INSS Patronal: entenda o que é e como calcular corretamente na sua empresa
Saiba tudo sobre o INSS Patronal: o que é, como funciona e como calcular essa contribuição previdenciária obrigatória para empresas.
Destinado ao financiamento da Previdência Social de todos os empregados com carteira assinada, o INSS patronal tem grande impacto sobre as finanças das organizações.
No entanto, muita gente ainda tem dúvidas sobre como calculá-lo, recolhê-lo e, com isso, manter a empresa conforme as exigências legais.
Neste artigo, vamos explicar o que é o INSS Patronal, como ele funciona, suas alíquotas e as responsabilidades dos empregadores, além de destacar sua importância para o sistema de seguridade social.
Continue lendo para tirar todas suas dúvidas e garantir que seu negócio esteja consoante à legislação.
O que é INSS patronal?
O INSS Patronal é a contribuição destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Destina-se ao que deve ser pago pelo empregador para assegurar os benefícios previdenciários de seus empregados.
Essa contribuição faz parte do sistema de seguridade social do Brasil. Ele abrange outros direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, como aposentadorias, pensões, auxílio-doença e licença-maternidade pelo INSS.
A responsabilidade pelo pagamento do INSS patronal recai sobre as empresas que contratam funcionários, independente de tamanho ou segmento de atuação.
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O INSS patronal é obrigatório para quais empresas?
Todas as empresas que possuem empregados registrados devem contribuir com o INSS patronal. Ou seja, qualquer organização que contrate trabalhadores com carteira assinada deve realizar o pagamento dessa contribuição. Isso inclui:
- Agroindústrias e empresas rurais;
- Associações e entidades, com ou sem fins lucrativos, com algumas exceções;
- Cooperativas;
- Missões diplomáticas;
- Órgãos públicos;
- Pessoas físicas que atuam como empregadoras;
- Proprietários de obras no setor da construção civil;
- Repartições consulares.
A contribuição é calculada com base na folha de pagamento dos empregados e deve ser recolhida todo mês, conforme as alíquotas estabelecidas pela legislação vigente.
Leia também: 4 dicas para facilitar o cálculo da folha de pagamento na sua empresa.
Empresas que não cumprirem com essa obrigação podem enfrentar diversas penalidades, como multas, bloqueio de certidões e outros problemas com a Receita Federal.
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Qual é a alíquota do INSS patronal?
O INSS patronal é calculado com base na folha de pagamento dos colaboradores.
A alíquota básica é de 20% sobre o total da remuneração paga. Contudo, ela pode sofrer variações segundo o tipo de atividade da empresa e seu regime tributário.
Tabela do INSS patronal
Confira, a seguir, as tabelas com as alíquotas do INSS patronal 2024:
Valor do Salário de Contribuição |
Alíquota de Contribuição INSS |
Fator de Dedução |
Parcela de Contribuição INSS |
Até um salário mínimo (R$ 1.412,00) |
7,5 % |
R$ 0,00 |
R$ 105,90 |
De R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68 |
9,0 % |
R$ 21,18 |
de R$ 105,90 a R$ 211,92 |
De R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03 |
12,0 % |
R$ 101,18 |
de R$ 211,92 a R$ 378,82 |
De R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02 |
14,0 % |
R$ 181,18 |
de R$ 378,82 a R$ 908,86 |
Tipos de tributação do INSS patronal
O INSS patronal varia conforme o regime de tributação adotado pela empresa. Cada tipo de regime tem suas próprias regras e alíquotas, o que impacta no valor a ser pago pelo empregador.
A seguir, explicaremos as principais modalidades de tributação para facilitar seu planejamento tributário:
INSS Patronal para empresas do Simples Nacional
Para empresas optantes pelo Simples Nacional, o INSS patronal está incluído no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
O valor a ser pago depende da faixa de faturamento da organização, com alíquotas progressivas. Elas variam de 4,5% a 22,45%, conforme a receita bruta anual.
INSS Patronal para Lucro Real e Lucro Presumido
Empresas no regime de Lucro Real e Lucro Presumido devem recolher o INSS Patronal de forma separada, com uma alíquota padrão de 20% sobre a folha de pagamento dos empregados.
Além disso, existem contribuições adicionais, como 1% e 0,65% para Cofins e PIS/Pasep, respectivamente.
