IRPF 2025: saiba o que mudou e como calcular o Imposto de Renda
O Imposto de Renda 2025 é alvo de possíveis mudanças que podem impactar sua declaração. Saiba como calcular o IRPF e entenda a isenção do Imposto de Renda 2025.
O Imposto de Renda é uma das principais obrigações tributárias para os brasileiros, afetando tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Em 2025, as regras para a declaração do IRPF vão permanecer basicamente as mesmas em relação aos anos anteriores, apesar das discussões em torno da nova proposta de reforma tributária do governo.
Entender como o tributo funciona, quem precisa declarar e quais são as deduções permitidas é fundamental para evitar surpresas. A organização prévia pode fazer toda a diferença na hora de preparar a sua declaração.
Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o Imposto de Renda 2025, desde os aspectos básicos até as principais atualizações, além de esclarecer dúvidas comuns sobre a declaração.
Continue a leitura e descubra como se preparar para a declaração do IRPF, melhorar sua gestão financeira e evitar problemas com a Receita Federal.
O que é o Imposto de Renda e como funciona
O Imposto de Renda é um tributo federal aplicado sobre os rendimentos de pessoas físicas (IRPF) e jurídicas (IRPJ) durante o ano. A Receita Federal é a responsável pela sua administração e fiscalização no Brasil.
No caso do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF), o cálculo é feito com base nos rendimentos recebidos pelo contribuinte, como salários, aluguéis, lucros de investimentos, pensões, entre outras fontes de renda.
Anualmente, os contribuintes devem submeter uma declaração, onde informam seus rendimentos, despesas e possíveis deduções, como gastos com saúde, educação e dependentes.
O objetivo da declaração é verificar se há imposto a pagar ou se o contribuinte tem direito à restituição, caso tenha pago um valor superior ao devido durante o ano.
As alíquotas do IR variam de acordo com a faixa de rendimento, sendo que quem ganha menos paga uma porcentagem menor. Existem também algumas isenções, como para pessoas com baixa renda, aposentados ou pensionistas com doenças graves.
Já o Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ) incide sobre o lucro das empresas, que podem ser apuradas por diferentes métodos, dependendo do regime tributário adotado pela organização — Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
Alíquotas do Imposto de Renda (IRPF)
No final de novembro, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a intenção de aumentar a faixa de isenção para R$ 5 mil e, em compensação, criar uma alíquota de cerca de 10% sobre os rendimentos mensais superiores a R$ 50.000,00.
Contudo, a proposta ainda está em debate no Congresso Nacional e não foi aprovada.
Com isso, as alíquotas para 2025 serão as mesmas do ano passado, embora exista a previsão de que as taxas sejam alteradas em 2026.
Base de cálculo mensal
Veja, abaixo, a tabela do imposto de renda de 2025 (ano calendário de 2024)
Faixas de IR |
Base de cálculo |
Alíquota |
Parcela mensal de dedução |
1 |
Até R$ 2.259,20 |
Zero |
Zero |
2 |
De R$ 2.259,21 a R$ 2.828,65 |
7,5% |
R$ 169,44 |
3 |
De 2.826,66 a R$ 3.751,05 |
15% |
R$ 381,44 |
4 |
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 |
22,5% |
R$ 662,77 |
5 |
+ de R$ 4.664,68 |
27,5% |
R$ 896,00 |
Fonte: Receita Federal
Base de cálculo anual
Veja, abaixo, a tabela do imposto de renda de 2025 (ano calendário de 2024)
Base de cálculo |
Alíquota |
Parcela a deduzir do IR |
Até R$ 26.963,20 |
Zero |
Zero |
De R$ 26.963,21 até R$ 33.919,80 |
7,5% |
R$ 2.022,24 |
De R$ 33.919,81 até R$ 45.012,60 |
15% |
R$ 4.566,23 |
De R$ 45.012,61 até R$ 55.976,16 |
22,5% |
R$ 7.942,17 |
Acima de R$ 55.976,16 |
27,5% |
R$ 10.740,98 |
Fonte: Receita Federal
Quem precisa declarar o IRPF?
Devem declarar o Imposto de Renda todas as pessoas que tiveram rendimentos anuais tributáveis, como salários e aluguéis, superiores ao teto estabelecido pela Receita Federal.
