O que são finanças corporativas, importância e como planejar em 5 passos simples
As finanças corporativas envolvem diversos processos interdisciplinares importantes para a gestão financeira. Acesse e confira como fazer em 6 passos.
Apesar de a contabilidade ser importante para o setor financeiro, as finanças corporativas não se resumem apenas às contas a pagar e a receber. Tampouco se limitam à gestão de despesas, reembolsos ou outros processos isolados.
Quando se fala no cofre organizacional, tudo que envolve o capital de uma empresa será tratado. Dessa forma, todas as movimentações financeiras, toda alocação de recursos, bem como as saídas, dívidas e empréstimos fazem parte deste campo.
Logo, para gerir, avaliar ou planejar as finanças corporativas são necessárias muitas ferramentas. Além disso, o gestor financeiro precisa estar preparado e ser experiente, caso contrário pode se perder no meio de tantas operações e detalhes.
No entanto, fique tranquilo. Continue lendo este artigo porque vamos abordar os principais temas e te ensinar o que você precisa saber sobre o assunto.
O que são finanças corporativas?
Talvez não pareça, mas o cofre de uma organização é uma matéria interdisciplinar. Mesmo que envolva, principalmente, contabilidade e economia, as finanças corporativas envolvem outros subtemas.
Elas dizem respeito às entradas e saídas, todos os investimentos e financiamentos, rentabilidade e lucratividade, mas também à forma que uma empresa é gerida. Dessa forma, pode ser alvo da tesouraria assuntos como o ESG.
Seja como for, há um consenso quanto aos principais subtemas que envolvem esta questão, as quais são aproveitadas aqui. Ainda assim, é possível encontrar outros pontos pertinentes, mas menos discutidos.
De forma geral, as finanças corporativas envolvem:
- investimentos e financiamentos;
- governança corporativa;
- emissão pública de títulos e oferta pública de ações;
- estruturas de capitais;
- gestão de riscos;
- gestão de custos e despesas;
- contabilidade;
- compliance.
Investimentos e financiamentos
Neste aspecto das finanças corporativas, o gestor financeiro deve focar em como o dinheiro será investido, bem como na forma que efetuará os pagamentos. Seja o planejamento orçamentário para pagar um empréstimo ou a criação de um novo produto, o responsável precisa delimitar as regras.
Dessa forma, é preciso entender o capital disponível, seu endividamento e diversos outros KPIs para chegar à melhor decisão. Caso contrário, os caminhos tomados podem comprometer a instituição.
Governança corporativa
Este subtema diz respeito às formas e boas práticas para garantir a boa gestão de uma empresa. Através da governança corporativa, as organizações otimizam seu valor econômico, tanto nos tangíveis quanto intangíveis.
Dessa forma, os pilares e princípios da governança corporativa norteiam todas as atividades da área financeira, garantindo melhores planejamentos estratégicos. Além disso, ao tomar decisões baseadas nela, os gestores conseguem agir com transparência e eficiência.
Emissão de títulos públicos e oferta pública de ações
Este ponto atinge, principalmente, aqueles que querem expandir através da abertura do seu capital. Caso isso aconteça, um modelo de governança precisa ser estudado, de forma que atenda às necessidades de todas as partes interessadas.
A oferta pública de ações marca a primeira venda de ações de uma instituição. Dessa forma, ela passa a ter acionistas. Independente do cenário, será necessário construir relatórios e documentos, bem como demonstrar resultados a partir deste momento.
Com isso, há maior segurança na tomada de decisões financeiras do negócio. No entanto, para garantir que as finanças corporativas atendam à nova realidade, a gestão financeira precisa pensar agora, mais do que nunca, em otimizações.
Além disso, ao fazer uma emissão pública de títulos e ‘vender partes’ de uma instituição, o planejamento tributário passa a exigir mais cuidado. Atenção que, caso não seja suficiente, pode gerar problemas com os órgãos fiscais, irregularidades e fraudes.
Estruturas de capitais
Este é o momento em que os responsáveis definem como os objetivos das finanças corporativas serão atingidos. Ao buscar por expansão o COOs, gestores e diretores financeiros precisam fazer uma escolha.
