Nove feriados nacionais caem em dias úteis em 2026; veja calendário completo
Veja as datas dos descansos prolongados e baixe o calendário completo para o RH planejar folgas, férias e escalas com antecedência.
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Em 2026, nove feriados nacionais vão cair em dias úteis, sem contar os estaduais e municipais, e pontos facultativos – uma ótima notícia para os profissionais, que terão mais dias de descanso ao longo do ano.
Os feriados podem ser um aliado do RH para engajar as pessoas, melhorar o clima organizacional e permitir que os colaboradores renovem periodicamente suas energias.
Dos nove feriados nacionais, sete serão em sextas ou segundas-feiras, podendo dar origem aos feriados prolongados com um descanso de 3 dias. Outros dois feriados cairão em quintas ou terças-feiras, permitindo um descanso ainda maior caso as empresas decidam emendar essas folgas, como é o caso de Tiradentes e Corpus Christi.
Ter em mãos essas datas com antecedência é essencial para a gestão de pessoas, porque podem influenciar não apenas as folgas das equipes, mas a programação de férias e a definição de escalas de trabalho.
“Quando bem estruturado, esse planejamento pode se transformar em uma oportunidade estratégica, contribuindo para melhorar o engajamento das pessoas, o clima organizacional e até mesmo a performance, mesmo em anos com muitos feriados”, afirma Fernanda Garcia, consultora em cultura e pessoas, com mais de 20 anos de experiência em grandes empresas.
Quais os feriados prolongados e os pontos facultativos do Brasil em 2026?
Uma análise do calendário dos feriados nacionais, estaduais e municipais é um bom ponto de partida para o planejamento do próximo ano.
Na tabela abaixo, listamos os feriados nacionais e, além das datas e dias da semana, dá para verificar se a efeméride é um feriado (obrigatório) ou ponto facultativo:
Data |
Feriado 2026 |
Dia da semana |
Abrangência |
Tipo |
1/1 |
Confraternização Universal |
Quinta-feira |
Nacional |
Obrigatório* |
16/2 |
Carnaval |
Segunda-feira |
Nacional |
Facultativo |
17/2 |
Carnaval |
Terça-feira |
Nacional |
Facultativo |
18/2 |
Quarta-feira de Cinzas |
Quarta-feira |
Nacional |
Facultativo |
3/4 |
Paixão de Cristo |
Sexta-feira |
Nacional |
Obrigatório |
21/4 |
Tiradentes |
Terça-feira |
Nacional |
Obrigatório |
1/5 |
Dia Mundial do Trabalho |
Sexta-feira |
Nacional |
Obrigatório |
4/6 |
Corpus Christi |
Quinta-feira |
Nacional |
Depende do local |
7/9 |
Independência do Brasil |
Segunda-feira |
Nacional |
Obrigatório |
12/10 |
Nossa Senhora Aparecida |
Segunda-feira |
Nacional |
Obrigatório |
2/11 |
Finados |
Segunda-feira |
Nacional |
Obrigatório |
15/11 |
Proclamação da República |
Domingo |
Nacional |
Obrigatório |
20/11 |
Consciência Negra |
Sexta-feira |
Nacional |
Obrigatório |
25/12 |
Natal |
Sexta-feira |
Nacional |
Obrigatório |
Além dos descansos nacionais, há também feriados municipais e estaduais. Veja alguns deles:
Data |
Feriado 2026 |
Dia da semana |
Abrangência |
Tipo |
20/1 |
São Sebastião |
Terça-feira |
Municipal - Rio de Janeiro (RJ) |
Obrigatório |
25/1 |
Aniversário de São Paulo |
Domingo |
Municipal - São Paulo (SP) |
Obrigatório |
2/2 |
Nossa Senhora dos Navegantes |
Segunda-feira |
Municipal - Porta Alegre (RS) |
Obrigatório |
6/3 |
Revolução Pernambucana (Data Magna) |
Sexta-feira |
Estadual (Pernambuco) |
Obrigatório |
23/4 |
Dia de São Jorge |
Quinta-feira |
Estadual (Rio de Janeiro) |
Obrigatório |
13/6 |
Santo Antônio |
Sábado |
Municipal (Algumas cidades do Brasil) |
Obrigatório |
24/6 |
São João |
Quarta-feira |
Estadual (Estados Norte e Nordeste) |
Obrigatório |
2/7 |
Independência da Bahia |
Quinta-feira |
Estadual (Bahia) |
Obrigatório |
9/7 |
Revolução Constitucionalista |
Quinta-feira |
Estadual (São Paulo) |
Obrigatório |
20/7 |
Revolução Farroupilha |
Domingo |
Estadual (Rio Grande do Sul) |
Obrigatório |
8/12 |
Nossa Senhora da Conceição |
Terça-feira |
Municipal (vários municípios) |
Obrigatório |
Como usar estrategicamente os feriados e pontos facultativos de 2026?
O segredo para o RH pode estar em transformar o calendário de 2026 em um bom plano de gente e operação. Com nove feriados caindo em dias úteis, o planejamento se torna ainda mais importante para não perder produtividade e garantir que todos possam ter seus dias de descanso.