Atualmente, estão isentos de IR os contribuintes que têm uma renda tributável mensal de até R$ 2.259,20.
Vale destacar que quem é isento do Imposto de Renda não é obrigado a realizar a declaração. No entanto, mesmo sem a obrigatoriedade, declarar o IR pode trazer vantagens importantes.
A chamada declaração voluntária pode ser utilizada para comprovar renda em situações como financiamentos, empréstimos ou negociações financeiras, além de facilitar o acesso à restituição caso tenha havido retenção de imposto na fonte.
Isenção do Imposto de Renda: entenda como funciona
A isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas é uma medida que permite que algumas pessoas não precisem pagar o tributo, seja por conta de sua renda, condições de saúde ou outras circunstâncias específicas.
A seguir, vamos explicar como ela funciona e quem pode ser beneficiado por ela.
Principais motivos para a isenção do IRPF
- Rendimento abaixo do limite de isenção: quem recebe abaixo do valor estipulado anualmente pela Receita Federal está isento de declarar o Imposto de Renda.
- Aposentados e pensionistas com doenças graves: a legislação garante isenção do IRPF para aposentados, pensionistas e reformados do INSS que sejam portadores de doenças graves. A isenção é um direito reservado para as pessoas que possuam uma ou mais doenças listadas na Lei Nº 7.713/88, mesmo que tenham sido acometidas após o benefício. A patologia deve ser comprovada com documentos médicos (atestados, laudos ou relatórios).
- Rendimentos exclusivos na fonte: se o contribuinte recebe exclusivamente rendimentos tributados na fonte, como aposentadoria ou pensão, e esses rendimentos não ultrapassam o valor de isenção, ele pode ser isento do IRPF. Para isso, é preciso verificar se o rendimento foi efetivamente retido na fonte e se está dentro do limite de isenção.
- Rendimentos isentos ou não tributáveis: algumas pessoas podem ser isentas por terem somente rendimentos isentos ou não tributáveis, como os provenientes de indenizações, alguns tipos de aposentadorias, ou rendimentos de poupança, por exemplo. Estes valores não entram na base de cálculo do Imposto de Renda e, portanto, não geram tributo a ser pago.
- Isenção para pessoas com idade superior a 65 anos ou mais: podem ter direito à isenção do Imposto de Renda, mas isso depende da fonte de seus rendimentos. Caso o rendimento seja proveniente de aposentadoria, pensão ou outra fonte específica, eles podem ser isentos dentro de determinados limites estabelecidos pela legislação.
Como solicitar a isenção do IRPF em 6 passos simples
Desde 2008, pessoas que se enquadram nas situações mencionadas acima não precisam mais enviar um requerimento específico para solicitar a isenção do Imposto de Renda à Receita Federal.
O órgão deixou de exigir a tradicional “Declaração Anual de Isento”, que anteriormente era utilizada para comprovar a isenção. Agora, essa condição é automática.
No entanto, a solicitação de isenção devido a doenças graves ainda é obrigatória.
Se você tem direito a esse benefício, siga as etapas abaixo para garantir que sua situação seja reconhecida pela Receita Federal. Confira os passos principais:
- Verifique os critérios de isenção: analise as regras vigentes relacionadas às condições específicas de isenção por doenças graves.
- Reúna os documentos necessários: para solicitar a isenção por doença grave, você precisará de laudos médicos atualizados e uma declaração de médico especialista confirmando o diagnóstico. O laudo deve incluir a data de início da doença, o diagnóstico detalhado e o Código Internacional de Doenças (CID).
- Solicite a isenção ao órgão responsável: entregue os documentos ao órgão pagador da sua aposentadoria, pensão ou reforma. Caso seja beneficiário do INSS, você pode acessar o portal "Meu INSS", procurar pela opção “novo pedido” e solicitar a "isenção de Imposto de Renda atendimento à distância". Siga as instruções para completar a solicitação.
- Acompanhe o status do processo: após enviar a documentação, é importante verificar regularmente o andamento da solicitação no portal do órgão responsável.
- Realize a perícia médica, se necessário: em alguns casos, o órgão pode solicitar uma perícia médica para confirmar o diagnóstico. Caso isso ocorra, leve toda a documentação relevante para o local e data agendados.
