4 passos para elaborar o organograma de empresa pequena
Veja como montar um organograma para empresa pequena com exemplos e modelos práticos e entenda como essa estrutura ajuda a crescer com mais organização.

Fazer o organograma de empresa pequena é essencial, afinal, mesmo com equipes mais enxutas, ela precisa ter uma estrutura organizacional clara para funcionar bem.
Ter clareza sobre quem faz o quê, quem responde a quem e como os fluxos de trabalho estão organizados, é indispensável para evitar gargalos e falhas de comunicação.
Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de organograma usados por empresas de pequeno porte (EPP), com modelos simples, personalizáveis e prontos para aplicar.
Vamos mostrar como a definição de papéis e responsabilidades fortalece a gestão de pessoas, favorece o desenvolvimento profissional da equipe e contribui para o crescimento sustentável do negócio.
Além disso, trazemos dicas práticas para montar a estrutura ideal — mesmo quando um único colaborador acumula múltiplas funções, algo comum e viável nesse perfil de empresa. O sistema de gestão de pessoas da Flash é uma ótima ferramenta para auxiliar nesse processo. Preencha o formulário abaixo e saiba mais!
O que é organograma de empresa pequena e por que ele é importante?
O organograma empresarial é um recurso visual que representa a estrutura organizacional de uma empresa.
Ele mostra as posições existentes, seus níveis hierárquicos e como as atribuições estão distribuídas.
Em uma empresa de Pequeno Porte (EPP), os organogramas funcionais ou híbridos cumprem um papel ainda mais estratégico: permitem que todos compreendam seus papéis com clareza e apoiem o negócio com mais autonomia e colaboração.
Visualiza a estrutura organizacional por cargos e responsabilidades
Organizar os cargos de RH e DP, áreas operacionais, liderança e funções de apoio em um único diagrama torna a estrutura mais compreensível para todos.
Isso facilita a integração de novos membros, a definição de processos internos (como o workflow) e o alinhamento entre os setores — mesmo quando compostos por apenas uma ou duas pessoas.
Evita sobrecarga e confusão de funções
Organizações menores tendem a operar com acúmulo de tarefas. Sem um organograma claro é comum que as responsabilidades se confundam, gerando retrabalho ou lacunas críticas.
Visualizar papéis compartilhados e atribuições específicas ajuda a evitar esse cenário e dá mais transparência à gestão.
Apoia a gestão e o crescimento da empresa
Com o crescimento, é natural que novas funções sejam incorporadas à estrutura. Um organograma bem construído apoia a criação de um plano de carreira, a estruturação do plano de cargos e salários e até a contratação de novos talentos.
Ele também serve como base para decisões estratégicas relacionadas ao modelo de negócios da organização.
Veja também: Como estruturar um plano de benefícios para pequenas empresas
Quais os tipos de organograma mais usados por empresas pequenas?
Embora o organograma de uma pequena empresa costume ser mais simples e compacto, ele pode adotar diferentes formatos conforme o perfil e a operação do negócio.
A escolha do modelo ideal depende do número de colaboradores que compõem a força de trabalho, da complexidade dos processos e do grau de centralização da gestão da organização.
A seguir, conheça os tipos mais comuns aplicáveis às EPPs:
Organograma vertical
Apresenta uma hierarquia e cadeia de comando clara, com níveis de autoridade e responsabilidade definidos do topo à base. Ideal para negócios com gestão mais centralizada e estrutura tradicional.
Costuma começar com a liderança (gerente ou proprietário) e seguir com áreas subordinadas, como Departamento Pessoal, Financeiro, Operações, entre outras.
Organograma horizontal
O organograma horizontal é utilizado em um cenário com ambiente de trabalho com pouca ou nenhuma hierarquia. O fluxo de trabalho é distribuído de forma linear, promovendo maior autonomia e colaboração.
É comum em startups com modelo de gestão mais ágil e flexível.
Organograma funcional
O organograma funcional organiza os funcionários com base nas áreas-chave e atribuições desempenhadas.
Mesmo que uma mesma pessoa exerça mais de um papel, esse modelo facilita a visualização dos processos e das entregas esperadas de cada área. É um dos mais utilizados por sua objetividade.
Organograma matricial
O organograma matricial representa estruturas em que há divisão por projetos, produtos ou áreas técnicas, com sobreposição de lideranças.
Embora mais complexo, pode ser adaptado a negócios pequenos que trabalham com projetos temporários ou consultorias especializadas.
