Saiba como elaborar o plano financeiro de uma empresa em 10 passos
Entenda o que é e como elaborar o plano financeiro de uma empresa. Conheça as principais métricas e metodologias para você montar um plano em 10 passos.
Nesse sentido, o plano financeiro de uma empresa não se resume simplesmente a uma lista de receitas e despesas. Trata-se, na verdade, de um conjunto elaborado de estratégias que envolvem desde o controle de custos até a reserva de contingência.
É fundamental entender que um bom planejamento financeiro organizacional vai muito além de manter as contas em dia. Ele é a chave para o crescimento financeiro e a sustentabilidade do negócio. Neste artigo, exploraremos a importância dessa estratégia, o passo a passo para sua implementação e como desenvolver um plano de ação sólido.
Acompanhe a leitura e descubra como se faz um plano financeiro e quais são as principais categorias em um plano financeiro. Além disso, conheça as principais métricas e as 3 metodologias para desenvolvê-lo de forma bem-sucedida.
O que é um plano financeiro?
Um plano financeiro é um documento detalhado que descreve as estratégias, os objetivos e as ações relacionadas às finanças de uma empresa. Ele serve como um guia para a tomada de decisões, com o objetivo de alcançar metas específicas a curto, médio e longo prazo.
Em sua essência, um plano financeiro abrange diversos aspectos, veja a seguir.
- Análise financeira: inicialmente, o plano financeiro avalia a situação presente da companhia, incluindo receitas, despesas, ativos, passivos e fluxo de caixa. Isso ajuda a entender a posição atual e a identificar áreas que precisam de melhorias.
- Estabelecimento de metas financeiras: com base na análise mencionada acima, são definidas metas financeiras específicas e mensuráveis a serem alcançadas. Esses objetivos podem incluir a redução de dívidas, aumento de lucros, criação de uma reserva de emergência, entre outras.
- Desenvolvimento de estratégias: após estabelecer metas, o plano financeiro delineia estratégias para alcançá-las. Isso pode envolver alocação eficiente de recursos, identificação de fontes de receita adicionais, redução de custos desnecessários, entre outros.
- Orçamento: um componente crucial do plano financeiro é o orçamento, que estabelece quanto será gasto em diferentes áreas do negócio. O orçamento ajuda a controlar as despesas e a garantir que os recursos sejam direcionados para as áreas mais prioritárias.
- Controle financeiro: a análise também inclui medidas para monitorar e controlar as finanças ao longo do tempo. Isso envolve análise de relatórios, acompanhamento do fluxo de caixa, revisão do desempenho em relação às metas estabelecidas, entre outros.
- Plano de contingência: reconhecendo a natureza imprevisível das finanças, o plano de contingência lida com eventos fortuitos, como crises econômicas ou despesas inesperadas.
Diferenças entre plano e planejamento financeiro
Embora os termos "plano financeiro" e "planejamento financeiro" sejam frequentemente usados de forma intercambiável, eles têm significados distintos e complementares dentro do contexto das finanças empresariais.
O planejamento financeiro empresarial é o processo contínuo de avaliação e definição de objetivos financeiros, bem como as estratégias para alcançá-los. Isso inclui a consideração de vários aspectos, como receitas, despesas, investimentos, planejamento de gastos, orçamento e gestão de riscos. Quando bem feito, também pode envolver o planejamento tributário.
Por outro lado, o plano financeiro é o documento resultante desse processo de planejamento financeiro. Trata-se de um registro detalhado das metas estabelecidas, das estratégias delineadas e das ações a serem tomadas. Um modelo de plano financeiro inclui uma análise da situação financeira atual, projeções de todas as entradas e saídas, estratégias de investimento, políticas de gerenciamento de riscos e um plano de contingência.
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Métricas essenciais para elaborar um plano financeiro eficaz
Entender o que deve constar no plano financeiro é essencial para a construção desse documento. Pensando nisso, veja a seguir o que é necessário para um plano de negócios funcional.
- Receitas por fonte: acompanhar as fontes de receitas é crucial para entender quais segmentos estão contribuindo mais para o faturamento total.