- Atualize suas declarações: depois que a isenção for concedida, atualize sua Declaração de Imposto de Renda e registre os rendimentos isentos na seção "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis".
Leia também: Fim da DIRF 2025: entenda o que muda para as empresas e como fazer
Como calcular o IRPF
Calcular o Imposto de Renda de Pessoa Física pode parecer uma tarefa complexa, mas entender o processo é essencial para evitar erros e garantir que você pague apenas o valor devido.
Neste tópico, vamos explicar passo a passo como calculá-lo de forma correta, abordando as etapas essenciais para o preenchimento da declaração e as variáveis que influenciam no valor final a ser pago ou restituído.
Quais são as principais deduções permitidas?
As deduções no Imposto de Renda variam conforme o tipo de dedução incluído na declaração, que podem ser classificadas da seguinte forma:
- Gastos dedutíveis: essas deduções reduzem a base de cálculo do imposto, ou seja, diminuem o valor sobre o qual a alíquota do IRPF será aplicada.
- Deduções do imposto devido: esse tipo de dedução atua diretamente sobre o valor do imposto a ser pago, ou seja, reduz o montante final do tributo a ser quitado pelo contribuinte.
Gastos dedutíveis no Imposto de Renda
- Saúde: despesas com consultas médicas particulares, hospitalizações, cirurgias plásticas relacionadas a questões de saúde, tratamentos dentários (exceto clareamento dental), fisioterapia, consultas psicológicas e psiquiátricas, exames, tratamentos de saúde no exterior, planos de saúde, próteses, entre outras.
- Educação: gastos com educação tanto para o contribuinte quanto para seus dependentes, desde que atendam aos critérios estabelecidos pela Receita Federal. As despesas aceitas incluem educação infantil (como creches e pré-escolas), ensino fundamental e médio, ensino superior (graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e especializações), e educação profissional (como ensino técnico e tecnológico).
- Previdência privada: quem contribui para um plano de previdência do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) pode reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda em até 12%. No entanto, esse benefício não se aplica aos planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
- Dependentes: cada dependente informado na declaração do IRPF garante uma dedução de R$ 2.275,08 na base de cálculo do tributo devido.
- Contribuições ao INSS: contribuições à previdência social, tanto aquelas descontadas na folha de pagamento de trabalhadores formais quanto as pagas por trabalhadores autônomos.
Deduções do imposto devido
- Doações: os valores destinados a doações para fundos estaduais ou municipais, bem como contribuições a programas de incentivo a nível nacional, podem reduzir o imposto devido em até 6%.
Dica de leitura: Quais são as despesas dedutíveis do IRPJ
Fatores que influenciam a base de cálculo
A base de cálculo do Imposto de Renda é influenciada por diversos fatores que impactam diretamente o valor sobre o qual a alíquota será aplicada. São eles:
- Rendimentos tributáveis: são os rendimentos que o contribuinte recebe e que estão sujeitos ao IRPF, como salários, aluguéis, honorários, lucros de investimentos, entre outros.
- Deduções permitidas: conforme falamos, o contribuinte pode abater da base de cálculo certos gastos, como despesas com saúde, educação, dependentes, contribuições à previdência social, entre outros, reduzindo o montante sobre o qual o imposto será calculado.
- Isenções: algumas pessoas podem se beneficiar de isenções, como aposentados com doenças graves, o que pode reduzir a base de cálculo do IRPF.
- Rendimentos não tributáveis ou exclusivamente tributados na fonte: são os rendimentos que não entram na base de cálculo do IR, como algumas indenizações, lucros de empresas e rendimentos de poupança, entre outros.
- Outras fontes de receita: outras fontes de rendimento, como rendimentos de aluguéis ou ganhos de capital, também influenciam a base de cálculo, dependendo da categoria em que se enquadram.
Qual é o prazo para entregar a declaração do IRPF 2025?
O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2025 ainda não foi oficialmente definido pela Receita Federal. No entanto, a previsão é de que a entrega das declarações ocorra por volta de 15 de março e termine em 31 de maio, seguindo o padrão de anos anteriores.
Qual a importância de declarar o IRPF corretamente?
