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Desengajamento dos trabalhadores custa R$ 77 bi ao ano às empresas brasileiras, mostra 3ª edição do Engaja S/A

Pela 1ª vez, estudo idealizado pela Flash em parceria com a FGV EAESP aponta a relação do desengajamento com com turnover e presenteísmo.

Flash

O número de profissionais desengajados e ativamente desengajados no Brasil atingiu sua pior marca neste ano, chegando a 61% dos trabalhadores do país. É o que revela a 3ª edição do Engaja S/A, único índice de engajamento independente do Brasil, idealizado pela Flash em parceria com a FGV EAESP, que acaba de ser lançado. E, pela primeira vez, o estudo apresenta o custo do desengajamento para as empresas.

Neste ano, o Engaja S/A traz evidências de que a falta de envolvimento no trabalho culmina em maiores taxas de turnover e uma piora do quadro do presenteísmo, resultando no  prejuízo de R$ 77 bilhões para a economia brasileira. Isso significa que todos os anos as companhias perdem cerca de 0,66% do PIB devido à falta de motivação dos profissionais.

Grau de engajamento do trabalhador brasileiro em 2025 vs 2024: 

  • Engajados: 39% (-5 p.p)
  • Desengajados: 54% (+4 p.p)
  • Ativamente desengajados: 7% (+1 p.p)

Os pesquisadores veem alguns motivos para essa queda recorrente do engajamento. Além do menor engajamento em dimensões como Significado do Trabalho e Ambiente de Trabalho Positivo de 2024 para 2025, o declínio na satisfação tem origem no desgaste das lideranças. Apesar de ainda ser mais engajada do que a base, a liderança foi a camada na qual o envolvimento mais caiu no último ano, com gestores apresentando sinais de esgotamento.

“O cenário hoje é o seguinte: mesmo pagando-se corretamente, o trabalho em si deixou de valer a pena na visão do trabalhador. E isso é grave, porque recompensas financeiras por si só são insuficientes para contrabalançar perdas em significado, clima e gestão”, afirma Renato Souza, professor da FGV EAESP e coautor do índice.

Para além do impacto financeiro, a edição deste ano também mapeia a incidência de transtornos mentais na força de trabalho brasileira. Dois em cada dez brasileiros sofrem diariamente com questões de saúde mental, uma proporção que chega a ser três vezes maior entre os ativamente desengajados. As descobertas reforçam que enfrentar a crise de saúde emocional passa, invariavelmente, pela criação de práticas de gestão que ofereçam mais reconhecimento, previsibilidade e oportunidades de desenvolvimento.

Os dados do Engaja estão em linha com as estatísticas oficiais do governo e mostram um cenário preocupante: 20% dos trabalhadores sofrem com sintomas de ansiedade diariamente, enquanto 18% lidam com insônia e depressão todos os dias.

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Um índice que reflete o perfil do trabalhador brasileiro

Neste ano, o estudo ouviu 5.397 profissionais de todas as regiões do país — um número 98% maior que o da amostra de respondentes de 2024 – e se consolida como o índice de engajamento que retrata com precisão o trabalhador médio do Brasil.  De forma independente e recrutados por meio de painéis online, as respostas foram coletadas entre os meses de junho e agosto de 2025. 

Assim como em anos anteriores, a 3ª edição do Engaja S/A manteve seu rigor científico e buscou alinhar ao máximo o perfil dos entrevistados aos dados demográficos da Rais (Relação Anual de Informações Sociais, 2023) — fonte estatística oficial sobre profissionais com vínculos CLT e estatutário no país.

O modelo de engajamento organizacional do Engaja S/A baseia-se em seis dimensões (como Boas Práticas de Gestão, Confiança na Liderança etc.) e 33 atributos, distribuídos nas dimensões, que avaliam a experiência de trabalho. A partir das notas dadas pelos respondentes, os profissionais foram classificados em três grupos: engajados (nota ≥ 4), desengajados (nota entre 2 e 4) e ativamente desengajados (nota ≤ 2). 

Para ter acesso ao estudo completo baixe aqui!

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Confira a seguir outras descobertas do Engaja S/A 2025:

1. Boas Práticas de Gestão superam Confiança na Liderança no impacto ao engajamento

Em um cenário de pressão por resultados e intensificação das transformações tecnológicas, os profissionais passaram a valorizar processos claros, regras justas e gestão consistente, em detrimento da confiança cega em seus líderes. Neste ano, a dimensão de Boas Práticas de Gestão foi a que mais impactou o engajamento no Brasil.

