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Climate Quitting: sustentabilidade vira motivo para profissionais pedirem demissão — ou sequer aceitar propostas de emprego

Especialistas e líderes de empresas como Dengo explicam como o compromisso ambiental virou uma ferramenta de atração e retenção nas empresas.

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Queimadas que liberam poluentes e deterioram a qualidade do ar. Ondas de calor que registram recordes de temperatura ano após ano. Chuvas intensas, causadas pelas alterações climáticas, que geram inundações e afetam cidades inteiras. 

Todas essas situações têm se tornado parte da rotina de pessoas no Brasil e em diversas partes do mundo. Não à toa, a preocupação com os efeitos e impactos das mudanças climáticas na sociedade deixou de ser algo restrito a cientistas e autoridades — e tem afetado também os cidadãos comuns. 

Para tentar dimensionar esse estado de alerta, um estudo conduzido por uma agência da ONU em parceria com a Universidade de Oxford, perguntou aos entrevistados quantas vezes por semana eles pensavam na crise climática. O resultado aponta que, para 56% da população mundial, o assunto é objeto de pelo menos um pensamento por semana. 

É o que muitos especialistas têm chamado de "ansiedade climática", quadro que, inclusive, deu origem a outras tendências, como o "climate quitting" (ou demissão climática), essa diretamente ligada ao mundo do trabalho. 

Estamos falando de profissionais que se demitem ou pensam em fazê-lo quando percebem que a empresa para a qual trabalham não está comprometida com as questões climáticas. 

Para entender como essa tendência tem criado novos desafios para a área de gestão de pessoas, o blog da Flash conversou com Renato Dias, CEO da Taqe, plataforma e consultoria de recrutamento e seleção, Eduardo Migliano, CEO da 99Jobs, plataforma de recrutamento com foco no alinhamento de valores entre empresas e profissionais, e Ana Clara Silva, head de Pessoas e Cultura da fabricante de chocolates Dengo. Confira a seguir: 

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O que é o “climate quitting” ou demissão climática?

O termo, que vem ganhando espaço na mídia e nas redes sociais, refere-se ao desafio que as organizações cujos negócios são considerados altamente poluidores enfrentam para atrair e reter talentos . Isso porque, conforme a pauta ambiental ganha relevância entre os profissionais, para muitos trabalhar nessas organizações se torna algo incompatível com seus valores e crenças pessoais. 

Em reportagem à BBC, por exemplo, a funcionária de uma grande indústria de petróleo contou que abandonou o emprego após a companhia anunciar um afrouxamento nas políticas ambientais que adotava. Segundo a profissional, ela sentiu necessidade de "alinhar sua ética pessoal com o negócio para o qual trabalha."

"Essa é uma tendência global e uma questão geracional. Estamos falando de gerações que cresceram ouvindo sobre aquecimento global, crise climática, além de todas as questões sociais, como diversidade, equidade e inclusão. Esses valores são muito mais presentes entre os mais jovens, e é natural que eles exijam esse alinhamento por parte dos empregadores", afirma Renato Dias, CEO da Taqe.

Para Ana Clara Silva, head de Pessoas e Cultura da Dengo, as preocupações ambientais, mesmo que presentes de forma mais consistente entre os mais jovens, também fazem parte do dia a dia dos profissionais mais experientes. 

“As gerações anteriores também reconhecem a importância da sustentabilidade, mas podem ter uma abordagem mais focada na eficácia e na aplicação prática das iniciativas”, diz a executiva.

Por que estão falando tanto sobre “climate quitting”?

O assunto ganha importância à medida que os desastres climáticos, como o que ocorreu no Rio Grande do Sul, se tornam muito mais frequentes, acendendo o alerta para muitas pessoas sobre a importância da questão para o futuro das sociedades. 

O estudo da ONU citado acima, por exemplo, revelou que 53% da população global está mais preocupada com a segurança climática agora do que há um ano. Nos países menos desenvolvidos, esse percentual é ainda mais alto: 59%.

