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"Segredo é estar atento aos outros e oferecer mais do que pedir": as dicas da executiva da Audible para criar conexões profissionais genuínas

Adriana Alcântara, diretora-geral da produtora de audiobooks da Amazon no Brasil, lança livro em que reflete sobre o papel das conexões no trabalho.

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O livro "Conexões: a importância de criar vínculos na jornada profissional", recém-publicado pela editora Buzz, narra a trajetória profissional e pessoal de Adriana Alcântara, country manager da Audible Brasil, subsidiária da Amazon e maior empresa de audiolivros do mundo. 

Com passagens por gigantes como Apple, Warner, Nickelodeon e Cartoon Network, Adriana foi professora do curso de Negócios, Conteúdo e Marketing da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) por 14 anos. No novo livro, destaca a importância das relações interpessoais para alcançar o sucesso e a realização profissional, discute a ascensão feminina no ambiente corporativo e defende a liderança afetiva, mais humanizada e autêntica.  

“Minha intenção é desmistificar a ideia de que só coisas boas acontecem na jornada das pessoas. Todo mundo sempre conta seus acertos, mas não costumam falar dos erros e sobre como se levantam depois deles”, afirma a executiva.

Na obra, Adriana também busca desmistificar a ideia de que o sucesso é linear e sem erros, enfatizando que valorizar conexões genuínas faz toda a diferença no mercado de trabalho. "Conexões" é lançado simultaneamente em português e inglês, tanto em formato impresso quanto em áudio, narrado pela própria autora. 

Escrito em um tom conversacional, o livro inclui depoimentos de mulheres com quem Adriana se conectou ao longo de sua carreira. Em entrevista exclusiva ao blog da Flash, a executiva compartilha suas experiências, incluindo desafios como a mudança para o Iraque na adolescência e o período em que precisou desacelerar para superar uma crise de burnout

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Confira a seguir os destaques deste papo inspirador: 

Como surgiu a ideia de escrever sobre conexões, relacionamentos e vida profissional?

Adriana Alcântara: Ao completar 30 anos de carreira e 50 anos de vida, achei que era o momento de compartilhar um pouco da minha vivência, falar do que eu acredito sobre o conceito de liderança e colocar na mesa os desafios e as oportunidades geradas por mulheres que assumem papéis de liderança. Apesar da visibilidade alcançada com esse tipo de posição, quero mostrar que nada do que eu fiz foi feito sozinha. 

Eu queria mostrar que na minha trajetória fiz vínculos muito profundos, conheci pessoas com quem eu aprendi muito, troquei muito e para quem também ensinei. Muitas dessas pessoas eu carreguei para a minha vida, e elas fizeram parte de uma ou de mais oportunidades de trabalho. Independentemente disso, os laços entre nós se fortaleceram, e todas foram muito importantes para eu conseguir conquistar tudo o que tenho aos 50 anos. Hoje, eu sei que a capacidade de se conectar com os outros é um grande diferencial dos profissionais de sucesso. 

Você convidou pessoas que fizeram parte dessas experiências para darem depoimentos no livro. Como é essa participação? 

Eu queria apresentar o “outro lado” de algumas histórias, para contextualizar as situações. Por isso convidei mulheres que estiveram comigo em diferentes momentos da minha carreira, para contar as histórias a partir dos pontos de vista delas. 

Você poderia nos contar uma dessas histórias?

Na época em que trabalhei no Cartoon, eu tinha uma amiga que era meio esquentada e que estava lidando com uma gestão nova. Teve uma ocasião em que ela ouviu dessa gestora: “Você é ótima no seu trabalho, mas você causa. E na minha equipe não vai ter lugar para quem causa, então a gente precisa resolver isso”.

Aquilo bateu nela de um jeito muito forte, deixando-a com os olhos cheios d’água. Quando ela veio até a minha mesa, eu disse para ela pegar o crachá, e fomos comer um bolo de chocolate fora da empresa. Nós conversamos, e eu contei que me via nela, que quando tinha 20 anos, também era uma pessoa que verbalizava loucamente sobre tudo o que acreditava. Falei que a gente tem de achar o jeito certo de fazer isso. Ficamos uma hora nessa pausa, e a troca foi marcante para mim. Por isso, pedi para ela contar no livro a versão dela desse acontecimento, e dizer o que aquilo significou.

Quero que as pessoas entendam que, às vezes, essa conversa de meia hora pode mudar a vida de uma pessoa. Cada mulher que convidei para dar o depoimento tem uma história relacionada com um dos temas do livro: coragem, confiança e inteligência profissional, entre outros.

Podemos dizer que você fez um livro autobiográfico?

Quando comecei a colocar minhas ideias no papel, a editora me perguntou se eu o classificaria com biografia, e minha resposta foi que, se considerasse como biografia, ninguém iria ler, porque eu não sou ninguém. Daí ela perguntou: o tema seria a sua história? Eu disse que não. Ela perguntou se seria sobre carreira, e também não é.

