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Não basta dormir: quais são os 7 tipos de descanso que existem e seus impactos no trabalho

O blog da Flash conversou com especialistas e mostra como aplicar as sete dimensões do descanso para começar 2025 revigorado.

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Se você está entre aqueles que aproveitam as festas de fim do ano para descansar, mas sempre voltam ao trabalho com a sensação de que não conseguiram se recuperar totalmente, talvez você não esteja adotando a melhor estratégia para se restabelecer. E provavelmente não está sozinho com este dilema.

Isso porque, segundo a médica e pesquisadora norte-americana Saundra Dalton-Smith, há sete dimensões de descanso:  físico, mental, social, emocional, criativo, espiritual e sensorial. Em seu livro, Sacred Rest: Recover Your Life, Renew Your Energy, Restore Your Sanity [em tradução livre: Descanso Sagrado: Recupere sua Vida, Renove sua Energia, Restaure sua Sanidade], a cientista explica que, para se sentir plenamente revigorado, é preciso investir em todos eles. 

Para Samantha Sato, especialista em neuropsicologia pela Universidade São Paulo (USP), a importância da teoria dos sete tipos de descanso está justamente em lembrar a importância de cada um identificar a causa do seu cansaço para saber onde se concentrar com mais intensidade. 

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Por que estamos tão cansados? 

No entanto, com exceção de quem desempenha um trabalho físico, é esperado que os profissionais sofram um impacto maior do cansaço mental. Isso porque as demandas profissionais, da família, da casa e da conta bancária exigem o uso intenso do cérebro e despertam diferentes emoções, gerando o desgaste que todos vivem em algum momento da vida. 

Mestre em ciências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e instrutora de mindfulness, a psicóloga Maria Carolina Botéquio lembra que o hábito de realizar várias atividades, a chamada multitarefa, também intensificam essa sensação de cansaço sem fim. Isso porque a divisão da atenção em vários focos ao mesmo tempo, e de maneira indiscriminada gera uma série de emoções e causa diferentes sintomas fisiológicos. 

“Nós brincamos com o filho, assistimos ao telejornal ao mesmo tempo que respondemos uma mensagem no celular. A hora de dormir, em vez de ser aquele momento em que se lê um livro, faz uma prece ou uma meditação, estamos com um monte de informações chegando via redes sociais”, diz Maria Carolina. “Nossa foco fica pulando de uma coisa para a outra, é a atenção pingue-pongue”, define. 

A questão é que, de acordo com as especialistas, o excesso de estímulos mentais se tornou não apenas aceito, mas a regra da vida adulta. Fazer várias coisas ao mesmo tempo, no trabalho, é até mesmo esperado. 

“O problema de escrever um e-mail enquanto se está conversando com alguém presencialmente e respondendo a uma pergunta do filho no Whatsapp, por exemplo, é que essa rotina não apenas mina nossa concentração. Com o passar do tempo, gera a sensação de falta de energia”, afirma Maria Carolina. 

Nesse contexto, entender a origem do cansaço e qual a melhor estratégia para reparar o corpo (e a mente) é algo essencial. Pensando nisso, o blog da Flash conversou com especialistas e explica, abaixo, quais são os sete tipos de descanso e como exercitar cada um deles no dia a dia. 

Quais são os sete tipos de descanso

  1. O que é o descanso emocional?

A sensação de ser injustiçado ou desprezado no trabalho, assim como a pressão constante para se superar ou para fazer algo em que não se acredita são situações profissionais que costumam levar o indivíduo a uma sobrecarga emocional. Nesses casos, a saída é desabafar. Ter um espaço em que se possa compartilhar seus sentimentos, sem julgamento, em sua rotina. 

A recomendação é procurar alguém de confiança, de preferência um terapeuta profissional que não dará conselhos descabidos, mas o ajudará a elaborar seus sentimentos e cuidar das suas emoções.

Reconhecer as próprias emoções e permitir que a mente processe sofrimentos, decepções e dores emocionais faz parte do movimento natural de superá-los e, tão importante quanto isso, é fundamental para manter a saúde mental e física. “Além de terapia, ficar com a família e com quem se gosta também tem um efeito positivo nesse sentido”, orienta a neuropsicóloga Samantha.

