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Campanha Janeiro Branco: 20 ideias para promover a saúde mental na empresa

Especialista explica como as empresas podem incentivar o bem-estar emocional dos colaboradores durante a campanha do Janeiro Branco e ao longo do ano.

Flash

O mês de janeiro é simbólico. Visto como um período para recomeços, cheio de novas possibilidades, é quando se olha para o futuro com novas expectativas e são estabelecidos planos e metas para os meses seguintes. 

Esse clima de renovação de esperanças é uma das razões que fizeram o primeiro mês do ano ser escolhido para a campanha Janeiro Branco, dedicada à conscientização sobre a saúde mental, que busca incentivar a sociedade a refletir e discutir esse tema. 

Trata-se de uma iniciativa que se mostra cada vez mais relevante, sobretudo no ambiente corporativo, devido ao crescente interesse das empresas pelo bem-estar de seus colaboradores. É, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio para diretorias e departamentos de Recursos Humanos fazerem a diferença na vida dos trabalhadores, com ações significativas, em sintonia com a cultura e os valores da empresa e as características da comunidade.   

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O que é saúde mental?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar mental, que permite a uma pessoa lidar com o estresse, desenvolver suas habilidades e contribuir para a comunidade. Essa também é a definição adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil .

O NCCIH (National Center for Complementary and Integrative Health), ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo dos Estados Unidos, adota, desde 2018, uma definição mais detalhada: “estado geral positivo das emoções, satisfação com a vida, senso de significado e propósito, e capacidade de perseguir objetivos autodefinidos”. 

Esse órgão destaca que elementos de bem-estar emocional incluem um senso de equilíbrio em emoções, pensamentos, desejos e relacionamentos sociais. Além disso, diz que a importância dada ao tema pode variar entre subpopulações e estágios de desenvolvimento, e destaca que, atualmente, falta compreensão fundamental dos componentes do bem-estar emocional, bem como das intervenções que promovem o desenvolvimento do bem-estar.

Como surgiu a campanha de Janeiro Branco? 

A primeira campanha Janeiro Branco foi realizada no início de 2014, idealizada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão que, na época, trabalhava como professor em uma escola privada de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. 

“Estava preocupado com a virada de ano e o risco de perder o emprego, algo comum entre os professores da rede particular, que vivem com o medo de não ter o contrato renovado. Então, percebi que, apesar de estar empregado, estava muito angustiado”, conta.

O profissional que já era formado em psicologia, diz que se deu conta de que havia muitas campanhas de promoção da saúde, mas nenhuma sobre a saúde mental. 

“Vi que não existia campanha sobre a angústia, sobre sentimentos. Já tinha para câncer de mama, câncer de próstata, para respeitar a faixa de pedestres, entre outras. Então, criei um grupo no WhatsApp com psicólogos da minha cidade para falar sobre saúde mental, afetividade, ansiedade, depressão e outros temas da subjetividade”, diz Leonardo. 

Campanha Janeiro Branco virou Lei Federal 

No primeiro ano, o grupo percorreu a cidade mineira falando sobre os cuidados com as emoções, sobre a necessidade de conversar com o companheiro e com os filhos sobre os sentimentos. 

Desde então, os especialistas rodam o país fazendo palestras e, nove anos depois, em abril de 2023, a campanha de Janeiro Branco virou Lei Federal (Lei nº 14.556/23), voltada à promoção da saúde mental.

Leonardo conta que, em suas viagens pelo Brasil, as pessoas costumam falar sobre os sentimentos em relação ao trabalho. Dizem que estão muito cansadas, esgotadas e que não se vêem felizes na vida profissional

“Isso é comum, já que passamos grande parte da nossa vida na empresa. Por isso é muito importante a campanha de Janeiro Branco estar no mundo corporativo”, diz. “Debater a saúde mental, convidar psicólogos para fazer palestras e rodas de conversas são algumas atividades que podem levar esse cuidado para as empresas. Mas a saúde mental tem de ser uma preocupação durante o ano inteiro, fazer parte da cultura da companhia”, afirma.

A vida profissional não é a única queixa dos brasileiros, diz o psicólogo. “As principais queixas são sobre trabalho, educação dos filhos ou relacionamentos, que são aspectos relacionados às dores humanas”, revela.

Depois de conquistar a adesão de outras categorias profissionais, e o apoio de artistas, de prefeituras, conselhos de psicologia e instituições de saúde mental, em 2018 foi criado o Instituto Janeiro Branco , que tem Leonardo Abrahão como presidente. Em seu site, a entidade disponibiliza materiais sobre a campanha de Janeiro Branco de cada ano e seu respectivo tema, que podem ser baixados gratuitamente pelo link. 

