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Com 96% da força de trabalho formada por mulheres, Espaçolaser cria iniciativa para ajudar colaboradoras vítimas de violência doméstica

Em entrevista exclusiva, Mariana Costábile, diretora de pessoas da rede, conta que ação nasceu em 2020 e já atendeu 300 mulheres.

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Depois de passar dez anos na gestão de recursos humanos em empresas de moda e vestuário, em maio de 2021, Mariana Costábile assumiu a Diretoria de Pessoas da Espaçolaser, uma das maiores redes de depilação a laser do mundo, com mais de 800 unidades em todo o Brasil, além de Paraguai, Argentina, Chile e Colômbia.

Completando quatro anos na empresa, ela conversou com a Flash e contou como é estar à frente do departamento de pessoas de uma companhia majoritariamente por mulheres (elas ocupam 96% dos mais de 5.000 postos diretos) e que se propõe a cuidar do bem-estar de seus colaboradores.

Aqui entram iniciativas bastante focadas na experiência das mulheres, como o acompanhamento oferecido às gestantes durante toda a gravidez, na licença-maternidade e no retorno ao trabalho. 

“Temos uma média de 250 trabalhadoras grávidas afastadas por mês, e não podemos ver isso como um problema. Para nós, oferecer esse suporte é motivo de orgulho e se reflete na qualidade dos serviços prestados”, afirma Costábile.

Confira a seguir os destaques dessa conversa:

Que ações a Espaçolaser trabalha para proporcionar bem-estar ao seu quadro de colaboradores?

Mariana Costábile: Temos o programa “De Bem com a Vida”, que é baseado em outros quatro pilares: saúde emocional, saúde financeira, saúde física e saúde social. Ele foi criado para juntar iniciativas que a gente já tinha, com enfoque nesses quatro aspectos.

Para a saúde financeira, temos uma parceria com uma plataforma que ajuda as pessoas a fazerem seu planejamento financeiro. Isso foi útil, inclusive, no ano passado, na época da tragédia com a enchente no Rio Grande do Sul. Antecipamos o 13º e tivemos uma série de iniciativas para dar suporte, mas também nos preocupamos com a necessidade de a pessoa saber como agir naquele momento imediato, sem se prejudicar lá na frente, porque essa “conta” chega.

Na parte de saúde física, uma das iniciativas é uma outra parceria que motivou muita gente, com um ranking de quem malhava mais em cada departamento. Vale qualquer atividade física, e o colaborador registra o que fez no aplicativo, o que acaba incentivando todos a se cuidar mais. Para a saúde emocional, contamos com duas plataformas, além de formações, no nosso EaD, sobre saúde emocional.

Quanto ao pilar social, a gente costuma promover atividades de integração, como caminhada pet. Um outro exemplo também está ligado à tragédia no Rio Grande do Sul. Assim que a crise começou, mobilizamos as equipes de lá, para entender quais eram as necessidades mais imediatas. A gente pensou não só nas pessoas que tinham sido diretamente afetadas pela enchente, mas também apoiamos colaboradores que ficaram com as casas intactas, mas que chegaram a abrigar até 20 pessoas, em apenas quartos. Também fazemos campanhas internas de doação, temos um programa de voluntariado, entre outras ações. 

Para cada pilar, vamos estruturando ações, incentivando as pessoas a olhar para esses quatro aspectos de suas vidas.

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Com um time composto majoritariamente por mulheres, quais são as ações voltadas exclusivamente para esse público?

Temos o projeto AME (Acolhe Mulher Espaçolaser), em parceria com a ONG Bem Querer Mulher, que nasceu no final de 2020 muito em função do nosso quadro de funcionários. 

Somos uma empresa em que 95-96% dos colaboradores são mulheres. E quando se começa a levantar dados sobre violência doméstica, é possível ver que ela está muito mais perto do que se imagina.

Com a parceria, essa ONG começou a cuidar dos casos [de violência] que conseguimos identificar. Percebemos que, quanto mais falamos do tema e mais suporte a gente dá, mais as pessoas têm coragem de sair dessa situação.

O atendimento é totalmente confidencial, feito diretamente com a ONG, que dá todo o suporte psicológico e financeiro. Temos casos de pessoas que precisaram ser tiradas de dentro de casa, e a Bem Querer Mulher ajudou a alugar um apartamento, para começar em um lugar novo.

Como são identificados esses casos?

As funcionárias ficam sabendo desse programa já no onboarding e, se elas tiverem algum problema em casa, não precisam passar pelo RH, podem procurar diretamente a ONG.

Também pode acontecer de um gestor suspeitar de alguma coisa. Neste caso, ele aciona o RH, e a gente reforça a comunicação sobre o tema, sem constranger a colaboradora, mas para lembrar que ela tem esse respaldo. É uma situação de muita vulnerabilidade, e vamos quebrando barreiras aos poucos.

Esse é um dos projetos de que eu tenho mais orgulho, porque temos resultados muito consistentes. Segundo a ONG, foram realizados mais de 300 atendimentos desde o início do programa. São pessoas que não conseguiriam ter saído da situação de violência se não tivessem passado pela Espaçolaser.

