9 dicas para fazer uma gestão de custos de forma estratégica
A gestão de custos é um processo essencial para garantir a saúde financeira das empresas. Saiba quais são os tipos de custos e como fazer a gestão estratégica.

Gestão de custos não é apenas sobre cortar despesas, mas também sobre tomar decisões estratégicas que impactam diretamente a lucratividade e a competitividade da sua empresa.
Se você sente que o dinheiro vai embora rápido demais ou que está gastando mais do que deveria para operar, está na hora de olhar mais de perto para os seus custos.
Neste artigo, você vai entender como identificar e classificar custos, aprender a evitar erros comuns na análise financeira e descobrir estratégias práticas para otimizar sua operação sem prejudicar a qualidade ou o crescimento do negócio.
Afinal, controlar os custos é o primeiro passo para ganhar previsibilidade financeira e usar seus recursos de forma inteligente.
O que é gestão de custos?
A gestão de custos é o conjunto de estratégias e práticas que visam identificar, controlar e otimizar os custos de uma empresa para garantir sua saúde financeira e competitividade.
Trata-se de um processo para assegurar que todos os recursos sejam utilizados de maneira eficiente, permitindo que a organização tome decisões mais estratégicas e aumente sua lucratividade.
A gestão de custos vai além do simples controle corporativo. Ela envolve a análise detalhada de todos os custos fixos e variáveis, diretos e indiretos, operacionais e despesas relacionadas aos produtos ou serviços oferecidos pela organização.
Esse gerenciamento estratégico é fundamental para encontrar oportunidades de redução de custos, melhorar processos internos e potencializar os resultados financeiros.
Ao realizar uma gestão de custos, o gestor financeiro ou o gestor de compras consegue:
- Monitorar os custos fixos de uma empresa, como aluguel e salários de funcionários, para evitar desperdícios.
- Controlar custos variáveis, que estão diretamente relacionados à produção e vendas, como matérias-primas e mão de obra variável.
- Garantir que o custo operacional esteja alinhado com o planejamento financeiro e as metas estabelecidas.
- Implementar ferramentas, como uma planilha de gestão financeira ou um sistema ERP, para centralizar o controle de custos e otimizar a análise de gastos.
A importância da gestão de custos vai além de reduzir despesas operacionais, ela impacta diretamente o lucro bruto, a precificação e a sustentabilidade do negócio no longo prazo.
Em tempos de instabilidade econômica, por exemplo, ter um gerenciamento de custos sólido é essencial para sobreviver e prosperar em um mercado altamente competitivo.
Com uma boa gestão de custos, sua empresa pode alcançar:
- Melhor controle financeiro empresarial;
- Tomada de decisão estratégica baseada em dados e indicadores financeiros;
- Maior capacidade de negociação com fornecedores e parceiros comerciais;
. - Redução de custos sem comprometer a qualidade dos produtos ou serviços.
A gestão de custos é um pilar da gestão financeira de qualquer companhia. Entender e aplicar as práticas corretas permite à empresa não apenas sobreviver, mas prosperar no mercado.
Tipos de custos em uma empresa
Antes de implementar uma gestão de custos, é fundamental entender quais são os tipos que compõem as operações de um negócio. Essa classificação ajuda, principalmente, na análise de gastos e na tomada de decisão estratégica.
Custos fixos
São aqueles que permanecem constantes, independentemente do volume de produção ou vendas. Exemplos comuns incluem aluguel de espaço, salários fixos de funcionários, manutenção de equipamentos e contratos de serviços. Os custos fixos são previsíveis e mais fáceis de planejar no orçamento.
Custos variáveis
Estão diretamente relacionados à produção e ao volume de vendas. Eles variam conforme a quantidade produzida ou vendida. Exemplos incluem matérias-primas, comissões sobre vendas e despesas de logística.
Custos diretos
São aqueles que podem ser atribuídos diretamente à produção de um produto ou à prestação de um serviço. Por exemplo, o custo da matéria-prima utilizada na fabricação de um item ou o valor da mão de obra dedicada exclusivamente à produção.
Custos indiretos
São aqueles que não podem ser facilmente vinculados a um produto ou serviço específico. Exemplos incluem contas de energia elétrica, água e despesas administrativas. Apesar de não estarem diretamente ligados à produção, eles impactam a gestão de custos operacionais e precisam ser monitorados.
Custos operacionais e despesas operacionais
São todos os gastos necessários para manter o funcionamento diário do negócio, como energia elétrica, aluguel e salários.