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Qual o tema da campanha Janeiro Branco de 2025?

O tema da campanha de Janeiro Branco de 2025 é: O que fazer pela saúde mental agora e sempre? A ideia é incentivar as pessoas, famílias, empresas e instituições públicas e privadas a apoiar ações concretas que estimulem a valorização da saúde mental como prioridade coletiva.

E por que foi escolhida a cor branca para a campanha? Segundo o instituto, a explicação está na simbologia ligada à esperança, que é mais do que um pensamento positivo: é uma mentalidade e uma prática, pois é preciso acreditar na possibilidade de mudança e tomar medidas práticas para que ela aconteça.

Qual o papel das empresas na promoção da saúde mental? 

Problemas no trabalho estão entre as principais causas de transtornos mentais. Uma que se destaca é a Síndrome de Burnout, o esgotamento físico e mental relacionado à atividade profissional. De acordo com o Ministério da Saúde, esse distúrbio emocional apresenta sintomas de exaustão extrema, causada por situações de trabalho desgastantes, com muita pressão e estresse, muitas responsabilidades e competitividade. 

Levantamento recente da ISMA-BR, que faz parte da International Stress Management Association, mostra que o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de casos de Burnout, ficando atrás apenas do Japão. Segundo os dados do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), em 2023, 421 pessoas haviam sido afastadas por conta da condição, o que indica um aumento de mais de 1.000% em relação a 2014, quando a teve início a campanha Janeiro Branco.

Os casos de depressão e ansiedade são mais numerosos e frequentes na América Latina que em qualquer outro lugar do mundo, conforme dados da OMS. A entidade também informa que o Brasil é o campeão mundial em ansiedade, e lidera em casos de depressão na América Latina. 

“Nós temos problemas com alcoolismo, violência doméstica, racismo, machismo, fanatismo religioso... São várias questões que machucam a alma dos brasileiros e das brasileiras”, afirma Leonardo.

Ele diz que saúde mental pressupõe cuidados individuais, mas lembra que as pessoas têm de, primeiro, aprender a cuidar de seu estado emocional, pois não foram educadas para isso. “Aprendemos a conferir o troco, a registrar o ponto no trabalho, mas não a cuidar da própria saúde.”

A necessidade de aprender a se cuidar, entretanto, não anula a demanda por atitudes institucionais voltadas à promoção da saúde mental. “Muitas vezes, as empresas também não são orientadas, não sabem muito bem como cuidar da saúde mental dos seus colaboradores”, afirma o psicólogo. 

Ele lembra que saúde mental também pressupõe políticas públicas, e afirma que o Brasil ainda tem serviços muito precários. “O Brasil, ao mesmo tempo que é uma das maiores economias do mundo, está entre os dez países com maior desigualdade. Estamos vendo as pessoas se esgotando no trabalho, com dificuldade de acessar a saúde e a educação de qualidade, o que massacra o indivíduo e prejudica a saúde mental”, explica. 

Como ir além da campanha de Janeiro Branco e apoiar a saúde mental durante todo o ano? 

O idealizador da campanha de Janeiro Branco diz que é preciso falar sobre saúde mental da mesma maneira como se fala sobre novela ou futebol: com naturalidade. 

“Ela não pode ser entendida só como sinônimo de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, bipolaridade, alcoolismo, dependência química e esquizofrenia, entre outras condições. Além disso, saúde mental também é sobre autoconhecimento, autocontrole, autoestima, perdão e amor-próprio”, ensina. 

O especialista também reafirma que cuidar da saúde mental pressupõe tanto cuidados individuais quanto institucionais. “As empresas precisam investir em saúde mental, e as autoridades públicas têm que investir em políticas públicas diversificadas, com destaque para a garantia de direitos sociais e trabalhistas. É necessário respeitar a democracia e cuidar da saúde mental em sua multidimensionalidade: o lado individual, o lado do trabalho, das relações profissionais e das relações coletivas”, diz.

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20 ideias de ações para a campanha de Janeiro Branco na empresa 

Para ajudar as empresas a cumprirem seu papel no processo de promoção da saúde mental, a Flash traz dicas e sugestões de ações para uma campanha de Janeiro Branco na sua empresa — que podem ser adotadas durante o ano inteiro. 

