações diárias. Alguns exemplos são: 

• Custos de energia elétrica;
• Manutenção de equipamentos;
• Despesas com transporte e logística.

Despesas administrativas 

São gastos relacionados à gestão e suporte da empresa. Incluem custos com pessoal, serviços e materiais necessários para uma administração eficaz. Podem ser considerados como despesas administrativas:

• Salários da equipe administrativa;
• Serviços de contabilidade e auditoria;
• Materiais de escritório.

Leia também: Despesas reembolsáveis e não reembolsáveis: por que é importante diferenciar? 

Como receitas e despesas impactam o fluxo de caixa da empresa?

O fluxo de caixa é um indicador muito importante da saúde financeira de um negócio, refletindo a quantidade de dinheiro que entra e sai. 

As receitas e despesas desempenham papéis fundamentais nesse fluxo. E impactam diretamente na capacidade da organização de manter suas operações, investir no seu crescimento e cumprir suas obrigações financeiras. 

Impacto das receitas no fluxo de caixa 

• Entrada de dinheiro: receitas representam o dinheiro que a empresa recebe pela venda de produtos ou serviços. Um aumento na receita significa mais entradas de dinheiro, o que pode melhorar o fluxo de caixa e fornecer mais recursos para operações e investimentos.
  
  
• Liquidez e operações: receitas consistentes e crescentes ajudam a garantir que a organização tenha o fluxo de caixa necessário para cobrir despesas operacionais e controlar o fundo de caixa com eficiência, pagar fornecedores e funcionários, além de atender a outras obrigações financeiras.
  
  
• Crescimento e expansão: um fluxo de caixa positivo impulsionado por receitas sólidas permite que a empresa invista no seu crescimento, compre novos ativos, desenvolva novos produtos e explore novas oportunidades de mercado.
  
  
• Gestão de crédito: como as receitas são geridas, incluindo as condições de crédito concedidas aos clientes, pode afetar a velocidade com que o dinheiro entra na empresa. Recebimentos rápidos melhoram o fluxo de caixa, enquanto atrasos podem causar problemas de liquidez.

Impacto das despesas no fluxo de caixa

• Saída de dinheiro: despesa é todo conjunto de custos que a empresa tem para manter suas operações. Seu aumento reduz o dinheiro disponível no fluxo de caixa, o que pode criar desafios financeiros, especialmente se elas não forem acompanhadas por um aumento proporcional nas receitas.
  
  
• Planejamento e controle: o controle eficaz das despesas ajuda a manter o fluxo de caixa estável. Custos inesperados ou mal geridos podem levar a déficits no fluxo de caixa, obrigando a empresa a buscar financiamento externo ou reduzir investimentos e operações.
  
  
• Impacto no lucro e na liquidez: despesas elevadas podem reduzir o lucro líquido, afetando a capacidade da empresa de gerar caixa suficiente para cobrir suas obrigações. Um bom planejamento orçamentário e uma gestão cuidadosa dos custos ajudam a manter um fluxo de caixa saudável.
  
  
• Ciclos de pagamento: o tempo de pagamento das despesas também afeta o fluxo de caixa. Contas que precisam ser pagas rapidamente podem criar pressão sobre o fluxo de caixa, enquanto a negociação de prazos de pagamento mais longos pode ajudar a melhorar a liquidez.

A importância do equilíbrio entre receitas e despesas 

Um equilíbrio adequado entre receitas e despesas é fundamental para a empresa não apenas cobrir seus custos operacionais e contas a pagar, mas também manter uma margem de lucro saudável. 

Isso é crucial para a sustentabilidade a longo prazo e para evitar déficits que podem comprometer a viabilidade do negócio. 

Mas tem mais: confira, a seguir, outros impactos positivos.  

• Liquidez e flexibilidade: quando as receitas superam as despesas, a empresa desfruta de uma boa liquidez, permitindo pagar fornecedores e funcionários pontualmente, investir em oportunidades de crescimento e enfrentar imprevistos sem estresse financeiro. Isso confere maior flexibilidade para decisões estratégicas e operacionais.
  
  
• Planejamento e crescimento: um controle eficaz das receitas e despesas possibilita um planejamento financeiro mais assertivo. Com uma visão clara do fluxo de caixa, a empresa pode detalhar e prever com mais assertividade seu budget e forecast, expandir suas operações e desenvolver novos produtos com confiança.
  
