Como desenvolver competências no trabalho híbrido
Descubra as vantagens e informações de como desenvolver competências no trabalho híbrido com os seus colaboradores neste artigo!
Por Tatiana Sendin, jornalista e fundadora da Think Work
Já virou clichê dizer que tudo mudou nos últimos dois anos. De uma vida marcada pelo contato físico, o “olho no olho” e as conversas no café, migramos para uma versão digital, repleta de rostos em telas quadradas nos aplicativos de reunião virtual, que nos fez migrar para o home office ou trabalho híbrido, isso nos transformou! Não somos os mesmos funcionários nem os mesmos líderes. Tampouco as empresas são as mesmas que conhecíamos no começo de 2020.
Antes da pandemia, sete em cada dez companhias adotavam o home office apenas em casos pontuais, quando o faziam. Com a crise sanitária, praticamente todas as funções elegíveis ao trabalho remoto passaram a ser executadas de fora dos muros corporativos. Para muitos profissionais, foi a primeira experiência do tipo. A nova realidade impôs uma série de desafios novos ao executivo de recursos humanos.
Durante um evento da Think Work, duas líderes de RH – uma do setor de beleza e outra do varejo – descreveram como tiveram de treinar os funcionários para o novo modelo a fim de que aprendessem, entre outras coisas, a equilibrar tarefas profissionais e domésticas, agir em reuniões virtuais e desenvolver certo grau de autonomia e proatividade sem a tutela permanente do chefe.
RHs também relatam a dificuldade de preparar a liderança para lidar com os desafios da era híbrida, o que inclui uma aparente dicotomia entre a liberdade oferecida pelos novos regimes trabalho e a necessidade de controle por parte dos gestores. Como fazê-los entender que ter a equipe à distância não resulta em falta de controle? (E, mesmo que significasse, como convencê-los de que o papel da liderança atual não é controlar os liderados?)
Agora, com o trabalho híbrido se consolidando, também ganha corpo o desafio de capacitar os funcionários diante de uma acelerada transformação nas competências demandadas pelo mercado. Um estudo do Gartner mostra que um terço das habilidades que eram exigidas em 2018 não serão necessárias em 2022. Além disso, há um aumento anual de 6% nas competências necessárias para os profissionais da área de TI, vendas e finanças. Ou seja, a velocidade com que novas capacidades surgem, enquanto outras se tornam obsoletas, está se acelerando. E isso só dificulta a vida do RH, que deve desenvolver treinamentos com a mesma rapidez com que as habilidades mudam.
Após dois anos de pandemia, que criou uma série de obstáculos pessoais e profissionais, também é preciso trabalhar a resiliência dos funcionários, assegurando que sejam capazes de aprender e se fortalecer com as adversidades, mantendo uma mentalidade de crescimento.
Flexibilidade, autonomia, gestão de mudança e habilidades gerenciais, além do letramento em tecnologia e de conhecimentos técnicos, são outros termos para incluir na lista de treinamentos de 2022.
Mas como preparar os funcionários à distância e ajudar os líderes nesse novo papel?
Por enquanto, não há uma resposta que funcione para 100% dos casos. Com o trabalho híbrido sendo uma realidade recente, muitas empresas estão tentando se adaptar de diversas formas.
A maioria ainda recorre a consultores externos para falar sobre temas importantes. Outras empresas investem em mentoria para os atuais líderes. Uma boa solução seria criar fóruns de boas práticas a fim de dar maior exposição às linhas de ação e características dos líderes mais bem avaliados, bem como discutir a melhor forma de repassar essas qualidades para os demais gestores.
No contexto atual, com parte das equipes atuando à distância e outras, presencialmente, o ideal é que o treinamento e o desenvolvimento sejam feitos pelo exemplo. Mais do que nunca, o líder precisa ser o modelo das habilidades necessárias.
Cabe a ele mostrar que confia na equipe e que é flexível − seja com os horários, seja com a forma de fazer e entregar o trabalho −, compreendendo que as pessoas são diferentes. Ao líder cabe ainda demonstrar que cuida de seu próprio bem-estar e da saúde mental, organizando as agendas de forma a ter equilíbrio entre o pessoal e o profissional.
É pelo exemplo da liderança que o funcionário aprende que se ausentar por alguns minutos para cuidar de sua família não vai acabar em demissão e que, pelo contrário, é saudável garantir tempo e atenção para a vida pessoal. Afinal, só estando bem mental e emocionalmente é que as pessoas vão ter vontade (e curiosidade) para desenvolver novas habilidades na velocidade que o mundo atual exige. Apenas dessa forma, em um ambiente híbrido, o sucesso poderá fazer parte do dia a dia.
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