Qual a diferença entre custo e despesa e como aplicar na sua empresa?
Saiba a diferença entre custo e despesa e aprenda a classificar corretamente para melhorar sua gestão financeira empresarial. Confira!
Empresários e gestores financeiros de negócios de pequeno e médio porte enfrentam um desafio comum: classificar corretamente os tipos de despesas da empresa.
A dúvida sobre o que é custo e o que é despesa pode parecer simples à primeira vista, mas erros nessa distinção podem comprometer decisões importantes, como a precificação de produtos, o controle do fluxo de caixa e a análise de rentabilidade.
A verdade é que entender a diferença entre custo e despesa vai além de uma exigência contábil — é uma questão estratégica. Afinal, impacta nos resultados operacionais e na gestão financeira das empresas.
Neste artigo, vamos apresentar exemplos de custo e despesa para ajudar você a identificar quais se aplicam ao seu negócio e realizar uma análise mais assertiva e eficiente. Confira!
Conceito e tipos de custos empresariais
Antes de mais nada, é muito importante que você entenda o conceito de custo e despesa. Chamamos de custos todos os gastos que têm relação direta com a produção de bens ou a prestação de serviços.
Portanto, qualquer valor investido para tornar realidade um produto ou serviço é considerado um custo.
- Exemplo prático: em uma padaria, a farinha usada na produção do pão é classificada como custo. O mesmo ocorre com a energia elétrica consumida pelos fornos, que é indispensável para a fabricação do produto.
Custos diretos e indiretos
Saber a diferença entre custos diretos e indiretos é fundamental para uma gestão financeira eficaz e uma precificação correta dos produtos ou serviços. Confira, a seguir, a definição de cada um deles:
- Custos diretos: são aqueles que fazem parte da produção, como as matérias-primas utilizadas, a mão de obra envolvida no processo produtivo, as embalagens, entre outros;
- Custos indiretos: também são necessários para a produção, mas não podem ser atribuídos a um único produto ou serviço. Por exemplo, aluguel do ponto comercial, manutenção de máquinas, salários da equipe, etc.
Custos fixos e variáveis
Conhecer a diferença entre os custos fixos e variáveis também é fundamental para um bom controle e para a definição de estratégias eficazes.
A seguir, explicaremos as características de cada um e como eles influenciam a gestão da empresa.
- Custos fixos: são aqueles que permanecem constantes, independente do volume de produção. Por exemplo, aluguel do estabelecimento comercial ou salário fixo de funcionários da produção;
- Custos variáveis: são os que aumentam ou diminuem de acordo com a quantidade produzida. Por exemplo, matéria-prima ou consumo de energia proporcional à fabricação.
Leia também: Qual a diferença entre custos fixos e variáveis? Entenda como separar
Portanto, saber classificar os custos de um negócio é muito importante para precificar os produtos ou serviços oferecidos de forma justa e competitiva.
Afinal, se você não considerá-los, pode acabar vendendo seu produto ou serviço abaixo do preço ideal e comprometendo a saúde financeira da empresa.
Ou trabalhar com preços muito mais altos do que a concorrência, sem uma justificativa plausível, e acabar não vendendo o bastante.
Conceito e tipos de despesas empresariais
Enquanto os custos estão ligados à produção de bens ou serviços, as despesas são os gastos que mantêm a estrutura da empresa e seu funcionamento.
Elas não influenciam o produto ou o serviço entregue ao cliente, mas são indispensáveis para que a operação empresarial continue fluindo.
- Exemplo prático: imagine uma agência de marketing digital. Os salários da equipe de criação são os custos, mas o investimento em anúncios para atrair novos clientes são classificados como despesas.
Despesas fixas e variáveis
Pode até parecer que não, mas muita gente se confunde ao distinguir as despesas fixas das despesas variáveis. Entender as diferenças entre ambas é crucial para uma gestão financeira eficiente. Vamos a elas:
- Despesas fixas: são gastos recorrentes que não variam com o volume de vendas ou atividades. Por exemplo, assinatura de softwares e salários administrativos;
- Despesas variáveis: aumentam ou diminuem conforme o desempenho ou o volume de atividades. Por exemplo, comissões e gastos com campanhas sazonais.
Leia também: Descubra o que é e quais são as despesas fixas e variáveis na empresa.
Outros tipos de despesas
- Despesas administrativas: gastos relacionados ao funcionamento interno, como materiais de escritório, energia elétrica e serviços de contabilidade;
- Despesas comerciais: abrangem investimentos em vendas e marketing, como treinamento de equipes comerciais, campanhas publicitárias e viagens a negócios;
- Despesas financeiras: são os custos associados ao uso de recursos, como juros de empréstimos, tarifas bancárias e flutuações cambiais.
Essas despesas corporativas devem ser monitoradas cuidadosamente, pois têm impacto direto na rentabilidade do negócio.
Saber diferenciá-la, portanto, permite que você avalie melhor onde estão os maiores gastos da empresa e crie estratégias para otimizá-los.
Como analisar custos e despesas da empresa?
Uma dica para nunca errar ao diferenciar custos e despesas é analisar o destino do gasto:
- Se é para “fazer acontecer” o produto/serviço, é custo;
- Se é para “fazer funcionar” a empresa, é despesa.
Agora que você aprendeu a classificá-los, podemos ir para o próximo passo, que é a análise financeira no plano de negócios.