Leia também: Entenda as diferenças entre remuneração e salário.
INSS patronal para MEI
Para o Microempreendedor Individual (MEI), a contribuição ao INSS patronal é simplificada e bem reduzida.
O MEI paga um valor fixo mensal, que engloba o INSS Patronal, além de outros tributos, como o ICMS ou o ISS, dependendo da atividade exercida. Esse valor é bem abaixo do que seria exigido de uma empresa de maior porte.
Como calcular o INSS patronal?
Calcular o INSS patronal corretamente é essencial para que as empresas cumpram suas obrigações fiscais e evitem problemas com o fisco. A seguir, explicaremos os principais métodos de cálculo:
Cálculo do INSS patronal sobre a folha de pagamento
O INSS patronal é calculado com base na folha de pagamento dos empregados. A alíquota padrão para a maioria das empresas é de 20% e incide sobre o total da remuneração paga aos funcionários.
Além disso, a organização pode ter que adicionar contribuições para o Sistema S (como SENAI e SESI) que variam de 1,5% a 2,5%, dependendo da atividade.
Leia também: O que é salário de benefício e de contribuição? Entenda como calcular corretamente.
Cálculo do INSS patronal sobre a receita bruta
Em alguns regimes de tributação, como o Simples Nacional, o INSS patronal é calculado com base na receita bruta da empresa.
O valor a ser pago varia conforme o faturamento anual e a atividade exercida. As alíquotas podem variar entre 4,5% e 22,45%, com uma tabela progressiva que aumenta conforme o aumento da receita bruta.
Como fazer a contribuição previdenciária patronal?
Confira, abaixo, como calcular e realizar o pagamento corretamente dos tributos previdenciários para manter sua empresa em conformidade com a legislação.
1. Calcule o valor do INSS patronal
O valor a ser pago de contribuição previdenciária da empresa depende do regime de tributação do seu negócio. Para empresas do Simples Nacional, o INSS Patronal está incluído na guia única de arrecadação (DAS), e o cálculo varia conforme a receita bruta.
Para corporações do Lucro Presumido ou Lucro Real, a alíquota é de 20% sobre a folha de pagamento, com acréscimos de contribuições para o Sistema S e outros encargos.
2. Emita a guia de pagamento (GPS)
Após calcular o valor devido, ele deve ser pago por meio da Guia da Previdência Social (GPS). Para empresas do Simples Nacional, a contribuição previdenciária patronal é feita diretamente no documento do DAS.
Para organizações nos outros regimes, a GPS deve ser preenchida manualmente com todos os dados da empresa e o valor do INSS Patronal.
Leia também: Saiba o que é contas a pagar, sua função e dicas de como ter uma gestão estratégica.
3. Pague a GPS até o vencimento
O pagamento da GPS deve ser feito até o dia 15 de cada mês (ou no próximo dia útil, caso caia em um fim de semana ou feriado) pelo setor financeiro.
Para pagar o INSS Patronal, é muito simples. A quitação pode ser realizada através do internet banking ou em caixas eletrônicos de bancos autorizados.
4. Guarde os comprovantes de pagamento
Após efetuar o pagamento, é importante guardar os comprovantes de pagamento da GPS, pois eles são necessários para comprovar que a empresa cumpriu com suas obrigações fiscais.
Esses documentos também podem ser exigidos durante auditorias ou fiscalizações, especialmente para avaliar a conciliação financeira e garantir que os registros contábeis estejam corretos.
Leia também: Saiba o que é prestação de contas e confira dicas de como fazer.
Conte com a Flash para auxiliar na conformidade trabalhista da sua empresa
Ao longo deste conteúdo, abordamos a importância do pagamento do INSS patronal, um aspecto crucial tanto para as empresas quanto para seus colaboradores.
O setor de Departamento Pessoal tem um papel fundamental nesse processo, assegurando que as verbas previdenciárias sejam calculadas corretamente e que a empresa mantenha-se em dia com as obrigações trabalhistas.
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O meu trabalho é encontrar soluções de conteúdo e desenvolver histórias nos momentos certos. Para isso, uso todos os tipos de linguagem a que tenho acesso: escrita criativa, fotografia, audiovisual, entre outras possibilidades que aparecem ao longo do caminho.