Já as despesas operacionais abrangem itens como campanhas de marketing, processos de compras e gestão de estoque. Elas são fundamentais para sustentar a operação, mas exigem monitoramento constante para evitar excessos.
Classificar corretamente todos os custos é essencial para uma gestão estratégica. Essa análise detalhada permite identificar oportunidades de reduzir gastos, otimizar processos e até mesmo ajustar a precificação dos produtos ou serviços.
Quando automatizado, esse controle torna possível também organizar as informações de forma clara e acessível, facilitando a análise de gastos e a definição de metas.
Como funciona a gestão de custos?
A gestão de custos é um processo estratégico que envolve etapas claras e práticas para monitorar, controlar e otimizar os gastos de uma empresa. Seu objetivo principal é garantir que todos os custos estejam alinhados ao planejamento financeiro e às metas de lucratividade, sem comprometer a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos.
Para entender como ela funciona, é importante considerar os seguintes passos:
- Mapeamento de custos;
- Análise de custos;
- Estabelecimento de metas e indicadores financeiros;
- Ferramentas de gestão;
- Negociação com fornecedores;
- Monitoramento contínuo.
1. Mapeamento de custos
O primeiro passo é identificar e categorizar todos os custos do negócio. Um mapeamento completo permite compreender onde os recursos estão sendo alocados e identificar possíveis excessos ou desperdícios.
2. Análise de custos
Após o mapeamento, a análise de custos se torna fundamental. Essa etapa consiste em avaliar os dados coletados para identificar padrões, tendências e ajustes. Por exemplo, a análise pode revelar que os custos fixos estão consumindo uma parcela significativa do orçamento, exigindo renegociações ou revisões de contratos.
3. Estabelecimento de metas e indicadores financeiros
Uma boa gestão de custos depende de metas mensuráveis. Definir quais indicadores financeiros seguir ajuda no monitoramento do desempenho ao longo do tempo e nos ajustes das estratégias quando necessário.
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4. Ferramentas de gestão
O uso de ferramentas como planilhas de gestão financeira, sistemas ERP ou softwares especializados é essencial para centralizar as informações e otimizar o controle de custos. Esses recursos permitem um gerenciamento de custos mais eficiente, automatizando processos e gerando relatórios detalhados para a tomada de decisão.
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5. Negociação com fornecedores
Negociar com fornecedores é uma prática essencial dentro da gestão de custos. Ao buscar melhores condições de pagamento ou descontos em compras de matérias-primas, a empresa pode reduzir os custos operacionais e aumentar sua competitividade no mercado.
6. Monitoramento contínuo
A gestão de custos não é uma ação pontual, mas um processo contínuo. É necessário revisar periodicamente os custos, acompanhar as despesas operacionais e ajustar o planejamento conforme as mudanças no mercado ou nas operações do negócio.
Além disso, ela fornece dados valiosos para a tomada de decisão, ajudando a organização a se adaptar rapidamente a novos desafios ou demandas.
Por isso, a gestão de custos e aquisições é importante para garantir a saúde financeira de qualquer negócio. Com um gerenciamento adequado, é possível reduzir desperdícios, otimizar recursos e atingir resultados mais expressivos no mercado.
Custeio ABC como método para gestão de custos
O custeio baseado em atividades (ABC) é uma metodologia eficiente e estratégica para calcular os custos de empresa de maneira mais precisa.
Esse método associa os custos indiretos às atividades que os geram, permitindo uma análise mais detalhada dos processos e dos recursos consumidos.
Diferentemente de outros métodos de apuração, o custeio ABC não distribui custos indiretos de forma genérica.
Ele identifica as atividades específicas realizadas dentro da organização e atribui a cada uma delas os custos correspondentes.
Como funciona o custeio ABC?
O processo de custeio ABC é estruturado em etapas, como:
- Identificação das atividades: mapeie todas as atividades executadas na empresa, desde processos operacionais até funções administrativas.
- Alocação de custos às atividades: associe os custos indiretos, como energia ou manutenção, às atividades que os consomem diretamente.
- Definição de direcionadores de custo: escolha critérios objetivos (como horas trabalhadas ou volume de produção) para atribuir os custos às unidades de produto ou serviço.
- Cálculo do custo por atividade: com base nos direcionadores, determine o impacto financeiro de cada atividade nos produtos ou serviços finais.
Benefícios do método ABC
O custeio ABC oferece uma visão detalhada dos custos indiretos e ajuda as empresas a:
- Detectar atividades que não agregam valor: ao detalhar os processos, fica mais fácil localizar gargalos e eliminar desperdícios.