Uma gestão eficiente de escalas e controle de ponto cuida tanto da operação quanto das pessoas, garantindo entregas dentro do planejado, sem sobrecarregar os times. Mesmo em empresas que não param totalmente em feriados e pontos facultativos, o planejamento permite ajustar escalas de forma justa, assegurando momentos de descanso para todos. Esse cuidado demonstra respeito e fortalece a confiança, gerando impacto positivo no clima organizacional, no engajamento e na performance.
Para atingir esses resultados, também é preciso preparar as lideranças para uma gestão operacional eficaz: prever entregas, redistribuir atividades e organizar o fluxo de trabalho de forma que os times também não sejam sobrecarregados na véspera dos feriados.
O planejamento antecipado, com divulgação de calendário, escalas e regras de compensação, traz previsibilidade e transparência. “Uma comunicação clara evita percepções de favoritismo e permite que as pessoas se organizem com antecedência, fortalecendo engajamento e garantindo resultados sustentáveis”, afirma a consultora.
Leia também: Feriados trabalhados: saiba o que diz a CLT, como calcular feriado trabalhado e principais cuidados para o DP
Entenda a diferença entre feriado e ponto facultativo
Embora quase todo mundo saiba que o feriado é obrigatório para a empresa e o ponto facultativo, não, há detalhes envolvidos nos dois tipos de descanso que merecem atenção do RH, sob pena de falhar na elaboração de um planejamento funcional.
Sobre o feriado, cuja observância é obrigatória para todas as empresas, sua importância se conecta a toda uma estrutura de amparo e saúde da pessoa trabalhadora.
Como explica Renato Negretti Cruz, advogado e professor universitário, os feriados não são apenas um direito dos trabalhadores, mas um “meio para o exercício de direitos fundamentais e da cidadania”, como saúde, lazer e convivência com família e amigos.
Sob o viés trabalhista, somente os feriados têm caráter obrigatório e, mesmo neste caso, há exceções legais relativas à manutenção de serviços essenciais ou autorização definida por acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Porém, de modo geral, o trabalhador em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) tem direito a descanso remunerado no feriado e, no caso de seus serviços serem solicitados, deve receber uma remuneração pelo menos com valor dobrado ao do dia comum de trabalho.
Já o ponto facultativo não exige que as empresas deem descanso aos funcionários e, no caso de permitida a folga, a companhia pode exigir compensações na forma trabalho em outros dias ou horários.
Mas é preciso ficar atento porque há casos em que conceder a folga no ponto facultativo é obrigatório, quando isso foi determinado em Convenção Coletiva de Trabalhadores.
É importante lembrar que esses direitos não são garantidos pela legislação brasileira àquelas pessoas que atuam como voluntários e prestadores de serviço como pessoa jurídica (PJ).
“Esses não têm, salvo previsão contratual expressa, o direito de exigir dos tomadores de seus serviços o mesmo tratamento, em feriados, conferido aos empregados, em geral”, afirma Renato.
Vale dizer que, se decidir conceder o ponto facultativo remunerado, a empresa pode comunicar ao trabalhador até mesmo no dia anterior à folga. Entretanto, quando o trabalhador precisar compensar horas para ter direito à emenda do feriado, a empresa deve comunicar a adesão ao ponto facultativo previamente aos funcionários, para que possam acumular horas extras, dentro do limite máximo de 2 horas diárias, para aproveitar a folga sem qualquer prejuízo de sua remuneração.
Confira, abaixo, as principais diferenças entre as duas modalidades de descanso.
Feriado |
Ponto facultativo |
Previsto em lei (federal, estadual ou municipal). |
Estabelecido por decreto, geralmente da Administração Pública (União/estados/municípios). |
Obrigatório na área de abrangência (país/estado/município). |
Opcional para o setor privado e público, mas é mais comum a esfera pública oferecer a folga, mesmo que nos serviço essenciais tenham que trabalhar |
Se houver trabalho, aplica-se remuneração em dobro ou compensação conforme CLT/Convenção Coletiva. |
Dia normal de trabalho no privado (sem adicional automático); se dispensar, pode usar banco de horas/compensação. |
Órgãos públicos e escolas geralmente fecham; bancos seguem calendário do BACEN. |
Órgãos públicos normalmente suspendem expediente; bancos/comércio podem funcionar conforme regras próprias. |
Abrange toda a população do território definido. |
Foco em servidores; no setor privado, adesão depende de política interna/Convenção Coletiva. |
Planejamento de RH: escalas para serviços essenciais, negociação prévia com sindicatos, aviso com antecedência. |
Planejamento de RH: definir critérios de adesão, home office/escala, compensação (banco de horas) e comunicação 60–90 dias antes. |
Exemplos: Confraternização Universal (01/01), Independência (07/09), Natal (25/12). |
Exemplos: segunda/terça de Carnaval e manhã da Quarta-feira de Cinzas (no âmbito federal). |
Risco jurídico se descumprido sem base legal/negociação. |
Flexibilidade maior; menor risco se houver política clara e acordo de compensação. |
Benefícios de aderir ao ponto facultativo
Para Fernanda, mesmo não sendo obrigatório, conceder folga no ponto facultativo é uma excelente estratégia. “Ao adotar essa prática, demonstram valorização das pessoas e reforçam sua cultura. Além disso, em muitos casos, a operação já é naturalmente reduzida nesses dias, já que clientes e fornecedores também param ou atuam em escala menor, o que diminui o impacto de liberar os times”, afirma Fernanda.