Declarar o Imposto de Renda Pessoa Física de forma correta é essencial por diversas razões:
- Garante o cumprimento da legislação fiscal, evitando multas e juros;
- Possibilita a restituição do imposto pago a mais durante o ano;
- Previne erros que podem gerar retificações e custos extras;
- Evita problemas com a malha fina e com a revisão da declaração pela Receita Federal;
- Assegura transparência fiscal e mantém a credibilidade junto a instituições financeiras e órgãos governamentais;
- Permite aproveitar ao máximo benefícios, como deduções e restituições.
Novidades e mudanças no IRPF 2025
Como mencionamos, as alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física para 2025 permanecerão as mesmas de 2024.
No entanto, há a previsão de que essas taxas sejam alteradas em 2026, caso a proposta de reforma tributária seja aprovada no Congresso Nacional.
Além disso, o governo decidiu revogar a normativa da Receita Federal que previa o monitoramento das transações via Pix acima de R$ 5 mil, o que significa que a fiscalização das movimentações financeiras, que gerou grande discussão neste início do ano, não será implementada.
Dessa forma, a obrigação do contribuinte com a Receita Federal continua sendo a mesma: a declaração e o pagamento do IRPF dentro do prazo estipulado.
É importante destacar também que não houve aumento de impostos. As regras de fiscalização tinham como objetivo garantir que todas as movimentações financeiras fossem corretamente declaradas, mas não há mudanças no modelo de tributação atual.
Como declarar o Imposto de Renda em 2025
Declarar o IRPF corretamente é essencial para evitar problemas com a Receita Federal.
Confira, abaixo, o passo a passo de como fazer a declaração do imposto e os documentos necessários no processo.
Passo a passo para preencher a declaração do Imposto de Renda
- Acesse o programa da Receita Federal: o preenchimento da declaração do IRPF pode ser feito por meio do programa disponibilizado pela Receita Federal ou pelo aplicativo "Meu Imposto de Renda", disponível para download.
- Escolha o modelo de declaração: ao iniciar a declaração, você deve escolher entre os modelos "Completa" ou "Simplificada". A opção vai depender das suas deduções e das vantagens que cada modelo oferece. A maioria dos contribuintes opta pela declaração completa se tiver despesas dedutíveis significativas, como educação ou saúde.
- Informe os rendimentos: insira todos os rendimentos recebidos durante o ano, como salários, aluguéis, ganhos de investimentos, entre outros. Se você for empregado, os valores constam no informe de rendimentos fornecido pela sua empresa.
- Informe os gastos e deduções: preencha as informações sobre despesas que podem ser deduzidas, como gastos com saúde, educação, dependentes e previdência privada.
- Verifique a tributação: o programa calculará automaticamente o valor do imposto devido ou a restituição, com base nas informações fornecidas.
- Envio da declaração: após preencher todos os campos, revise as informações e envie a declaração para a Receita Federal. O envio pode ser feito diretamente no programa ou aplicativo.
Documentação necessária para declarar o IRPF
A documentação correta é fundamental para garantir que sua declaração seja feita sem erros. Os principais documentos que você deve reunir são:
Tipo de documento |
Descrição |
Informe de rendimentos |
Emitido por empregadores, bancos, corretoras e outras fontes de rendimento. |
Recibos e comprovantes de despesas |
Necessários para deduções, como gastos médicos, educação, planos de saúde e previdência privada. |
Documentos de dependentes |
Incluem CPF de filhos e cônjuges, caso sejam declarados como dependentes. |
Comprovantes de doações |
Relativos a contribuições realizadas para entidades filantrópicas ou fundos municipais e estaduais. |
Extratos bancários |
Detalham rendimentos de aplicações financeiras, como poupança, CDB, ações, entre outros. |
O que acontece se eu não declarar o IRPF ou declarar informações incorretas?
Se você não declarar o Imposto de Renda Pessoa Física ou declarar informações incorretas, pode enfrentar diversas consequências, como:
Multas e juros
O não envio da declaração ou o envio com informações incorretas pode resultar em multas e juros sobre o valor do imposto devido. A Receita Federal pode aplicar uma multa de 1% a 2% ao mês, com base no imposto devido, enquanto os juros são calculados com base na taxa Selic.
