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Será o fim do home office? Entenda como o retorno ao presencial pode impactar a atração de talentos

Segundo especialistas, o fim do home office e a queda de vagas remotas pode trazer impactos na hora de recrutar talentos em alguns setores.

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Quase dois anos após o fim da pandemia de Covid-19, diversas pesquisas no Brasil e no mundo indicam que o retorno ao “velho normal” (leia-se presencial) é a grande tendência do mundo corporativo — ainda que maioria dos profissionais prefiram o remoto ou híbrido. 

O desejo de retornar à rotina pré-pandemia foi revelado ainda por 80% dos profissionais de RH e lideranças de companhias em atuação no Brasil, segundo o relatório Anywhere Office, produzido pela KPMG e divulgado em julho deste ano. 

O tema fim do home office chegou, inclusive, ao topo Google Trends no mês de setembro. Na lista das palavras mais pesquisadas por internautas no buscador, além de termos óbvios como “trabalho remoto” e “trabalho híbrido”, cresceram as buscas por temas como “roupa de escritório” e “deslocamento”. 

Fim do home office pode trazer impactos no recrutamento

Mas se ainda é difícil cravar que o fim do home office será definitivo, para alguns especialistas já é possível dizer que um dos reflexos do movimento de retorno ao presencial é uma maior dificuldade para atrair talentos em alguns setores. 

Para Camila Pires, mentora de carreiras, a demora em preencher uma vaga é um dos principais indícios dessa dificuldade. “Os profissionais estão bem seletivos, não querem o que não faz mais sentido para suas vidas. Logo de início, perguntam se a vaga é remota ou não. Quando é presencial, se não querem, já desistem, nem esperam para saber qual é a proposta”, avalia a administradora, que atualmente é Business Partner na Vale.

Gerente sênior da Michael Page, Isabela Bueno concorda. “O salário não é mais o único fator a pesar na tomada de decisão. A flexibilidade se tornou prioridade também”, completa. 

Para ela, no entanto, nos setores nos quais o retorno ao modelo presencial já se consolidou, a resistência a aceitar vagas presenciais é menor — e vice-versa. “As realidades são diferentes. No mercado financeiro e de investimento, no meio jurídico, a maioria das empresas está seguindo o modelo 100% presencial. Então, a chance de um candidato recusar uma vaga por não ser remota é menor do que alguém que é da área de marketing, mídia ou tecnologia”, compara.

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As especialistas avaliam que, após experimentarem flexibilidade e a oportunidade de não enfrentar o trânsito diário, os profissionais estão resistentes a voltar à rotina que tinham antes do isolamento imposto em 2020. 

Dados do Hiring Lab, a unidade de pesquisas da empresa de vagas Indeed, reforçam essa análise: menos de um quarto dos candidatos prefere trabalhar exclusivamente no modo presencial, buscando vagas remotas ou híbridas. 

Cenário que mostra a necessidade de as empresas buscarem um meio termo, com alternativas que apoiem seus objetivos operacionais e o bem-estar dos funcionários. Isso porque, ainda segundo a Indeed, a falta de opções híbridas ou remotas influenciou a decisão de 1 em cada 5 entrevistados. Além disso, mais da metade expressou que "gostaria muito" de ter flexibilidade. “Em quatro anos, a relação dos profissionais com o trabalho foi completamente transformada. Hoje, as ofertas de emprego presenciais estão perdendo apelo”, afirma Lucas Rizzardo, diretor de vendas do Indeed no Brasil. 

O fenômeno é global. Algumas das principais empresas de tecnologia, como Apple, Microsoft e X, sofreram um pico de demissões de funcionários de nível sênior seis meses após determinarem o retorno ao trabalho presencial, conforme apontou pesquisa da Universidade de Chicago, publicada em maio. 

Com fim do home office, vagas remotas despencaram em 2024 

De acordo com dados do LinkedIn, entre julho de 2023 e julho de 2024, a porcentagem de vagas remotas abertas sofreu uma queda de 24% no Brasil. 

