Como fazer gestão matricial de despesas na empresa
Saiba como a gestão matricial de despesas traz mais controle e transparência para os gastos e orçamento da sua empresa. Veja como aplicar esse modelo.

A Gestão Matricial de Despesas (GMD) é um conceito que pode parecer distante da rotina, mas que faz total sentido quando o assunto é controle orçamentário de verdade — aquele que evita erros, dá visibilidade ao uso dos recursos e distribui a responsabilidade entre as áreas.
Se você já cansou de ver decisões de gastos sendo tomadas sem critério, disputas entre departamentos por orçamento ou despesas que “brotam” no meio do mês, esse artigo foi feito para você.
Aqui, vamos explicar como aplicar esse modelo na prática, quais os benefícios e desafios, e como ele pode transformar um empreendimento que está preso a um modelo engessado de orçamento.
Boa leitura!
O que é gestão matricial de despesas?
A gestão matricial de despesas é um modelo avançado de controle orçamentário que combina elementos da estrutura organizacional tradicional com a lógica por projetos ou centros de custo.
Nesse modelo, as despesas corporativas deixam de ser responsabilidade exclusiva de um único departamento e passam a ser compartilhadas entre diferentes gestores, conforme o tipo de despesa e a área impactada.
O objetivo central da estrutura matricial (também conhecida como GMD orçamento) é promover visibilidade, responsabilidade compartilhada e algo mais estratégico sobre os custos de uma empresa.
Em vez de centralizar toda a gestão em um único ponto, como o setor financeiro, a gestão matricial distribui a responsabilidade entre áreas funcionais (como marketing, TI, RH) e áreas gerenciais, cruzando informações em uma verdadeira matriz de responsabilidades.
Essa abordagem é especialmente útil para negócios com operações complexas, múltiplas unidades e diferentes frentes de atuação.
Ela também contribui para uma estratégia mais precisa e alinhada com os objetivos estratégicos da organização, permitindo identificar desvios, priorizar investimentos e aplicar recursos com mais eficiência.
Diferentemente dos modelos tradicionais, que se concentram apenas em centros de custo, o orçamento matricial de despesas oferece uma estrutura mais completa, permitindo identificar quem está gastando, em quê e por qual motivo.
Assim, permite análises mais ricas, especialmente quando combinada com indicadores financeiros e sistemas de gestão financeira integrados.
Em resumo, a GMD é uma ferramenta poderosa para empresas que desejam fortalecer a governança corporativa e compliance, melhorar o planejamento e trazer mais clareza ao uso dos recursos.
É uma prática em ascensão no mercado, especialmente entre organizações que valorizam eficiência, transparência e autonomia responsável.
Como funciona a gestão matricial de despesas na estrutura organizacional das empresas?
Na prática, a estrutura matricial funciona como uma malha cruzada de responsabilidades, em que cada projeto, atividade ou despesa é acompanhado por gerentes — geralmente um responsável funcional (como o gerente de uma área) e um responsável hierárquico (como o diretor executivo da unidade de negócio).
Imagine que uma organização precise investir em um novo pacote de software para automação do marketing.
Na estrutura funcional, essa despesa seria responsabilidade apenas da área de marketing. Já na estrutura matricial, essa decisão envolveria também o responsável pelo orçamento geral de tecnologia ou do projeto ao qual o investimento está atrelado.
Por essa razão, esse modelo exige colaboração entre departamentos, disciplina no uso de dados e clareza nas responsabilidades.
Para isso, as empresas que adotam o gerenciamento matricial de despesas geralmente estruturam seu orçamento empresarial em duas dimensões principais:
Centros de custo
Representam os departamentos da empresa que utilizam os recursos no dia a dia. Alguns exemplos de áreas são: Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Comercial, Logística, Jurídico e Financeiro.
Cada centro de custo está relacionado a um gestor funcional, que é responsável pelo uso do orçamento dentro de sua área.
Na gestão de despesas nas empresas, essa dimensão funcional permite entender onde os recursos estão sendo consumidos, facilitando a estrutura de custos e a análise da eficiência operacional de cada departamento.
Com isso, é possível realizar comparativos entre áreas, identificar oportunidades de redução de gastos e promover uma cultura de uso consciente dos recursos.