Como compensações possíveis, ela diz que isso pode variar de acordo com a cultura de cada empresa. Há o caso da simples concessão do descanso, incentivando o uso desse tempo para autocuidado, lazer e equilíbrio, reforçando a valorização das pessoas.
Outras opções são o banco de horas, que possibilita a compensação em outros períodos, desde que negociado de forma clara e antecipada, e as escalas de rodízio, permitindo que todos tenham oportunidade de usufruir do descanso em algum momento. “Podem ser feitas ainda compensações financeiras, normalmente aplicadas em situações críticas ou de maior demanda operacional”, afirma.
Feriados e pontos facultativos diminuem a produtividade?
A preocupação com a produtividade em feriados é comum nas empresas, mas uma gestão estratégica pode transformar esses períodos em aliados da performance.
“Em um cenário em que muitas empresas enfrentam altos índices de absenteísmo e casos de burnout, vale lembrar que as pessoas só são produtivas quando estão bem e engajadas”, afirma Fernanda Garcia. A especialista ressalta que o descanso é parte desse equilíbrio: colaboradores felizes, saudáveis e com qualidade de vida entregam mais e melhor.
Segundo Renato, pesquisas indicam que a produtividade não depende exclusivamente da disposição para o trabalho ou das horas efetivamente dedicadas, “relacionando-se muito mais a fatores estruturais, como ao seu meio socioeconômico, a qualidade do treinamento, formação técnica, supervisão, organização, do planejamento empresariais dos serviços por ele prestados e, sobretudo, às condições adequadas e seguras de trabalho tanto em termos físicos quanto mentais”.
O Brasil é campeão de feriados? A resposta é “não”
Existe um mito de que o Brasil é campeão mundial de feriados, mas isso não é verdade. Em nível nacional, o Brasil conta oficialmente com 10 feriados, atrás, portanto, de países economicamente desenvolvidos e altamente produtivos.
Dados da OCDE, divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, indicam que a Espanha, têm 14 feriados; Alemanha e Áustria, 13 cada; além de Dinamarca, Suécia e França, com 11 folgas oficiais.
Segundo a mesma fonte, nosso país tem o mesmo número de feriados dos Estados Unidos, Noruega e Bélgica, os quais, assim como o Brasil, possuem apenas um a mais do que o Reino Unido, que conta com 9.
10 dicas para usar folgas e feriados para engajar e aumentar a produção
Agora que você sabe mais sobre os pontos facultativos e feriados de 2026, seguem dicas valiosas para reforçar o engajamento das equipes e, de quebra, apoiar o aumento da produtividade:
- Publique o calendário anual de feriados e pontos facultativos: faça a comunicação com 60 a 90 dias de antecedência e deixe as regras de compensação claras. Lembre-se: previsibilidade engaja.
- Use escalas de rodízio justas nos feriados prolongados: se a empresa atua em serviços essenciais e não pode dar folga a todos, precisa criar um rodízio para que todo mundo tenha chance de descansar.
- Banco de horas e metas de sprint pré-feriado: planejando, é possível entregar o essencial antes e garantir descanso sem culpa. Assim, ninguém volta desesperado.
- Home office opcional na véspera/pós-feriado: essa é uma boa ideia, porque reduz deslocamento e estresse, e mantém performance.
- Desconexão real: zero reuniões no feriado, canais silenciados; on-call só quando necessário, e com folga compensatória.
- Kick-off leve pós-feriado (15 min): alinhe 3 prioridades da semana e remova bloqueios; a retomada flui muito melhor.
- Comunicação transparente, em um único lugar: divulgar critérios, escalas, quem trabalha e como irá compensar evita ruído e favoritismo.
- Use o ponto facultativo estrategicamente: quando a operação cai, libere times e reforce a cultura de cuidado.
- Reconheça quem ficou de plantão: forneça bônus, dias de descanso, e visibilidade para quem precisou trabalhar, pois a reciprocidade aumenta o engajamento.
- Meça e ajuste: acompanhe absenteísmo, eNPS (Net Promoter Score) de bem-estar pré/pós feriado para monitorar e ajustar a política.
Esperamos que tenha achado úteis nossas informações, dicas e reflexões. A conjuntura internacional e a chegada das eleições tendem a fazer de 2026 um ano bastante desafiador, mas um bom planejamento ajuda a antecipar marés e a ter ferramentas para navegar com mais eficácia nos mais diversos cenários.
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Sui é jornalista, compositora e cantora. Possui bastante experiência em Educação e Política, com agências e clientes da esfera pública.