Do conceito à prática: como construir um modelo de negócios vencedor para sua empresa
Saiba qual é o tipo de modelo de negócios ideal para sua empresa e como criar. Otimize a gestão e impulsione seus resultados a partir do modelo de negócios.

Definir um modelo de negócios é essencial para qualquer empresa que deseja crescer de forma estruturada e sustentável. Se você é empresário ou gestor financeiro de uma PME, provavelmente já enfrentou desafios relacionados à adaptação dessa estratégia, seja pela necessidade de aumentar a rentabilidade ou melhorar a eficiência operacional.
A boa notícia é que, ao entender profundamente como um modelo de negócios impacta sua estratégia financeira, você consegue tomar decisões mais assertivas, reduzir custos e aumentar sua competitividade no mercado.
Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de modelos de negócios e como você pode ajustá-los para potencializar seus resultados.
Boa leitura!
O que é um modelo de negócios?
Um modelo de negócios é a maneira como uma empresa cria, entrega e captura valor no mercado. Ele descreve a forma como a organização opera, gera receita e quais são suas fontes de lucro
Em outras palavras, é a estrutura que define como uma organização cria e mantém um relacionamento com seus clientes, como organiza suas operações internas e como se sustenta financeiramente.
Ter essa estratégia empresarial bem definida é essencial para a sustentabilidade financeira de qualquer organização, pois orienta as operações, a precificação de produtos ou serviços, o relacionamento com clientes e a gestão de recursos.
Não por acaso, organizações que não estruturam corretamente seu sistema de operação correm o risco de enfrentar dificuldades financeiras e operacionais, comprometendo sua competitividade.
Ao longo dos anos, diferentes tipos de modelos de negócios surgiram para atender às mudanças do mercado e às novas demandas dos consumidores. Desde o varejo físico tradicional até plataformas digitais baseadas em economia compartilhada, a forma como uma empresa gera lucro pode variar significativamente.
Leia também: Quais são os recursos financeiros e como realizar uma gestão eficiente?
Diferença entre modelo de negócio e plano de negócio
Embora os termos modelo de negócios e plano de negócios sejam frequentemente confundidos, eles desempenham papéis distintos na gestão empresarial.
Enquanto o modelo de negócios oferece uma visão estruturada de como a empresa opera e cria valor, o plano de negócios detalha as estratégias e projeções financeiras necessárias para a implementação e o crescimento da organização. Confira mais detalhes na tabela abaixo:
Critério |
Modelo de negócios |
Plano de negócios |
Objetivo |
Funcionamento da empresa, incluindo proposta de valor, canais de distribuição, definição de clientes e fontes de receita |
Análise das previsões do negócio, planejamento estratégico, estudo de mercado e projeções financeiras |
Nível de detalhamento |
Mais simples e visual, focado nos elementos essenciais da operação |
Extenso e aprofundado, contendo pesquisas de mercado, estratégias e estrutura organizacional |
Flexibilidade |
Pode ser ajustado rapidamente de acordo com o mercado |
Qualquer alteração exige uma revisão aprofundada do documento |
Uso principal |
Análise e inovação do modelo operacional da empresa |
Captar investimentos e estruturar estratégias de longo prazo |
É importante destacar que empresas inovadoras revisam constantemente seu modelo de negócios para se manterem competitivas, enquanto o plano de negócios é geralmente utilizado na fase de criação da corporação ou durante grandes reestruturações.
Ambos são fundamentais para garantir uma gestão financeira eficiente e um planejamento sólido.
Leia também: O que é e por que sua empresa precisa de um software de gestão financeira?
Tipos de modelos de negócios
O modelo de negócios adotado por uma empresa influencia diretamente sua forma de operar, gerar receita e atender clientes.
Justamente por isso, a escolha pela opção ideal deve levar em consideração o público-alvo, os recursos disponíveis e as opções financeiras.
