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Fluxo de Caixa Descontado (FCD): saiba o que é, vantagens e como calcular em 5 etapas

Saiba o que é o fluxo de caixa descontado, aprenda a como calcular o FCD com a fórmula básica em 5 etapas e confira um exemplo de cálculo real.

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O Fluxo de Caixa Descontado (FCD) é um dos métodos mais utilizados por investidores, analistas e gestores financeiros para avaliar empresas, projetos e ativos. A lógica é simples: trazer para o presente os fluxos de caixa que o negócio deve gerar no futuro, considerando riscos e custo de capital.

Essa metodologia é fundamental em processos de valuation, fusões, aquisições e decisões estratégicas. Para gestores, conhecer o FCD significa ter mais clareza sobre o valor real de uma empresa e segurança para tomar decisões que impactam o futuro do negócio.

Neste artigo, vamos explicar como calcular o fluxo de caixa descontado na prática, apresentando a fórmula utilizada, um passo a passo e os principais cuidados ao aplicar esse método na análise de investimentos e avaliação de empresas. 

Siga a leitura! 

O que é Fluxo de Caixa Descontado (FCD)?

O Fluxo de Caixa Descontado (FCD), ou Discounted Cash Flow (DCF), é um método que calcula quanto vale hoje uma empresa, projeto ou investimento com base no dinheiro que ele deve gerar no futuro.

A base do conceito é o valor do dinheiro no tempo: um real hoje vale mais do que um real amanhã, já que pode ser aplicado e gerar retorno. Para refletir isso, o FCD ajusta os fluxos de caixa futuros por uma taxa de desconto.

Essa taxa funciona como uma régua para trazer os valores do futuro para o presente. Ela considera três fatores principais: o custo de capital da empresa (quanto custa captar recursos), os riscos do negócio ou do setor e a incerteza natural das projeções. Quanto maior o risco, maior tende a ser a taxa de desconto — e menor será o valor presente do fluxo de caixa.

Com esse ajuste, o FCD permite calcular o valor intrínseco de um ativo: aquilo que ele realmente vale, sem depender de especulação ou do humor do mercado. É por isso que investidores, analistas e gestores usam esse método para avaliar empresas em processos de valuation, fusões, aquisições ou decisões de expansão.

Diferença entre fluxo de caixa e fluxo de caixa descontado

Embora os dois conceitos estejam relacionados, eles servem a objetivos diferentes dentro da gestão financeira.

O fluxo de caixa, também chamado de cash flow, mostra as entradas e saídas de dinheiro em um período específico. Ele reflete a liquidez imediata da empresa, ajudando a acompanhar pagamentos, recebimentos e a saúde financeira no curto prazo, seja em um fluxo de caixa diário, semanal ou mensal.

Já o fluxo de caixa descontado projeta esses valores para o futuro e aplica uma taxa de desconto para trazê-los ao presente. Assim, além de registrar quanto a empresa gera de caixa, o FCD responde a uma pergunta-chave: quanto esse dinheiro projetado realmente vale hoje?

Cash flow e caixa descontado: diferenças na prática

Enquanto o cash flow é uma fotografia atual da saúde financeira, o caixa descontado é uma projeção ajustada que considera o valor do dinheiro no tempo. Ferramentas como o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) ajudam a acompanhar essa movimentação.

Confira, na tabela abaixo, as diferenças na prática.

Característica

Fluxo de Caixa (FC)

Fluxo de Caixa Descontado (FCD)

Foco

Passado e presente

Futuro

Objetivo

Medir liquidez e saúde financeira imediata

Avaliar o valor intrínseco de um ativo/empresa

Considera o valor do dinheiro no tempo?

Não

Sim, usando uma taxa de desconto

Uso principal

Gestão financeira diária

Avaliação de empresas, fusões e aquisições

Para que serve o fluxo de caixa descontado?

O fluxo de caixa descontado é usado sempre que gestores, investidores ou analistas precisam avaliar o valor real de um negócio ou projeto. Conforme falamos, ele serve como base para decisões estratégicas e financeiras porque mostra quanto o ativo deve valer hoje, considerando sua capacidade futura de gerar caixa.