Organograma híbrido
O organograma híbrido combina características de dois ou mais tipos de organograma. Por exemplo, uma empresa pode adotar estrutura vertical para a gestão administrativa e horizontal para equipes operacionais.
A escolha do tipo ideal deve considerar, principalmente, a clareza na distribuição das responsabilidades e o apoio que o organograma oferece à comunicação interna e ao crescimento do negócio.
Leia também: Boas práticas de gestão de pessoas em micro e pequenas empresas.
Diferença entre organogramas de empresas grandes e pequenas
A estrutura organizacional de uma empresa precisa refletir sua realidade operacional. Nesse sentido, o organograma de uma pequena empresa difere do utilizado por grandes corporações — tanto em complexidade quanto em finalidade.
Organizações maiores tendem a adotar organogramas extensos, segmentados por unidades de negócio, filiais, níveis hierárquicos e equipes especializadas.
Já aquelas de pequeno porte operam com equipes enxutas, exigindo modelos mais objetivos, adaptáveis e próximos da prática.
Veja as principais diferenças a seguir.
Nível de detalhamento
Enquanto as grandes apresentam diversos níveis de liderança (gerências, coordenações, supervisões), nas pequenas, uma única pessoa pode responder por áreas inteiras.
Por isso, o organograma costuma incluir cargos multifuncionais ou posições com acumulação de responsabilidades.
Foco operacional
Nas EPPs, o organograma visa organizar funções-chave, melhorar a comunicação e dar suporte ao crescimento.
Já nas grandes organizações, ele é também um instrumento formal de governança e compliance.
Flexibilidade
Em negócios menores, o organograma pode (e deve) ser revisto com frequência para acompanhar mudanças no modelo de negócios, contratações ou redirecionamentos estratégicos.
Nas maiores, alterações exigem mais planejamento, comunicação e validação institucional.
Utilização prática
Para a empresa de pequeno porte, o organograma é uma ferramenta tática, que ajuda na tomada de decisões rápidas e no controle de tarefas.
Já nas organizações maiores, além dessas funções, ele também serve como base para políticas estruturadas de plano de cargos e salários e auditorias internas.
Reconhecer essas diferenças é essencial para aplicar a estrutura organizacional de forma coerente ao porte da empresa, sem exageros ou omissões.
Como fazer e montar o melhor organograma para uma empresa de pequeno porte?
Montar um organograma funcional e coerente com o tamanho da empresa é uma forma eficaz de dar clareza às funções, apoiar a delegação de tarefas e evitar a sobrecarga de pessoas-chave.
Mesmo com uma equipe reduzida, é possível estruturar as responsabilidades e definir um fluxo organizacional eficiente.
A seguir, veja o passo a passo para construir o organograma ideal.
1. Entenda a estrutura da sua empresa
Mesmo pequena, toda empresa tem uma lógica e cultura organizacional. Pergunte:
- Quem são os sócios ou líderes de cada departamento?
- Quem responde por quais áreas?
- Quem cuida do quê no dia a dia?
Essa etapa inicial ajuda a desenhar os elementos de um modelo de negócios realista e funcional — mesmo que com poucos níveis hierárquicos.
2. Liste os cargos e funções existentes
Nem todo empreendimento pequeno terá departamentos formalizados, mas isso não impede que os papéis sejam mapeados.
Considere as funções atuais e identifique os acúmulos. Por exemplo, o responsável pelo Departamento Pessoal pode também atuar no Financeiro ou Recursos Humanos.
Aqui, o mais importante é listar quem faz o quê — com clareza e objetividade. Isso será a base para definir os níveis e os vínculos no organograma.
Em empresas pequenas, uma mesma pessoa pode ocupar mais de um papel — e tudo bem!
Veja também: Como organizar o financeiro de uma empresa pequena
3. Escolha o tipo de organograma de uma empresa de pequeno porte
Escolher o modelo de organograma ideal depende do funcionamento da sua empresa. Estruturas verticais funcionam melhor em negócios com gestão centralizada, enquanto horizontais são indicadas para startups ou empresas com pouca hierarquia.
O organograma matricial é útil para quem atua por projeto, permitindo múltiplos gestores por colaborador. Já o modelo funcional, o mais comum entre pequenas empresas, organiza os times por área (como financeiro, RH e operações), facilitando a visualização dos processos.
