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“Falar sobre trabalho ainda é um tabu”, afirma a criadora de conteúdo Thaisa Valdez, fenômeno do humor corporativo

Com milhões de views, Thaisa Valdez mostra que humor corporativo pode ser uma ferramenta para levantar reflexões sobre as relações de trabalho.

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Quando começou a fazer humor corporativo no Instagram em 2023, Thaisa Valdez não imaginava que se tornaria um fenômeno entre os CLTfluencers — como são chamados os criadores de conteúdo que vêm transformando situações do dia a dia no escritório em esquetes hilárias nas redes sociais. 

“Comecei a escrever no LinkedIn como um desabafo, e o pessoal começou a se identificar. O que me fez migrar para o Instagram foi o tom de voz. Eu quis mudar esse tom de voz sério para deixar mais amplo o debate sobre trabalho”, afirma Thaisa.

O conteúdo 100% focado no humor gerou identificação instantânea, especialmente entre jovens profissionais. Em apenas sete meses, os vídeos da gaúcha de 26 anos ultrapassaram 50 milhões de visualizações no Instagram, e seu perfil disparou de 4 mil para 80 mil seguidores — hoje, já são cerca  de 120 mil pessoas acompanhando suas postagens.

O sucesso digital rapidamente chamou a atenção de marcas como Nestlé, Cambly, Elma Chips e Buser, que viram no perfil de Thaisa a oportunidade ideal para integrar publicidade ao seu conteúdo de forma natural e divertida.

Entre publis e virais, a jornalista de formação concilia sua vida criadora de conteúdo com o cargo de coordenadora de marketing em uma escola de comunicação em São Paulo. Apesar de já poder viver exclusivamente da internet, optou por manter o emprego tradicional simplesmente porque gosta do que faz.

Nesta entrevista exclusiva ao blog da Flash, ela compartilha de onde vem a inspiração para seus vídeos, reflete sobre o tabu que é falar sobre trabalho e explica como usa o humor para alcançar o propósito de trazer temas importantes à reflexão. Confira os principais trechos do bate-papo a seguir!

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Como começou sua trajetória de criadora de conteúdo?

Thaisa Valdez: Não foi planejado. Comecei a escrever no LinkedIn como um desabafo porque fui colocada numa posição de gestão muito cedo e não estava preparada. Ali tive uma virada de chave. É muito diferente ocupar o cargo de um funcionário e uma posição de gestão, e o pessoal começou a se identificar. O que me fez mudar do LinkedIn para o Instagram foi o tom de voz. Lá eu tentava fugir do tom de voz mais sério, mas era difícil. Minha bio do Instagram é “o mundo corporativo é sério, mas eu não” porque eu quis deixar mais amplo o debate sobre trabalho.

Qual o foco do seu perfil? 

Thaisa: Meu Instagram é 100% humor, não faço vídeos sérios. Pego um determinado assunto, faço um vídeo, e as pessoas nos comentários refletem sobre os assuntos. No fim, o que criei não foi um perfil, mas uma comunidade que fala sobre trabalho de uma forma bem-humorada, mas gera debates realmente sérios.

Você viralizou no mesmo mês em que começou a produzir conteúdo. Nesse cenário, qual foi seu maior desafio? 

Thaisa: Comecei a gravar em maio de 2023 e, em julho, já veio o primeiro convite de publicidade. Eu pensei: “Meu Deus, nem sei quanto se cobra”. Foi um crescimento muito rápido, eu não estava preparada. Lembro da primeira vez que uma pessoa me abordou na rua e eu não sabia lidar com ela. E mais do que isso, eu comecei a perceber que existia uma grande responsabilidade no que eu fazia e falava. Quando percebi que muitos vídeos viralizaram e saíram da minha bolha por completo, eu não podia levar a informação pela metade. Não podia ser injusta ou simplesmente pesar muito para um lado. 

E de onde vem a inspiração para os seus vídeos? 