Na prática, o FCD é aplicado em três situações principais:

  • Valuation de empresas: ajuda a identificar se uma companhia está subavaliada ou superavaliada em relação ao preço de mercado, apoiando decisões de compra ou venda. 
  • Avaliação de projetos: permite verificar se um novo investimento compensa os riscos e o capital necessário, antes mesmo da execução. 
  • Planejamento estratégico: dá suporte a fusões, aquisições e expansões, garantindo que os recursos aplicados tragam retorno financeiro consistente, desde o fechamento de caixa diário às decisões estratégicas de longo prazo.

Em resumo, o FCD responde à pergunta essencial: com base no caixa que esse ativo deve gerar no futuro, quanto ele vale hoje?

Como funciona o fluxo de caixa descontado nas empresas?

O cálculo do FCD segue algumas etapas essenciais para transformar projeções futuras em um valor presente confiável. O processo começa com a previsão dos fluxos de caixa e avança até a soma final, que indica o valor do negócio ou projeto.

1. Projeção dos fluxos de caixa futuros

A primeira etapa é estimar as receitas, despesas, investimentos e demais entradas e saídas previstas para os próximos anos. Essas projeções devem ser realistas e baseadas no histórico da empresa, nas condições de mercado e nas expectativas de crescimento. Elas também podem ser feitas manualmente ou com o apoio de uma planilha de fluxo de caixa e, dependendo da abordagem escolhida, podem seguir o fluxo de caixa direto e indireto.

2. Definição da taxa de desconto no fluxo de caixa descontado

A taxa de desconto ajusta os fluxos de caixa projetados ao valor presente. Ela leva em conta o custo de capital da empresa, o risco do negócio e a incerteza das projeções. Quanto maior a taxa, menor será o valor presente calculado.

3. Desconto dos fluxos de caixa no cálculo do FCD

Depois de projetar os valores futuros, cada fluxo é “trazido” para o presente, aplicando a taxa de desconto definida. O resultado é chamado de valor presente.

Esse valor é sempre menor do que o projetado para o futuro, porque leva em conta fatores como custo de oportunidade, riscos e inflação.

Em outras palavras, R$ 100 mil esperados para daqui a três anos podem equivaler a apenas R$ 75 mil hoje, dependendo da taxa de desconto usada.

4. Cálculo do valor terminal no fluxo de caixa descontado

Como não é viável projetar os fluxos de caixa indefinidamente, utiliza-se o valor terminal para representar o que a empresa continuará gerando após o período analisado (geralmente de 5 a 10 anos).

O valor terminal costuma ser calculado pelo modelo de crescimento perpétuo, que assume que a empresa seguirá crescendo a uma taxa estável de longo prazo. Esse número tem muito peso no cálculo do FCD — em muitos casos, representa a maior parte do valor da empresa.

5. Soma dos valores presentes e tomada de decisões

A última etapa é somar todos os valores presentes: tanto os fluxos de caixa projetados (etapa 3) quanto o valor presente do valor terminal (etapa 4).

O resultado é o valor estimado da empresa ou projeto, conhecido como Enterprise Value. Para chegar ao valor por ação, basta subtrair a dívida líquida e dividir o resultado pelo número de ações em circulação.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa descontado

O fluxo de caixa descontado (FCD) é um dos métodos mais respeitados para avaliação de empresas, mas como toda ferramenta, tem pontos fortes e limitações. Conhecer os dois lados é muito importante para usar o modelo de forma realista.

Vantagens do fluxo de caixa descontado

O principal benefício do FCD é que ele mostra o valor intrínseco do negócio. Em vez de depender do preço de mercado, que pode variar conforme o humor dos investidores, o cálculo considera a capacidade real de geração de caixa da empresa.

Outra vantagem é a flexibilidade. O modelo pode ser ajustado de acordo com a realidade de cada negócio, levando em conta diferentes cenários de crescimento, margens de lucro ou investimentos necessários. Isso torna o FCD útil tanto para startups em expansão quanto para empresas já consolidadas.

Por fim, o método serve como base sólida para decisões estratégicas. Se o valor encontrado for maior que o preço de mercado, pode indicar uma oportunidade de investimento. Se for menor, pode sinalizar que o ativo está supervalorizado.

Desvantagens do fluxo de caixa descontado (DCF)

A grande limitação do FCD é a sua dependência de projeções. Como o cálculo parte de estimativas de receitas, despesas e investimentos futuros, qualquer erro pode alterar bastante o resultado.

Outro ponto sensível é a taxa de desconto. Pequenas mudanças nesse número podem gerar grandes diferenças no valor final, o que exige cuidado e conhecimento técnico na definição da taxa adequada.