A Confiança na Liderança, que caiu da primeira para a segunda posição entre as dimensões mais relevantes, segue sendo importante, mas tende a oscilar. Isso ocorre porque a credibilidade nos líderes depende de fatores subjetivos — como competência, integridade e benevolência —, que podem ser afetados em momentos de crise.

“O Engaja confirma que estratégias de fortalecimento do engajamento não podem focar apenas em líderes inspiradores ou processos de gestão isoladamente. É necessário integrar ambos os eixos — sistemas de gestão robustos e lideranças autênticas — com atenção especial à experiência subjetiva do trabalhador”, afirma Renato.

Confira o impacto de cada uma da 6 dimensões do Engaja S/A para o engajamento: 

  • 1º lugar: Boas Práticas de Gestão                           
  • 2º lugar: Confiança na Liderança                                  
  • 3º lugar: Ambiente de Trabalho Positivo                
  • 4º lugar: Crescimento e Desenvolvimento           
  • 5º lugar: Significado do Trabalho                                   
  • 6º lugar: Remuneração e Benefícios        

2. Intenção de demissão atinge 60% dos brasileiros

Em 2025, seis em cada dez brasileiros pensaram em deixar o emprego com alguma frequência — índice que caiu seis pontos percentuais em relação ao ano anterior. Quase um quarto (23%) dos profissionais também admite considerar a saída do atual trabalho de forma recorrente.

E o desejo de mudar não ficou só na intenção: 65% dos brasileiros se candidataram efetivamente a novas vagas, e 42% participaram de entrevistas com alguma frequência.

“O engajamento tem relação direta com a participação em entrevistas. Além disso, momentos de incerteza, como os atuais, também estimulam os profissionais a conversar com outras empresas e a administrar melhor a própria carreira”, diz Luiz Valente, fundador e CEO do Talenses Group.

Como turnover e engajamento estão diretamente associados, o estudo demonstra que uma melhora na satisfação dos trabalhadores — e, consequentemente, a redução do turnover — poderia representar uma grande economia às empresas. O turnover custa caro: os prejuízos chegam a R$ 70,7 bilhões por ano para as empresas do país, e ele é responsável pela maior fatia do custo do desengajamento.

O desengajamento em números:

  • Custo do turnover:  R$ 70,7 bilhões/ano
    Custo do presenteísmo: R$ 6,2 bilhões/ano
  • Custo total do desengajamento (turnover + presenteísmo): R$ 76,9 bilhões/ano  

3. Engaja S/A 2025 aponta uma crise na liderança

A posição hierárquica ainda é decisiva para o engajamento: enquanto seis em cada dez executivos se mostram engajados, entre os demais colaboradores a taxa cai para três em cada dez. 

No entanto, um dado recente acende um alerta — a alta liderança foi o grupo que mais perdeu engajamento no último ano, com queda de sete pontos percentuais, seguida pela média gerência, com retração de cinco pontos. Especialistas apontam para uma “crise silenciosa” entre os líderes, pressionados por um cenário macroeconômico desafiador e pela imprevisibilidade dos negócios, o que tem levado ao fenômeno da “liderança cansada”.

Os números sobre saúde mental reforçam essa leitura: 78% dos executivos e gestores intermediários relatam algum nível de ansiedade, e 74% afirmam sentir fadiga com frequência. Em outras palavras, aqueles que deveriam impulsionar o engajamento dentro das organizações estão tendo dificuldade para manter o próprio ânimo. O risco, portanto, é que a pirâmide do engajamento se apoie em uma base cada vez mais frágil.

Confira o nível de engajamento por hierarquia: 

(Dados de 2025 vs 2024)                                                                 

  • Executivo: 65 (-7 p.p)
  • Média gerência: 49% (-5 p.p)
  • Colaborador: 29% (-3 p.p)

4. Fenômeno da saúde mental derruba engajamento

O Engaja S/A também mostra a relação direta entre o adoecimento e a motivação dos profissionais. Quase cinco em cada dez trabalhadores ativamente desengajados (48%) enfrentam ansiedade todos os dias, enquanto entre os engajados esse número cai para 15%. A tendência se repete para todos os sintomas mapeados pela pesquisa, sempre com profissionais desengajados relatando mais problemas de saúde mental.

