Você sabe o que é quiet hiring? Descubra a nova tendência entre os RHs

Entenda o que está por trás da nova tendência de RH para 2023, o quiet hiring, ou contratação silenciosa, e como ela pode ajudar a sua empresa.

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Depois do quiet quitting, uma nova tendência de RH surge no horizonte: o quiet hiring, ou contratação silenciosa. Mas do que se trata essa prática, afinal? E como ela funciona?

Além da onda de layoffs e da recessão, os líderes de recursos humanos estão enfrentando desafios históricos: ao mesmo tempo que enfrentam mudanças tecnológicas, geracionais e sociais, eles precisam lidar com uma força de trabalho exausta e uma grande pressão para conter custos. Segundo especialistas, a contratação silenciosa surge como uma resposta para que as pessoas adquiram novas habilidades e capacidades sem que a organização precise necessariamente contratar novos funcionários.

Uma das maneiras de praticar o quiet hiring é realocar os talentos internos, o que abre espaço para uma outra forte tendência nas empresas, o investimento em upskilling e reskilling como forma de requalificar e dar novas competências aos talentos internos.

Ana Tomazelli, psicanalista, mentora de carreiras e executiva de RH, explica que esse movimento atende tanto às aspirações de carreira do profissional quanto às necessidades da empresa. “A ideia tem a ver com o momento atual: há vagas congeladas, o que impede novas contratações, mas é possível investir no profissional que já está no quadro e quem sabe promovê-lo mais para a frente. Isso implica em aumentar os desafios, investir em treinamento e direcionar um olhar de cuidado para o profissional”, afirma ela.

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De forma mais estratégica, se bem feito, o quiet hiring também pode ser um aliado do employee experience, que reconhece a fase em que o funcionário se encontra em sua jornada profissional e cria experiências personalizadas para que ele possa desenvolver sua carreira e ter a melhor relação possível com a empresa.

Pode-se dizer também que a contratação silenciosa é uma prática para testar trabalhadores em posições mais altas. O cuidado que se deve tomar é com a juniorização. Para Ana, isso acontece quando se vê que as empresas estão apenas com coordenadores em vagas gerenciais, por exemplo. Ou seja, pessoas ocupam cadeiras altas sem ter o cargo ou a remuneração adequada.

“Não é de hoje que as corporações precisam de funcionários coringas e polivalentes. Para isso, é feito um mapeamento das posições-chave. Uma só pessoa consegue tocar eventos, fazer pesquisas e escrever relatórios? É interessante para a empresa investir nela. Geralmente, esse trabalhador cobre uma multiplicidade de temas que, nas próprias férias, precisa ser coberto por mais de uma pessoa”, explica a executiva.

Para Ana, tudo que vem com ‘quiet’ na frente atesta a nossa incapacidade de diálogo, principalmente quando falamos de cargos mais altos. “Vale refletir sobre o uso do termo para entender se não estamos deixando de falar sobre um problema e, assim, deixando de resolver a causa. Isso pode produzir outro sintoma”, reflete a especialista.

Quiet hiring é bom?

O quiet hiring tambémpode ser uma maneira de responder ao quiet quitting e ao movimento apelidado de The Great Resignation, ou A Grande Renúncia, em português.

Investir no profissional é uma forma de retê-lo, deixando-o mais estimulado, e desonerar a companhia dos custos de novas contratações. É um jeito de valorizar quem performa bem, enquanto o orçamento não aumenta. Além disso, apostar no funcionário pode aumentar a retenção, o engajamento e a produtividade – além de ser um jeito de identificar profissionais que já estão indo além do que lhe é exigido.

Assim, o funcionário começa a ser considerado para futuras posições e sente que a empresa está olhando para ele e testando suas habilidades.

Quais são os pontos de atenção para o RH?

A contrapartida para os trabalhadores, no entanto, é a ansiedade e a insegurança: como saber se será ou não promovido nesse contexto?

“Por isso, não é correto prolongar essa situação por muito tempo. Isso é ilegal. E a relação de trabalho é uma troca por dinheiro e benefício. O funcionário vende um conhecimento por uma determinada hora de trabalho. Se ele está vendendo muitos conhecimentos pelas mesmas horas de trabalho, a conta não fecha. Ao empilhar as atribuições descobrimos que estamos trabalhando mais do que deveríamos”, alerta Ana Tomazelli.

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Há vantagens para o trabalhador?

Embora existam ressalvas, existem alguns benefícios que o colaborador pode colher com o processo quiet hiring. Listamos alguns deles:

  • Se ver dentro da companhia com chances de ser promovido;
  • Ter noção das expectativas claras;
  • Trabalhar junto com a gerência para acertar métricas e documentar performance;
  • Mais responsabilidade geralmente significa ter um aumento salarial;
  • Ter possibilidade de negociação por bônus, horário flexível ou horas de folga;
  • Assegurar que se tenha treinamento e suporte quando demandado;
  • Expandir habilidades e se tornar mais valorizado;
  • Aumentar o networking com colegas em outras áreas e ser testado em departamentos em que você pode ter interesse;
  • Ser bem sucedido em uma função que não é sua é um passo na negociação por uma promoção futura.

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