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Etarismo: como combater a discriminação por idade no trabalho?

Veja como combater o etarismo no mercado de trabalho e promover um ambiente inclusivo livre de discriminação por idade. Saiba mais!

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O etarismo, ou discriminação por idade, é um fenômeno silencioso com um impacto profundo no mercado de trabalho. Isso porque afeta especialmente as oportunidades de carreira para profissionais mais experientes.

Esse tema tem ganhado mais destaque, pois reforça estereótipos, limita a diversidade etária e, frequentemente, leva à exclusão crescente de pessoas com mais experiência.

No Brasil, a valorização excessiva da juventude e a falta de políticas eficazes de inclusão contribuem para a marginalização de trabalhadores mais velhos no ambiente corporativo

Muitas empresas ainda veem a contratação de quem está nessa faixa etária como um custo elevado ou um risco. Essa análise distorcida ignora os benefícios que uma equipe multigeracional pode oferecer em termos de inovação e crescimento organizacional.

Neste artigo, vamos explorar o que é o etarismo, seus impactos no ambiente de trabalho e quais ações podem ser tomadas para promover a diversidade e a inclusão.

Boa leitura!

O que é etarismo?

O etarismo é um tipo de preconceito baseado na idade, que pode afetar tanto pessoas mais velhas quanto mais jovens. 

No entanto, no contexto do mercado de trabalho, o termo é mais associado à exclusão de profissionais mais experientes. 

Eles enfrentam crescentes dificuldades para conseguir emprego, manter posições de destaque ou acessar oportunidades de crescimento.

A discriminação etária pode se manifestar de diversas formas. As mais comuns são a preferência velada por candidatos mais jovens em processos seletivos, além da dificuldade de recolocação profissional para trabalhadores com mais de 50 anos.

Outro cenário comum é a falta de investimentos em capacitação contínua para colaboradores mais velhos nas organizações.

Exemplos de práticas de etarismo

O etarismo no mercado de trabalho pode ocorrer de maneira sutil ou explícita. Algumas práticas comuns incluem:

  • Exclusão em processos seletivos: preferência por contratar profissionais mais jovens, mesmo quando existem os mais experientes com as qualificações certas para a vaga.
  • Comentários preconceituosos sobre a idade: “Ela é velha demais para o cargo”, “Ele está em fim de carreira, devia se aposentar logo”; 
  • Dificuldade de promoção: a justificativa mais usada é que os trabalhadores 50 + “já estão perto da aposentadoria”.
  • Estereótipos sobre adaptação tecnológica: a suposição de que eles não sabem lidar, ou se adaptar, às novas tecnologias, em especial em funções que envolvem inovação.
  • Desvalorização da experiência: é comum a cultura de priorizar ideias e métodos inovadores, desconsiderando a bagagem de conhecimento dos mais experientes.

Veja também: O que vem antes, diversidade ou cultura corporativa?

A importância de combater a discriminação por idade

O combate ao etarismo no Brasil é fundamental para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e diversos

Negócios que valorizam a diversidade etária se beneficiam de diferentes perspectivas, fortalecem a troca de conhecimento entre gerações e aumentam a retenção de talentos.

Além disso, a exclusão de profissionais mais experientes pode gerar impactos negativos, como:

  • Perda de conhecimento e contexto de negócio;
  • Aumento do turnover;
  • Construção de uma cultura empresarial menos inclusiva;
  • Perda de produtividade que, como consequência, leva a grandes prejuízos financeiros.

E esse dano nas finanças pode ser comprovado com dados, como, por exemplo, o estudo da consultoria Economist Group, dos Estados Unidos.  

Os resultados demonstraram que US$ 850 bilhões foram perdidos em produtividade no país, em apenas um ano, devido ao preconceito etário.

Isso se deve ao fato de que trabalhadores com mais de 50 anos representam a fatia da população com o maior poder aquisitivo. São 57 milhões de consumidores que movimentam acima de R$ 2 trilhões por ano.

Portanto, é claro que a inclusão desses profissionais no ambiente corporativo é crucial não apenas para o desenvolvimento de soluções e produtos voltados a esse público, mas também para o fortalecimento dos negócios.

Por que os idosos são excluídos no mercado de trabalho brasileiro?