Os autores do estudo reforçam que a promoção da saúde mental no trabalho depende da união entre programas de bem-estar e boas práticas de gestão. Isso significa que iniciativas de apoio psicológico e prevenção ao burnout devem estar integradas a estratégias de reconhecimento, desenvolvimento e autonomia.

“A abordagem corporativa de saúde mental ainda é superficial e pontual. Questões como ansiedade e burnout são complexas e ultrapassam o ambiente profissional, mas, quando um colaborador se manifesta, o problema é frequentemente reduzido a uma questão de performance, ignorando os fatores reais que afetam seu bem-estar”, pontua Suzie Clavery, CHRO da TotalPass.

Baixe o estudo completo agora !

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5. Falta alinhamento, sobra insatisfação 

Pelo segundo ano consecutivo, o Engaja S/A mapeou as 40 práticas mais comuns nas empresas brasileiras e mostrou que a raiz do desengajamento pode estar no descompasso entre o que as organizações oferecem e o que realmente importa para as pessoas. 

Enquanto muitas continuam apostando em treinamentos padronizados, reuniões de resultado e avaliações de desempenho, os profissionais valorizam cada vez mais iniciativas que promovem flexibilidade e autonomia, como o home office, o day off de aniversário e os benefícios flexíveis. 

“Hoje, os trabalhadores buscam o que faz sentido para sua realidade. Por isso, há essa valorização do benefício flexível, do home office, daquilo que permite mais liberdade e autonomia”, aponta Renato, professor da FGV EAESP. 

As 5 práticas de engajamento mais presentes nas empresas  As 5 práticas que mais engajam os brasileiros 
1. Treinamentos e capacitações  (Crescimento e Desenvolvimento)     1. Modelo remoto ou híbrido de trabalho (Ambiente de Trabalho Positivo)           
2. Reuniões de resultado  (Confiança na Liderança) 2. Day off de aniversário (Ambiente de Trabalho Positivo)    
3. Recrutamento interno  (Crescimento e Desenvolvimento)  3. Benefícios flexíveis (Remuneração e Benefícios)  
4. Avaliações de desempenho (Boas Práticas de Gestão)              4. Plano de carreira (Crescimento e Desenvolvimento)           
5. Programas de ideias  (Significado do Trabalho)          5. PLR - Planos de participação nos lucros e resultados (Remuneração e Benefícios)  

6. Para aumentar engajamento, é preciso propósito e oportunidades de crescer 

Como dito anteriormente, o modelo de engajamento organizacional do Engaja S/A baseia-se em seis dimensões e 33 atributos. Entre os atributos com melhor desempenho, Camaradagem segue na liderança, acompanhada de Fit com o perfil, Ambiente diverso e igualitário, Relacionamentos e objetivos claros. A predominância desses fatores mostra que conexões interpessoais, clima organizacional e clareza de diretrizes são pilares fundamentais para sustentar o engajamento no dia a dia.

Entretanto, as dimensões Ambiente de Trabalho Positivo e Significado do Trabalho vêm em declínio desde 2023, refletindo transformações recentes no mundo corporativo — especialmente o retorno mais intenso ao modelo presencial. Itens como valorização de opiniões, tempo para projetos pessoais, autonomia e flexibilidade registraram as maiores quedas de avaliação nos últimos três anos, evidenciando um desalinhamento entre as novas expectativas dos profissionais e as práticas adotadas pelas empresas.

Outro ponto de atenção é a dimensão Crescimento e Desenvolvimento, que apresentou o maior número de profissionais ativamente desengajados, com alta de quatro pontos percentuais em relação ao último ano. Mobilidade interna e capacitação continuam entre os atributos mais críticos, reforçando a percepção de estagnação e falta de oportunidades de evolução. Diante desse cenário, o desafio das organizações é claro: ressignificar a experiência do trabalho, oferecendo gestão consistente, aprendizado contínuo e um propósito genuíno que mantenha o engajamento vivo em todos os níveis. 

O engajamento dos brasileiros por dimensão em 2025:  – VER SE DÁ PARA FAZER UMA TABELA AQUI

  Engajados Desengajados Ativamente desengajados
Ambiente de trabalho positivo 47% 48% 5%
Significado do trabalho 44% 50% 6%
Confiança na liderança  48% 38% 14%
Boas práticas de gestão 47% 42% 11%
Crescimento e desenvolvimento 46% 37% 17%
Remuneração e benefícios 44% 40% 16%

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