Categorias de despesas
Agrupam os tipos de gastos segundo sua natureza, como serviços terceirizados, ferramentas digitais, licenças de software, treinamentos, deslocamentos, viagens corporativas, material de escritório, entre outros.
Essas categorias costumam estar sob a supervisão de um gestor orçamentário — alguém com visão transversal, que cuida da tarefa de gastos de maneira mais ampla e estratégica.
Essa classificação é fundamental na gestão de despesas corporativas, pois permite consolidar gastos por natureza, identificar padrões, negociar contratos com fornecedores e estabelecer limites mais precisos de investimento por categoria.
Cada gasto é então analisado por esses dois eixos — quem usa e quem paga —,criando um formato de orçamento matricial de despesas.
Essa configuração exige que os dois principais atores do processo — o gestor funcional e o gestor orçamentário — validem, monitorem e respondam por cada linha orçamentária. Por isso, é comum que se diga que o GMD orçamento promove uma responsabilização compartilhada.
A base dessa metodologia está em uma estrutura organizacional matricial, um modelo híbrido de estrutura que combina as lógicas funcional e por projetos.
Em vez de trabalhar de forma isolada, os departamentos passam a operar em equipes multidisciplinares, conectadas por meio de projetos e lideranças cruzadas.
Esse modelo requer uma boa definição dos canais de comunicação, além de atividades de apoio para consolidar informações, gerar relatórios e facilitar a tomada de decisões em tempo real.
Muitas empresas utilizam pacotes de ERP, BI ou plataformas de gestão de custos e despesas corporativas para automatizar esse processo e garantir que ele funcione de maneira eficiente.
A estrutura matricial oferece uma camada extra de análise, controle e governança, tornando-se especialmente útil em grandes organizações, que precisam acompanhar de perto o uso dos recursos e garantir alinhamento entre áreas com diferentes metas e prioridades.
Sabia que a ferramenta de Gestão de Despesas da Flash pode auxiliar a sua empresa nesse desafio? Clique na imagem abaixo e saiba mais!
Quais os benefícios do gerenciamento matricial de despesas?
Adotar a estrutura matricial é uma tomada de decisões que vão além do controle financeiro: trata-se de criar uma cultura de responsabilização compartilhada, aumento da transparência, reforçar a governança corporativa e melhorar a qualidade das decisões de negócio.
Ao distribuir o controle orçamentário entre diferentes níveis de liderança, o modelo matricial transforma a forma como as empresas acompanham e otimizam suas despesas.
Veja, a seguir, os principais benefícios da gestão matricial de despesas.
Responsabilização compartilhada
É o sentido do gerenciamento matricial de despesas. Em vez de uma única área responder pelo uso dos recursos, a responsabilidade passa a ser dividida entre os gestores financeiros (que utilizam o recurso) e os gestores orçamentários (que controlam o orçamento empresarial).
Essa divisão garante que as decisões sobre gastos passem por uma dupla checagem. Isso reduz riscos, evita excessos e reforça o alinhamento entre o planejamento orçamentário e as prioridades estratégicas da empresa.
Cada despesa precisa ser justificada, validada e acompanhada, o que eleva o grau de comprometimento de todas as áreas envolvidas.
Além disso, esse modelo proporciona um aumento da maturidade da estrutura organizacional matricial, estimulando o trabalho colaborativo e o foco em resultados sustentáveis.
Transparência e governança
A estrutura matricial permite enxergar as despesas empresariais com mais clareza. Como os dados são cruzados entre centros de custo e categorias de gasto, fica mais fácil identificar para onde os recursos estão indo, quem está gastando e por que. Isso melhora significativamente a transparência na gestão financeira.
Essa visibilidade reforça os princípios de governança corporativa, sobretudo em empresas que lidam com múltiplas unidades de negócio, filiais ou projetos simultâneos.
O modelo também favorece a prestação de contas e o compliance, pois a validação dos gastos ocorre em dois níveis e segue uma lógica clara e auditável.
Com o suporte de ferramentas de gestão de despesas corporativas, é possível gerar relatórios mais robustos, monitorar indicadores em tempo real e evitar decisões baseadas apenas em feeling ou histórico.
Melhor tomada de decisão
A estrutura matricial promove uma visão mais estratégica do uso dos recursos, permitindo que os decisores avaliem o impacto de cada gasto sob diferentes óticas — operacional, tática e estratégica.