A prática de etarismo no Brasil é uma realidade preocupante, mesmo com a crescente conscientização sobre diversidade e inclusão nas empresas.

Infelizmente, muitos empregadores ainda priorizam a juventude, reforçam estereótipos e dificultam a permanência, ou reinserção, de pessoas acima dos 50 anos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego entre trabalhadores mais experientes tem aumentado. 

Muitos enfrentam, inclusive, longos períodos de inatividade após perderem seus empregos. 

Mas, quais são os principais fatores que contribuem para esse cenário?

1. Foco excessivo em juventude

Temos muitos exemplos de cultura organizacional que valorizam habilidades associadas à juventude, como dinamismo, inovação e rapidez na adaptação a novas tendências. 

Esse viés faz com que candidatos mais jovens sejam priorizados em processos seletivos, mesmo quando os experientes possuem competências certas para a função.

Mas o impacto disso vai além da contratação: no ambiente corporativo, os profissionais com 50 + também acabam tendo menos oportunidades de crescimento

Afinal, a falsa percepção de que eles estão próximos da aposentadoria prejudica não só  suas chances de contratação, como de promoção e desenvolvimento de carreira.

Veja também: Mentoria nas empresas vira aposta contra turnover.

2. Falta de atualização tecnológica

Outro fator que contribui para o etarismo no mercado de trabalho é o estigma de que trabalhadores mais velhos têm dificuldades para acompanhar as transformações digitais

Esse pensamento ignora que a capacitação pode ser oferecida a qualquer profissional, independentemente da idade, para garantir que ele se mantenha atualizado.

A resistência à inclusão desses profissionais em treinamentos e programas de desenvolvimento só agrava a exclusão de talentos que poderiam contribuir significativamente para o avanço das corporações.

3. Custos percebidos como altos

Ainda persiste, em muitas empresas, uma visão distorcida de que colaboradores mais velhos representam um custo elevado para a organização. 

Essa ideia é sustentada, principalmente, por dois fatores principais: 

  1. Trabalhadores mais experientes tendem a ter salários mais altos, benefícios diferenciados e maior tempo de casa, o que é visto como um potencial aumento nos custos de rescisão e planos de previdência corporativos.

  2. Existe a percepção equivocada de que eles necessitam de mais licenças médicas ou possuem menor capacidade produtiva.

4. Falta de políticas inclusivas

A falta de diretrizes organizacionais voltadas para a diversidade etária também contribui para a dificuldade de inserção e permanência de profissionais mais velhos no mercado.

Apesar da adoção de vagas afirmativas para grupos sub-representados, como mulheres e pessoas negras, ainda são poucas as iniciativas para a contratação de trabalhadores seniores. 

Sem políticas concretas para gestão de pessoas mais experientes, a discriminação por idade se mantém presente nos processos seletivos e no ambiente empresarial.

5. Estereótipos sobre saúde e energia

Por fim, um dos maiores desafios para a inclusão de idosos no mercado de trabalho está nos estereótipos relacionados à saúde e à disposição física. 

É comum a crença corporativa de que eles possuem menos energia para lidar com rotinas intensas ou desafios de longo prazo.

Essa visão desconsidera que cada pessoa envelhece de forma diferente. Além de desvalorizar ações como as de jornada de trabalho flexível, que auxiliam na continuidade do desempenho em suas funções, com alta performance.

Dados sobre etarismo no mercado de trabalho de acordo com o IBGE

O etarismo no mercado de trabalho reflete uma realidade preocupante para milhões de trabalhadores no Brasil. 

Segundo o IBGE, a população brasileira está envelhecendo, e a base da pirâmide etária está se estreitando. Em outras palavras, a quantidade de jovens tem diminuído, enquanto a proporção de brasileiros mais velhos têm aumentado.

Hoje, as pessoas com mais de 50 anos representam mais de 25% da população brasileira e compõem 22% da força de trabalho no país.

No entanto, conforme dissemos, esse grupo ainda enfrenta dificuldades para se manter ou se recolocar no mercado de trabalho, muitas vezes devido a preconceitos e estereótipos ligados à idade.