  1. O que é o descanso físico?

É o mais óbvio: aquele que permite à pessoa recuperar seu vigor após realizar um esforço músculo-esquelético exagerado ou por muito tempo: correr, subir escadas, fazer faxina, etc. Cochilar, dormir, alongar, deitar em uma rede, tomar um banho demorado ou se sentar com as pernas para cima são formas de desacelerar e dar tempo para o organismo se restabelecer. 

  1. O que é o descanso mental? 

Dar conta das demandas sociais, familiares e de trabalho, ficar atualizado nas notícias, enfrentar o trânsito todos os dias, a rotina diária já é algo exaustivo para a maioria das pessoas. 

Se somarmos tudo isso à exposição excessiva a sons, luzes e outros estímulos sensoriais, vindos sobretudo das redes sociais, o gasto de energia aumenta ainda mais. Para completar, é natural do nosso cérebro produzir pensamentos aleatórios, que surgem sem aviso prévio e, muitas vezes, sequestram nossa concentração. E tudo isso costuma acontecer ao mesmo tempo.

Segundo Maria Carolina, para descansar a mente, é preciso tirá-la do piloto automático. Para tanto, não é preciso ter experiência em meditar. “Basta encontrar um espaço tranquilo onde possa fazer pequenos intervalos ao longo do dia para respirar e prestar atenção ao que está acontecendo com seu corpo e ao seu redor, no presente momento. Distanciando-se dos estímulos externos e internos”, ensina. Escrever um diário, reservar um tempo para ler são outras práticas indicadas.

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  1. O que é o descanso sensorial?

Aqui a recomendação é uma só: se desconectar de aparelhos eletrônicos (celular, tablet e computador) e de redes sociais. 

Para os que são mais dependentes da tecnologia, uma dica é começar diminuindo o "scrolling infinito", aquele hábito de ficar em uma rede social por horas, sem se fixar em um conteúdo para ler, ou mesmo assistir, com atenção.

Dicas para exercitar o descanso sensorial incluem limitar o tempo no computador e celular durante o lazer. Evite visualizar mensagens de trabalho aos finais de semana e noites e desabilite notificações de aplicativos. Segundo especialistas, essas práticas permitem liberar espaço mental para a vida off-line. 

  1. O que é o descanso social?

Solidão também é remédio. Ficar só, fazendo o que se gosta ou simplesmente não fazendo nada, é necessário para se distanciar ao máximo do clima do trabalho, defende a pesquisadora Saundra Dalton-Smith em seu livro. 

Afinal, mesmo o mais sociável dos seres humanos precisa de um tempo sozinho, uma vez que o simples fato de estar em contato com outra pessoa ou grupos já são o suficiente para haver um gasto de energia emocional. 

O convívio com um chefe pressionando por prazos apertados ou a divisão de tarefas com um colega competitivo são exemplos de situações em que a pessoa sofre um desgaste energético. 

Mas não é apenas sob pressão que acontece o desgaste. Trabalhar em um ambiente coletivo implica em socializar com indivíduos de diferentes estados de espírito. Isso pode exigir um descanso social posteriormente. 

  1. O que é o descanso espiritual?

Espiritualidade, de acordo com o entendimento da médica norte-americana, é encontrar um significado para a própria existência. Não é preciso professar a fé de acordo com ritos religiosos específicos para descansar espiritualmente, porém, quem possui uma crença específica costuma se recarregar energeticamente quando está praticando uma atividade religiosa. 

Este tipo de descanso está relacionado a poder experimentar sentimentos como amor, empatia, aceitação, isto é, sensações associadas ao senso de que sua vida tem valor e que você faz parte de algo mais significativo. Portanto, o descanso espiritual pode estar ligado com a conexão com uma causa ou o engajamento em uma missão específica, esclarece Saundra, em entrevista no Youtube.  

  1. O que é o descanso criativo?

A capacidade de ser criativo está diretamente associada ao ócio e a um cérebro revigorado. Seja para ter inspiração, seja para poder encontrar soluções para um problema, o ser humano precisa ter pausas, nas quais não tenha de exercitar suas habilidades de criação, e deixar a mente vagar, sem compromisso e foco específico. 

Tente exercitar sua capacidade de ver o mundo como se não conhecesse tudo, adotando um olhar fresco e curioso, atentando-se para os detalhes das coisas. Passar um tempo em contato com a natureza, segundo Saundra, é uma das melhores maneiras de exercitar esse olhar e o descanso criativo.  