Afinal, ter uma visão estratégica é essencial para montar um planejamento orçamentário, reduzir gastos e aumentar a rentabilidade. Descubra como fazer a seguir:
Reúna dados confiáveis
O primeiro passo para uma análise eficaz é garantir que as informações acerca das finanças da empresa sejam completas e confiáveis.
Isso significa registrar todos os gastos de forma organizada e detalhada, de modo que eles possam ser avaliados posteriormente.
- Colete dados de todas as áreas da empresa: custos relacionados à produção, despesas administrativas e até mesmo juros ou taxas devem ser registrados;
- Utilize ferramentas apropriadas: embora as planilhas sejam um bom ponto de partida, investir em softwares de gestão financeira ou ERPs é fundamental para consolidar dados e gerar relatórios;
- Padronize os registros: categorize os gastos desde o início, indicando cada item como custo ou despesa (fixos, variáveis, diretos ou indiretos).
Exemplo: imagine que você gerencia um pequeno restaurante. Para analisar os custos envolvidos, registre desde o custo com matéria-prima até a energia elétrica usada nas cozinhas. No caso das despesas, inclua o aluguel do espaço e os gastos com marketing nas redes sociais.
Categorize custos e despesas
A correta classificação dos tipos de custos e despesas é o que torna possível identificar tendências e gargalos financeiros.
Erros na categorização podem levar a decisões equivocadas, como um cálculo incorreto de margens ou uma precificação inadequada.
- Separe custos de despesas: lembre-se de que os custos estão ligados à produção, enquanto as despesas envolvem a operação como um todo;
- Classifique os custos: identifique quais são diretos, indiretos, fixos e variáveis;
- Divida as despesas: estabeleça categorias específicas, como administrativas, comerciais, financeiras e operacionais.
Exemplo: uma fábrica deve classificar como custo a madeira utilizada na produção (custo direto e variável) e como despesa o pagamento da equipe de vendas (despesa comercial e fixa).
Analise relatórios com atenção
Relatórios financeiros, como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), são ferramentas indispensáveis para avaliar o desempenho da empresa.
Eles permitem visualizar custos e despesas em um período específico, identificar padrões e tomar decisões baseadas em dados concretos.
Ao fazê-los, considere:
- Listar todas as despesas e receitas da empresa;
- Subtrair os custos relacionados à produção para encontrar o lucro bruto;
- Incluir as despesas operacionais para obter o lucro operacional;
- Comparar os resultados com períodos anteriores para identificar tendências.
Se os custos com matéria-prima aumentaram em relação ao trimestre anterior, isso pode indicar a necessidade de renegociar com fornecedores.
Por outro lado, uma elevação nas despesas administrativas pode apontar ineficiências na operação.
Utilize a tecnologia para monitorar com praticidade
Ferramentas de gestão financeira são aliadas poderosas para monitorar gastos essenciais, necessários e supérfluos em tempo real e categorizar custos e despesas.
Os principais benefícios desses recursos incluem:
- Redução de erros humanos no registro de dados;
- Geração de relatório de despesas detalhados;
- Insights rápidos sobre onde cortar gastos ou investir.
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Calcule indicadores financeiros
Monitorar alguns KPIs financeiros também é muito importante para medir a eficiência da empresa e identificar oportunidades de melhoria.
- Margem de contribuição: mostra quanto a empresa ganha com a venda de cada unidade, descontados os custos variáveis.
- Fórmula: receita - custos variáveis;
- Exemplo: um restaurante que vende um prato por R$50,00 e tem custo variável de R$20,00 por unidade, possui uma margem de contribuição de R$30,00.
- Fórmula: receita - custos variáveis;
- Custo total por unidade: ajuda a entender o custo completo de produção ou entrega de um produto ou serviço, considerando custos diretos e indiretos.
- Percentual de despesas operacionais: despesas sobre as receitas;
-
- Fórmula: (despesas operacionais / receita total) x 100;
-
- Exemplo: se uma loja de roupas tem receitas de R$100 mil e despesas operacionais de R$40 mil, o percentual de despesas é 40%.
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Identifique oportunidades de redução
A redução de custos nas empresas deve ser feita com estratégia, evitando comprometer a qualidade dos produtos ou serviços.
Na prática, experimente sempre:
- Renegociar com fornecedores: buscar melhores condições para a compra de matéria-prima pode reduzir custos diretos;
- Automatizar processos: implementar ferramentas de automação reduz despesas administrativas e operacionais;
- Eliminar desperdícios: analise onde os recursos estão sendo subutilizados ou mal empregados.
Exemplo: uma clínica de estética que automatiza o agendamento de clientes pode reduzir os custos operacionais e também aumentar a eficiência da equipe.
Planeje ações estratégicas
A análise de custos e despesas deve ser traduzida em um plano de ação. Com base nos dados coletados e na análise de indicadores financeiros, defina metas realistas para melhorar a eficiência da empresa.
- Metas claras: reduzir custos variáveis em 10% ou otimizar despesas administrativas em 15%, por exemplo;
- Cronograma: estabeleça prazos para alcançar cada um dos objetivos;
- Mudanças: realize ajustes nos processos, negocie contratos e adote tecnologias;
- Monitore resultados: vigie os KPIs periodicamente e avalie os seus impactos.
Com a correta classificação e análise financeira, você poderá tomar decisões mais estratégicas, ajustar processos e maximizar os lucros da sua empresa.
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O meu trabalho é encontrar soluções de conteúdo e desenvolver histórias nos momentos certos. Para isso, uso todos os tipos de linguagem a que tenho acesso: escrita criativa, fotografia, audiovisual, entre outras possibilidades que aparecem ao longo do caminho.