Essa abordagem aumenta a qualidade da tomada de decisão, pois entrega dados mais completos e contextualizados.
O diretor financeiro, por exemplo, pode analisar uma linha de despesa não apenas conforme o custo, mas também com foco em retorno, alinhamento aos planos de negócios e aderência a orçamentos anuais.
Ao estruturar o orçamento empresarial com organização em múltiplos centros de decisão, a empresa passa a ter mais organização sobre seus investimentos, mais previsibilidade e mais agilidade para redirecionar recursos quando necessário.
Detecção de desvios orçamentários
Outro benefício essencial da estrutura matricial é a capacidade de identificar rapidamente desvios orçamentários. Como as informações são acompanhadas de forma contínua por diferentes responsáveis, qualquer movimentação fora do previsto tende a ser percebida e tratada mais cedo.
Além disso, a metodologia GMD fortalece o uso de alertas e KPIs para monitorar o orçamento em tempo real.
Com os dados estruturados em matrizes que cruzam áreas e tipos de despesa, a empresa consegue perceber não só onde houve o desvio, mas também entender por que ele aconteceu, quem o autorizou e quais ações corretivas podem ser tomadas.
Esse controle contribui para reduzir desperdícios, combater ineficiências e manter o equilíbrio financeiro mesmo em cenários de pressão orçamentária.
Quais são os desafios da estrutura matricial de despesas?
Embora a gestão matricial de despesas ofereça ganhos significativos de controle, eficiência e governança, sua implementação exige atenção a desafios específicos.
Como envolve múltiplos responsáveis por uma mesma linha orçamentária, o modelo matricial pode gerar conflitos, por isso exige maturidade da organização e demanda tecnologia para garantir fluidez e confiabilidade nos processos.
Abaixo, listamos os principais desafios da estrutura matricial e como as empresas podem se preparar para enfrentá-los.
Conflito entre áreas
O principal risco da estrutura matricial está nos possíveis conflitos entre áreas. Como o modelo exige que dois gestores — funcional e orçamentário — compartilhem a responsabilidade sobre as despesas corporativas, pode haver divergência sobre prioridades, prazos ou até mesmo justificativas para determinados gastos.
Por exemplo: um gestor funcional pode considerar essencial contratar um fornecedor externo para acelerar um projeto, enquanto o gestor orçamentário, focado no cumprimento do orçamento empresarial, pode defender o adiamento da despesa. Esse tipo de impasse precisa ser resolvido com base em critérios claros, indicadores consistentes e alinhamento com a estratégia da empresa.
É por isso que o sucesso da gestão matricial depende de processos bem definidos e da atuação ativa da liderança financeira — especialmente do controller e do diretor financeiro — como facilitadores de consenso e guardiões da política de gastos.
Necessidade de alinhamento e canais de comunicação
Implantar o gerenciamento matricial de despesas exige mais do que uma planilha de controle financeiro empresarial. É preciso promover uma verdadeira mudança de cultura organizacional, reforçando o senso de responsabilidade compartilhada e a importância da disciplina orçamentária.
Esse alinhamento só é possível com comunicação interna clara, capacitação dos gestores e apoio da alta liderança.
A transição de um modelo tradicional para a estrutura matricial pode gerar resistência inicial, especialmente em empresas que não estão acostumadas a dividir o poder de decisão entre áreas.
Além disso, o modelo só funciona se houver clareza sobre papéis, processos e métricas. Sem isso, o risco é transformar a estrutura em um sistema burocrático e travado, o que compromete tanto a agilidade quanto os benefícios esperados da metodologia GMD.
Integração com sistemas de gestão
Outro desafio frequente está na integração com sistemas de gestão. Para que a estrutura matricial seja efetiva, os dados financeiros precisam estar centralizados, organizados por matrizes (centro de custo vs categoria de gasto) e acessíveis a todos os envolvidos no processo.
Isso só é possível com o apoio de tecnologias especializadas em gestão de despesas corporativas, capazes de cruzar informações entre áreas, automatizar aprovações e gerar alertas em tempo real.
Empresas que ainda operam com sistemas isolados ou estruturas manuais terão mais dificuldade de implantar e sustentar a estrutura organizacional matricial.
Por outro lado, quando a tecnologia é bem integrada, ela se torna uma aliada estratégica para garantir governança, transparência e eficiência no acompanhamento do orçamento empresarial.