Thaisa: A minha prioridade desde o início era levar uma dor que já vivi ou que sei que existe ou presenciei. E sempre tento pensar em temas que as pessoas vão se identificar. Muitos dos conteúdos não são coisas que vivi, mas que sei que as pessoas vão se identificar. Um exemplo: fiz uma esquete em que a entrevistadora perguntava assim: “Tu já é mãe?” E aí a entrevistada se prejudica por já ser mãe, por querer ter filho ou por estar na idade de ter filho. É basicamente uma crítica para as pessoas que já passaram por isso se identificarem. Mas também para gerar uma reflexão para o RH e para os chefes. Será que realmente faz sentido não contratar uma pessoa porque ela está “na idade” de ser mãe?

O objetivo dos seus vídeos é fazer rir, mas trazer reflexão, é isso? 

Thaisa: Sempre me questiono se meus vídeos trazem uma crítica vazia só para o pessoal dar uma risada e desabafar ou se é uma crítica que de fato tem um potencial de mudança. Tento equilibrar esses dois pólos porque ter um perfil só para rir não tem muita eficácia para o meu propósito. 

Por que as pessoas se identificam tanto com o seu conteúdo?

Thaisa: O humor por si só conecta muito, faz as pessoas se identificarem. Mas esse nicho do trabalho há dez anos não existia. Até cinco anos atrás era pouquíssimo falado. Em outros países, como Estados Unidos, tem mais criadores de conteúdo dessa área. Aqui no Brasil é muito escasso. 

E por que você acha que isso acontece? 

Thaisa: Falar sobre trabalho, sobre salário, reclamar do emprego sempre foi uma coisa tipo: “Meu Deus, eu não posso fazer isso porque, se eu fizer, eu vou ser demitida ou vou perder credibilidade”. Até pouco tempo, isso era um tabu completo… e ainda é um pouco. Então, vídeos sobre isso são muito fáceis de conectar. Muita gente se identifica porque sente essas dores no dia a dia e nem sempre pode falar sobre isso.

Que tipo de feedback você recebe sobre os temas que aborda? De onde eles vêm?

Thaisa: No início eu imaginei que iam ser mais de funcionários, mas tem muito chefe, CEO, fundador de empresa, coordenador, supervisor que engaja ali no conteúdo e que me chama para falar. E nessas conversas percebi : “Talvez meu perfil não seja só para dar umas risadas e dar uma aliviada no dia a dia. Pode ser também uma ajuda”. Nem que seja contribuição para ajudar nesses debates. Esses dias mesmo recebi uma mensagem de um cara que falava assim: “Uma funcionária minha me mandou um vídeo teu falando sobre as reuniões desnecessárias”. E aí ele falou que, primeiro, ficou feliz por ela ter se sentido segura para enviar o vídeo e, em segundo lugar, refletiu sobre as reuniões que fazia com ela. É uma mudança mínima, mas é alguma coisa. É melhor do que simplesmente reclamar. Tem um avanço para além do humor.

Como você analisa o papel dos criadores de conteúdo de humor com relação às recentes transformações do mercado de trabalho?

Thaisa: Acompanho praticamente todos os criadores de conteúdo do humor corporativo. Acredito que todos, se não a maioria, contribuem muito para essa questão de gerar debate sobre temas importantes, gerar consciência nas pessoas. E quanto mais eles crescem e quanto mais surgem novos criadores, mais fácil fica de entender que isso já não é mais uma bolha, não é mais aquele tabu. É muito difícil hoje uma pessoa que nunca foi impactada por nenhum conteúdo falando sobre trabalho dessa forma bem-humorada. Isso já é um sinal muito positivo de que estamos furando a bolha. 

Estamos entrando no melhor momento possível em relação a mudanças do mercado, porque estamos entrando junto com a geração Z, agora a geração Alpha, que em breve vai estar no mercado de trabalho também. Eles naturalmente, independente de existirem ou não esses conteúdos, já estão refletindo sobre o mercado de trabalho, sobre o mundo corporativo e suas práticas e comportamentos. Esses conteúdos só ajudam numa mudança que já existe. 

Quais são os temas que mais engajam e levantam debates?