A seguir, apresentamos os principais tipos de modelos de negócios e suas características.
1. Modelo de negócio tradicional
É baseado em estruturas físicas e transações diretas entre empresa e cliente. Esse formato é amplamente utilizado no varejo, indústria e prestação de serviços.
Características:
- Operado estruturado em um espaço físico, como lojas e escritórios.
- Receitas provenientes da venda direta de produtos ou serviços.
- Necessidade de estoque e gestão logística.
- Relacionamento presencial com clientes.
Esse modelo é comum em supermercados, restaurantes, lojas de roupas e oficinas mecânicas, que dependem de um ponto comercial para atrair consumidores.
2. Modelo de negócio digital
Opera por meio de plataformas online, oferecendo produtos ou serviços sem a necessidade de uma estrutura física.
Características:
- Baixo custo operacional comparado ao modelo tradicional.
- Possibilidade de alcance global, sem barreiras geográficas.
- Receita gerada por vendas online, assinaturas ou publicidade.
- Dependência de estratégias digitais para captação de clientes.
Exemplos incluem e-commerces, cursos online, marketplaces e empresas SaaS (Software as a Service), como a Netflix e o Spotify.
3. Modelo de assinatura
Nesse formato, a empresa cobra um valor recorrente para disponibilizar produtos ou serviços ao cliente. Esse modelo cria previsibilidade de receita e fideliza consumidores.
Características:
- Pagamentos recorrentes (mensais, trimestrais ou anuais).
- Foco na retenção de clientes e na oferta de benefícios contínuos.
- Escalabilidade por meio de base crescente de assinantes.
Exemplos incluem serviços de streaming (Netflix, Disney+), caixas por assinatura (Glambox, Clube Wine) e softwares empresariais (Microsoft 365, Adobe Creative Cloud).
4. Modelo premium
Combina uma versão gratuita de um serviço com a oferta de funcionalidades premium pagas. Essa estratégia atrai usuários e incentiva a conversão para planos pagos.
Características:
- Acesso gratuito e limitado, com restrições de funcionalidades.
- Monetização baseada na conversão de usuários gratuitos em assinantes premium.
- Modelo comum em aplicativos e softwares.
Spotify e LinkedIn utilizam esse formato, oferecendo versões gratuitas com limitações e planos pagos com mais benefícios.
5. Modelo marketplace
Conecta vendedores e compradores em uma única plataforma, facilitando transações e gerando receitas por comissões sobre vendas.
Características:
- A empresa atua como interação, sem necessidade de estoque próprio.
- Geração de receita por taxas e comissões sobre as vendas realizadas.
- Dependência de um grande volume de usuários para sucesso.
Plataformas como Mercado Livre, Airbnb e iFood seguem esse modelo, permitindo que terceiros comercializem produtos ou serviços dentro de seus ecossistemas.
6. Modelo sob demanda
Atende clientes conforme necessidade, sem exigência de compromissos de longo prazo. Empresas desse segmento oferecem conveniência e agilidade na prestação de serviços.
Características:
- Pagamento conforme o uso do serviço.
- Oferta de soluções rápidas e flexíveis.
- Necessidade de infraestrutura tecnológica para gerenciar a demanda.
Aplicativos como Uber e Rappi funcionam nesse formato, conectando questões de serviço aos consumidores em tempo real.
7. Modelo de economia compartilhada
Baseia-se no uso coletivo de recursos, simplificando os custos e otimizando o acesso a bens e serviços.
Características:
- Utilização de ativos de forma compartilhada, sem necessidade de posse.
- Redução de desperdícios e custos operacionais.
- Forte dependência de tecnologia e confiança entre usuários.
Exemplos incluem Airbnb (compartilhamento de imóveis) e Blablacar (compartilhamento de caronas).
Vale destacar que cada modelo de negócios apresenta vantagens e desafios, por isso é preciso analisar para garantir o alinhamento com a estratégia da empresa.
