O que são KPIs financeiros e 10 exemplos para sua empresa
Conheça os principais indicadores financeiros (KPIs) para implementar, acompanhar e medir o crescimento e a sustentabilidade da gestão financeira.
Todos os setores de uma empresa necessitam de métricas para avaliar seu sucesso, especialmente o departamento financeiro. É aqui que entram os KPIs financeiros, que são exemplos vitais de indicadores-chave de desempenho.
KPI, ou Key Performance Indicator, é um conjunto de indicadores financeiros projetados para quantificar o desempenho, os resultados e a eficácia das estratégias implementadas por uma organização.
Focando no âmbito financeiro, esses KPIs são cruciais para determinar se a gestão estratégica adotada está efetivamente gerando os resultados almejados. Portanto, os KPIs financeiros são essenciais para alcançar a eficiência.
Neste material, exploraremos alguns dos KPIs financeiros mais relevantes, proporcionando exemplos de como podem ser utilizados para potencializar seu empreendimento.
Acompanhe a leitura.
Os 10 principais KPIs para acompanhar na sua empresa
Gerenciar as finanças de uma empresa é uma tarefa desafiadora. Contudo, os KPIs financeiros desempenham um papel crucial ao simplificar essa complexidade, fornecendo insights valiosos para tomadas de decisão assertivas, independente de serem para objetivos de curto ou longo prazo.
Segue uma relação dos 10 KPIs financeiros essenciais, juntamente com exemplos, que irão auxiliar no aprofundamento do seu entendimento sobre o tema:
- Rentabilidade;
- Lucratividade;
- Faturamento;
- Margem bruta;
- Margem líquida;
- Margem de contribuição;
- Ponto de equilíbrio;
- EBITDA;
- Geração de caixa;
- Ticket médio.
Esses indicadores são peças-chave para monitorar a saúde financeira do seu negócio, permitindo que você identifique oportunidades de otimizar a geração de lucro, e faça ajustes operacionais conforme necessário.
Cada um desses KPIs financeiros fornece uma visão distinta sobre aspectos cruciais da performance financeira da empresa, desde a análise da rentabilidade até a eficiência da geração de caixa.
1. Rentabilidade
É fundamental distinguir entre rentabilidade e lucratividade, pois embora relacionadas, elas abordam aspectos financeiros distintos. A rentabilidade é uma métrica que quantifica o ROI da empresa, similar ao que ocorre com os rendimentos de uma conta poupança.
Para ilustrar, considere a rentabilidade como o desempenho financeiro dos investimentos feitos pela empresa. O cálculo é feito pela seguinte fórmula:
- Rentabilidade = (lucro líquido / investimento) x 100
Imagine, por exemplo, que sua empresa tenha aplicado R$ 100.000 na criação de um novo setor de negócios. Após um ano, essa área gerou um lucro líquido de R$ 20.000.
Portanto, a rentabilidade é calculada como R$ 20.000 (lucro líquido) dividido por R$ 100.000 (investimento) vezes 100, resultando em:
- Exemplo de rentabilidade = (20.000 / 100.000) x 100 = 20%
Embora semelhante à fórmula da lucratividade, a rentabilidade se distingue pelo uso do valor investido no lugar da receita bruta.
2. Lucratividade
A distinção entre lucratividade e rentabilidade é crucial, apesar de suas fórmulas apresentarem semelhanças. Enquanto a rentabilidade foca no retorno dos investimentos, a lucratividade visa demonstrar o lucro efetivo da empresa em relação às suas receitas totais.
A fórmula para calcular a lucratividade é expressa como:
- Lucratividade = (lucro líquido / receita bruta) x 100
Este cálculo permite avaliar se a organização está alcançando o retorno financeiro esperado, refletindo diretamente em sua saúde financeira e sucesso operacional.
3. Faturamento
O faturamento é tipicamente calculado pela soma total das vendas de produtos ou serviços em um determinado período. Embora não exista uma "fórmula" como em outros indicadores financeiros, o cálculo pode ser representado de maneira simplificada:
- Faturamento = quantidade de unidades vendidas x preço de venda por unidade
Para empresas que oferecem múltiplos produtos ou serviços, o faturamento total pode ser a soma dos faturamentos individuais de cada item ou serviço oferecido:
- Faturamento total = ∑ (quantidade de cada produto x preço de venda de cada produto)
Este cálculo ajuda a empresa a ter uma visão clara da receita gerada antes da dedução de quaisquer custos ou despesas, proporcionando uma perspectiva fundamental sobre o desempenho geral das vendas. É uma métrica direta que reflete a capacidade financeira da empresa de gerar receita a partir de suas atividades comerciais principais.