- Despesas operacionais: registrar e categorizar todas as despesas relacionadas à operação do negócio é fundamental para controlar os custos. Por exemplo, folha de pagamento, aluguel, suprimentos, entre outros.
- Lucro líquido: o lucro líquido mostra a rentabilidade geral do negócio após todas as despesas serem subtraídas das receitas. É uma métrica chave para avaliar a saúde financeira do negócio.
- Fluxo de caixa: monitorar o fluxo de caixa é essencial para garantir que haja dinheiro suficiente para cobrir despesas, investimentos e outros gastos.
- Prazo médio de pagamento (PMP) e prazo médio de recebimento (PMR): estas métricas ajudam a monitorar o ciclo de caixa. Sua função é indicar quanto tempo leva para converter vendas em dinheiro disponível.
- Margem de lucro: a margem de lucro indica a porcentagem de cada venda que se traduz em lucro líquido. Monitorar essa métrica é essencial para garantir a rentabilidade do negócio.
- Índices financeiros: índices como liquidez, rentabilidade, endividamento e eficiência operacional oferecem insights valiosos sobre a saúde financeira e a eficiência do negócio.
- Metas financeiras: um plano financeiro deve incluir objetivos claros e mensuráveis, que ajudem a direcionar as decisões. O foco é avaliar o progresso ao longo do tempo, como metas de lucro, redução de despesas e aumento de receitas.
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Como elaborar um plano financeiro eficiente em 10 passos?
Elaborar um plano envolve uma série de etapas importantes para garantir o gerenciamento inteligente das finanças. A seguir, confira 10 passos para ajudá-lo a elaborar um plano financeiro eficiente.
- Defina os objetivos financeiros: o primeiro passo consiste em identificar o que você deseja alcançar. Por exemplo, aumentar a receita, expandir para novos mercados, melhorar a lucratividade ou reduzir custos.
- Avalie a situação financeira atual: faça uma análise detalhada das finanças da empresa, incluindo receitas, despesas, ativos, passivos e fluxo de caixa. Isso ajudará a entender a saúde financeira atual e as áreas que precisam de melhoria.
- Crie um orçamento: com base na análise financeira, crie um orçamento que aloque recursos para alcançar os objetivos da empresa. Isso pode incluir despesas operacionais, investimentos em crescimento e reservas para contingências.
- Reduza despesas desnecessárias: identifique áreas onde os custos podem ser reduzidos sem comprometer a qualidade ou a eficiência operacional.
- Gerencie o capital de giro: mantenha um controle rigoroso sobre o capital de giro da empresa. Isso garante que haja liquidez suficiente para cobrir despesas operacionais e investimentos necessários.
- Otimize a estrutura de capital: determine a melhor combinação de dívida e capital para otimizar o custo e maximizar o retorno para os acionistas.
- Estabeleça metas de lucratividade e margem: essa é uma tarefa essencial para orientar as decisões financeiras e operacionais da empresa.
- Invista em crescimento e inovação: aloque recursos para investimentos em pesquisa e desenvolvimento para impulsionar o crescimento e manter a competitividade no mercado.
- Gerencie riscos: identifique e avalie os riscos que a empresa enfrenta, como flutuações cambiais, volatilidade do mercado ou mudanças regulatórias. Nesses casos, implemente estratégias para mitigar eventuais problemas.
- Monitore e ajuste continuamente: acompanhe o desempenho financeiro da empresa em relação ao plano estabelecido. Faça ajustes conforme necessário e esteja preparado para responder a mudanças no ambiente empresarial.
Seguir esses passos ajudará a empresa a desenvolver e manter um plano financeiro sólido. Ideal para sustentar o crescimento, a lucratividade e a resiliência no longo prazo.
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3 metodologias para montar o plano financeiro
A diversos tipos de metodologias que podem ser aplicadas ao plano financeiro de uma empresa. Dentre elas, destacamos as três metodologias mais populares junto às suas vantagens e desvantagens.
1. Método de Análise SWOT Financeira
Este método adapta a análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) para avaliar a situação financeira de uma empresa.
Vantagens
- Realiza uma análise abrangente, considerando fatores internos e externos que afetam a saúde financeira da empresa.