O que dará sustentação ao crescimento? Os CFOs e CEOs podem optar pela retenção de lucro, endividamento de longo prazo ou abertura de capital. Enquanto a retenção de lucros limita a ampliação do negócio e é mais demorada, garante mais segurança.
Por outro lado, apesar de o endividamento de longo prazo permitir uma guinada mais rápida, pode comprometer os cofres, se mal administrado. Por último, a emissão de ações pode ser exponencial, mas tem um mercado enxuto no Brasil.
Gestão de riscos
Parte fundamental da rotina financeira, a gestão de riscos é fundamental para garantir a longevidade de uma organização. Entre outros motivos, porque ela mapeia, organiza e trabalha para mitigar ameaças e problemas.
Sem entender quais são os riscos financeiros que se enfrenta, dívidas podem ser contraídas e financiamentos feitos sem uma margem de segurança.
Dessa forma, caso aconteça algum imprevisto ou sazonalidade negativa, a saúde financeira da corporação pode ficar comprometida.
Gestão de custos e despesas
A gestão de custos e despesas é necessária para garantir o máximo aproveitamento e eficiência dos gastos feitos. Sejam custos fixos e variáveis ou despesas operacionais e administrativas, elas precisam ser otimizadas.
Do contrário, processos podem exigir mais horas trabalhadas do que geram resultados. Além disso, um produto pode estar sendo desenvolvido para não gerar uma boa margem de contribuição posteriormente.
Ou seja, a tomada de decisão, seja para produtos ou serviços, estratégica ou operacional, é prejudicada sem este aspecto. Sem entender os custos fixos e variáveis, uma organização pode estar desenvolvendo produtos altamente custosos e com baixo ROI.
No entanto, mapear estes gastos é algo trabalhoso e exige bastante atenção. Os gestores precisam checar pilhas de papel à procura destas informações. A situação é duplamente ruim, já que toma muito tempo.
Para otimizar sua rotina, saber o que procurar e ter praticidade, baixe nossa Planilha e Calculadora de Custos Fixos e Variáveis. Assim, você tem todas as informações necessárias em um único lugar.
Contabilidade
Este ponto trata do estudo, interpretação e registro de tudo aquilo que afeta o patrimônio de uma empresa. Ou seja, consiste no correto controle de todas as saídas e entradas, contas a pagar e a receber, entre outros assuntos.
Compliance
Ao prezar pelo compliance nas finanças corporativas, as instituições garantem a conformidade com as leis. Assim, evitam-se irregularidades, fraudes e escândalos. E, por consequência, evitam-se manchas na imagem e prejuízos.
Quando as instituições agem conforme o compliance financeiro, fiscal e tributário, por exemplo, não há problemas com o fisco nem acusações de concorrência desleal. Isso evita inúmeras dores de cabeça e gastos multas.
Como planejar as finanças corporativas: as 5 principais ferramentas
Há diversas formas de avaliar a questão, dependendo sob qual ótica o gestor quer olhar. No entanto, há algumas que podem facilitar de forma universal. Para que os responsáveis financeiros consigam maximizar a saúde financeira, é preciso ter uma rotina.
Apesar de serem muitas, reunimos algumas que podem facilitar o processo:
- planejamento estratégico;
- balanço patrimonial;
- análise de indicadores;
- múltiplo de mercado;
- fluxo de caixa.
1. Planejamento estratégico
Seja no planejamento financeiro, orçamentário ou tributário, o gestor garante as diretrizes de gastos e uso dos recursos para o próximo período. Dessa forma, todas as saídas estão mapeadas e previstas.
Com isso, possíveis imprevistos têm menos impactos e a expansão ganha mais segurança e respaldo. Enquanto o tributário promove a otimização do pagamento de impostos, o planejamento de gastos e financeiro definem o que é gasto e onde.
Enquanto isso, o orçamentário delimita os recursos disponíveis e os aloca por centros de custo, BUs, setores ou produtos, garantindo maior visibilidade sobre as ações.
2. Balanço patrimonial
Acompanhar a evolução de patrimônio de uma corporação é essencial para garantir que os responsáveis estejam cientes dos caminhos tomados. Com o balanço patrimonial é possível visualizar os períodos de maior e menor gasto, dando maior entendimento sobre as saídas.