Essa afirmação é confirmada por um estudo realizado pela consultoria Ernst & Young:

  • 78% das empresas entrevistadas reconhecem ter entraves para contratar trabalhadores acima de 50 anos;
  • Enquanto 80% admitiram não terem políticas específicas e intencionadas para combater a discriminação por idade em seus processos seletivos. 

Outro dado importante do IBGE é que as regiões Sudeste e Sul são as mais envelhecidas do país, tornando o impacto do etarismo ainda mais evidente nesses locais. 

Profissionais acima dos 50 anos enfrentam períodos mais longos de desemprego e maiores barreiras para ingressar em novas oportunidades, mesmo com experiência e qualificação.

O que a OMS diz sobre o etarismo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o etarismo é um problema global, que impacta tanto jovens quanto idosos, trazendo graves consequências para a sociedade e a economia.

De acordo com o relatório Global Report on Ageism, publicado pela instituição:

  • Uma em cada duas pessoas no mundo já sofreu algum tipo de discriminação devido à idade.
  • A discriminação por idade afeta tanto idosos quanto jovens, dificultando o acesso a oportunidades no mercado de trabalho.
  • O etarismo custa bilhões de dólares às economias globais a cada ano, prejudicando o crescimento e o desenvolvimento de países.

Além disso, o relatório destaca que a discriminação por idade tem consequências diretas na qualidade de vida dos indivíduos mais experientes, sendo associado a:

  • Saúde mais precária e declínio mental e físico acelerado;
  • Aumento do isolamento social e dos casos de solidão;
  • Maior vulnerabilidade econômica, contribuindo para a pobreza e a insegurança financeira de idosos.

Esses dados reforçam que o etarismo no Brasil e no mundo não é um problema apenas social, mas também um entrave para a economia e o desenvolvimento das empresas

Negligenciar a inclusão desses talentos, portanto, significa perder talentos experientes e impedir que a diversidade etária contribua para a inovação e o crescimento organizacional.

Impactos do etarismo para colaboradores e empresas

O etarismo no mercado de trabalho gera prejuízos para os profissionais e para os negócios que perpetuam essa prática. 

Além de restringir oportunidades, a discriminação por idade também compromete a diversidade organizacional e reduz a competitividade do negócio.

Impactos para os colaboradores

Para os trabalhadores mais velhos, o etarismo representa um grande obstáculo para a permanência e a recolocação no mercado. Os principais impactos negativos incluem:

  • Dificuldade de empregabilidade: conforme dissemos, profissionais acima dos 50 anos enfrentam um tempo de recolocação muito maior do que os mais jovens, muitas vezes devido a estereótipos.
  • Baixa autoestima e insegurança profissional: o preconceito e a exclusão levam a uma perda de confiança nas próprias capacidades, dificultando o desenvolvimento da carreira.
  • Isolamento social e impacto na saúde mental: a dificuldade em conseguir um emprego ou permanecer empregado aumenta os níveis de estresse, ansiedade e depressão. Segundo a OMS, o etarismo é ligado ao declínio da saúde mental e física.
  • Insegurança financeira e vulnerabilidade econômica: a dificuldade de reinserção no mercado leva muitos a recorrerem a empregos informais ou se aposentarem precocemente, o que pode gerar instabilidade financeira.

Impactos para as empresas

Para as organizações, a exclusão de funcionários mais velhos também traz consequências significativas. Empresas que não promovem a diversidade etária podem enfrentar desafios como:

  • Perda de conhecimento organizacional: profissionais mais velhos acumulam anos de experiência e insights valiosos, que são essenciais. A falta de um time multigeracional leva à perda desse capital intelectual.
  • Baixa inovação e diversidade de pensamento: equipes diversas, compostas por diferentes gerações, produzem soluções mais inovadoras. Negligenciar a inclusão etária é deixar de aproveitar essa vantagem competitiva.
  • Dificuldade na retenção de talentos: ao valorizar exclusivamente a juventude, cria-se um ambiente com altos índices de turnover, pois não há perspectivas de crescimento para todos os colaboradores. 
  • Risco de problemas legais e reputacionais: a discriminação por idade pode gerar processos trabalhistas e comprometer a reputação da companhia, afetando sua atratividade para talentos e investidores.

Diante desses impactos, combater o etarismo no mercado de trabalho é uma necessidade urgente.