Além disso, combinar diferentes modelos pode ser um caminho eficiente para melhorar a rentabilidade e atender às necessidades do mercado.
Como um modelo de negócio pode aumentar seus lucros? 5 cases de sucesso reais
Um modelo de negócios bem estruturado tem o poder de transformar ideias e gerar resultados concretos.
Por essa razão, seguir um passo a passo cuidadoso na construção e análise dessa estratégia é fundamental para otimizar a proposta de valor, reduzir a estrutura de custos, diversificar as fontes de receita e, consequentemente, melhorar o fluxo de caixa e o breakeven do negócio.
Além disso, pode proporcionar uma resposta rápida às mudanças do mercado e garantir a segurança e o controle financeiro, fundamentais para o sucesso.
A seguir, apresentamos 5 modelos de negócio inspiradores, cada um demonstrando como a inovação e a tomada de decisões estratégicas podem elevar o desempenho de uma empresa. Confira!
1. Otimização da proposta de valor: caso Netflix
Cenário antes da mudança
Inicialmente, a Netflix operava como uma locadora de DVDs por correio, oferecendo um modelo de negócios focado na conveniência da entrega em domicílio.
Naquela época, o modelo de negócio tinha uma proposta de valor limitada, centrada na facilidade de acesso a filmes, mas sem a robustez de um modelo de negócio canvas completo.
Transformação estratégica
Identificando a crescente demanda por e-commerce de entretenimento digital e a necessidade de inovação do modelo de negócios, a Netflix mudou seu plano de negócio e migrou para o streaming online em 2007.
Essa mudança envolveu uma restrição completa de atividades-chave, ampliando sua proposta de valor.
Resultados
A transição para o streaming melhorou a captura de valor e impulsionou a gestão financeira ao aumentar receitas recorrentes e reduzir custos operacionais.
Essa estratégia, aliada ao uso intensivo de marketing digital e redes sociais para fidelização de clientes, fez da Netflix um case de sucesso internacional, demonstrando na prática como um modelo de negócio é capaz de gerar lucro e sustentabilidade a longo prazo.
Dica de leitura: Você sabe o que é o DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa)? Entenda tudo sobre o tema
2. Otimização dos processos: caso Amazon
Cenário antes da mudança
Fundada em 1994 como uma livraria online, a Amazon começou com um modelo de negócio sem uma grande infraestrutura para operações logísticas.
Naquela fase, o processo interno era limitado e o operacional não maximizava o potencial de captura de valor.
Transformação estratégica
A empresa investiu pesado em inovação para implementar um sistema integrado de centros de distribuição, automação de processos e gestão de compras otimizada.
Esse reposicionamento foi orientado por uma estratégia B2B e B2C que amplia seu alcance tanto para clientes finais quanto para organizações.
Resultados
A transformação dos processos internos não só deixou clara a diferença entre custo e despesa, mas também aprimorou o planejamento financeiro e a capacidade de responder rapidamente às variações de mercado.
Com o uso de metodologias proprietárias, a Amazon distribuiu um padrão de excelência operacional que muitos gestores procuram replicar.
3. Otimização das fontes de receita: caso Apple
Cenário antes da mudança
Originalmente, a Apple se destacou no mercado como fabricante de computadores, contando com um modelo de negócio focado na venda de hardware.
Essa abordagem limitou a captura de valor a um único segmento, restringindo o potencial de diversificação do modelo de plano de negócios.
Transformação estratégica
Com uma visão estratégica inovadora, a Apple expandiu suas fontes de receita para incluir dispositivos móveis (como o iPod, iPhone e iPad) e, posteriormente, um ecossistema de serviços digitais (App Store, Apple Music, iCloud).
Essa mudança foi guiada por um passo a passo detalhado e pela utilização do modelo Canvas para identificar atividades-chave e parcerias estratégicas, reforçando sua proposta de valor.