Além disso, o modelo pode ser menos confiável para empresas em fase inicial ou que ainda não geram caixa positivo. Nesses casos, as projeções são muito incertas e o resultado tende a ser pouco consistente.

Em resumo, o FCD é uma ferramenta poderosa quando usado com critério , além de ser um dos métodos mais completos para avaliar fluxos financeiros com precisão. Ele exige, contudo, atenção às premissas e deve ser combinado com outros métodos de avaliação para dar mais segurança às decisões.

Como calcular o fluxo de caixa descontado em 5 etapas

O cálculo do fluxo de caixa descontado (FCD) pode parecer complexo à primeira vista, mas se torna mais simples quando dividido em etapas claras. O objetivo é estimar o valor intrínseco de uma empresa ou projeto com base na sua capacidade de gerar caixa.

1. Fluxo de caixa livre: base do cálculo do FCD

O primeiro passo é projetar o fluxo de caixa livre (FCL), que representa o dinheiro disponível após o pagamento de despesas operacionais e investimentos necessários. Ele mostra o que realmente sobra para os acionistas e credores.

A fórmula básica é:

FCL = EBIT × (1 − Impostos) + Depreciação/Amortização − CAPEX − Variação do Capital de Giro

  • Lucro Operacional (EBIT): o lucro da empresa antes de juros e impostos, obtido a partir do fluxo de caixa operacional.
  • Impostos: a alíquota aplicada sobre o lucro.
  • Depreciação/Amortização: despesas não-caixa que são adicionadas de volta.
  • CAPEX: investimentos em ativos fixos.
  • Variação do capital de giro: diferença nas necessidades de capital de giro entre o início e o fim do período.

Esse cálculo deve ser projetado para os próximos 5 a 10 anos, considerando histórico da empresa, tendências do setor e expectativas de crescimento. Documentos como o DRE e fluxo de caixa ajudam a dar mais precisão às estimativas.

Formula de fluxo de caixa descontado

2. Taxa de desconto e custo de capital no cálculo do fluxo de caixa descontado

A taxa de desconto é usada para ajustar os fluxos de caixa futuros ao valor presente. Na prática, ela funciona como um índice de risco: quanto maior a incerteza, maior deve ser a taxa de desconto aplicada.

O indicador mais comum é o Custo Médio Ponderado de Capital (WACC), que reflete o custo de captação de recursos da empresa, considerando tanto capital próprio quanto dívidas.

  • Uma taxa mais alta reduz o valor presente, mostrando que o investimento é mais arriscado.
  • Uma taxa mais baixa aumenta o valor presente, indicando risco menor.

3. Valor presente dos fluxos de caixa projetados

Depois de definir a taxa de desconto, cada fluxo de caixa livre projetado é convertido para o presente. Esse ajuste mostra quanto os valores futuros realmente representam hoje.

O valor presente será sempre menor que o valor nominal projetado, pois leva em conta inflação, risco e custo de oportunidade. Esse passo garante que os fluxos de anos diferentes possam ser comparados na mesma base.

4. Valor terminal no cálculo do fluxo de caixa descontado

Como não é possível projetar fluxos de caixa indefinidamente, calcula-se o valor terminal. Ele representa o valor da empresa após o período de projeção (em geral, 5 ou 10 anos).

O modelo mais usado é o de crescimento perpétuo (Modelo de Gordon), que assume que a empresa seguirá gerando caixa a uma taxa estável no longo prazo. Em muitos casos, o valor residual representa a maior parte do resultado final do FCD.

5. Valor da empresa e tomada de decisões financeiras

A última etapa é somar todos os valores presentes: os fluxos de caixa projetados e o valor terminal. O resultado é o Enterprise Value, ou valor da empresa.

Para chegar ao valor por ação, basta subtrair a dívida líquida e dividir pelo número de ações em circulação.

Esse número não é absoluto, já que depende das premissas adotadas. Ainda assim, é uma das bases mais sólidas para a tomada de decisões financeiras em valuation, fusões, aquisições ou expansões.

Exemplo de cálculo do fluxo de caixa descontado

Vamos considerar uma empresa fictícia que espera gerar os seguintes fluxos de caixa nos próximos 5 anos:

  • Ano 1: R$ 50.000
  • Ano 2: R$ 55.000
  • Ano 3: R$ 60.000
  • Ano 4: R$ 65.000
  • Ano 5: R$ 70.000

A taxa de desconto utilizada é de 10% ao ano.