Ele também reúne informações valiosas para a gestão de recursos financeiros, já que os ativos, passivos e patrimônio líquido estão nele. Além disso, por oferecer uma visão ampla sobre a evolução das dívidas - além do capital -, permite análises profundas.
3. Análise de indicadores
A análise de indicadores como ROI, EBITDA, margem bruta, entre outros KPIs, promove uma visão cirúrgica sobre a situação organizacional. É necessário checar estes números para entender se uma decisão, ação ou produto foi bem-sucedido.
É através deles que se checa se uma meta ou objetivo foi atingido. Dessa forma, trata-se de um ponto extremamente importante. No entanto, mapear todos os indicadores pertinentes é apenas um dos inúmeros passos - que pode demorar - para garantir a saúde financeira.
A partir dessa seleção, é preciso fazer uma análise cautelosa e, só assim, tomar decisões conforme a realidade da companhia. Pensando nisso, preparamos um guia completo com os 25 principais indicadores financeiros de uma empresa para te ajudar nesse mapeamento.
Baixe, confira se sua organização já tem todos listados e caso não tenha, use as fórmulas presentes no material para facilitar.
4. Múltiplo de mercado
Apesar de todas as questões abordadas servirem para empresas de todos os tipos e portes, esta é exclusiva para aquelas listadas na bolsa de valores. De forma resumida, o múltiplo de mercado é a relação entre o preço de uma ação com suas variáveis operacionais, como dividendos, lucros, etc.
Os investidores usam estes índices para entender se as ações estão supervalorizadas, desvalorizadas ou de acordo com o mercado.
5. Fluxo de caixa
O fluxo de caixa é o processo que organiza todas as entradas e saídas de uma entidade, permitindo a apuração de saldo e recursos. Dessa forma, ao observar os valores que entram e que saem, os gestores conseguem entender a sua situação financeira.
Quais as 3 principais decisões em finanças corporativas?
Durante a gestão do cofre organizacional, os gestores irão se deparar com 3 principais decisões, sendo elas:
- alocação de recursos;
- financiamentos;
- capital de giro.
Alocação de recursos
Diz respeito às decisões de onde o capital será aplicado, quais os investimentos que serão feitos e produtos desenvolvidos. Dessa forma, seja a aquisição de novos equipamentos ou contratação de pessoal, as decisões precisam ser tomadas conforme os objetivos estabelecidos.
Financiamentos
A forma mais comum de expandir é através da retenção de lucros. No entanto, o processo pode ser demorado e gerar contratempos. Com isso, é preciso estudar formas de financiamento e linhas de crédito.
Dessa forma, é possível entender o quanto é possível se endividar sem comprometer o fluxo de caixa ou o orçamento.
Capital de giro
Outro ponto importante é entender a quantidade de recursos que precisam estar em caixa para que a empresa cumpra com suas obrigações mensais. Lembre que esse valor deve ser suficiente para pagar tudo.
Mesmo que não tenha recebido de vendas ainda, por exemplo, ele precisa cobrir todas as despesas operacionais, não-operacionais e administrativas.
Flash Expense facilita as finanças corporativas com praticidade e velocidade
Quando se trata deste tema, a disponibilidade de informações é algo fundamental. Caso os dados não sejam acessíveis, a gestão de riscos, governança corporativa, compliance e a análise de indicadores é comprometida.
Sem todo o material necessário para fazer os cálculos e planejamentos, a tomada de decisão é prejudicada. Além disso, o tempo de resposta diminui, expondo as empresas a situações possivelmente perigosas.
No entanto, ao contar com a tecnologia, o processo é facilitado. A Flash Expense oferece funcionalidades em 3 planos diferentes que automatizam o lançamento de despesas e evitam o desencontro de informações.
Com isso, não há necessidade de fazer o mesmo registo em mais de um sistema, evitando as chances de erros.
Além disso, é possível reunir todas as informações pertinentes em uma única plataforma com a integração contábil e ERP, garantindo total visibilidade e controle dos gastos.
Se não fosse suficiente, a Flash Expense oferece relatórios automatizados, economizando tempo e fornecendo um histórico para comparações posteriores.
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