- Aprimorar a precificação: com uma análise de custos mais precisa, é possível calcular o custo total dos produtos ou serviços de maneira confiável.
- Tomar decisões estratégicas: o método permite avaliar quais atividades podem ser terceirizadas, otimizadas ou eliminadas.
Quando usar o custeio ABC?
O custeio ABC é especialmente útil para negócios que possuem processos complexos e custos indiretos significativos.
Indústrias, empresas de tecnologia e serviços com alta diversidade de atividades podem se beneficiar dessa metodologia, otimizando o controle de custos e aprimorando o planejamento financeiro.
Leia também: O que é rateio de despesas, de custos, suas diferenças e como fazer
9 passos de como fazer uma gestão de custos eficiente
Uma gestão de custos eficiente é fundamental para garantir a saúde financeira e a competitividade de uma empresa.
A seguir, confira nove passos práticos para implementar uma gestão de custos eficaz:
- Elabore um planejamento financeiro detalhado;
- Diferencie custos de despesas;
- Envolva toda a equipe na gestão de custos;
- Monitore e reconfigure processos;
- Utilize ferramentas digitais;
- Estabeleça metas claras para despesas e receitas;
- Negocie com fornecedores;
- Controle rigorosamente o estoque;
- Revise periodicamente a precificação.
1. Elabore um planejamento financeiro detalhado
Inicie definindo um plano de negócios que contemple todas as operações da empresa. Liste produtos e serviços oferecidos, detalhando cada etapa envolvida, desde a aquisição de matérias-primas até a entrega ao cliente final. Esse planejamento permite uma visão clara dos recursos necessários e dos custos envolvidos.
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2. Diferencie custos de despesas
É crucial distinguir custos (gastos diretamente ligados à produção, como matérias-primas e mão de obra) e despesas (gastos necessários para manter a estrutura administrativa, como aluguel e marketing).
Essa diferenciação auxilia na identificação de áreas onde é possível reduzir gastos sem comprometer a qualidade dos produtos ou serviços.
3. Envolva toda a equipe na gestão de custos
A participação de todos os colaboradores é essencial para o sucesso da gestão de custos. Promova treinamentos e conscientize a equipe sobre a importância do controle de gastos, incentivando sugestões de melhorias e economia nos processos diários.
4. Monitore e reconfigure processos
Avalie constantemente os processos internos para identificar ineficiências ou desperdícios. Implemente melhorias contínuas, buscando otimizar recursos e reduzir custos operacionais. O uso de KPIs financeiros pode auxiliar nesse monitoramento, fornecendo dados precisos para a tomada de decisões.
5. Utilize ferramentas digitais
Invista em sistemas de gestão, como ERPs, para automatizar processos e centralizar informações financeiras. Essas ferramentas facilitam o controle de custos, fornecendo relatórios detalhados e em tempo real, além de minimizar erros humanos.
6. Estabeleça metas claras para despesas e receitas
Defina objetivos financeiros realistas e mensuráveis, como limites de gastos para cada departamento e metas de receita. Acompanhe regularmente o desempenho em relação a essas metas, ajustando estratégias conforme necessário para manter o controle financeiro.
7. Negocie com fornecedores
Mantenha um relacionamento próximo com fornecedores e busque condições mais favoráveis, como descontos por volume ou prazos de pagamento estendidos. A avaliação periódica de fornecedores também pode revelar oportunidades de economia ou melhoria na qualidade dos insumos.
Considere um plano de avaliação de fornecedores, analisando qualidade, consistência e custo-benefício para garantir que suas aquisições não comprometem a saúde financeira.
8. Controle rigorosamente o estoque
Um gerenciamento de estoque eficiente evita excessos que imobilizam capital e custos adicionais com armazenamento. Implemente sistemas de controle que permitam monitorar níveis de estoque em tempo real, facilitando reposições no momento adequado e evitando rupturas que possam afetar as vendas.
9. Revise periodicamente a precificação
Assegure que os preços dos produtos ou serviços incluam todos os custos e proporcionem margem de lucro adequada. Reavalie a precificação regularmente, considerando mudanças nos custos de produção, despesas operacionais e condições de mercado, para manter a competitividade e a rentabilidade.
Otimizar a gestão de custos e despesas é ideal para evitar erros, mas exige organização, ferramentas adequadas e a colaboração de toda a equipe.
Adotar essas práticas pode transformar a forma como sua empresa lida com os recursos, impulsionando os lucros e assegurando uma atuação mais estratégica no mercado.

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com passagens pelo UOL, C6 Bank e R7. Na Flash, falo sobre recursos humanos, financeiro e carreira.