Cálculo do DCF para cada ano

como calcular fluxo de caixa descontado exemplos

Somando todos os valores presentes

  • DCF = R$45.455 + R$45.455 + R$45.083 + R$44.393 + R$43.444 = R$223.830

Portanto, o montante presente dos fluxos de caixa futuros, utilizando a taxa de desconto de 10%, é de R$ 223.830.

Comparação do fluxo de caixa descontado com outros métodos de valuation

O fluxo de caixa descontado (FCD) não é o único modelo usado para avaliar empresas. Existem outros métodos que podem ser aplicados de forma complementar, dependendo do tipo de negócio, da disponibilidade de dados e do objetivo da análise. Confira os detalhes abaixo:

Fluxo de caixa descontado (FCD)

Baseia-se nos fluxos de caixa futuros da empresa, ajustados pela taxa de desconto. É o método mais completo, pois considera tanto o peso do dinheiro no tempo quanto a capacidade de geração de caixa no longo prazo. Porém, exige projeções detalhadas e premissas bem fundamentadas.

Múltiplos de EBITDA

Consiste em aplicar ao EBITDA da empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) um múltiplo usado no setor. É simples e rápido, mas não considera a estrutura de capital nem a real capacidade de geração de caixa.

Valor patrimonial

Avalia a empresa com base nos ativos menos os passivos, conforme registrado em balanço. É objetivo e baseado em dados contábeis, mas pode não refletir o potencial de crescimento ou a avaliação de mercado atual, nem problemas práticos como sangria de caixa ou a existência de um fundo de caixa.

Avaliação por comparáveis

Compara a empresa com outras semelhantes do mesmo setor, utilizando indicadores financeiros como múltiplos de preço/lucro ou preço/EBITDA. É prático, mas depende da existência de comparáveis adequados.

Valor de mercado

Usa a cotação das ações multiplicada pelo número total de ações em circulação. Reflete a percepção imediata do mercado, mas pode ser influenciado por fatores externos e oscilações de curto prazo.

Método

Definição

Vantagens

Desvantagens

Fluxo de caixa descontado (FCD)

Calcula o valor presente dos fluxos de caixa futuros, descontados por uma taxa de retorno adequada.

Considera as projeções detalhadas de fluxo de caixa e o valor do dinheiro no tempo.

Requer estimativas detalhadas e precisas dos fluxos de caixa futuros e da taxa de desconto.

Múltiplos de EBITDA

Baseia-se na multiplicação do EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization) por um múltiplo do setor.

Simples de calcular e amplamente utilizado em avaliações rápidas.

Não considera a estrutura de capital nem a capacidade de geração de caixa futuro da empresa.

Valor patrimonial

Avalia a empresa com base no valor contábil dos ativos menos os passivos.

Fácil de calcular e baseado em informações contábeis disponíveis.

Pode não refletir o valor de mercado atual ou o potencial de crescimento futuro da empresa.

Avaliação por comparáveis

Compara a empresa com outras similares do mesmo setor, utilizando múltiplos financiamentos.

Baseado em dados de mercado real, permitindo uma avaliação rápida e comparativa.

Difícil encontrar comparáveis perfeitos; pode não considerar diferenças significativas entre empresas.

Valor de mercado

Utiliza o preço atual das ações multiplicado pelo número total de ações em circulação.

Reflete a percepção do mercado sobre o valor da empresa em tempo real.

Pode ser influenciado por fatores de curto prazo e não refletir o valor intrínseco ou a longo prazo.

Dica Flash: Saiba como calcular o Fluxo de Caixa Livre (FCL) + 10 dicas de ouro.

Fluxo de caixa descontado na prática: próximos passos para sua empresa

Agora que você já sabe como funciona o fluxo de caixa descontado (FCD), o próximo passo é aplicar esse conhecimento de forma prática. Projeções realistas, uma taxa de desconto adequada e a leitura cuidadosa dos resultados ajudam a tomar decisões financeiras mais seguras e avaliar se um investimento realmente compensa.

Para tornar esse processo mais confiável, é fundamental contar com dados organizados. Se você ainda não está nesse patamar, a Flash pode apoiar sua empresa oferecendo uma plataforma integrada ao fluxo de caixa e à gestão do fluxo de caixa que centraliza despesas, automatiza reembolsos e reúne informações financeiras em um só lugar. Assim, você tem clareza para calcular o FCD com precisão e transformar análises em decisões estratégicas.

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