Resultados
A diversificação de receita proporcionou uma estrutura de capital robusta e mitigou riscos financeiros, demonstrando como uma estratégia sólida pode gerar sucesso e estabilidade no mercado.
4. Otimização da estrutura de custos: caso Southwest Airlines
Cenário antes da mudança
Antes da adoção de um modelo de negócio de baixo custo, as companhias aéreas tradicionais enfrentavam gastos operacionais elevados e uma estrutura complexa de custos que comprometia sua competitividade.
Esse cenário dificultava a obtenção de um Fluxo de Caixa Livre e a manutenção de um bom plano financeiro.
Transformação estratégica
A Southwest Airlines revolucionou o setor adotando uma estratégia focada na redução de custos e na padronização de sua frota.
A empresa eliminou serviços extras e simplificou seus processos, o que permitiu um corte de gastos eficaz.
Essa restrição envolveu um profundo redesenho de atividades e a implementação de um sistema de gestão de riscos financeiros e operacionais, garantindo segurança e conexão entre os setores.
Resultados
A Southwest conseguiu oferecer passagens com preços competitivos sem sacrificar a qualidade do serviço, gerando maior captura de valor e fidelizando clientes.
Isso demonstrou como a reavaliação da estrutura de custos e o uso de um plano de negócios dinâmico pode resultar em um modelo de negócios resiliente, capaz de enfrentar oscilações de mercado e manter a lucratividade mesmo em períodos temporários.
5. Tomada de decisões estratégicas: caso Nubank
Cenário antes da mudança
O setor bancário tradicional no Brasil era marcado pela burocracia, altas taxas e uma oferta limitada de serviços digitais, caracterizando um modelo de negócio com baixa eficiência e muitos gastos operacionais.
Essa realidade evidenciou a necessidade de uma inovação dessa estratégia, que oferecesse mais agilidade e transparência.
A transformação estratégica
O Nubank surgiu como uma resposta inovadora a esse cenário, apostando em um modelo de negócio digital que eliminava tarifas abusivas e simplificava o relacionamento com o cliente.
A empresa implementou uma tomada de decisões estratégicas, orientada por ferramentas de marketing digital, análise de Fluxo de Caixa Operacional e uma abordagem focada na gestão de riscos.
Essa transformação permitiu uma conexão direta e segura com os usuários, reforçando a ideia de que um bom plano de negócio pode ser construído a partir de uma análise minuciosa do mercado e dos tipos de negócios existentes.
Resultados alcançados
Atualmente, o Nubank se destaca no segmento business to business e business to consumer, tendo alcançado mais de 40 milhões de clientes e elevando os padrões de gestão financeira empresarial no setor.
A adoção de uma estratégia digital não apenas ampliou sua base de clientes, mas também melhorou significativamente o planejamento de gastos, tornando-o um exemplo claro de que é possível alcançar quando se alia inovação, processo decisório ágil e um modelo de negócios bem estruturado.
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Seja pela otimização da proposta de valor, dos processos, das fontes de receita, da estrutura de custos ou pela tomada de decisões estratégicas, cada exemplo demonstra a importância da gestão financeira para alcançar o sucesso no mundo dos negócios.
Como criar um modelo de negócios: 9 passos essenciais
Desenvolver um modelo de negócios é essencial para o sucesso de qualquer empresa. A seguir, apresentamos um passo a passo dinâmico e prático para auxiliar gestores e empreendedores na criação de um modelo de negócios robusto.
Passo 1: conheça seu cliente ideal
Compreender quem são seus clientes, suas necessidades e desejos permite alinhar sua proposta de valor de forma eficaz.
“Se eu perguntasse às pessoas o que elas querem, elas me diriam que querem cavalos mais rápidos” - Henry Ford. Essa analogia destaca a importância de entender profundamente as necessidades dos clientes, indo além do óbvio.