4. Use ferramentas simples para desenhar
Não é necessário contratar um software, ou ferramenta complexa, para montar um bom organograma. Ferramentas gratuitas e acessíveis de design, já oferecem modelos prontos em seu banco de dados e permitem edição personalizada, como:
- Canva: ideal para quem deseja um visual mais moderno;
- Draw.io / diagrams.net: gratuito e intuitivo para criar fluxogramas e estruturas hierárquicas;
- Google Slides / PowerPoint: acessível e com recursos visuais simples;
- Lucidchart ou Miro: indicados para equipes que trabalham de forma colaborativa.
Lembre-se de manter o visual limpo, com nomes e funções bem definidos, cores que auxiliem na diferenciação das áreas e um título claro: “Organograma da [nome da empresa]”.
Leia também: Veja como montar um RH em empresa pequena.
Exemplos de modelos de organogramas para empresas pequenas
A estrutura de um organograma de empresa pequena pode variar bastante conforme o segmento, o número de colaboradores e o estilo de gestão.
A seguir, apresentamos três modelos comuns, que servem como referência para empresas em diferentes estágios e formatos operacionais.
Exemplo 1: organograma de pequena empresa com até 10 colaboradores
Esse modelo é indicado para negócios que possuem funções bem definidas, ainda que com acúmulo de atividades. O organograma funcional costuma ser o mais eficiente nesse contexto.
Mesmo com poucos níveis hierárquicos, é possível identificar a divisão de organograma de uma pequena empresa por área e os vínculos diretos de subordinação, favorecendo a clareza no workflow e na delegação de tarefas.
Exemplo 2: como fazer organograma de uma empresa pequena familiar com gestão centralizada
Negócios familiares costumam operar com forte presença da liderança nos processos operacionais.
O organograma vertical ajuda a visualizar essa centralização e os vínculos familiares, quando aplicável.
Apesar de informal, essa estrutura pode (e deve) ser registrada para dar clareza aos papéis e evitar sobreposição de responsabilidades, apoiando decisões e o desenvolvimento profissional.
Exemplo 3: Startup com estrutura horizontal e papéis flexíveis
Startups e negócios inovadores, muitas vezes, operam com modelos horizontais, onde as funções são compartilhadas e as decisões tomadas de forma colaborativa.
Nesse caso, não há uma hierarquia clara, mas os papéis são bem distribuídos. A ênfase está na colaboração entre áreas e no foco coletivo em objetivos comuns.
Ainda assim, documentar essa estrutura é essencial para evitar confusões e garantir equilíbrio nas entregas
Dicas para manter a estrutura hierárquica eficiente e funcional
Mais do que desenhar um bom organograma, é fundamental mantê-lo como um recurso vivo e útil na gestão do negócio.
A estrutura organizacional de uma empresa de pequeno porte deve acompanhar suas transformações e refletir a evolução das funções e responsabilidades ao longo do tempo.
A seguir, destacamos boas práticas para manter o organograma atualizado e eficiente:
Faça uma análise inicial antes de criar um organograma
Evite montar a estrutura apenas com base em cargos ideais ou modelos genéricos. Observe como sua empresa opera, identifique gargalos, centralizações excessivas e áreas sobrecarregadas.
Esse diagnóstico evita que o organograma se torne apenas um documento decorativo, desconectado da rotina.
Documente os cargos e atribuições
O organograma deve estar integrado a um mapeamento claro de funções e responsabilidades. Isso evita interpretações ambíguas e facilita o onboarding de novos colaboradores, além de contribuir para o desenvolvimento de um futuro plano de cargos e salários.
Para cada função, mantenha um descritivo que envolva:
- Nome do cargo
- Área de atuação
- Atividades principais
- Responsável direto
- Indicadores ou metas associados
Revise com constância
À medida que a empresa cresce, muda de modelo ou contrata novos colaboradores, o organograma precisa ser revisto. Reforce a prática de atualizar a estrutura sempre que houver:
- Criação ou extinção de cargos
- Troca de responsáveis
- Redefinição de áreas
- Mudanças no modelo de negócios ou em processos internos
Estabelecer uma rotina de revisão a cada seis meses ou a cada alteração relevante garante que o documento permaneça útil, atual e alinhado ao momento da organização.
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O meu trabalho é encontrar soluções de conteúdo e desenvolver histórias nos momentos certos. Para isso, uso todos os tipos de linguagem a que tenho acesso: escrita criativa, fotografia, audiovisual, entre outras possibilidades que aparecem ao longo do caminho.