Leia também: Em entrevista exclusiva, juíza Patrícia Maeda explica direitos trabalhistas das mulheres

Outro desafio que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho é a instabilidade no emprego devido à possibilidade de engravidar. Como a empresa lida com isso?

Isso não é um problema na Espaçolaser, pois temos programas que buscam dar mais conforto para a colaboradora. Temos um programa especial para gestantes, uma vez que temos uma média de 250 mulheres afastadas por mês, por conta da gravidez, em ritmo contínuo: sempre tem gente voltando ao trabalho e saindo de licença.

Então, a gente faz um acompanhamento durante a gestação, a licença-maternidade e no retorno ao trabalho. Isso tudo é importante, porque o varejo é muito dinâmico, e a mulher pode se deparar com muitas mudanças que aconteceram durante sua ausência. A gente olha a performance dela antes e depois para garantir que ela tenha um lugar de retorno e possa dar continuidade à a vida profissional. 

E como é esse retorno? 

Muitas de nossas colaboradoras são provedoras de seus lares, temos um grande número de mães solteiras, então queremos fomentar um recomeço equilibrado, sem exigir coisas que estão acima da sua capacidade, mas ainda entregando resultado. Queremos que as pessoas se sintam protagonistas de suas carreiras.

A gente sabe que, em quase 100% dos casos, é a mãe que leva os filhos ao médico ou vai às reuniões da escola. Temos um bom entendimento disso e muita empatia, já que a maior parte das gestoras também é mulher.

Se, por acaso, houver algum desligamento após uma gestação, queremos ter certeza de que a motivação foi uma circunstância ligada à performance ou o esgotamento das possibilidades de recolocação.

Vocês têm ações voltadas à diversidade e inclusão para beneficiar outros grupos minoritários?

A gente não tem políticas específicas de contratação, nosso processo seletivo é bastante aberto nesse sentido. Todos são abertos a minorias, nunca excluímos ninguém. Ao contrário, até contratamos gestante. Tivemos um caso em que a candidata aprovada descobriu que estava grávida quando recebeu a proposta de contratação.

Ela nos procurou, pediu desculpas e disse que iria declinar da proposta, porque o teste de gravidez tinha dado positivo. Para nós, ela era a pessoa certa, então continuamos os procedimentos de contratação.

Nesses seus primeiros quatro anos de Espaçolaser, quais foram suas principais realizações e qual é a que mais te orgulha?

Quando eu entrei, já havia um RH super bem estruturado, com várias iniciativas bacanas, e acho que consegui dar um pouquinho mais de robustez, de peso, ao que já existia, trazendo um alinhamento maior ao negócio.

Uma das ações foi dividir o departamento em áreas mais especialistas, e hoje temos um olhar mais voltado para a performance diferenciada. Fazemos avaliação por competência, por exemplo.

Também criamos uma área de comunicação interna, que não existia. E eu falo disso com muito orgulho. Com 5.000 colaboradores diretos, a empresa não tinha um portal de comunicação e, nas lojas, nem todo mundo da equipe tem e-mail. Agora, todas as comunicações são colocadas no portal, com informações segmentadas por cargo, por função, e todos podem acessar. É um aplicativo que a pessoa baixa e tem tudo na palma da mão.

Outra coisa que veio para ficar, e que a gente vem aprimorando, é nossa plataforma de treinamento.

Você pode falar mais sobre essa plataforma?

Fazemos treinamentos tanto online quanto híbridos, e as pessoas têm de consumir o conteúdo online antes de ir para aula ao vivo. Claro que, em alguns casos, o tema só está disponível na plataforma, mas outros, principalmente a formação inicial, pela qual passam todos os nossos colaboradores das unidades, é ao vivo. Cada um consome o conteúdo, aprende um pouco da teoria, e aí entra em um link com os nossos instrutores, em tempo real. Nossas instrutoras têm de verificar aquele aprendizado, ver se estão realmente entendendo o que é passado.

A partir de sua experiência na liderança de tantas mulheres, quais as vantagens que você vê em ter mais trabalhadoras nas empresas?

Nos dias de hoje, quando a gente tem uma mulher numa posição de liderança ou quando fomentamos isso nas companhias, esta atitude traz um valor acoplado, que é o cuidado.

Existe um cuidado mais genuíno na gestão feita por mulher, e eu não quero generalizar isso de forma nenhuma, sabemos que muitos homens fazem esse papel de uma forma muito bacana.

O mundo do trabalho, atualmente, tem uma cobrança excessiva, uma quantidade de informação absurda sendo bombardeada, e a mulher que tem o “olho” do negócio, que tem o foco no resultado, também se preocupa com a forma como tudo é entregue. Isso deixa as pessoas mais felizes, elas se sentem mais completas depois para entregar um resultado de forma 360o.

A mulher acaba entendendo um pouco mais disso, talvez, pela questão emocional, mas com limites. No ambiente corporativo é fundamental estabelecê-los, para conseguir fazer as entregas, mas tem um acolhimento que transforma o ambiente, que o torna emocionalmente seguro, e isso se reverte em um ganho competitivo.

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