É difícil de encaixar em um gênero. Através da minha experiência, do meu modo de ver as coisas, eu dou dicas baseadas em práticas que deram certo comigo, falo das lições que aprendi, do que eu ainda penso hoje. Também abordo algumas coisas que eu aprendi na teoria e não consegui implementar na prática. Por isso, eu acho que é uma visão realista do trabalho, é um guia prático para a construção de uma carreira significativa. 

Por falar da sua experiência, você enfrentou dificuldades ao longo da sua carreira por ser mulher? Como lidou com isso? 

Confesso que sofri no começo da carreira. Por aparentar ter menos idade do que eu tinha e por ser uma figura muito delicada, muito feminina, que parecia frágil. Eu não conseguiria ser de outra maneira e aprendi a lidar com isso. Normalmente, as pessoas tendem a defender que a gente é de um jeito em casa e de outro no trabalho, mas, para mim, é exatamente o contrário, a gente é sempre a mesma pessoa. Seja no trabalho, seja na vida pessoal, lidamos com as mesmas fraquezas e as mesmas fortalezas. Além disso, a gente passa muito tempo no trabalho, não dá para fazer um personagem o tempo inteiro. Deve ser muito cansativo.

mulheres em cargos de liderança que, para se protegerem e galgarem passos maiores, optam por criar uma imagem de força, rigidez. Conheço mulheres brilhantes que conseguiram se destacar nesse caminho ajustando-se um pouco a um arquétipo mais próximo do universo masculino. Esse caminho não seria viável para mim, não sou isso, nem tentei ser diferente. Acho que a mulher é tão forte quanto o homem, mesmo que passe uma imagem lida como fragilidade. E leva para a empresa fortalezas diferentes das dos homens, coisas com as quais o arquétipo masculino tem mais dificuldade de lidar. Uma delas é a sensibilidade, o olhar mais sensível e mais aberto para a gestão.

Qual é sua dica para criar boas conexões e manter relacionamentos de qualidade no trabalho?

Flexibilidade e adaptabilidade são fundamentais para se conectar com as pessoas. Além disso, é preciso saber escutar o outro, e lidar bem com essa escuta.

Você poderia contar sobre seu burnout? Como isso aconteceu?

Sim, foi há mais de dez anos, quando trabalhei em uma grande empresa multinacional. Quando recebi a proposta e aceitei a vaga, criei muita expectativa, pois achava que era o trabalho da minha vida. Mas, no dia a dia, fui percebendo que não era tão legal quanto eu imaginava, era uma posição que não dava nenhuma possibilidade de criatividade. 

Eu estava com minha filha pequena, com menos de um ano, ainda me adaptando ao duplo papel de mãe e executiva, e tinha que viajar muito, para muitos países. Eu não tinha rotina, não fazia exercício, não me alimentava bem, e minha saúde foi para o brejo. Fui ficando doente, comecei a ter crises de ansiedade e pânico ao entrar em um avião, achando que iria morrer. Isso foi se repetindo, até que eu tive um burnout e não conseguia mais raciocinar. Aprendi que a gente precisa dar o limite para as coisas, porque só nós sabemos o que acontece na nossa vida.

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O que você diz para quem acha que as aproximações no ambiente de trabalho podem ser mal interpretadas, compreendidas como relações de interesse?

No livro, eu quis deixar bem claro que não falava do networking do tipo “vou conversar com você por obrigação profissional ou ter algo em troca”, mas de conexões que nascem do “vou conversar com você porque quero saber como é que eu posso te ajudar”.

Acho que o “segredo” é estar atento aos outros e sempre oferecer as coisas sem esperar nenhum retorno, oferecer mais do que pedir. No final das contas, acho que o que faz a gente ter uma conexão genuína é se oferecer ao outro em uma proporção mais generosa do que estamos acostumados a receber. 

Que mensagem você deixaria para quem é líder? O que ele deve fazer para possibilitar a criação de conexões nas equipes que gerencia? 

Para incentivar esse comportamento, acho que, primeiramente, ele tem que ser o exemplo. É importante que o líder sempre reforce que ele não é a pessoa que sabe mais de absolutamente tudo, e nem deve pretender ser o melhor em tudo. O mais importante, para mim, é ser uma liderança humana, deixando claro que também está sujeito a erros. Um bom líder assume que se enganou, que esperava um resultado diferente, e divide com a equipe a responsabilidade de encontrar outras soluções para o que não saiu como planejado. 

Acho que mostrar essas vulnerabilidades é muito importante, porque empodera as pessoas, motiva o pessoal a tentar, a correr riscos, sem medo de errar. Posso resumir minha mensagem em quatro pontos:

  • Seja o exemplo, não esconda suas fraquezas e reconheça que não sabe tudo.
  • Valorize as conexões genuínas, incentive a troca de experiências e o apoio mútuo.
  • Crie um ambiente de segurança, permitindo que as pessoas errem e aprendam com seus erros.
  • Seja humano, e reconheça que todos têm suas fragilidades e desafios.

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