Malha fina
Se a sua declaração for selecionada para a chamada “malha fina”, a Receita Federal fará uma análise mais detalhada e, caso identifique inconsistências ou omissões, pode exigir o pagamento do imposto devido, além de aplicar as multas correspondentes.
Complicações legais
A falta de declaração ou informações erradas podem levar a problemas legais, com a Receita Federal podendo iniciar processos de fiscalização mais rigorosos. Dependendo da gravidade, isso pode resultar em ações judiciais.
Perda de benefícios fiscais
Ao declarar incorretamente ou não declarar, você pode perder benefícios fiscais importantes, como restituições ou deduções, prejudicando sua situação financeira.
Bloqueio de CPF
Em casos mais graves de omissão ou fraude, o CPF do contribuinte pode ser bloqueado pela Receita Federal, o que dificulta a obtenção de crédito e outros serviços financeiros.
Restituição do Imposto de Renda
A restituição do Imposto de Renda é um momento aguardado por muitos brasileiros, pois representa o retorno de valores pagos a mais durante o ano.
Confira, a seguir, como funciona esse processo e como garantir que ela seja feita de forma eficiente.
Quem tem direito à restituição do imposto de renda?
Tem direito à restituição as pessoas que pagaram mais imposto ao longo do ano do que o valor devido. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o contribuinte tem retenções de imposto na fonte (como salários e rendimentos) que superam o valor que seria devido com base em sua renda anual.
Também são elegíveis aqueles que realizaram despesas dedutíveis, como gastos com saúde e educação, e declararam corretamente seus rendimentos e gastos.
A restituição é uma forma de devolver ao cidadão o imposto pago a mais, desde que a declaração tenha sido feita de maneira correta.
Quais os critérios para priorizar a restituição
Quem envia a declaração mais cedo tende a receber a restituição primeiro. Além disso, pessoas com mais de 60 anos, deficientes físicos, mentais ou com doenças graves têm prioridade na devolução, de acordo com a legislação.
Essa medida visa garantir que os contribuintes em situações mais vulneráveis recebam sua restituição de forma mais ágil.
Calendário de pagamentos da restituição
O pagamento da restituição do Imposto de Renda segue um calendário anual determinado pela Receita Federal.
A ordem de pagamento leva em conta a data de entrega da declaração, a situação fiscal do contribuinte e a prioridade dos grupos mencionados (idosos, deficientes, etc.).
A Receita Federal libera o pagamento de restituições em lotes mensais, sendo que o primeiro lote ocorre normalmente em junho e os seguintes são pagos nos meses seguintes, até dezembro.
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Como consultar a restituição
É possível verificar a situação da restituição do Imposto de Renda diretamente no site da Receita Federal (Portal e-CAC), utilizando a consulta por CPF, através do “Meu Imposto de Renda” ou diretamente pela “Consulta Restituição”.
A devolução do imposto ocorre diretamente na conta bancária indicada na declaração.
O que fazer se a restituição não for creditada?
Caso a restituição do IRPF não seja creditada na conta indicada ou não seja realizada no prazo previsto, o contribuinte deve tomar algumas medidas para entender o que ocorreu. Confira, abaixo, os passos a serem seguidos:
- Verificar o status da restituição: o primeiro passo é acessar o site da Receita Federal e consultar o status (Portal e-CAC). Com essa consulta, é possível verificar se o pagamento foi processado, se está em fila de espera ou se houve algum erro no processo.
- Verificar os dados bancários: se a restituição foi processada, mas não foi creditada, verifique se os dados bancários informados na declaração estão corretos. Caso haja algum erro, é necessário retificar a declaração para corrigir as informações e garantir o recebimento do valor determinado.
- Consultar o extrato de processamento: caso a situação não seja resolvida, o contribuinte pode solicitar um extrato de processamento da declaração, que detalha o motivo pelo qual a restituição não foi creditada. Isso pode ser feito diretamente no portal da Receita Federal.
- Aguardar a próxima lotação: caso a restituição esteja na fila de espera, é necessário aguardar a próxima liberação. Conforme falamos, a Receita Federal realiza o pagamento das restituições de forma escalonada, com base na ordem de envio das declarações.