Em outubro, a reportagem do blog da Flash realizou uma busca por vagas presenciais e vagas remotas na plataforma, e o resultado é um retrato da tendência atual: no Brasil, há atualmente 536.199 ofertas de emprego presencial na plataforma, contra apenas 32.288 para o modelo remoto. 

Outro estudo, este da Catho, ouviu 775 empresas brasileiras e revela que mais de 60% das empresas que mudaram seus modelos de trabalho a partir de 2020 devem voltar ao regime 100% presencial até o fim deste ano. Do total, 25% disseram preferir manter o modelo híbrido (presencial + online). Apenas 5% disseram operar em regime 100% remoto.

Nos Estados Unidos, a situação não é diferente. Um levantamento feito pela plataforma de currículos Resume Builder, com mais de 700 empresas que migraram completamente para o modelo de trabalho remoto na pandemia, revelou que 9 em cada 10 devem retomar suas operações presenciais em 2025.

Por que as empresas estão abandonando o home office? 

Para as companhias, uma das principais justificativas para abrir mão da flexibilidade associada ao trabalho remoto é a necessidade de fortalecer a cultura organizacional. Esse foi, aliás, o principal argumento do CEO da Amazon, Andy Jassy, para anunciar o fim do regime remoto na companhia, em setembro deste ano. O mesmo motivo foi apontado por 63% dos profissionais ouvidos pela pesquisa da KPMG. 

Outra razão que aparece nas pesquisas sobre o tema é o argumento da importância do convívio pessoal para fomentar a colaboração e a troca espontânea de ideias. “As empresas estão avaliando como a colaboração presencial pode impactar também na inovação”, complementa o diretor de vendas do Indeed. 

Isabela Bueno afirma ouvir muitos relatos de empresas sobre os impactos da pandemia sobre suas operações, com um enfraquecimento da cultura. Já o trabalho presencial, na percepção da consultora, tem sido valorizado por agilizar os processos, promover o senso de pertencimento e acelerar a curva de aprendizado.

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Fim do home office: como atrair os profissionais para vagas presenciais 


Para atrair os melhores talentos para suas vagas presenciais, as empresas precisam oferecer mais do que apenas salários competitivos, conforme sinalizaram os especialistas ouvidos para esta reportagem. Confira a seguir algumas dicas: 

  • Benefícios individualizados: É preciso recompensar o colaborador pelo que ele perderá ao deixar de trabalhar na sua casa. Nesse sentido, investir em benefícios flexíveis que atendam às suas necessidades específicas é fundamental. 

  • Transparência: É preciso que o modelo presencial faça sentido, opina Isabela, da Michael Page, para que o profissional sinta que está se desenvolvendo, contribuindo e tendo uma experiência positiva de convívio. “É importante explicar o porquê da escolha pelo trabalho presencial, para que a pessoa saiba que de fato faz diferença estar presencialmente ali. Não é o voltar simplesmente pelo voltar, tem de haver um significado.” 

  • Compromisso com o clima organizacional:  Se já deveria ocorrer antes, agora é preciso redobrar a atenção, alerta Lucas, da Indeed. Isso significa ser, na prática, uma empresa inclusiva, diversa e que proteja a saúde mental dos seus colaboradores. “Nosso estudo mostra que o compromisso sério com a diversidade e a inclusão, além de iniciativas de bem-estar, tornaram-se essenciais.” 

  • Oferta de flexibilidade: se a ida ao escritório é irreversível, que tal oferecer um horário alternativo para que a pessoa possa se livrar dos picos de trânsito? Permitir que os pais possam tirar a tarde de folga para ir à reunião da escola do filho? Ou mesmo trabalhar alguns dias em casa, caso precise se concentrar melhor para escrever um relatório? Por fim, encerrar o expediente mais cedo na sexta-feira (ou antes de feriados) e dar folga no dia do aniversário certamente são medidas que engajam, contribuindo para a marca empregadora e diminuindo o turnover. 

 

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