E os efeitos disso, claro, são sentidos no mercado de trabalho. Levantamento da KPMG mostrou que 30% dos jovens trabalhadores no Reino Unido investigam os compromissos ambientais de uma empresa antes de aceitar uma proposta de trabalho.

Na Dengo, Ana Clara diz já sentir o efeito do alinhamento da empresa às pautas ESG no recrutamento de novos profissionais. “Temos muitos exemplos de profissionais que tiveram nossa conexão com a sustentabilidade como fator fundamental para a decisão de trabalhar conosco. Na própria área de RH, acabamos de receber três novas heads e todas sinalizaram que o principal aspecto que mobilizou a decisão de entrada na Dengo foi o propósito compartilhado”, afirma. 

Como a Dengo dissemina as práticas de sustentabilidade para toda a empresa 

Ana Clara Silva, head de Pessoas e Cultura da Dengo,

Ana Clara conta que, entre as ações que a Dengo possui para diminuir o impacto da atividade da empresa no meio ambiente está a implementação do salário digno, ou seja, o pagamento de valores acima dos praticados pelo mercado para as comunidades produtoras do cacau utilizado em seus produtos. A empresa, fundada em 2017, também conta com programas para a redução dos resíduos gerados pela produção e pela venda dos chocolates. 

De acordo com a executiva, para atender às expectativas de diferentes gerações em relação ao compromisso da empresa com a sustentabilidade, a Dengo procura adaptar a sua comunicação e difundir as práticas que a organização possui. 

Por isso, esses aspectos são trabalhados desde o onboarding dos colaboradores e também são reforçados em encontros trimestrais criados exclusivamente para falar sobre sustentabilidade e impactos do negócio no meio ambiente. Por fim, anualmente todo time se reúne em um treinamento para compartilhar os resultados obtidos pela Dengo nos pilares ESG.

“A transparência e a consistência na comunicação são fundamentais para construir uma imagem sólida e autêntica”, afirma Ana. 

Leia mais: Entenda como o estresse térmico afeta o bem-estar dos colaboradores e custa milhões às empresas 

Quais empresas são mais propensas a ter funcionários “climate quitters”?

O impacto principal é nos setores diretamente relacionados a danos ao meio ambiente, como indústrias de petróleo, mineração e madeireiras. "É possível notar os desafios dessas indústrias quando observamos que elas oferecem salários acima da média do mercado", diz Eduardo, da 99Jobs.

Mas, apesar de estas serem as primeiras a sentir o efeito, mesmo empresas que não são vistas como poluidoras podem ser impactadas por esse movimento caso não possuam medidas bem definidas de responsabilidade ambiental. 

Para ter uma ideia, um estudo da consultoria de projetos ambientais Supercritical apontou que 62% dos trabalhadores da Geração Z preferem trabalhar em empresas com metas claras de zero emissões de poluentes.

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O que o RH e as empresas podem fazer para evitar o “climate quitting”?

O primeiro passo, claro, é criar políticas claras que demonstrem o comprometimento com a questão ambiental. Isso não apenas para atrair e reter talentos, mas também por uma questão de responsabilidade social. 

O estudo da KPMG mostrou que, mesmo que dois terços dos profissionais afirmassem que recusariam trabalhar em setores com os quais tivessem conflitos éticos, 37% mudariam de ideia caso a empresa demonstrasse um comprometimento claro com as pautas ESG.

"É essencial ter ações nesse sentido e usar a transparência a seu favor, mostrando o que a empresa tem feito. Para isso, contam desde selos e certificações até compromissos públicos de redução de carbono", diz Renato, da Taqe.

Segundo Ana Clara, da Dengo, a estratégia de comunicar amplamente as políticas e práticas sustentáveis realizadas pela empresa tem um papel direto na atração de bons profissionais.

“Essa transparência em relação às nossas práticas de produção, o apoio ao desenvolvimento sustentável e a criação de um ambiente de trabalho inclusivo e responsável são aspectos fundamentais para profissionais engajados e motivados", afirma.

Leia mais: O que são green skills e por que elas representam o futuro do trabalho?

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