  1. Rodas de conversas: encontros informais com discussões abertas sobre saúde mental, conduzidos por profissionais qualificados, em um formato que incentive a troca de experiências sem julgamentos;

  2. Espaços de escuta ativa: oferecer uma sala ou ambiente ao ar livre onde os colaboradores possam conversar com um psicólogo, sem compromisso de seguir para uma terapia contínua. A ideia é abrir esses espaços durante todo o mês de janeiro e, se possível, mantê-los o ano inteiro;

  3. Oficinas de autocuidado e bem-estar: promover oficinas práticas sobre meditação, respiração consciente, yoga e cozinha saudável são atividades que ajudam a integrar o cuidado com a saúde mental à rotina diária dos colaboradores, e podem ser mais eficientes que palestras e seminários;

  4. Semana do bem-estar: promoção de atividades que promovam o relaxamento e o bem-estar, como meditação guiada, spa para os pés, manicure, massagens relaxantes e oficinas de mindfulness;

  5. Oficinas de habilidades socioemocionais: oferecer workshops práticos sobre temas como comunicação não violenta, inteligência emocional e gestão de conflitos, entre outros; 

  6. Campanha mural de cartões de apoio emocional: trata-se de um sistema de cartões anônimos, nos quais os trabalhadores escrevem mensagens de apoio uns aos outros, que vão sendo expostos em um grande mural, em um ambiente importante da empresa, com grande fluxo de pessoas, o que ajuda a criar uma rede de empatia e acolhimento; 

  7. Desafio de saúde mental: mobilização de toda a comunidade interna em um desafio de 30 dias focado na saúde mental, com ações diárias como: escrever um diário de sentimentos e/ou bilhetinhos de gratidão, praticar atividades físicas e fazer pausas regulares no trabalho; depois, os colaboradores pode compartilhar suas experiências e contribuir para a criar de ações contínuas;

  8. Distribuição de cupons para o bem-estar: criação de vouchers que podem ser trocados por sessões de terapia, massagem, acupuntura, aulas de yoga, etc., dentro ou fora da empresa;
  1. Arte terapia: oferecimento de atividades artísticas de escrita, desenho, pintura, dança, música ou teatro, que ajudem os colaboradores se expressar de maneira criativa;

  2. Debates: abrir espaço para a discussão de temas relacionados à saúde mental, como: saúde mental no ambiente de trabalho, gatilhos para o estresse e seus impactos, prevenção de transtornos mentais, empatia e apoio social, equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, criação dos filhos, etc.; os encontros podem servir como ações diagnósticas para campanhas e ações futuras do RH;  

  3. Reconhecimento: promover ações para reconhecer o esforço, o valor do trabalho e a dedicação do colaborador de forma humana, menos focada no desempenho;

  4. Treinamento de gestores: capacitação dos líderes e gestores para reconhecerem sinais de estresse, ansiedade e outros problemas emocionais em seus times, orientando-os a demonstrar empatia e compreensão, e a buscar ajuda quando necessário; 

  5. Criar uma cultura de feedback: relacionada com o item anterior, trata-se de uma proposta para a implementação de programas de feedback contínuo, que não seja concentrada só no desempenho e em metas, mas também no bem-estar do colaborador;

  6. Criação de um ambiente acolhedor: transformar o local de trabalho em um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para falar sobre suas emoções, sem medo de represálias, o que inclui a implementação de políticas claras de apoio e confidencialidade;

  7. Benefícios de saúde mental: oferta de subsídios ou mesmo a opção de serviços de psicoterapia in company pode ajudar a democratizar o acesso aos cuidados emocionais.

  8. Flexibilidade e benefícios: repensar as políticas de horários e benefícios, abrindo possibilidades de trabalho híbrido; adotar horários de trabalho alternativos e flexíveis; oferecer de serviços de saúde, atividades físicas e programas de assistência aos empregados;

  9. Canais de comunicação e informação: desenvolver jornais, podcasts ou séries de vídeos informativos e inspiradores sobre saúde mental, com entrevistas e depoimentos de especialistas e colaboradores sobre autocuidado;

  10. Criação de espaços de leitura: oferecer espaços aconchegantes e bem iluminados para incentivar a leitura nos momentos de descanso dos funcionários; 

  11. Campanha de doação de livros: promover a doação de livros sobre saúde mental e bem-estar para bibliotecas comunitárias e/ou instituições de caridade.

  12. Políticas de combate ao assédio moral e sexual: criar políticas claras de combate a qualquer forma de assédio, garantindo um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.

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