4. Margem bruta
A margem bruta é um indicador crucial que revela a percentagem de lucro obtido com a venda de produtos ou serviços, após subtrair os custos diretamente associados à produção. Em essência, demonstra o lucro bruto em relação às receitas totais, indicando quanto a empresa retém de cada venda após cobrir os custos variáveis.
A fórmula para calcular a margem bruta é:
- Margem bruta = (receita total - custo dos bens vendidos / receita total) x 100
Este cálculo proporciona uma visão clara sobre a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas operações principais antes de deduzir despesas operacionais, juros, impostos e outros custos. Avaliar a margem bruta é fundamental para entender a lucratividade dos produtos ou serviços, ajudando a determinar se os preços de venda são adequados e sustentáveis.
Através deste indicador, é possível analisar a viabilidade financeira dos produtos ou serviços oferecidos, identificando oportunidades para ajustar preços ou reduzir custos, a fim de melhorar a rentabilidade geral.
5. Margem líquida
A margem líquida é um indicador-chave que é calculado subtraindo todas as despesas operacionais, juros, impostos e outros custos da receita total. Este KPI é crucial para as empresas que desejam mensurar o lucro final em relação a cada unidade monetária de receita gerada.
O cálculo da margem líquida é dado por:
- Margem líquida = (lucro líquido após impostos / receita total) x 100
Fundamental para avaliar a capacidade da empresa de converter receita em lucro real após todas as deduções, oferecendo uma visão clara sobre a saúde financeira global e a eficiência operacional do negócio.
6. Margem de contribuição
A margem de contribuição é um indicador essencial que revela o excedente financeiro gerado por cada venda, refletindo o montante que sobra para cobrir os custos fixos e contribuir para o lucro antes de juros. Esse KPI é essencial, pois indica o quanto de receita de cada produto ou serviço está efetivamente disponível para auxiliar no pagamento de obrigações e na geração de lucro.
Além disso, a margem de contribuição é particularmente valiosa para decisões de curto prazo, oferecendo insights rápidos sobre a eficácia de estratégias de precificação e produção.
Para calcular a margem de contribuição, utilize a seguinte fórmula:
- Margem de contribuição = receita total das vendas - (custos variáveis totais + despesas variáveis totais)
Este cálculo ajuda a determinar a eficiência de cada produto ou serviço em termos de geração de caixa, após todas as despesas variáveis serem subtraídas. Compreender este indicador é crucial para a gestão eficaz dos recursos financeiros, assegurando que a empresa maximize seus potenciais de lucratividade e sustentabilidade financeira.
7. Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio é um indicador financeiro fundamental, atuando como um guia para determinar se a empresa está gerando receita suficiente para cobrir todas as suas despesas operacionais sem a necessidade de recorrer a recursos externos, como o dinheiro em caixa ou empréstimos. Esse cálculo é crucial para qualquer estratégia de gestão financeira, pois indica o momento em que o negócio se torna auto-sustentável, sem lucro nem prejuízo.
A fórmula para encontrar o ponto de equilíbrio é:
- Ponto de equilíbrio = despesas totais fixas / % de margem de contribuição
Essencialmente, esse indicador mostra o volume de vendas necessário para que a empresa não tenha nem lucro nem prejuízo. Compreender o ponto de equilíbrio ajuda os gestores a tomar decisões informadas sobre precificação, custos e despesas, além de planejar estratégias para melhorar a rentabilidade.
8. EBITDA
O EBITDA é um KPI crucial, especialmente para grandes empresas, oferecendo uma visão clara do desempenho e produtividade da organização ao excluir influências financeiras externas, como juros, impostos, depreciação e amortização. Esse indicador é frequentemente interpretado como a “geração operacional de caixa” da empresa, focando unicamente nas atividades operacionais, o que ajuda a avaliar a eficiência operacional sem considerar fatores não operacionais.
A fórmula para calcular o EBITDA é:
- EBITDA = lucro operacional antes dos impostos + despesas financeiras + depreciação + amortização
Este indicador fornece um entendimento preciso sobre a capacidade da empresa em gerar lucro a partir de suas operações principais, permitindo que os gestores avaliem a saúde operacional da organização. A margem EBITDA, derivada deste cálculo, é amplamente utilizada para comparar a eficiência entre empresas e setores, destacando a capacidade de geração de caixa operacional.