Aprofunde seus conhecimentos, baixe nossa pesquisa gratuita e descubra também quais são os 5 desafios da gestão de despesas corporativas no Brasil.
Como os gestores devem implementar uma estrutura matricial?
A estrutura matricial pode parecer complexa à primeira vista, mas com uma abordagem estruturada, torna-se um modelo altamente eficiente para o controle e a gestão de despesas corporativas.
A seguir, apresentamos um passo a passo prático, que pode ser facilmente representado em um infográfico, para ajudar sua empresa a implementar a metodologia GMD com sucesso.
Mapeamento dos centros de custo e tipos de despesas
Antes de mais nada, é preciso entender a fundo como os gastos corporativos estão organizados. Isso significa:
- Identificar todos os centros de custo da empresa (por área, projeto ou unidade de negócio);
- Classificação de despesas corporativas em categorias padronizadas (ex: viagens, marketing, TI, facilities, etc.);
- Cruzar essas duas dimensões para formar a matriz de responsabilidades — base da estrutura organizacional matricial.
Esse mapeamento inicial é essencial para evitar sobreposição de decisões, garantir a clareza na divisão de responsabilidades e preparar o terreno para a próxima etapa.
Definição de responsáveis
Com a matriz formada, é hora de atribuir responsáveis duplos por cada interseção entre centro de custo e categoria de despesa:
- Responsável funcional: gestor da área que gera ou utiliza o recurso;
- Responsável orçamentário: quem controla o orçamento global da categoria de gasto.
Essa responsabilização compartilhada é um dos pilares da estrutura matricial, e exige acordos claros sobre metas, limites e regras de aprovação.
Para funcionar, todos os envolvidos devem ter visibilidade das informações e agir em parceria — evitando decisões isoladas e desalinhadas com o orçamento empresarial.
Uso de tecnologia para apoio a estrutura funcional
Sem tecnologia, a estrutura matricial pode se tornar inviável na prática. É fundamental contar com pacotes que permitam:
- Acompanhamento em tempo real dos gastos;
- Definição de alçadas e regras de aprovação;
- Visualização da matriz de despesas de forma interativa e personalizável;
- Integração com sistemas de gestão financeira, como ERPs e plataformas de controle de despesas.
Plataformas especializadas em gestão de despesas corporativas também facilitam a detecção de desvios orçamentários e a comunicação entre os diferentes responsáveis, automatizando alertas e consolidando dados para decisões mais assertivas.
Otimize a gestão de despesas da sua empresa com a Flash! Baixe o e-book e implemente 5 ferramentas capazes de automatizar as finanças da sua empresa.
Exemplos de indicadores de desempenho
Para garantir a eficácia do modelo, é importante definir e acompanhar indicadores de desempenho ligados à estrutura matricial.
Alguns exemplos:
- % de categorias de despesas com responsáveis definidos;
- % de centros de custo com gastos dentro do orçamento;
- Tempo médio de aprovação de solicitações de despesas;
- Número de alertas gerados por desvios orçamentários;
- Efetividade da alocação de recursos por área ou projeto.
Esses indicadores ajudam o time financeiro e os gestores a identificar gargalos, corrigir rotas e garantir que a metodologia GMD esteja entregando resultados — tanto em controle quanto em performance.
Ao aplicar o modelo de gestão matricial de despesas, sua empresa ganha organização orçamentária e ainda fortalece a capacidade de seus líderes de tomar decisões mais assertivas e responsáveis.
Com a plataforma da Flash, esse processo se torna ainda mais eficiente, integrando controle de gastos, planejamento financeiro e responsabilidade entre os departamentos, tudo em um único ambiente.
Além disso, ao compartilhar resultados e boas práticas nas redes sociais, as empresas podem promover a cultura da transparência e engajamento em toda a equipe.
A Flash é a solução ideal para empresas que buscam simplificar a gestão financeira sem perder o controle. Preencha o formulário abaixo e eleve os aspectos de resultados na sua empresa.

O meu trabalho é encontrar soluções de conteúdo e desenvolver histórias nos momentos certos. Para isso, uso todos os tipos de linguagem a que tenho acesso: escrita criativa, fotografia, audiovisual, entre outras possibilidades que aparecem ao longo do caminho.