- Facilita a identificação de pontos fortes, fraquezas que devem ser corrigidas, oportunidades e ameaças.
- Oferece orientação estratégica, fornecendo insights para o desenvolvimento de estratégias financeiras eficazes.
Desvantagens
- Sujeito a subjetividade, já que as conclusões podem ser influenciadas pela interpretação pessoal dos dados.
- Apresenta falta de precisão quantitativa, dificultando a tomada de decisões baseadas em dados.
- Requer atualização contínua, pois as condições financeiras e de mercado podem mudar, exigindo revisões periódicas para manter a relevância da análise financeira.
2. Método de orçamento baseado em objetivos (Goal-Based Budgeting)
No método Goal-Based Budgeting, você define metas financeiras específicas e aloca recursos para alcançá-las. Em vez de se concentrar apenas em números, esse método enfatiza o propósito por trás de cada gasto.
Vantagens
- Foca no alcance de metas financeiras específicas, proporcionando uma visão clara do progresso em direção a esses objetivos.
- Ajuda a priorizar gastos com base nas metas e valores empresariais.
- Pode ser motivador, pois vincula cada gasto a um objetivo tangível.
Desvantagens
- Pode ser menos flexível do que outros métodos, já que os recursos são alocados para alcançar metas específicas.
- Pode ser desafiador definir metas realistas e mensuráveis para cada área de gasto.
- Não leva em consideração necessidades imprevistas ou despesas não planejadas que podem surgir ao longo do tempo.
3. Método de Orçamento Base Zero (Zero-Based Budgeting)
Neste método, você começa do zero a cada planejamento orçamentário, revisando todas as despesas e alocando recursos com base nas prioridades atuais. Cada item deve ser justificado e aprovado, mesmo que seja uma despesa recorrente.
Vantagens
- Promove uma avaliação detalhada de cada despesa, incentivando a eficiência e eliminando gastos desnecessários.
- Permite uma alocação mais consciente de recursos, focando nas prioridades atuais.
- Pode ser mais flexível para lidar com mudanças nas circunstâncias financeiras.
Desvantagens
- Pode exigir mais tempo e esforço para revisar e justificar todas as despesas a cada período orçamentário.
- Pode ser difícil de implementar em organizações maiores com processos burocráticos.
- Pode ser desafiador estimar com precisão todas as despesas, especialmente aquelas relacionadas a custos variáveis.
Erros comuns na elaboração de um plano financeiro
Ao desenvolver qualquer tipo de planejamento, é provável que você cometa alguns erros a princípio. Ainda mais em pequenas empresas sem uma ferramenta de gestão financeira automatizada. Dito isso, listamos os principais erros na hora de elaborar um plano financeiro, veja a seguir.
- Não definir metas claras: não estabelecer metas financeiras específicas e mensuráveis pode levar a um plano vago e sem direção clara.
- Subestimar despesas: não levar em consideração todas as despesas pode resultar em orçamentos subestimados e falta de fundos para cobrir os custos reais.
- Ignorar a importância do fluxo de caixa: focar apenas no lucro e não considerar o fluxo de caixa pode levar a problemas de liquidez e dificuldades financeiras.
- Não revisar regularmente: um plano financeiro inflexível pode se tornar obsoleto. Falhar na revisão regular pode levar a decisões inadequadas.
- Não considerar riscos: ignorar os riscos financeiros, como flutuações do mercado, mudanças regulatórias ou inadimplências, pode levar a consequências adversas.
- Não priorizar o pagamento de dívidas: não ter um plano claro para pagar dívidas pode resultar em juros acumulados a longo prazo.
- Depender de projeções irreais: fazer projeções financeiras excessivamente otimistas pode levar a expectativas desalinhadas e decisões imprudentes.
- Não diversificar investimentos: colocar todos os recursos em um único ativo pode aumentar o risco financeiro caso esse investimento não tenha sucesso.
- Não prever um fundo de emergência: não reservar recursos para emergências e imprevistos pode deixar a empresa vulnerável a crises financeiras repentinas.
- Não consultar profissionais da área: não buscar orientação de especialistas financeiros, como contadores ou consultores, pode resultar em decisões inadequadas e falta de planejamento estratégico.
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