9. Geração de caixa
A geração de caixa é um indicador crucial que reflete o montante líquido de dinheiro produzido pela empresa durante um período específico. Importante ressaltar que esse valor pode ser tanto positivo quanto negativo. Uma geração de caixa negativa é um sinal de alerta, indicando que a empresa está enfrentando dificuldades para manter sua liquidez. Isso pode comprometer a capacidade de gerar fundos suficientes para cobrir as obrigações da empresa, como o pagamento de dividendos.
Para efetivamente monitorar a geração de caixa, é essencial manter um controle rigoroso do fluxo de caixa, que detalha as entradas e saídas de dinheiro do negócio. A fórmula geral para calcular a geração de caixa é:
- Geração de caixa = caixa gerado pelas operações - investimentos + financiamentos
Este cálculo ajuda a empresa a avaliar sua saúde financeira, oferecendo uma visão clara de sua capacidade de gerar dinheiro suficiente para sustentar suas operações, investir em crescimento e retornar valor aos acionistas. Manter um controle efetivo sobre este indicador é fundamental para o crescimento financeiro e a sustentabilidade a longo prazo.
10. Ticket médio
O ticket médio é um indicador valioso que mede o valor médio de cada transação de venda realizada, fornecendo insights cruciais para aprimorar as estratégias comerciais e entender melhor o comportamento de compra dos clientes. Esse cálculo ajuda a empresa a identificar o preço médio que os clientes estão pagando por seus produtos ou serviços.
A fórmula para determinar o ticket médio é simples e direta:
- Ticket médio = faturamento bruto / quantidade de vendas
Entender o ticket médio é fundamental para as empresas que buscam maximizar sua rentabilidade, pois indica não apenas o valor que os clientes estão dispostos a pagar, mas também serve como um termômetro para avaliar a eficácia das estratégias de precificação e promoção. Quanto maior o ticket médio maior a quantidade de compras dos clientes, o que, consequentemente, pode aumentar a lucratividade da empresa.
Por que os KPIs financeiros são importantes para a gestão financeira?
Todas as organizações, independentemente de seu tamanho ou segmento de mercado, necessitam monitorar e entender seus KPIs financeiros adequadamente.
Esses indicadores são cruciais não apenas para verificar se os resultados estão alinhados com as metas estabelecidas, mas também para detectar antecipadamente quaisquer desafios ou desvios.
A implementação dos KPIs financeiros garante que a empresa esteja alinhada em seus objetivos, operando com maior transparência e confiança. Eles constituem uma ferramenta fundamental para a gestão financeira, orientando as decisões estratégicas e operacionais.
Adotar esses indicadores significa ter um entendimento profundo do progresso da empresa, mantendo-se atualizado com as constantes evoluções tecnológicas e metodológicas que visam otimizar e agilizar os processos, tornando a gestão financeira mais eficiente e adaptada às demandas do mercado contemporâneo.
O que fazer se os indicadores estiverem fora do esperado?
Quando a análise de indicadores financeiros não atende às expectativas, a abordagem mais efetiva é analisar as discrepâncias, determinar suas causas, avaliar a gravidade do desvio e, com base nessa análise, elaborar um plano de ação corretivo. É crucial não apenas resolver as questões imediatas, mas também implementar medidas que previnam a recorrência dos problemas.
Além de corrigir falhas, é vital assegurar que os mesmos erros não se repitam. Isso pode envolver a adoção de consultorias externas, auditorias detalhadas, estratégias de gestão de crises, planos de monitoramento rigoroso, além de iniciativas voltadas ao desenvolvimento profissional dos colaboradores, promovendo uma cultura de melhoria contínua.
Essas ações são fundamentais para prevenir o desperdício de recursos e a perda de tempo devido a não identificação ou má gestão de desvios nos indicadores. Para desafios específicos, como os relacionados à produtividade, pode ser benéfico investir na capacitação dos funcionários, fomentar lideranças eficazes e estabelecer metas claras, seja no âmbito individual ou coletivo.
Em situações onde a demanda supera a capacidade produtiva, ajustes na comunicação interna podem ser necessários para sincronizar melhor a capacidade de produção com as expectativas de vendas e as necessidades de aquisição de materiais, equilibrando assim a oferta e a demanda de forma mais eficiente.
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