Passo 2: defina sua proposta de valor
A proposta de valor é o núcleo do modelo de negócios. Ela responde à pergunta: como seu produto ou serviço resolve os problemas dos clientes e o que o torna único?
Uma proposta de valor clara é fundamental para se destacar em um mercado competitivo.
Passo 3: defina os canais de distribuição
Determinar como e onde seus clientes encontrarão seu produto ou serviço é fundamental.
Os canais de distribuição podem incluir lojas físicas, e-commerce ou parcerias estratégicas.
Escolher os mais adequados garante que sua oferta alcance a sua persona ideal.
Passo 4: estabeleça estratégias de relacionamento com clientes
Construir e manter relacionamentos sólidos com os clientes é vital para a fidelização a longo prazo.
Estratégias como programas de fidelidade, atendimento personalizado e comunicação constante através de redes sociais e e-mails fortalecem esses laços.
Passo 5: identifique as fontes de receita
Diversificar as fontes de receita é essencial para evitar quebra de caixa. Elas podem incluir vendas diretas, assinaturas, licenciamento ou publicidade.
Dessa forma, é possível reduzir a dependência de um único canal, permitindo maior flexibilidade frente às flutuações do mercado.
Passo 6: mapeie os recursos-chave
É fundamental identificar os recursos essenciais que impulsionam seu negócio, como equipe qualificada, tecnologia, capital ou propriedade intelectual. Esses recursos são os alicerces que sustentam sua proposta de valor e operações.
Passo 7: estabeleça as atividades-chave
Defina as atividades essenciais que sua empresa deve realizar para entregar sua proposta de valor. Isso pode incluir o desenvolvimento de produtos, marketing, logística ou atendimento ao cliente. Focar nas atividades-chave garante eficiência operacional.
Passo 8: estabeleça parcerias estratégicas
Formar alianças com outras organizações pode ampliar seu alcance e agregar valor ao seu negócio.
Parcerias estratégicas podem incluir fornecedores, distribuidores ou até mesmo concorrentes.
Passo 9: entenda seus custos operacionais
Identifique os custos fixos e variáveis, como aluguel e tecnologia.
Monitorando de perto esses gastos, é possível adotar medidas para reduzir despesas e otimizar recursos. Isso contribui para a eficiência financeira e a competitividade do negócio.
Seguindo esses nove passos, gestores e empreendedores podem desenvolver um modelo de negócios adaptável, alinhado às necessidades do mercado e às metas organizacionais.
Ferramentas e metodologias para modelagem de negócios
Ao estruturar um modelo de negócios, utilizar ferramentas estratégicas facilita a análise e a definição de processos, reduzindo riscos e aumentando as chances de sucesso.
Abaixo, exploramos algumas das metodologias mais eficazes.
Business Model Canvas
É uma ferramenta visual criada por Alexander Osterwalder para auxiliar organizações na definição de seu modelo de negócios. O Business Model Canvas permite visualizar de forma clara os principais aspectos do funcionamento da organização, divididos em nove blocos.
- Proposta de valor: o que a empresa oferece de único aos clientes.
- Segmento de clientes: quem são os clientes e como segmentá-los.
- Canais: como os produtos e serviços são entregues ao mercado.
- Relacionamento com clientes: como a empresa interage e fideliza seus consumidores.
- Fontes de receita: formas de monetização do negócio.
- Recursos-chave: infraestrutura, equipe e ativos essenciais.
- Atividades-chave: principais operações necessárias para gerar valor.
- Parcerias principais: alianças estratégicas para otimizar processos.
- Estrutura de custos: custos fixos e variáveis do modelo.
Empresas de diversos setores utilizam essa metodologia para validar ideias, testar novos mercados e garantir um planejamento estruturado antes de fazer investimentos.
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Lean Canvas
Foi desenvolvido por Ash Maurya como uma adaptação do Business Model Canvas, voltado para startups e empresas inovadoras. Ele enfatiza elementos como problemas do cliente, solução proposta e vantagem competitiva.