Estratégias de como combater o etarismo no mercado de trabalho

Para construir ambientes corporativos mais inclusivos e diversos, é indispensável tornar o combate ao etarismo como um dos pilares da Gestão de Pessoas

A valorização da experiência e a criação de políticas que incentivem a diversidade etária são passos para garantir oportunidades equitativas para todas as gerações.

Conheça algumas práticas abaixo:

Combate aos estereótipos

O primeiro passo para enfrentar o etarismo é eliminar os preconceitos que associam a idade a limitações profissionais

Para isso, é preciso conscientizar lideranças e equipes sobre a discriminação, promovendo treinamentos e debates sobre o impacto da discriminação etária.

Foque em valorizar as competências, especialmente as habilidades técnicas e comportamentais dos trabalhadores, em vez de se basear em suposições ou estereótipos relacionados à idade.

Além disso, crie diretrizes organizacionais que reforcem a importância da diversidade etária, garantindo que todas as faixas etárias tenham acesso às mesmas oportunidades.

Programas de mentoria reversa

Uma das formas mais eficazes de promover a inclusão etária é por meio da mentoria de carreira entre diferentes gerações. 

No modelo de mentoria reversa, os mais jovens compartilham seus conhecimentos sobre novas tecnologias. Já os mais experientes, transmitem sua bagagem profissional e visão estratégica.

Essa troca de conhecimentos fortalece a colaboração entre gerações, reduz os preconceitos e amplia o aprendizado na empresa.

Contratações diversas

Para garantir que a diversidade etária seja de fato uma realidade, é preciso estruturar processos seletivos mais inclusivos. Para isso:

  • Remova a exigência de idade nos anúncios de vagas, evitando viés inconsciente nas seleções.
  • Crie vagas afirmativas para profissionais 50+, incentivando a inclusão de trabalhadores mais experientes.
  • Promova o recrutamento baseado em competências, assegurando que a seleção foque nas habilidades e experiências do candidato, sem discriminação por idade.

Capacitação

A falta de atualização tecnológica é um dos principais fatores que levam à exclusão de profissionais mais velhos. 

Para evitar esse problema, é possível investir em ações de capacitação, garantindo que todos tenham acesso a treinamentos, independente da idade.

Cursos sobre novas tecnologias, metodologias ágeis e ferramentas digitais possibilitam que os mais experientes se mantenham atualizados e integrados às demandas do mercado.

Flexibilidade no trabalho

A implementação de jornada de trabalho flexível pode beneficiar tanto os funcionários  jovens quanto os mais velhos. 

Ter modelos híbridos, horários alternativos ou trabalho remoto é uma estratégia para aumentar o engajamento e satisfação de todas as faixas etárias.

Para profissionais com mais de 50 anos, essa flexibilidade permite conciliar as demandas do trabalho com questões de saúde, família ou outros compromissos. 

Além disso, favorece um ambiente de trabalho mais produtivo e adaptável às necessidades dos funcionários, independentemente da idade.

Valorização de diferentes trajetórias

Evite priorizar apenas candidatos com carreiras lineares e estáveis. Isso exclui trabalhadores que passaram por períodos de transição, requalificação ou que buscaram novos desafios ao longo da vida.

Para promover a inclusão etária, é fundamental reconhecer e valorizar diferentes trajetórias, entendendo que a experiência adquirida pode trazer contribuições valiosas para o negócio.

Comunicação inclusiva

Por fim, a cultura organizacional deve ser baseada em uma comunicação que respeite e valorize todas as gerações. Isso inclui:

  • Evitar linguagem excludente em materiais institucionais e anúncios de vagas.
  • Garantir que campanhas internas e externas representem colaboradores de diferentes idades.
  • Criar espaços para escuta ativa e troca de experiências entre funcionários de todas as faixas etárias.

O etarismo no mercado de trabalho brasileiro é um desafio que precisa ser combatido com ações concretas. 

A exclusão de profissionais mais velhos representa não apenas uma perda de talentos, mas também reforça desigualdades e limita o crescimento de todos os setores.

Optar pelas estratégias como as listadas acima é o primeiro passo para criar um ambiente corporativo mais equitativo e inovador.

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