Alimentar-se de arte, ensina a pesquisadora, deve fazer parte da rotina: ir a um museu, a uma peça de teatro, a um concerto musical ou a um espetáculo de dança. Mudar o caminho para o trabalho ou para casa, comer em um restaurante novo são outras dicas para quem quer expor o cérebro a novos estímulos e informações. 

Para quem trabalha com inovação, vale cercar-se de imagens ou objetos que agucem a mente – mas é fundamental ir trocando as peças de tempos em tempos.

Qual é a melhor forma de descanso? 

Os sete tipos de descanso são igualmente importantes. Segundo Saundra, uma pessoa consegue recuperar seu vigor na medida em que é capaz de contemplar sua totalidade. 

O importante, pondera a neuropsicóloga Samantha, é ter em mente que é possível adotar os sete tipos de descanso para que o cansaço não chegue a um nível nocivo. “É claro que, ao longo do dia, nós nos cansamos, mas também ao longo do dia ou da semana ou do mês temos condições de irmos nos recuperando para não nos sentirmos o tempo todo cansados”, opina.

Diretora científica da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), a médica Rosylane Rocha aponta a importância de otimizar o tempo e de conseguir gastá-lo com qualidade para evitar o cansaço físico e mental. 

A médica lembra, ainda, o papel do sono reparador e destaca a necessidade de se investir na higiene do sono. “Evite bebidas energéticas e cafeína, organize suas prioridades e mantenha o uso moderado de redes sociais e aplicativos de mensagem”, explica. 

Qual a importância do descanso para a produtividade?


Assim como dormir, comer e se exercitar, descansar faz parte das necessidades básicas do ser humano. No entanto, Saundra notou que a sociedade atual, marcada pelo culto à máxima performance e produtividade, transformou o cansaço em um estado crônico e o burnout em epidemia. 

O problema, segundo a pesquisadora norte-americana, é que as pessoas passaram a ignorar a necessidade de descansar, esquecendo-se do seu valor terapêutico — além de ser gratuito e não envolver medicação.

“O cansaço físico e mental impactam diretamente na produtividade do profissional, além de influenciar no risco de acidentes de trabalho. Descansar não apenas envolve dar tempo para que os músculos se regenerem, mas é essencial também para que o cérebro processe as informações e emoções, elaborando-as”, diz  Rosylane. 

O descanso também é o alimento para que a mente consiga criar e ter energia para aprender coisas novas. Para completar, quando se está muito cansado, a chance de se indispor com as outras pessoas ou mesmo de sofrer uma lesão muscular aumenta.

Assim como um pneu desgastado, uma pessoa cansada arria se trabalhar além do seu limite. A diferença é que, no caso do ser humano, o limite não é apenas físico, toma dimensão mental, social e emocional.

Como descansar melhor?

Maria Carolina explica que fazer uma coisa por vez, evitando o que chama de atenção pingue-pongue, é uma forma de diminuir o ritmo do esgotamento. O primeiro passo, ensina, é reduzir a conectividade: 

  1. Se trabalhar no computador, não utilize muitos programas ao mesmo tempo ou abra muitas abas do navegador. 
  2. Desabilite os avisos de novas mensagens ou ligações para o Whatsapp e outros aplicativos de comunicação instantânea. 
  3. Evite ficar com páginas de redes sociais abertas, seja no computador, seja no celular, enquanto estiver fazendo outra coisa.

Vale a pena também investir em atividades que não se domina para impulsionar o descanso mental. Atividades motoras, como desenhar e fazer crochê, ou mesmo uma atividade física, são ótimas maneiras de colocar o cérebro para relaxar, pois o foco está nos movimentos. “É preciso voltar a percepção para o próprio corpo. As pessoas têm de sair da cabeça para conhecerem também os seus contornos e os seus limites”, diz Maria Carolina. 

Para Samantha, intercalar momentos em que se está desempenhando alguma atividade ou focado em algo específico com pausas para descansar o corpo e a mente é uma forma de prevenir o esgotamento. 

“O ideal é fazer várias pausas para ter mais momentos de descanso ao longo do dia. Se não for possível, pare o que estiver fazendo a cada hora para se levantar, alongar o corpo e tomar um copo d’água ou uma xícara de café”, orienta. 

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