Os nove blocos do Lean Canvas incluem:
- Problema: principais dores dos clientes.
- Segmento de clientes: quem são os consumidores-alvo.
- Proposta de valor: o que diferencia a solução da concorrência.
- Solução: como o produto ou serviço resolve o problema.
- Canais: como o produto será distribuído e divulgado.
- Receita: modelo de monetização do negócio.
- Estrutura de custos: principais gastos envolvidos.
- Métricas-chave: indicadores para avaliar o desempenho.
- Vantagem injusta: diferencial competitivo difícil de ser copiado.
Essa ferramenta é amplamente utilizada para desenvolver startups de forma ágil e eficiente.
Leia também: O que é o retorno sobre ativos (ROA) e como funciona nas empresas?
Análise SWOT
É uma ferramenta essencial para compreender o posicionamento estratégico de uma empresa. A Análise SWOT divide os fatores internos e externos do negócio da seguinte forma:
- Forças (Strengths): aspectos positivos internos, como expertise, tecnologia ou marca consolidada.
- Fraquezas (Weaknesses): pontos de melhoria que podem comprometer o desempenho.
- Oportunidades (Opportunities): tendências do mercado ou fatores externos que podem ser explorados.
- Ameaças (Threats): riscos e desafios que podem impactar o negócio.
A matriz SWOT ajuda na tomada de decisões e na criação de estratégias que potencializam pontos fortes e minimizam riscos.
Metodologia Lean Startup
Criada por Eric Ries, é um método de desenvolvimento de novos negócios que busca reduzir riscos e desperdícios.
Baseia-se no ciclo Construir-Medir-Aprender, permitindo ajustes rápidos no modelo de negócio.
Os princípios do Lean Startup incluem:
- Desenvolvimento de MVP (Produto Mínimo Viável) para testar a aceitação do mercado.
- Validação contínua de ideias com base em dados reais.
- Iteração rápida para aprimorar soluções antes do lançamento definitivo.
- Startups como Dropbox e Airbnb utilizaram essa abordagem para crescer com eficiência.
Blue Ocean Strategy

Propõe que as empresas busquem mercados inexplorados (o “oceano azul”) em vez de competir em mercados saturados (“oceano vermelho”). Essa estratégia envolve:
- Criação de demanda: em vez de disputar consumidores existentes, busca-se gerar um novo público.
- Valor inovação: reduz custos enquanto melhora a proposta de valor.
- Mapa de valor: análise de como diferenciar-se da concorrência.
Um exemplo clássico de Blue Ocean Strategy é o Cirque du Soleil, que reinventou o entretenimento circense ao eliminar animais e apostar em performances artísticas sofisticadas.
Design Thinking
É um método de inovação centrado no ser humano, estruturado em cinco fases:
- Empatia: compreender as necessidades do usuário.
- Definição: identificar o problema central.
- Ideação: explorar soluções criativas.
- Prototipação: criar modelos iniciais da solução.
- Testes: refinar o produto ou serviço com feedbacks reais.
O Design Thinking é usado por empresas como Apple e Google para desenvolver produtos inovadores baseados na experiência do usuário.
A escolha da ferramenta ideal para modelagem de negócios depende do tipo de empresa, do mercado e dos objetivos estratégicos.
Independentemente da metodologia utilizada, contar com uma plataforma eficiente de contabilidade empresarial é essencial para garantir a viabilidade e sustentabilidade do modelo de negócios.
A plataforma de Gestão de Despesas da Flash auxilia empresas na administração eficiente de suas finanças corporativas, permitindo um controle detalhado das despesas e contribuindo para a construção de um modelo de negócios mais rentável e estruturado.

Jornalista, atua na produção de conteúdo da Flash. Trabalhou em rádio web e como assessora de imprensa. Na equipe da Flash, se dedica aos conteúdos de gestão de pessoas, produtos e artigos institucionais.