  
• Redução de riscos: o equilíbrio entre receitas e despesas ajuda a minimizar riscos financeiros. Despesas excessivas ou receitas insuficientes podem levar a problemas de liquidez e à necessidade de financiamento externo, que pode ser oneroso e arriscado.
  
  
• Tomada de decisões informadas: a análise contínua das receitas e despesas por meio de ferramentas como a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) fornece informações valiosas para a tomada de decisões. Identificar tendências e padrões ajuda a ajustar estratégias de preços, cortar custos desnecessários e melhorar a eficiência operacional.

O planejamento financeiro é essencial para definir metas, otimizar recursos e reduzir gastos. Baixe agora nosso material completo e descubra como melhorar a gestão das suas finanças!

Exemplos de receitas e despesas no dia a dia das empresas 

Entender como as receitas e despesas impactam a saúde financeira é essencial para uma gestão eficiente. 

No dia a dia das corporações, essas categorias financeiras não são apenas conceitos abstratos, mas sim elementos reais que afetam as operações e a rentabilidade. 

Vamos explorar alguns exemplos práticos para esclarecer como receitas e despesas se manifestam no cotidiano das empresas e como elas influenciam o resultado financeiro final.

Conceito de lucro: o que é e como se diferencia de receita

O lucro é o valor que resta após a dedução de todas as despesas das receitas totais. Enquanto as receitas representam o dinheiro que a empresa recebe pela venda de produtos ou serviços, o lucro é o resultado dessa operação, indicando a rentabilidade da empresa. 

Em outras palavras, a receita mostra o volume de dinheiro que entra e o lucro revela quanto desse dinheiro é efetivamente ganho após cobrir todos os custos.

Como calcular o lucro a partir da receita e das despesas

Para calcular o lucro, é necessário subtrair as despesas totais das receitas totais. O cálculo básico é:

Lucro = Receita total - despesas totais

• Receita total: soma de todas as entradas financeiras geradas pela empresa, como vendas de produtos e serviços.

• Despesas totais: soma de todos os custos associados às operações da empresa, como salários, aluguel e matérias-primas.

Esse cálculo fornece o lucro líquido, que é um indicador fundamental da saúde financeira da organização e da eficiência de suas operações. 

A importância de entender esta diferença para a tomada de decisões financeiras

Compreender a diferença entre receita e lucro é essencial para uma tomada de decisão financeira eficaz. O lucro fornece uma visão clara da rentabilidade real da empresa, enquanto a receita é apenas indicativo do volume de vendas. 

Saber como calcular o lucro ajuda a avaliar a eficácia das estratégias de negócio, a identificar áreas onde os custos podem ser reduzidos e a planejar investimentos futuros. 

Essa distinção é muito importante para ajustar preços, controlar despesas e garantir que a organização esteja operando de maneira lucrativa e sustentável.

Leia também: RH e Financeiro: veja como alinhar os objetivos dessas duas áreas na sua empresa

Como a Flash pode ajudar sua empresa a gerenciar despesas e receitas

A Flash oferece uma solução completa para gerenciar despesas e receitas da sua empresa de forma eficaz. Isso porque conta com uma série de recursos como: 

• Digitalização de despesas: automatiza processos financeiros com tecnologia OCR, que extrai textos e imagens, reduzindo o tempo gasto na leitura de comprovantes. Facilita o acesso para funcionários e gestores, organizando e comprovando gastos de forma eficiente.
  
  
• Emissão de nota de débito: simplifica a criação de notas de débito, permitindo gerar o documento com apenas alguns cliques, contendo todas as informações necessárias para você entender o que a despesa representa.
  
  
• Cartão corporativo: disponibiliza um cartão para colaboradores, simplificando o processo de pagamentos corporativos e agilizando a gestão e aprovação de despesas pelo setor financeiro.
  
  
• Gestão de reembolsos: auxilia no monitoramento e controle de gastos, garantindo conformidade com as políticas da empresa e otimizando custos.
  
  
• Gestão de viagens: permite a aprovação de passagens aéreas e hospedagens conforme a política da empresa, diretamente pelo celular, facilitando o planejamento e a organização de viagens corporativas.

Invista na saúde financeira da sua empresa com a Flash e alcance um novo patamar de eficiência e sustentabilidade.