Thaisa: O que mais me impressiona é que, às vezes, as pessoas não têm consciência sobre direitos básicos dos trabalhadores e vão caindo na real com esses vídeos. Por exemplo, as pessoas não sabiam nem a diferença de contratação CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e PJ (Pessoa Jurídica). Sempre que eu falo de CLT e PJ tem alguém perdido ali. E dos debates mais em alta, tem muito a ver com questões trazidas pelas novas gerações como trabalho remoto, horário flexível, a questão da escala 6x1. São debates que as novas gerações têm trazido cada vez com mais força e não tem como fugir disso. Toda polêmica acaba gerando um pouco mais de engajamento. Tem aquelas que discordam 100%, que não querem nem ouvir, mas gerar o debate é sempre o propósito.

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Como equilibrar essa questão da autenticidade com a responsabilidade de contribuir para relações de trabalho mais saudáveis?

Thaisa: A autenticidade vem muito da falta de medo. No começo tive medo porque, além de ser um tabu falar sobre trabalho, eu não vivia de internet, e ainda não vivo de internet. Mas depois de ter vencido esse medo, hoje em dia eu posso fazer essa escolha [de falar sobre assuntos polêmicos]. Uso esse privilégio para falar do meu jeito sobre o que eu realmente acredito, mesmo que isso incomode uma bolha de pessoas. Não vou deixar de falar porque sei que outra bolha vai se identificar. 

Estou aqui para falar exatamente o que eu penso. Tem muita coisa que eu já coloquei no meu Instagram que nem cheguei perto de viver, mas sei que existe. Eu convivi, eu ouvi pessoas. Não é à toa que tem a quantidade de visualizações e engajamento que tem ali. São assuntos que eu escolho apoiar. Isso acaba me diferenciando de uma pessoa que cria conteúdo geral só focado no engajamento.

Existe um limite para o humor? Assuntos como diversidade e etarismo podem ser abordados com leveza? 

Thaisa: O humor é só um facilitador. Algumas pessoas podem até se incomodar, pensando:  “Ah, esse assunto deveria ser tratado de uma forma mais séria”. Mas, para mim, o humor é só uma forma de atingir outras pessoas. Se eu fizesse um vídeo seríssimo de 15 minutos falando sobre uma questão, a pesquisa tal, ninguém ia parar para ver. O humor vem justamente para que o conteúdo fique mais fácil de ser consumido. Nesse sentido, não tem esse limite. Ele só está cumprindo o seu papel de levar uma mensagem muitas vezes importante, de uma forma que as pessoas vão escutar de fato. Meu único filtro de conteúdo é acreditar no que estou falando. Se acredito e acho que vai gerar determinada polêmica, não vou deixar de postar por causa disso ou porque poucas pessoas vão concordar comigo. 

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Como esse conteúdo pode ser útil para as empresas?

Thaisa: As empresas que perceberem a importância desses criadores e a quantidade de pessoas que estão começando a refletir sobre a forma de trabalho vão sair na frente. As empresas que se mantiverem tradicionais e não acompanharem essa evolução, vão perder mercado. Está cada vez mais difícil contratar porque as pessoas estão com limites cada vez mais altos. E até mesmo as pessoas que aceitam um trabalho ruim porque precisam do dinheiro estão sempre buscando uma empresa melhor. No geral, as pessoas não vão se manter muito tempo em uma empresa que não esteja aberta a mudar a mentalidade de continuar trabalhando como nossos pais, avós, bisavós. 

Como criadora de conteúdo, que impacto você espera gerar no mercado de trabalho?

Thaisa: Não acho que um perfil como o meu vai mudar o mundo, mas ele pode ser 1% de contribuição para ajudar nessa mudança que é necessária. Sabe o impacto que eu quero gerar? Fazer parte de uma mudança que já está mais do que na hora de acontecer. 

Claro que é irreal pensar que essas mudanças têm um caminho traçado em que tudo vai ser perfeito. Se daqui 10, 20 anos, o mercado de trabalho for de fato todo evoluído, com escala 4x3 e home office, tenho certeza de que vão existir outros milhares de desafios. Mas eu prefiro fazer parte das pessoas que estão tentando melhorar um pouco a vida de quem trabalha. Esse é o impacto que quero: contribuir para esse avanço.


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