- Entrar em contato com a Receita Federal: se, após todas as verificações, o problema persistir, o contribuinte pode entrar em contato diretamente com a Receita Federal para obter mais informações e verificar qual é a pendência que está impedindo o crédito.
O que fazer se a restituição for indeferida?
Se a Receita Federal identificar algum erro ou irregularidade que impeça o pagamento da restituição, o contribuinte deve seguir os seguintes passos:
- Verificar o motivo do indeferimento: geralmente, o motivo pelo qual a restituição foi indeferida é informado no portal da Receita Federal. A rejeição pode ser causada por informações incorretas, como valores de rendimentos inconsistentes, despesas não comprovadas ou inconsistência nos dados bancários.
- Corrigir o erro ou a inconsistência: se o indeferimento for causado por erro na declaração, o contribuinte pode corrigir o erro por meio de uma declaração retificadora. Nela, ele pode corrigir as informações incorretas ou fornecer os documentos que faltaram para comprovar os dados.
- Acompanhar o processo de retificação: após submeter a declaração retificadora, o contribuinte deve acompanhar o andamento da situação no site da Receita Federal. Caso a correção tenha sido bem-sucedida, a restituição será liberada conforme o cronograma de pagamentos.
- Verificar se há pendências de pagamento: em alguns casos, o indeferimento pode ser causado por pendências com o Fisco, como dívidas de impostos. O contribuinte deve, portanto, verificar se existe alguma pendência tributária e regularizar a situação para evitar bloqueios ou problemas futuros.
- Solicitar um recurso, se necessário: caso a retificação não seja suficiente ou se o contribuinte discordar do indeferimento, ele pode entrar com um recurso administrativo junto à Receita Federal para contestar a decisão.
Em casos de indeferimento, é fundamental agir rapidamente para corrigir os erros ou inconsistências. Isso permite que a restituição seja corretamente creditada e evita complicações com a Receita Federal.
Os papéis do RH e do Financeiro no Imposto de Renda
A declaração do IRPF é uma responsabilidade do contribuinte, mas departamentos como Recursos Humanos (RH) e Financeiro desempenham papéis essenciais nesse processo, oferecendo apoio e garantindo que as informações estejam corretas.
Vamos entender, abaixo, como cada um desses setores pode contribuir.
O papel do RH
- Fornecimento de informes de rendimentos: o RH é responsável por fornecer aos funcionários o Informe de Rendimentos, documento obrigatório para a declaração do IRPF. Esse informe contém informações detalhadas sobre os rendimentos recebidos, descontos de INSS, imposto de renda retido na fonte, entre outros dados.
- Controle de benefícios e deduções: além dos rendimentos, o RH também pode fornecer informações sobre benefícios oferecidos pela empresa, como vale-refeição, plano de saúde e outros, que podem impactar a tributação. O RH garante que essas informações sejam corretamente enviadas para que o contribuinte possa utilizá-las ao declarar seus impostos.
- Assessoria para funcionários: em algumas empresas, o RH também orienta os colaboradores sobre deduções possíveis, como dependentes ou despesas médicas, e como essas informações devem ser informadas na declaração.
Leia também: Como declarar reembolso de despesas no Imposto de Renda?
O papel do Financeiro
- Gestão dos impostos da empresa: o setor financeiro é responsável pela apuração, retenção e pagamento de tributos, incluindo o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a contribuição sobre a folha de pagamento (INSS), que impactam as obrigações fiscais da empresa.
- Recolhimento de impostos retidos na fonte: para os funcionários da empresa, o setor financeiro sabe como calcular o IRRF na folha de pagamento, que é um dos elementos importantes para o preenchimento da declaração de IRPF do colaborador. Esse imposto já é retido ao longo do ano, e as informações precisam ser repassadas corretamente para evitar divergências na declaração.
- Auxílio em caso de auditoria: caso haja necessidade de auditorias fiscais ou questionamentos por parte da Receita Federal, o financeiro é responsável por fornecer os documentos necessários e garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.
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Jornalista, atua na produção de conteúdo da Flash. Trabalhou em rádio web e como assessora de imprensa. Na equipe da Flash, se dedica aos conteúdos de gestão de pessoas, produtos e artigos institucionais.